Um cravo vermelho um dia
fez a mulher ser maior
na sua voz que crescia
libertava-se um cantor.
As palavras do meu canto
entraram na voz do mundo
na hora do desencanto
a instalar-se profundo.
Cresciam ideias novas
mulher a abrir-se ao dia
rejeitar de falsas trovas
da musa da poesia.
Agora a escrita era sua
a inventar amanhã
(nem na palidez da lua
tornava a ver uma irmã).
Elevou grito potente
mulher aqui e de pé
se o homem não está contente
tem de aprender como é!
Lado a lado companheiros
na luta na alegria
sem haver mais carcereiros
prá mulher do novo dia.
Marilia Pimenta
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