Eu sou a Poesia que me invade
Lasciva ou terna
Vibrátil ou doce
Ardente ou meiga
Sou feita de voz
poetisa que em versos se deleita.
Abro a janela ao tempo
Ao céu azul
Mas também a abro à tempestade
Trago nas minhas veias a febre do sul
E o vento ao passar vai passa e arde.
À tarde quando zumbem as colmeias
Há lágrimas azuis na cor do mar
Minhas mãos de vazias ficam cheias
De planícies montanhas a adejar
Nasce asa branca quando penso
Quando me entrego ao Mundo
E ao amor
O universo em mim respira fundo
Tudo é beleza e Paz em meu redor.
Olho pra minhas mãos e reconheço
Pombas nascidas brancas
Em menina
No vento bailador
Em pele fina.
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