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céu no Sul Da França |
A todos sugeria
bela flor
Mas era
cardo que se escondia
Em cada
pétala curvada
Em cada
haste retorcida
Era tal
qual o sol
Ridente e
clara
Meu deus
meu deus quanto engano!
Havia maldade
rara
No gesto de
cada ano.
Tão jovem
era
Tão pura
Tão esfuziante
de vida
Dir-se-ia que
a ternura
Era lei de
sua vida
Dela falava
eloquente
Falava como
ninguém...
Ai de nós se a boca mente
E se tudo é
perversão
A que
apoiar nossa mente
Entre a luz
e escuridão?
Tanta dor!!
Tanto caminho
De espinhos,
de tojos cheios
E o mesmo
riso de arminho
Num sorriso
todo enleio
Por isso o
grito calado
Que dilacera
o canteiro
Onde a
bonina crescia
Sonhando alturas
de outeiro.
Marília
Gonçalves