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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

ninguém sabe tanger

 

Meu sonho antiga balada

perdida composição

ficou-me no pó da estrada

esquecida em meu coração.

Nem a luz da alvorada

veio depô-la em minha mão.


Tinha timbre de oceano

na cor azul do trigal

em vagas de desengano

espraiando no areal

minha vida ano após ano

areia, pó, afinal.


Em som grave a procurei

uma citara a tangia

porque caminhos andei

que nem ao longe a ouvia?

Na voz que tinha chorei

mas nada ma devolvia.


Oh minha balada antiga

meu terno sonho de infante.

Não há palavra que diga

a voz pura que te cante.

Oh velha balada antiga

lembrando o dia distante.


Nunca tornarás a ser!

Como eu de mim me perdi...

mais ninguém sabe tanger

o que só eu aprendi.

Tanto a vida faz doer 

que nem tão pouco a vivi.

 

Marília Gonçalves  




indício de viagem

 Anda à solta a ventania
veio dos confins do mundo...
passa por nós assobia
na voz que nos angustia
o coração num segundo.

Quem abriu a porta ao vento
pra gritar em iras tais?
Atravessou o momento
dos sonhos imateriais.

Quando é apenas aragem
sabe-nos bem e perfuma
o indício de viagem
com ilusão de caruma.

Mas se for brisa afinal
tem cheiro acre marinho
paisagem de vendaval
em constante torvelinho.


       Marília Gonçalves

 


 

 

 

O 25 de abril pelas memórias de três jornalistas que marcaram a revolução

ESPECIAL 25 DE ABRIL - Entrevista ao Homem que protegeu Salgueiro Maia

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ESPECIAL 25 DE ABRIL - 

Entrevista ao 

Coronel João António Andrade da Silva, Capitão de Abril

Salgueiro Maia e o 25 de Novembro (a bom entededor meia palavra basta)

Teopeço

Amo-te disseste ou murmuraste

como alguém a recear o som da voz

ou a temer seduzir-se no contraste

de solitário vestígio

que há em nós.


Prendeste minhas mãos

eras firmeza

afugentar do medo

ou o enleio.


Bruscamente ficou a tarde acesa

com o sol poisado no meu seio.




Marília Gonçalves

 


 

À conversa com Carlos Beato, o adjunto de Salgueiro Maia (perceber o mais e o menos)

Carlos Beato - "Os meus dias com Salgueiro Maia"

Despertam Outonos





Despertam Outonos nos dias e dentro de mim, andam a varrer-me a memória dos olhos, a levarem os restos de sol

para trás das penedias da imaginação, para ultrapassar a fronteira do tempo só o talento de alpinista, ou de poeta, o que seja dito, não está ao alcance de todos, por tal me surpreendo a tentar em mim, escalada a que não sei chegar, que humana sou, pois sou, tinham alguma dúvida, eu não, ora essa sempre está muito boa, o que é também bom sinal, quando tudo está bem não há quem se queixe, o pior vem a ser quando estando tudo na mesma como a lesma, não se ouve pio, aí então é que temos o caldo entornado, por falta de medidas adequadas, que isto de se falar, é uma grande coisa, que se calhar, até foi para isso que nascemos com língua, embora possa até haver quem pense que era por causa dos sorvetes, e isto tudo por causa de quem, ora não me quererão dizer, por causa dos jornalistas pois está claro, eles é que não cumpriram com a sua função informativa e esclarecedora, eles é que deviam de trazer as pessoas informadas, sobre a apropriada utilização da dita cuja, que se todos soubessem bem, aprendiam a dobrar, quando faz falta e a usar noutras alturas como manda a lei ou não, visto que nem sempre a lei aprecia a loquacidade de cada um, principalmente se este um é colectivo, mas desta maneira, lá nos vão pesando os silêncios enquanto a outros vai pesando nosso palavrório sobre alheia vida, o que afinal nem nos leva a parte nenhuma pois que para tal arte, sem ofensa, se actua quase sempre nas costas do interessado que não chega deste modo a aproveitar o nosso espírito crítico e generoso, pois que a nossa pretensão era apenas ajudar a transformar a sociedade e as mentalidades, que é sempre coisa difícil de conseguir, por ser sempre obra incompleta, como as tais de Santa Engrácia, mas os atingidos é que quase sempre não acham graça nenhuma, vai daí senão quando, aí estamos nós, metidos numa história inútil, quando tínhamos tanta coisa a fazer, e sempre tudo por causa dos mesmos, como se disse, e não escreveram tudo o que deviam, como a esperança, que é a melhor escola que nós sempre podemos ter, que nos ajuda a andar como se tivéssemos sapatos palmilhados de novo, o quê, já não se usa, pois devia, que sempre era mais um oficio que se não perdia e saber consertar é obra de valor, agora todos temos que fazer o mesmo caminho, só alta escola, mas se não temos mais sapateiros, com tanto andar, quem dianho pode ganhar só para sapato novo, então e os livros, sim, que se houvesse quem fizesse economias de um lado, já havia de sobrar para a cultura, mesmo para a de quem trabalha, que trabalhar nunca foi vergonha e que até era mais interessante, se os pastores pelos campos, soubessem compor, aí então até a música era outra, com tal fonte de inspiração à solta, na natureza, é tudo uma questão de olhar, pois de olhos estamos bem necessitados, mas bem abertos mesmo, que é para não deixar passar nada, sem que nos sirva de lição


RONDEL DE AGOSTO

 

RONDEL DE AGOSTO



Às nuvens subia aroma de mosto

os bagos pisados no lagar escorriam

devolvendo ao céu quente sol de Agosto

no vapor do álcool vinhedos gemiam.


De aves forasteiras os cantos se ouviam

as mulheres cantavam e da cor do rosto

devolvendo ao céu quente sol de Agosto

no vapor do álcool vinhedos gemiam.


No regresso a casa após o sol posto

os corpos cansados, as pernas tremiam

levavam nos lábios memória do gosto

das uvas esmagadas que o lagar enchiam.

Às nuvens subia aroma de mosto.



Marília Gonçalves

 

 


 

Oh noites azuis do oriente

 

 Oh noites azuis do oriente

oh noites entre todas as mais belas 

oh noites onde o céu é transparente.


No brilho distante das estrelas

o véu de luz ilumina o deserto

oh noites de mito e aguarelas.


Meu olhar de vos anda tão perto

que se inunda de luz e de magia

oh noites a espelhar o céu aberto.


Ao longe me trespassa a nostalgia

por ter deixado em vos o meu olhar.

Na noite ocidental fico a espreitar

o brilho que de noite lembra o dia.



Marília Gonçalves

 

 


 

Aos Casais

 

Aos Casais das Comeiras-Aveiras de Cima

                         aos seus magníficos filhos e filhas 

                          uma das minhas humanas escolas da vida 

                          da solidariedade e da amizade sã e fraterna

                                                    Lininha




Guardo num cofre d’oiro pequenino

caminhos de sol a gargalhar

quando havia o timbre cristalino

na dança de vinhedos ao luar.


Níveo corcel espalhava ao vento a crina

ainda hoje presa ao meu olhar

azul o céu esvaia-se no ar

sobre o poeta com alma de menina.


Alvejava o moinho, asas de brim

perdido na tormenta da distância

minha longínqua torre de marfim.


Na acre caminhada para o fim

tempo loiro, distante, da infância

eterniza a imagem que há em mim.



Marília Gonçalves

Ser jovem, viver no campo

 

Ser jovem, viver no campo

mas no campo verdadeiro.

Ter um poço um muro branco

um pomar de forte cheiro.

Ter uma pequena horta

um burro de olhos de brilho

ter em casa aberta a porta

fazer pão, ver rir um filho

ter rosas e sardinheiras

vermelhas como o sorriso.

Na sombra das oliveiras

paz de térreo paraíso;

ver à distância o pinhal

ter pinhas, juntar caruma

ver no vento o caniçal

a baloiçar cada pluma.

Escutar ao amanhecer

e no decorrer do dia 

asas a enaltecer

as vozes da alegria.

Ter uma ovelhinha loura

mais uma cabra castanha

ser alegre como outrora

ágil, romântica, estranha...

ir às cores do sol poente

ou ao azul da manhã 

buscar o verso veemente 

cantar a vida aldeã.

Tornar a sentir-me gente.

Fraterna, amiga, pagã.

Ver na alvura da mesa

 pão para ser repartido

oferta da natureza

 em minha mão construído.

Ser a mesma gargalhada

expontânea, boa, sincera,

à frente ver ainda estrada

ser ainda primavera.

Dar o bom-dia a quem passa

no costume camponês

olhar o sol na vidraça

dia-a-dia mês a mês.

No dia tempestuoso

saber, na chuva inclemente

o segredo luminoso

do germinar da semente.

Ser feliz de amar a vida

ter o amor companheiro

que dá alegria à lida

à noite, o calor, o cheiro.

À lareira no serão

ouvir os contos antigos...

ao pé a família, o cão,

a voz doce dos amigos.

Ser vertigem sensual

mas com alma de menina.

Enfim, se eu tal e qual

na força de cada rima! 



Marília Gonçalves




na continuidade de Lutas desde muito jovem (16 anos)

 

Marília Gonçalves é Poeta del Mundo, na continuidade de Lutas desde muito jovem (16 anos) pela Dignidade Humana e direitos dos povos à Liberdade e total  Democracia.

Nascida em Lisboa, Av. da República  viveu e vive perto de Paris, por razões  políticas familiares, inicialmente e sociais em seguida. Marília  tem livro de poesia publicado em França " à Procura do Traço" e faz parte de Antologias, algumas das quais em preparação, publicadas: “El Verbo Descerejado" ediçao chilena de poetas em apoio a poetas chilenos em greve da fome, consequências de Pinochet, Elos de Poesia do grupo do mesmo nome, Marília está presente em vários Sites de Poesia como o Jornal de Poesia de Soares Feitosa, em Poetas del Mundo, e em Liberdade e Cidadania com intervenções políticas e sociais. Tem Vários blogues como “25 de Abril para Todo o Sempre” em seu nome, três dos quais dedicados exclusivamente a crianças.

Marília acredita no Futuro e na Humanidade e que sempre esta última saberá superar as suas próprias crises rumo à Fraternidade Universal.



Marília Gonçalves

JORGE DE SENA EXCERTOS DAQUI E DALI

















JORGE DE SENA

“descansa” em Portugal…

para que conste que este País ainda tem parolos à altura!

























Não posso calar esta mágoa. Jorge de Sena é um ilustre desconhecido da grande (muito grande mesmo…) maioria do povo português, mesmo da grande maioria daquela minoria que ainda vai resistindo no conhecimento dos grandes nomes da nossa literatura.

Deixemos a grande maioria real deste nosso povo e fixemo-nos apenas na grande maioria daquela minoria intelectual que ainda vai falando de poetas e escritores. Desses, uma outra grande maioria esqueceu, ou nunca soube, quem foi Jorge de Sena; ignoraram-no quase em absoluto nos programas escolares, do secundário ao superior, passaram uma esponja por cima da grande obra deste português que se cansou do país e se naturalizou brasileiro (ironia do destino agora que tantos brasileiros procuram a naturalidade portuguesa…) para depois rumar numa espécie de segundo exílio para os EUA e pior do que isso, nem sequer reconheceram a sua arte na voz de outro ignorado que foi e é José Afonso, o único que ao longo de décadas e através de um dos seus melhores trabalhos musicais nos recordou este poema de filosofia pura sobre o mundo e a condição humana que aqui vos deixo hoje.



Epígrafe para a arte de roubar (Roubam-me Deus)

Roubam-me Deus

Outros o diabo

Quem cantarei



Roubam-me a Pátria

e a humanidade

outros ma roubam

Quem cantarei



Sempre há quem roube

Quem eu deseje

E de mim mesmo

Todos me roubam



Quem cantarei

Quem cantarei



Roubam-me Deus

Outros o diabo

Quem cantarei



Roubam-me a Pátria

e a humanidade

outros ma roubam

Quem cantarei



Roubam-me a voz

quando me calo

ou o silêncio

mesmo se falo



Aqui d'El Rei.



Poema musicado por José Afonso (Álbum Traz outro Amigo também)

Agora, 31 anos depois da sua morte física e muitas décadas depois do seu assassinato cultural em terras lusas, regressou finalmente a casa… Novamente em silêncio confrangedor. Se a cultura deste país fosse uma coisa levada a sério, algumas das figuras públicas que se foram mostrar às câmaras da televisão e às citações dos jornais deveriam ter vergonha de aparecer e limitarem-se a mandar as condolências numa frase curta e simples: peço desculpa.

Eu também peço desculpa, apesar de ter cantado muitas vezes em público aquela música do Zeca Afonso e de sempre referenciar o autor da letra como um dos grandes poetas deste país, vergonhosamente esquecido por quase todos, mesmo após o 25 de Abril, que supostamente deveria ser também de cultura e conhecimento.

No meio desta parolice ensaiada em tempo de campanhas eleitorais, a única voz que me parece ter soado com verdade foi a do ensaísta Eduardo Lourenço, quando afirmou que se tratava do “regresso do indesejado”.

O nosso primeiro-ministro ficou-se pela alusão do Tejo e de Lisboa como cenário da sua inspiração… e o ministro da cultura (outro ilustre desconhecido) pelo agradecimento da oferta, por parte da viúva, do espólio do poeta à Biblioteca Nacional (valha-nos ao mesmo essa alegria). Se conhecessem este soneto que aqui transcrevo certamente perceberiam o ridículo da situação e o quanto Jorge de Sena se terá rido desta encenação programada.



Génesis

De mim não falo mais: não quero nada.

De Deus não falo: não tem outro abrigo.

Não falarei também do mundo antigo,

pois nasce e morre em cada madrugada.



Nem de existir, que é a vida atraiçoada,

para sentir o tempo andar comigo;

nem de viver, que é liberdade errada,

e foge todo o Amor quando o persigo.



Por mais justiça...-Ai quantos que eram novos

em vão a esperaram porque nunca a viram!

E a eternidade...Ó transfusão dos povos!



Não há verdade: O mundo não a esconde.

Tudo se vê: só se não sabe aonde.

Mortais ou imortais, todos mentiram.



JORGE DE SENA

por Jorge Fazenda Lourenço

«Jorge de Sena nasceu em Lisboa, a 2 de Novembro de 1919, e faleceu em Santa Barbara, na Califórnia, a 4 de Junho de 1978. É hoje considerado um dos grandes poetas de língua portuguesa e uma das figuras centrais da cultura do nosso século XX.

A sua infância de filho único é marcada pelas expectativas que o pai, comandante da marinha mercante, alimenta para ele como futuro oficial da Armada, em confronto com a educação musical que a mãe procura proporcionar-lhe. Em Setembro de 1937 ingressa na Escola Naval como primeiro cadete do “Curso do Condestável”, mas vicissitudes diversas da viagem de instrução no navio-escola Sagres ditam a sua exclusão da Marinha em Março de 1938. Parte importante destas vicissitudes tem que ver com o endurecimento das normas que regem a instrução dos cadetes, em consonância com a fascização do Estado Novo por ocasião da Guerra Civil de Espanha. A passagem pela Armada no preciso momento da luta pela liberdade em Espanha constitui uma experiência traumática da sua adolescência que será matéria de diversos poemas e ficções, como “A Grã-Canária” e, no caso da Guerra Civil, Sinais de fogo. Jorge de Sena, que começara a escrever em 1936, estreando-se em 1942 com Perseguição, acaba por se licenciar em Engenharia Civil (1944) pela Universidade do Porto, trabalhando na Junta Autónoma de Estradas de 1948 a 1959, ano em que se exila no Brasil, receando as perseguições políticas resultantes de uma falhada tentativa de golpe de estado, a 11 de Março desse ano, em que está envolvido. A mudança para o Brasil permite-lhe uma reconversão profissional que vai ao encontro da sua vocação, dedicando-se ao ensino da literatura, acabando por se doutorar em Letras na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara (São Paulo), em 1964, obtendo também o diploma de Livre-Docência, para o que teve que naturalizar-se brasileiro (1963).

Os anos de Brasil (1959-65), os primeiros vividos, como adulto, em liberdade, são talvez o seu período mais criativo: completa a sequência de poemas sobre obras de arte visual, Metamorfoses (uma das obras que mais influência teve na poesia portuguesa), escreve os experimentais Quatro sonetos a Afrodite Anadiómena, as metamorfoses de Arte de música e a novela O físico prodigioso, inicia o romance Sinais de fogo, investiga e publica sobre Luís de Camões e o Maneirismo, trabalha na edição do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, retoma a escrita para o teatro, etc. A alteração da situação democrática no Brasil, com o golpe militar de 1964, faz temer um regresso ao passado, quer em termos políticos quer em termos de dificuldades económicas, mas em 1965 surge a oportunidade de se mudar para os Estados Unidos, com Mécia de Sena e os seus agora nove filhos. Em Outubro desse ano passa a integrar o corpo docente da University of Wisconsin, Madison, onde é nomeado professor catedrático efectivo (1967), transitando, em 1970, para a University of Califórnia, Santa Barbara (UCSB). Durante a sua permanência na UCSB, até ao final da vida, ocupa os cargos de director do Departamento de Espanhol e Português e do Programa (interdepartamental) de Literatura Comparada. Foi ainda membro da Hispanic Society of America, da Modern Languages Association of America e da Renaissance Society of America.

A obra de Jorge de Sena, vasta e multifacetada, compreende mais de vinte colectâneas de poesia, uma tragédia em verso, uma dezena de peças em um acto, mais de trinta contos, uma novela e um romance, e cerca de quarenta volumes dedicados à crítica e ao ensaio (com destaque para os estudos sobre Camões e Pessoa, poetas com os quais a sua poesia estabelece um importante diálogo), à história e à teoria literária e cultural (os seus trabalhos sobre o Maneirismo foram pioneiros, tal como a sua história da literatura inglesa, e a sua visão comparatista e interdisciplinar das literaturas e das culturas foi extremamente fecunda), ao teatro, ao cinema e às artes plásticas, de Portugal, do Brasil, da Espanha, da Itália, da França, da Alemanha, da Inglaterra ou dos Estados Unidos, sem esquecer as traduções de poesia (duas antologias gerais, da Antiguidade Clássica aos Modernismos do século XX, num total de 225 poetas e 985 poemas, e antologias de Kavafis e Emily Dickinson, dois poetas que deu a conhecer em Portugal), as traduções de ficção (Faulkner, Hemingway, Graham Greene, entre 18 autores), de teatro (com destaque para Eugene O’Neill) e ensaio (Chestov).

A criação poética de Jorge de Sena foi desde cedo acompanhada por uma intensa actividade intelectual e cultural, como conferencista, como crítico de teatro e de literatura, em diversos jornais e revistas, como comentador de cinema, nas “Terças-feiras Clássicas” do Jardim Universitário de Belas-Artes, no cinema Tivoli, como director de publicações, com destaque para os Cadernos de Poesia, como coordenador editorial, na revista Mundo Literário, como consultor literário, na Edição “Livros do Brasil” Lisboa ou na Editora Agir (Rio de Janeiro), tendo sido ainda co-fundador de um grupo de teatro, “Os Companheiros do Páteo das Comédias”, em 1948, e colaborador, nesse mesmo ano, de António Pedro, no programa de teatro radiofónico Romance Policial (Rádio Clube Português, Lisboa), adaptando contos de Chesterton, Hammett, Maupassant, Poe e outros.

A intervenção do intelectual nos domínios da cultura ganha novos horizontes com a actividade de docente e investigador universitário no Brasil, onde reforça também a sua acção cívica como opositor ao Estado Novo. É co-fundador da Unidade Democrática Portuguesa, de cuja direcção se demite em 1961, e integra o conselho de redacção do jornal Portugal Democrático, até 1962, participando ainda em actividades do Centro Republicano Português, de São Paulo. Uma vez nos Estados Unidos, a actividade cultural de Jorge de Sena fica restringida aos círculos académicos e da emigração (no período californiano, desempenha um importante papel no esclarecimento das comunidades portuguesas sobre o 25 de Abril de 1974), apenas compensada por uma enorme e rica correspondência com outros escritores e intelectuais portugueses e brasileiros, e pelas suas viagens de trabalho à Europa e, em 1972, a Moçambique e Angola, falando de Camões, no IV Centenário de Os Lusíadas.

É com toda esta vasta experiência, longamente marcada pelo exílio, que Jorge de Sena vai construindo a sua obra. Daí que ele sempre tenha entendido a sua poesia (o seu teatro, a sua ficção) como uma forma de dar testemunho de si mesmo e das suas circunstâncias, sem com isso menosprezar, antes pelo contrário, o trabalho de organização estética das emoções e dos sentimentos, ancorados na observação, na meditação e na rememoração de uma experiência de mundo concreta, no plano individual e colectivo. E dessa experiência fazem parte as visões de mundo que as obras de arte (literária, visual, musical) vão cristalizando, codificando, no decurso da história humana, entendida esta como uma peregrinação secular. O que, por sua vez, faz dessas obras de arte (dessas metamorfoses) objecto de uma experiência poeticamente meditada. Assim, a poesia (a obra) de Jorge de Sena, em que a ética e a estética se confundem, e em que o lirismo se mescla com um forte pendor especulativo e narrativo, deve ser lida, nas suas palavras, como uma “meditação sobre o destino humano e sobre o próprio facto de criar linguagem”.

Como possível e breve introdução a Jorge de Sena, excluindo de antemão a crítica, a história e o ensaio, bem como poemas e contos individuais, proponho aqui sete títulos, exiguamente comentados: As evidências (1955), Metamorfoses (1963), Peregrinatio ad loca infecta (1969), O Indesejado (António, rei) (1951), Os Grão-Capitães (1976), O físico prodigioso (1977) e Sinais de fogo (1979).

As evidências, um “poema em vinte e um sonetos” escrito entre Fevereiro e Abril de 1954, é a sua primeira grande sequência, forma que favorece uma espécie de pressão associativa, permitindo a configuração de um enredo de temas e motivos, aqui de natureza ético-política e teológico-divina, que, sob um fundo de erotismo, cria a ilusão narrativa de um “novo génesis”, de um presente caótico que precede um novo advento dos deuses, deuses esses que restabeleceriam o reino da humana divindade. Tema este que está na base de obras como Metamorfoses, O físico prodigioso ou a sequência Sobre esta praia… Oito meditações à beira do Pacífico (1977), que é, de algum modo, a verificação da impossibilidade desse advento.

Metamorfoses, seguidas de Quatro sonetos a Afrodite Anadiómena (o título completo da colectânea), é também uma sequência de poemas, no caso motivada pela meditação sucessiva de objectos de arte visual (pintura, escultura, arquitectura), cuja ordenação, no volume, segue um critério cronológico dos referentes, assim se encenando um percurso épico da humanidade, mediado pela arte, pautado pela reflexão sobre a condição humana, a recusa da morte pela criação estética e a possibilidade de recuperação, em termos simbólicos, daquele “tudo / o que de deuses palpita e ressuscita em nós”, do poema “Artemidoro”.

O físico prodigioso – primeiro incluído em Novas andanças do demónio (1966) – é a possibilidade alegórica dessa humana divindade. A divisão simbólica em doze capítulos (seis de ascensão e seis de queda), a ficção medieval, a ambiguidade do nome (médico, corpo), o jogo de identidades entre as personagens (cavaleiro, diabo, Senhora, donzelas, frades), as alusões a mitos clássicos (Adónis, Bacantes) e ritos tradicionais, as referências cristológicas e pagãs, os códigos do amor cortês e do amor místico, tudo se congrega numa sagração do amor e da liberdade, da vida para além da morte, da redenção da condição humana nas metamorfoses de um corpo glorioso.

Peregrinatio ad loca infecta é considerado pelo poeta como um “esparso diário” dos seus exílios americanos, mas abrange também o lugar de exílio que lhe foi a pátria portuguesa. A obra está dividida em quatro blocos espacio-temporais que correspondem às quatro estações da sua peregrinação existencial: Portugal (1950-59), Brasil (1959-65), Estados Unidos da América (1965-69) e Notas de um Regresso à Europa (1968-69). Esta espiral dos tempos e espaços da biografia dá uma visão do modo como o eu biográfico possui uma historicidade que se constrói como errância e destino, como peregrinação pelos lugares inacabados ou imperfeitos do mundo que lhe foi dado viver.

A tragédia em verso O Indesejado é, a esta distância, uma premonição dessa errância e desse destino de mundo, da perspectiva de um reexame da identidade nacional, em ruptura declarada com o mito do sebastianismo, a que se sobrepõe a situação existencial de um exilado no interior do seu próprio país, quer no plano político da História (António, prior do Crato), quer no plano das condições políticas do momento de escrita da peça (1944-45). O poeta fala a propósito de “tragédias sobrepostas”, a menor das quais não terá sido aquele momento traumático da sua passagem pela marinha de guerra.

Este episódio biográfico, transposto parcialmente para o conto “A Grã-Canária”, de Os Grão-Capitães, recorda este entrelaçar entre a existência do poeta e a história pátria. Estes “contos cruéis”, diz Jorge de Sena, “devem ser lidos como crónica amarga e violenta dessa era de decomposição do mundo ocidental e desse tempo de uma tirania que castrava Portugal”. Nesta “sequência de contos”, é uma vez mais a matéria biográfica que serve de enquadramento ao testemunho duma época. A obra estrutura-se segundo uma cronologia das acções narrativas, de 1928 a 1958, localizadas no espaço, independentemente da ordem por que foram escritos (a exemplo de Metamorfoses e Arte de música), com excepção para o conto citado.

Nesta mesma linha de “co-responsabilidade do tempo e nossa” se situa o romance Sinais de fogo, parte de um ciclo romanesco que pretendia “cobrir, através das experiências de um narrador, a vida portuguesa desde 1936 a 1959”. Nesta narrativa, centrada no Verão de 1936, a eclosão da Guerra Civil de Espanha é o acontecimento que, como observou Mécia de Sena, catalisa “o despertar do protagonista para a realidade política e social, para o amor e até para o acto da criação poética”. Este romance de formação (ou Bildungsroman), seja qual for a relação entre o Jorge protagonista e o Jorge autor, é a obra-prima de um poeta que nos dá a ver o tempo e o modo de fazer-se um poeta.

Bibliografia de Jorge de Sena

Poesia

Perseguição (1942); Coroa da Terra (1946); Pedra Filosofal (1950); As Evidências (1955); Fidelidade (1958); Poesia-I (Perseguição, Coroa da Terra, Pedra Filosofal, As Evidências, e o inédito Post-Scriptum) (1961; 3.ª ed., 1988); Metamorfoses, seguidas de Quatro Sonetos a Afrodite Anadiómena (1963); Arte de Música (1968); Peregrinatio ad Loca Infecta (1969); 90 e Mais Quatro Poemas de Constantino Cavafy (1970; 3.ª ed., 2003); Poesia de 26 Séculos: De Arquíloco a Nietzsche (1971-72; 3.ª ed., 2001); Exorcismos (1972); Trinta Anos de Poesia (antologia, 1972; 2.ª ed., 1984); Camões Dirige-se aos Seus Contemporâneos e Outros Textos (1973); Conheço o Sal... e Outros Poemas (1974); Sobre Esta Praia... Oito Meditações à beira do Pacífico (1977); Poesia-II (Fidelidade, Metamorfoses, Arte de Música) (1978; 2.ª ed., 1988); Poesia-III (Peregrinatio ad Loca Infecta, Exorcismos, Camões Dirige-se aos Seus Contemporâneos, Conheço o Sal... e Outros Poemas, Sobre Esta Praia...) (1978; 2.ª ed., 1989); Poesia do Século XX: De Thomas Hardy a C. V. Cattaneo (1978; 3.ª ed., 2003); 40 Anos de Servidão (1979; 3.ª ed., 1989); 80 Poemas de Emily Dickinson (1979); Sequências (1980); Visão Perpétua (1982; 2.ª ed., 1989); Post-Scriptum-II (1985); Dedicácias (1999).

Teatro

O Indesejado (António, Rei) (1951; 3.ª ed., 1986); Amparo de Mãe e Mais 5 Peças em 1 Acto (1974); Mater Imperialis: Amparo de Mãe e Mais 5 Peças em 1 Acto seguido de um Apêndice (1990).

Ficção

Andanças do Demónio (1960); A Noite que Fora de Natal (1961); Novas Andanças do Demónio (1966); Os Grão-Capitães: Uma Sequência de Contos (1976; 5.ª ed., 1989); O Físico Prodigioso (1977; 8.ª ed., 2001); Antigas e Novas Andanças do Demónio (1978; 6.ª ed., 2000); Sinais de Fogo (1979; 9.ª ed., 2003); Génesis (1983; 2.ª ed., 1986); Monte Cativo e Outros Projectos de Ficção (1994).

Obras Críticas, de História Geral, Cultural ou Literária

Páginas de Doutrina Estética, de Fernando Pessoa (1946; 2.ª ed., [1964]); Florbela Espanca ou a Expressão do Feminino na Poesia Portuguesa (1947; ed. fac-similada, 1995); Líricas Portuguesas: 3ª Série (1958; 2.ª ed., rev. e aum., em 2 vols.: I, 1975; II, 1983; 3.ª ed. do vol. I, 1984); Da Poesia Portuguesa (1959); História da Literatura Inglesa, de A. C. Ward (1960); «O Poeta é um Fingidor» (1961); O Reino da Estupidez-I (1961; 3.ª ed., 1984); A Literatura Inglesa: Ensaio de Interpretação e de História (1963; 2.ª ed., 1989); Teixeira de Pascoaes: Poesia (1965; 3.ª ed., aum., como A Poesia de Teixeira de Pascoaes, 1982); Uma Canção de Camões (1966; 2.ª ed., 1984); Estudos de História e de Cultura (1967); Os Sonetos de Camões e o Soneto Quinhentista Peninsular (1969; 2.ª ed., 1981); A Estrutura de Os Lusíadas e Outros Estudos Camonianos e de Poesia Peninsular do Século XVI (1970; 2.ª ed., 1980); Dialécticas da Literatura (1973; 2.ª ed., rev. e aum.: Dialécticas Teóricas da Literatura, 1978); Maquiavel e Outros Estudos (1974; 2.ª ed.: Maquiavel, Marx e Outros Estudos, 1991); Francisco de la Torre e D. João de Almeida (1974); Poemas Ingleses, de Fernando Pessoa (1974; 4.ª ed., 1994); Régio, Casais, a presença e Outros Afins (1977); Dialécticas Aplicadas da Literatura (1978); O Reino da Estupidez-II (1978); Trinta Anos de Camões, 1948-1978 (Estudos Camonianos e Correlatos) (1980); Estudos de Literatura Portuguesa-I (1982; 2.ª ed., aum., 1999); Fernando Pessoa & Cª Heterónima (Estudos Coligidos 1940-1978) (1982; 2.ª ed., 1984); Estudos sobre o Vocabulário de Os Lusíadas: Com Notas sobre o Humanismo e o Exoterismo de Camões (1982); Inglaterra Revisitada (Duas Palestras e Seis Cartas de Londres) (1986); Sobre o Romance (Ingleses, Norte-Americanos e Outros) (1986); Estudos de Literatura Portuguesa-II (1988); Estudos de Literatura Portuguesa-III (1988); Estudos de Cultura e Literatura Brasileira (1988); Sobre Cinema (1988); Do Teatro em Portugal (1989); Amor e Outros Verbetes (1992); O Dogma da Trindade Poética (Rimbaud) e Outros Ensaios (1994); Diários (2004); Sobre Literatura e Cultura Britânicas (2005); Poesia e Cultura (2005). No prelo: Sobre Teoria e Crítica Literária; Textos de Intervenção Política; Entrevistas e Inquéritos.

Correspondência

Jorge de Sena / Guilherme de Castilho (1981); Mécia de Sena / Jorge de Sena: Isto Tudo Que Nos Rodeia (Cartas de Amor) (1982); Jorge de Sena / José Régio (1986); Jorge de Sena / Vergílio Ferreira (1987) Cartas a Taborda de Vasconcelos: Correspondência Arquivada (1987); Eduardo Lourenço / Jorge de Sena (1991); Jorge de Sena / Edith Sitwell (1994); Dante Moreira Leite / Jorge de Sena: Registros de uma convivência intelectual (1996).

Antologias (selecção)

Poesia de Jorge de Sena, de Fátima Freitas Morna (1985); Antologia Poética de Jorge de Sena, de Jorge Fazenda Lourenço (1999); A Arte de Jorge de Sena: Uma Antologia, de Jorge Fazenda Lourenço (2004).


Algumas obras sobre Jorge de Sena

Studies on Jorge de Sena, org. Frederick G. Williams e Harvey L. Sharrer (1981); Estudos sobre Jorge de Sena, org. Eugénio Lisboa (1984); Jorge de Sena (n.º esp. Quaderni portoghesi), org. Luciana Stegagno Picchio (1983); A Poet’s Way with Music: Humanism in Jorge de Sena’s Poetry, de Francisco Cota Fagundes (1988); Homenagem a Jorge de Sena (n.º esp. Nova Renascença), org. José Augusto Seabra (1989); O Corpo e os Signos: Ensaios sobre O Físico Prodigioso, de Jorge de Sena, coord. Maria Alzira Seixo (1990); In the Beginning There Was Jorge de Sena’s Genesis: The Birth of a Writer, de Francisco Cota Fagundes (1991); Jorge de Sena: O Homem que Sempre Foi (Colóquio Internacional sobre Jorge de Sena, Universidade de Massachusetts, em Amherst, 1988), org. Francisco Cota Fagundes e José N. Ornelas (1992); Jorge de Sena: Una teoría del testimonio poético (n.º esp. Anthropos), coord. Antonio Sanchez-Romeralo (1993); Evocação de Jorge de Sena (n.º esp. Boletim do SEPESP), org. Gilda Santos (1995); O Físico Prodigioso, a novela poética de Jorge de Sena, de Orlando Nunes de Amorim (1996); A Poesia de Jorge de Sena: Testemunho, Metamorfose, Peregrinação, de Jorge Fazenda Lourenço (1998); Jorge de Sena: Uma Ideia de Teatro (1938-71), de Eugénia Vasques (1998); Metamorfoses do Amor: Estudos sobre a Ficção Breve de Jorge de Sena, de Francisco Cota Fagundes (1999); Jorge de Sena em Rotas Entrecruzadas, org. Gilda Santos (1999); Fenomenologia do Discurso Poético. Ensaio sobre Jorge de Sena, de Luís Adriano Carlos (1999); «Para emergir nascemos»: Estudos em Rememoração de Jorge de Sena, org. Francisco Cota Fagundes e Paula Gândara (2000); Jorge de Sena Vinte Anos Depois (O Colóquio de Lisboa, 1998) (2001); O Brilho dos Sinais. Estudos sobre Jorge de Sena, de Jorge Fazenda Lourenço (2001); Jorge de Sena: Uma Leitura da Tradição, de Ana Maria Gottardi (2002); Tudo Isto Que Nos Rodeia: An International Colloquium, org. Francisco Cota Fagundes e Paula Gândara (2003); A Correspondência de Jorge de Sena: Um Outro Espaço da Sua Escrita, de José Francisco Costa (2003); As Metamorfoses do Corpo e a Problematização da Identidade em O Físico Prodigioso, de Jorge de Sena, e Orlando, de Virginia Woolf, de Orlanda de Azevedo (2003).

Bibliografias

Índices da Poesia de Jorge de Sena (por Primeiros Versos, Título, Data e Nomes Citados), de Mécia de Sena (1990); Uma Bibliografia sobre Jorge de Sena, de Jorge Fazenda Lourenço (1991); Uma Bibliografia Cronológica de Jorge de Sena (1939-1994), de Jorge Fazenda Lourenço e Frederick G. Williams, com Mécia de Sena (1994); «Bibliografia sobre Jorge de Sena (1942-1997)», de Jorge Fazenda Lourenço (Boletim do Centro de Estudos Portugueses Jorge de Sena, Araraquara, n.º 13, 1998).»

(in http://cvc.instituto-camoes.pt/figuras/jdesena.html)

F. Lopes, 12 de Setembro de 2009





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