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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA
A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...
A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.
Castro Alves
Jornal de Poesia
Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?
Castro Alves
MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.
Marília Gonçalves
Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein
Albert Einstein
Perguntas Com Resposta à Espera
Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)
terça-feira, 19 de dezembro de 2023
Sensation Mars 1870 Arthur Rimbaud, Poésies.
Sensation
Par les soirs bleus d’été, j’irai dans les sentiers,
Picoté par les blés, fouler l’herbe menue :
Rêveur, j’en sentirai la fraîcheur à mes pieds.
Je ne parlerai pas, je ne penserai rien :
Mais l’amour infini me montera dans l’âme,
Et j’irai loin, bien loin, comme un bohémien,
Par la Nature, – heureux comme avec une femme.
Mars 1870
FREE LIBERTÉ LIBERDADE LIBERTÁ JULIAN ASSANGE
POR DIZER A VERDADE JULIAN ASSANGE
E POR TER APONTADO
O CRIME E QUEM O COMETEU
FREE LIBERTÉ LIBERDADE LIBERTÁ JULIAN ASSANGE
Marilia Gonçalves
Quando alta noite se ouvia
- Deram-me cavalo alado
Mas de mito nada tinha
Era cavalo anafado
Ora voava ou corria.
Vivia sob uma árvore
Que dos mil frutos que havia
Escolhia sempre o mais belo
No brilho que o coloria.
Quando alta noite se ouvia
Murmurar o tredo mar
A espuma que então se via
Espelhava tons de luar
E o cavalo corria
Entrava em voo no mar.
Quando saía das vagas
Olhar a esplender de fogo
Trazia sobre as ilhargas
Versos sacados ao lodo.
Voltava ao sopé da árvore
E olhando os belos frutos
Nos versos a revoar
Despindo os versos do luto
Lançava a espuma do mar
.
Mas o cavalo sabia
A tarefa por cumprir
Ir espalhar em todo o Mundo
Os frutos a colorir.
E suas asas de noite
Agora cor do luar
Estrondeavam como açoite
Cada tom a matizar.
Ergueu voo sobre o Mundo
Das brancas asas abertas
Deixou cair ao mais fundo
Palavras sobre os Poetas.
Marilia GonçalvesOrlando AdriãoLindo poema amiga. As tuas belas palavras, encantadoras. Parabéns amiga noite feliz beijinhos.Ricardo Vitaliano PereiraBom dia amiga. Gosto vou partilhar.
Luís Cília denunciava a guerra colonial em Paris nos anos 60
Luís
Cília denunciava a guerra colonial em Paris nos anos 60 nomeadamente na
Associação dos Originários de Portugal onde se juntavam desertores,
exilados, cantores, poetas (estou ainda a vê-lo ali na primeira fila de
farta cabeleira branca, o Vicente Campinas de olhar em fogo que nos
dizia: Adiante!),artistas que partilhando as mesmas ideias e a mesma
vontade de Justiça que viriam a permitir um regresso à Pátria Libertada.
Aí através de canções, poemas, palavras, se alimentava a Esperança
Antecipando Abril esse dia 25 de Abril, nascido de jovens Capitães
que restituíram a Portugal o olhar digno e Universal a que tinha direito
Marília Gonçalves
Antecipando Abril esse dia 25 de Abril, nascido de jovens Capitães
que restituíram a Portugal o olhar digno e Universal a que tinha direito
Marília Gonçalves

Jacarandás desenhavam memória insatisfeita
Jacarandás desenhavam memória insatisfeita. Suspeita de oceano em calmaria ou braços de laguna.
O céu azul esmaecera até ao ressurgir caiado da cidade.
Jardim no centro de encontros no tempo realizável.
A mesa permanece frente à doca.
Fácil sentar à imaginação amigos ou conhecidos de outrora.
Teriam passado anos? A lembrança trazia até ao cheiro da maresia os mesmos traços fisionómicos. Não o tempo não havia mudado.
Surgiam as mesmas conversas sobre a arte a política da história da cidade. Entre amigos. Amigos nas lágrimas do presente em aceno de solidão. Que solidão? se à mesa estão presentes todos os que estavaJ dantes. E em redor da mesa o bulício. A cidade perfumada de Verão com instinto de mar. A confundir o oceano da saudade, distante e tão presente.
Risos de pequenada nos balouços. Décadas de riso, ininterrupto. Crianças a girar vida sempre.
Amigo critica rima de poeta romântica e rebelde.
Olhos esvoaçam na copa das árvores onde pássaros confundem sonhos com os de poetas e de crianças.
Faro a despertar na noite em que adormece o grito amarelo do sol.
Mas no futuro presentes, nós sabemos que filhos de nossos filhos, virão contemplar em nova mesa, mesmos tons de poente a despertar em nos.
Inesquecível Ria. Formosa. Assim te chamarão todos os tempos. O eco da nossa voz em volta da mesa rodopiará no amor de ti.
Marília Gonçalves
O céu azul esmaecera até ao ressurgir caiado da cidade.
Jardim no centro de encontros no tempo realizável.
A mesa permanece frente à doca.
Fácil sentar à imaginação amigos ou conhecidos de outrora.
Teriam passado anos? A lembrança trazia até ao cheiro da maresia os mesmos traços fisionómicos. Não o tempo não havia mudado.
Surgiam as mesmas conversas sobre a arte a política da história da cidade. Entre amigos. Amigos nas lágrimas do presente em aceno de solidão. Que solidão? se à mesa estão presentes todos os que estavaJ dantes. E em redor da mesa o bulício. A cidade perfumada de Verão com instinto de mar. A confundir o oceano da saudade, distante e tão presente.
Risos de pequenada nos balouços. Décadas de riso, ininterrupto. Crianças a girar vida sempre.
Amigo critica rima de poeta romântica e rebelde.
Olhos esvoaçam na copa das árvores onde pássaros confundem sonhos com os de poetas e de crianças.
Faro a despertar na noite em que adormece o grito amarelo do sol.
Mas no futuro presentes, nós sabemos que filhos de nossos filhos, virão contemplar em nova mesa, mesmos tons de poente a despertar em nos.
Inesquecível Ria. Formosa. Assim te chamarão todos os tempos. O eco da nossa voz em volta da mesa rodopiará no amor de ti.
Marília Gonçalves

timbre de fonte
Eu peço à voz
clara dos poetas
timbre de fonte
quando vou escrever
e as palavras não são mais
fonemas, mas são setas
que seguem Mundo fora
em flores papoila e cravo
na febre de viver.
Marilia Gonçalves
Lili Larouge
Recordando 11 de Setembro de 1973 "HOMENAGEM AO POVO DO CHILE"
Recordando 11 de Setembro de 1973.
Balanço da contra revolução chilena: Cerca de 30.000 mortos.
Que nunca esqueçamos que o capitalismo não olha a meios e tudo despreza para atingir os seus fins.
"HOMENAGEM AO POVO DO CHILE"
Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro
Nas suas almas abertas
traziam o sol da esperança
e nas duas mãos desertas
uma pátria ainda criança
Gritavam Neruda Allende
davam vivas ao Partido
que é a chama que se acende
no Povo jamais vencido
– o Povo nunca se rende
mesmo quando morre unido
Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro.
Alguns traziam no rosto
um ricto de fogo e dor
fogo vivo fogo posto
pelas mãos do opressor.
Outros traziam os olhos
rasos de silêncio e água
maré-viva de quem passa
Uma vida à beira-mágoa.
Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro.
Mas não termina em si próprio
quem morre de pé. Vencido
é aquele que tentar
separar o povo unido.
Por isso os que ontem caíram
levantam de novo a voz.
Mortos são os que traíram
e vivos ficamos nós.
Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que nasceram para o Chile
morrendo de corpo inteiro.
José Carlos Ary dos Santos
Não escolho amigos à toa- ANTÓNIO ALEIXO
Não escolho amigos à toa
Sempre temendo algum perigo
Primeiro, escolho a pessoa
Depois, escolho o amigo.
Aleixo
Desenho do meu querido TOSSAN, saudade dele e das suas malandrices que tanto fizeram rir a minha mãe, avó e tia avó
Saudades dos nossos Encontros de Poetas a um dos quais ele veio de ambulância e a oxigénio, chegou a minha vez..
e o Jantar em que ofereceste desenhos teus e assinados por ti à minha filha de oito anos a Nadia Gonçalves Leote Mendes, obrigada e até um dia, Amigo.
Marilia

Luis Vaz de Camões Ó gente temerosa, não te espantes,
Luís de Camões
Nasceu a 1524
(Coimbra)
Morreu em 10 Junho 1580
(Lisboa)
Luís Vaz de Camões foi o heroico poeta de Portugal, uma das maiores figuras da literatura da Língua Portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.
O dia em que eu nasci, moura e pereça
O dia em que eu nasci, moura e pereça
Não o queira jamais o tempo dar,
não torne mais ao mundo e, se tornar,
eclipse nesse passo o sol padeça.
A luz lhe falte, o sol se escureça,
mostre o mundo sinais de se acabar,
nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
a mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
as lágrimas no rosto, a cor perdida,
cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
que este dia deitou ao mundo a vida
mais desgraçada que jamais se viu.
Nasceu a 1524
(Coimbra)
Morreu em 10 Junho 1580
(Lisboa)
Luís Vaz de Camões foi o heroico poeta de Portugal, uma das maiores figuras da literatura da Língua Portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.
O dia em que eu nasci, moura e pereça
O dia em que eu nasci, moura e pereça
Não o queira jamais o tempo dar,
não torne mais ao mundo e, se tornar,
eclipse nesse passo o sol padeça.
A luz lhe falte, o sol se escureça,
mostre o mundo sinais de se acabar,
nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
a mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
as lágrimas no rosto, a cor perdida,
cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes,
que este dia deitou ao mundo a vida
mais desgraçada que jamais se viu.
Luis Vaz de Camões

Poema no Tempo Ido
Poema no Tempo Ido
Trazia fundos marinhos
e cores apenas sonhadas
trilava na voz dos ninhos
de primaveras passadas.
Talvez fosse devaneio
ou algo a concretizar
com olhar de corpo inteiro
intempéries no olhar.
Mas sonhos são poço fundo
onde se espraia o luar
Circes e deusas do mundo
esgarçavam o seu cantar.
Ai de mim de longe venho
perdi o velho caminho
com águas da cor de estanho
e perfume a rosmaninho.
surgiram numes, poetas
paisagens de apetecer
mas tinham falas secretas
do que nunca chega a ser
um remoinho de treva
afundou-se no meu pão
misto de trigo e de esteva
mordendo o meu coração.
Marília Gonçalves

SELVA
Vem, traz-me lembrança de mundo perdido
atrás das acácias, berço de panteras
antílopes loiros cavalgam o espaço
olfacto sentindo o cheiro das feras.
Vermelho se estende sempre mais além
o poente agreste de nossos sentidos
rasteja a savana nos tufos que tem
ardentes ao sol, todos ressequidos.
Estirado o leão a juba levanta
corre uma leoa atrás da pacaça
salta sobre a presa, prende-lhe a garganta
um bando oportuno, a espreitar esvoaça.
O urro distante de algum elefante
encheu de silêncio o tempo bravio
as fêmeas, as crias, no chão calcinante
levantam as trombas no seu desafio.
As aves canoras de plumas brilhantes
ferem o azul em traço garrido
enquanto macacos em árvores distantes
saltitam e fazem ouvir seus grunhidos.
A selva, animal que vive d’instinto
ancestrais costumes faz reproduzir
mas o ser humano (esse labirinto)
os seus próprios actos sabendo medir
podia ao jardim, o éden da Paz
levantar do tempo, não mais ser quem foi
esquecendo o impulso soberbo voraz
parar, recusar tudo o que nos dói.
Deixemos à selva animal sem escolha.
Mas nós, seres humanos feitos pró amor
dispamos a dor, como quem desfolha
o tempo do sonho, cada vez maior.
Veio uma ave da noite
(Tinha nascido Poeta
Mas lhe faltava sofrer…
Ulisses Duarte do poema, “Se Caiu na Papironga”
A dor é fermento de Poesia
Veio uma ave da noite
Vestiu-me de suas penas
No seu olhar coruscante
Viu ao longe uma menina
Luz de uma sombra distante
Doce e meiga
Meiga e fina
Cantava tal cotovia…
O ar cheio de seu canto
Ia de vale em ravina
Rasgava na terna voz
Desenho da flor do acanto....
Vi a menina tão longe
Pequena cada vez mais
Confundia suas penas
Com as asas dos pardais.
O som aos poucos nascia
Tudo vestia de cor
Mundo todo em poesia
Dilacerado na dor.
Porque choram as flores
Sofre a cor de flores aladas
Até que um dia um pintor
Desses que correm estradas
Poisou o seu cavalete
Mesmo na berma da estrada
De tinta e pincel fazia
Asa de luz flor alada
No beijo de Poesia
O mais ardente que há
A cor saltava da tela
Tornada fimbria do dia
Para poisar sobre a estrada
O claro limbo do dia
Que foi feito da menina
Que tão longe se encontrava?
Subia pelo raio de sol
Por dardo que a não queimava
De tanto ver que subia
O pintor tingiu a tela
Na transparência difusa
De conquistada aguarela.
Marília Gonçalves
Mas lhe faltava sofrer…
Ulisses Duarte do poema, “Se Caiu na Papironga”
A dor é fermento de Poesia
Veio uma ave da noite
Vestiu-me de suas penas
No seu olhar coruscante
Viu ao longe uma menina
Luz de uma sombra distante
Doce e meiga
Meiga e fina
Cantava tal cotovia…
O ar cheio de seu canto
Ia de vale em ravina
Rasgava na terna voz
Desenho da flor do acanto....
Vi a menina tão longe
Pequena cada vez mais
Confundia suas penas
Com as asas dos pardais.
O som aos poucos nascia
Tudo vestia de cor
Mundo todo em poesia
Dilacerado na dor.
Porque choram as flores
Sofre a cor de flores aladas
Até que um dia um pintor
Desses que correm estradas
Poisou o seu cavalete
Mesmo na berma da estrada
De tinta e pincel fazia
Asa de luz flor alada
No beijo de Poesia
O mais ardente que há
A cor saltava da tela
Tornada fimbria do dia
Para poisar sobre a estrada
O claro limbo do dia
Que foi feito da menina
Que tão longe se encontrava?
Subia pelo raio de sol
Por dardo que a não queimava
De tanto ver que subia
O pintor tingiu a tela
Na transparência difusa
De conquistada aguarela.
Marília Gonçalves
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Malmequer no meu Lençol
malmequer no meu lençol
Deitei um malmequer no meu lençol
Mas o lençol era lençol diferente
Cantava nele a voz dum rouxinol
Trazia em si a voz de toda a gente
Espalhou as pétalas, pontos cardeais
Criou um Mundo presente
Semeado de pão e luz do sol
Pétalas sangue não verter futuramente
Da carne sensual de cada pétala
Espalhou as vibrações pelo ar sem fundo
Cada gota de chuva foi cristal
Arco-íris de toda a cor do Mundo.
As aves aprenderam novos trilos
O ar tornou-se mais azul
e mais fecundo.
Ergueram-se poetas de outras vidas
Retomaram a pena
Ao novo dia.
Ouviram-se pelas lezírias novos cantos
No tempo musical de Poesia
Pintores saíram as paletas
Cada tom de novo renascia
O ser humano era sublime e bom
Brotava então das fontes
Luz do dia.
O malmequer de meu lençol risonho
Em cada nova pétala nascia
Um não findar de flores
E de sementes
Espelhando o ser humano e o novo Dia.
Marilia Gonçalves
Mas o lençol era lençol diferente
Cantava nele a voz dum rouxinol
Trazia em si a voz de toda a gente
Espalhou as pétalas, pontos cardeais
Criou um Mundo presente
Semeado de pão e luz do sol
Pétalas sangue não verter futuramente
Da carne sensual de cada pétala
Espalhou as vibrações pelo ar sem fundo
Cada gota de chuva foi cristal
Arco-íris de toda a cor do Mundo.
As aves aprenderam novos trilos
O ar tornou-se mais azul
e mais fecundo.
Ergueram-se poetas de outras vidas
Retomaram a pena
Ao novo dia.
Ouviram-se pelas lezírias novos cantos
No tempo musical de Poesia
Pintores saíram as paletas
Cada tom de novo renascia
O ser humano era sublime e bom
Brotava então das fontes
Luz do dia.
O malmequer de meu lençol risonho
Em cada nova pétala nascia
Um não findar de flores
E de sementes
Espelhando o ser humano e o novo Dia.
Marilia Gonçalves
Deitei um malmequer no meu lençol
Mas o lençol era lençol diferente
Cantava nele a voz dum rouxinol
Trazia em si a voz de toda a gente
Espalhou as pétalas, pontos cardeais
Criou um Mundo presente
Semeado de pão e luz do sol
Pétalas sangue não verter futuramente
Da carne sensual de cada pétala
Espalhou as vibrações pelo ar sem fundo
Cada gota de chuva foi cristal
Arco-íris de toda a cor do Mundo.
As aves aprenderam novos trilos
O ar tornou-se mais azul
e mais fecundo.
Ergueram-se poetas de outras vidas
Retomaram a pena
Ao novo dia.
Ouviram-se pelas lezírias novos cantos
No tempo musical de Poesia
Pintores saíram as paletas
Cada tom de novo renascia
O ser humano era sublime e bom
Brotava então das fontes
Luz do dia.
O malmequer de meu lençol risonho
Em cada nova pétala nascia
Um não findar de flores
E de sementes
Espelhando o ser humano e o novo Dia.
Marilia Gonçalves
Mas o lençol era lençol diferente
Cantava nele a voz dum rouxinol
Trazia em si a voz de toda a gente
Espalhou as pétalas, pontos cardeais
Criou um Mundo presente
Semeado de pão e luz do sol
Pétalas sangue não verter futuramente
Da carne sensual de cada pétala
Espalhou as vibrações pelo ar sem fundo
Cada gota de chuva foi cristal
Arco-íris de toda a cor do Mundo.
As aves aprenderam novos trilos
O ar tornou-se mais azul
e mais fecundo.
Ergueram-se poetas de outras vidas
Retomaram a pena
Ao novo dia.
Ouviram-se pelas lezírias novos cantos
No tempo musical de Poesia
Pintores saíram as paletas
Cada tom de novo renascia
O ser humano era sublime e bom
Brotava então das fontes
Luz do dia.
O malmequer de meu lençol risonho
Em cada nova pétala nascia
Um não findar de flores
E de sementes
Espelhando o ser humano e o novo Dia.
Marilia Gonçalves

O Relógio da Torre
Je suis humble artisan d’une tâche inféconde
mais devant les dangers qui menacent le monde
je rougirais
d’être de ceux qui n’ont rien dit.
Eugène Bizot
1° Prémio de Poesia
(Dr Ilda Regalado)
O Relógio da Torre
Para quê saber o fundo da angústia
este uivo vendaval que cedo surpreende
para quê conhecer a hora da argúcia
quando voam gaivotas sobre corpo de sede.
Remoinhos nos olhos levantam pensamentos
onde folhas de Outono poisaram tristemente
o cofre das lembranças e o de sentimentos
deixam voar saudades a desfazer-se sempre.
Só uma badalada no pêndulo da torre
por uma hora magra, breve que nos resta
enquanto sobre nós cada dia que morre
na espessura da noite vai cobrir a floresta.
O cantar de sereia vem do tempo de Ulisses
ou navio que se afasta na estridência do cais
a navegar a bruma duma ilha de Circe
no rouco som que parte para não voltar mais.
O perfume de Agosto sobe do fim do tempo
com risos a cantar e manhãs a nascer
mas são vozes do cofre, que estão em movimento
ou retratos antigos a chegar pra nos ver.
Tudo quanto nos cerca tem o tom conhecido
da constante paisagem do que somos na vida
como oferenda eterna do eco pressentido
no timbre cor de mel que nos serena ainda.
Minutos de surpresa e continua a espera
vertigem de viagem no encontro dos dias
mesmo se o mês de Outubro nos cheira a Primavera
vão pairando no ar as velhas sinfonias.
A mão que nos segura, vacilando fraqueja
o tempo tem limite, tem portas e fronteiras
o instante sereno que nosso alento beija
vai desfolhar a flor de nossas sementeiras.
Somos ainda sol amarelo de Verão
uma praia aquecida no acaso da tarde
uma palavra solta na voz duma canção
uma fímbria de luz na breve imensidade.
Uma certeza só, perdida, inviolável
que nada trairá nem poderá vencer
o encontro perene de olhar inevitável
vestido de distância, mas que nos faz doer.
O solitário apito, um chamamento apenas
acena-nos de leve a esperada viagem
e nossas pobres forças, humanas, tão pequenas
vão subir o degrau da última coragem.
Marilia Gonçalves
mais devant les dangers qui menacent le monde
je rougirais
d’être de ceux qui n’ont rien dit.
Eugène Bizot
1° Prémio de Poesia
(Dr Ilda Regalado)
O Relógio da Torre
Para quê saber o fundo da angústia
este uivo vendaval que cedo surpreende
para quê conhecer a hora da argúcia
quando voam gaivotas sobre corpo de sede.
Remoinhos nos olhos levantam pensamentos
onde folhas de Outono poisaram tristemente
o cofre das lembranças e o de sentimentos
deixam voar saudades a desfazer-se sempre.
Só uma badalada no pêndulo da torre
por uma hora magra, breve que nos resta
enquanto sobre nós cada dia que morre
na espessura da noite vai cobrir a floresta.
O cantar de sereia vem do tempo de Ulisses
ou navio que se afasta na estridência do cais
a navegar a bruma duma ilha de Circe
no rouco som que parte para não voltar mais.
O perfume de Agosto sobe do fim do tempo
com risos a cantar e manhãs a nascer
mas são vozes do cofre, que estão em movimento
ou retratos antigos a chegar pra nos ver.
Tudo quanto nos cerca tem o tom conhecido
da constante paisagem do que somos na vida
como oferenda eterna do eco pressentido
no timbre cor de mel que nos serena ainda.
Minutos de surpresa e continua a espera
vertigem de viagem no encontro dos dias
mesmo se o mês de Outubro nos cheira a Primavera
vão pairando no ar as velhas sinfonias.
A mão que nos segura, vacilando fraqueja
o tempo tem limite, tem portas e fronteiras
o instante sereno que nosso alento beija
vai desfolhar a flor de nossas sementeiras.
Somos ainda sol amarelo de Verão
uma praia aquecida no acaso da tarde
uma palavra solta na voz duma canção
uma fímbria de luz na breve imensidade.
Uma certeza só, perdida, inviolável
que nada trairá nem poderá vencer
o encontro perene de olhar inevitável
vestido de distância, mas que nos faz doer.
O solitário apito, um chamamento apenas
acena-nos de leve a esperada viagem
e nossas pobres forças, humanas, tão pequenas
vão subir o degrau da última coragem.
Marilia Gonçalves
DESCONHECIMENTO
DESCONHECIMENTO
Tu que lês a poesia
que sabes tu do poeta
que sabes das suas dores
que sabes dos seus temores
transportados ao sorriso?
Que sabes do seu Inverno
dos seus incêndios d’inferno
com sonhos de paraíso?
Que sabes dessa loucura
que faz amor com a ternura
no leito da madrugada?
Que sabes tu do poeta?
Pouco, muito pouco, ou nada!
Que sabes dos seus tormentos
gritos esparsos aos ventos
que dão a voz à mudez?
Que sabes dos seus espinhos
ou dos ásperos caminhos
percorridos em si mesmo?
Olha os olhos do poeta
olha su’alma liberta
dos grilhões da hipocrisia!
E verás lá bem no fundo
lamas nojentas do mundo
transformar-se em poesia!
Marilia Gonçalves

Laranjeiras de Agosto
Dia 21 de Março -Dia Mundial da Poesia
Laranjeiras
Laranjeiras de Agosto
Em verde esquecimento
Perfume dos frutos evapora
Memória de pétala perdidas.
Só o futuro incerto se encaminha
Rumo às mãos, rumo à terra, à água clara
No vento ao passar ainda vacilam
Murmúrios do sumo de teus lábios.
Marilia Gonçalve
À sombra de parques ancestrais
21 de Março
Dia Mundial da Poesia
À sombra de parques ancestrais
onde ninhos nasceram confiantes
vieram entre sonhos joviais
sucessivos amantes.
Ano após ano a história se renova.
olhos ternos mãos dadas que se inventam
a memória do tempo põe á prova
ilusões que entre elas se afugentam.
Estação após estação muda de forma
o parque desenhado em avenidas
a despedir-se brancas d'emoção
ao desfiar eterno de outras vidas.
Antigas esperanças que renascem
foram nossas no dia verdadeiro.
Anos dilaceram, ultrapassam
o quotidiano, refaz-se todo inteiro.
Na sombra de parques ancestrais
sucessivos amores, são o primeiro.
Marilia Gonçalves.
Dia Mundial da Poesia
À sombra de parques ancestrais
onde ninhos nasceram confiantes
vieram entre sonhos joviais
sucessivos amantes.
Ano após ano a história se renova.
olhos ternos mãos dadas que se inventam
a memória do tempo põe á prova
ilusões que entre elas se afugentam.
Estação após estação muda de forma
o parque desenhado em avenidas
a despedir-se brancas d'emoção
ao desfiar eterno de outras vidas.
Antigas esperanças que renascem
foram nossas no dia verdadeiro.
Anos dilaceram, ultrapassam
o quotidiano, refaz-se todo inteiro.
Na sombra de parques ancestrais
sucessivos amores, são o primeiro.
Marilia Gonçalves.

Meu luar presente, ora abstracto
Dia 21 de Março- Dia Mundial da Poesia
Marília Gonçalves
Luar
Meu luar d’esperma e de malícia
Meu concreto luar de maré-cheia
Meu erecto luar, minha carícia
Meu corpo morno num lençol de areia.
Meu luar presente, ora abstracto
Titilando desejo em mim desperto
Com luar assino teu retrato
Em filigrana d’oiro no deserto.
Marília Gonçalves
Luar
Meu luar d’esperma e de malícia
Meu concreto luar de maré-cheia
Meu erecto luar, minha carícia
Meu corpo morno num lençol de areia.
Meu luar presente, ora abstracto
Titilando desejo em mim desperto
Com luar assino teu retrato
Em filigrana d’oiro no deserto.
Marilia Gonçalves
Alucinação
Alucinação
Modelada em amor, argila estranha
fui incêndio de Verão
luar de Agosto
ao gesto irreal de tua mão
fui Ménade nos gestos e no mosto.
O tirso que brandia
era de luz
talhado em vegetal ou poesia
entre bacantes o depus
erguido contra a velha hipocrisia.
Meu Evoé de amor tinha destino
meu rumo, um homem só, único deus
enebriante licor, rubi divino
depus o tirso, morri nos olhos teus.
Marilia Gonçalves
há nos meus versos
Poema da Juventude
( a vida no essencial não me mudou)
Poesia para beber com chá
não a faço eu
há nos meus versos
forças e denúncia
pasmo maravilha...
universo em fulgor
que me deslumbra
que é o meu sangue
e de quem sou filha
Marilia Gonçalves
Suicídio da Alta Finança
Suicídio da Alta Finança
Pois
não me admiro?! Dantes, Eles, os grandes financeiros, ainda precisavam
do ser humano para o trabalho, agora substituíram-no por máquinas, e
pensam os Financeiros, continuar, sem nós, o mundo do trabalho,
Financeiros a poupar dinheiro que de tanto que têm, de nada lhes serve, é
tudo sobra!
Nada vibra, palpita, respira!
Só que o que eles não
sabem e isso é insubstituível, é que se acabam com o o Mundo que
trabalha, o Mundo diversificado dos Humanos, diante do deserto humano,
da desolação, acabam-se Artistas e Poetas, com eles acaba a Poesia e a
Arte e sem isso, não há vida possível, nem para eles,financeoros, que se
pensam donos do Mundo.
TEMOS A NOSSA ARMA DE PRESSÃO SOBRE A
FINANÇA: Se tocam no Humano, matam a Arte, e a Alta Finança é grande
Consumidora de Arte! Pudera! A Arte é indispensável, está ligada à Vida!
O
Artista, o Poeta, existem porque o Mundo respira e palpita! Se acabarem
com esse Mundo vibrante de Vida, a Fonte da Arte seca, porque esse
manancial, é a vida Humana, em todas as suas expressões!
Se tocam no
Humano, fica o Deserto, e o Deserto total, não gera Arte nem Poesia, nem
Artistas nem Poetas que bebem na Fonte da Vida!
E sem Arte e Poesia sem Artistas e Poetas é a fibra mesmo do coração humano que se estilhaça.
E
os Financeiros, tao ávidos de Dinheiro, como se fosse o bem essencial,
morrerão de miséria! Da mais profunda e irremediável miséria; a miséria
espiritual
A única garantia que têm de permanecer em vida, é dar vida
ao Humano! Sem o que o Mundo do Belo, morre, depois permanecerá a
Natureza, sem mais ninguém que a louve a Cante a Represente.
A
expressão criadora da Natureza, toquem o Humano e é o fim do único olhar
que sabia e tinha consciência de quanto via! Sem olhos humanos que a
contemplem, a Natureza, forte mas irremediavelmente incompreendida,
prosseguira só, sua vida selvagem!
Matem o fervilhar da Vida Humana e matam o Humano fervilhar da Vida!
O
Humano é um todo, que trabalha nos campos e em fabricas, que vence a
força dos mares, que enche cidades e aldeias, que nasce canta, chora, ri
e Ama e morre, e tudo o que é a tessitura de suas vidas, todas as
alegrias, o Amor, as emoções, o trabalho, o cansaço, que enchem sua
vida, são a própria tessitura da Arte e da Poesia! Exterminem o Humano
na sua ampla diversidade e é a Arte e a Poesia que são exterminados!
O Mundo da Arte e da Emoção, da Poesia, é esse formidável gargalhar de Vida, que se multiplica! Não que se divide!
Diminuam o potencial Humano na sua Diversidade e a Poesia morre e morre a Arte!
Começará então o Vazio!
E ficarão a gargalhar no escuro, os cofres gélidos da avidez, absurdos, cheios duma ausência de sentido, espelho da morte!
Matem o fervilhar diversificado da Vida e morre definitivamente a Alta Finança, às suas próprias mãos!
Marília Pimenta
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