Reiterar meu culto à amizade
cujo sentido apenas adivinhas
que importa o novo nome prá saudade
Remanso de colheita d’água amarga
oceano de sol no meu olhar
afecto tão profundo que não larga
intenso brilho, em mim vindo poisar.
Outono de tons torvo tormento
meus olhos adormecem na paisagem
a amizade em cântico ou lamento
procura-te em delírio na miragem.
No ermo que me habita, me magoa
um ai se escuta vindo de tão fundo
a triste poetisa de Lisboa
desfaz-se evapora-se do mundo.
Desfalece o cântico de cisne
cor de plumagem afinal que importa
a dor mesmo incolor é sempre triste
mesmo se envergonhada bate à porta.
Delinear de dias sem sentido
na espera dum sorriso, ai candura
a deixar-me entrever o paraíso
onde afinal é sempre noite escura.
Marilia Gonçalves
por email
Querida Mana,
Faz parte de uma fase particularmente inspirada da tua poesia...
Gostei!
Beijinhos do mano
Luís Gonçalves.
Reiterar meu culto à amizade
cujo sentido apenas adivinhas
que importa o novo nome prá saudade
Remanso de colheita d’água amarga
oceano de sol no meu olhar
afecto tão profundo que não larga
intenso brilho, em mim vindo poisar.
Outono de tons torvo tormento
meus olhos adormecem na paisagem
a amizade em cântico ou lamento
procura-te em delírio na miragem.
No ermo que me habita, me magoa
um ai se escuta vindo de tão fundo
a triste poetisa de Lisboa
desfaz-se evapora-se do mundo.
Desfalece o cântico de cisne
cor de plumagem afinal que importa
a dor mesmo incolor é sempre triste
mesmo se envergonhada bate à porta.
Delinear de dias sem sentido
na espera dum sorriso, ai candura
a deixar-me entrever o paraíso
onde afinal é sempre noite escura.
Marilia Gonçalves
Querida Mana,
Faz parte de uma fase particularmente inspirada da tua poesia...
Gostei!
Beijinhos do mano
Luís Gonçalves.
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