PORTUGAL QUE FUTURO?
NOTA: NOTA: “O Portugal de que tenho falado e volto a falar , é o palco de um
grande tragédia, e é o nosso: dos
jovens, nossos filhos; dos nossos parentes, amigos e familiares, e o meu e o teu,
o de todos os que vivem com base no
trabalho, ou no rendimento pós trabalho, desde o operário ao médico
do SNS,ou quadro superior do
Estado.”
Espantosamente, apesar
de andarem por aí a dizerem que todos os
diabos que provocam a guerra rondam a Europa,
e que a Europa só ainda está
tranquila,porque transporta as múmias de
duas guerras,e, por isto, mantém a guerra diferida e, nesta linha ,por
cá o imobilismo expectante, leva a que muitos esperem por 2015,para
esconjurarem estes
dias negros,e á frente deles todos encontra-se o Presidente da Republica
que declarou
o que é, no prefácio da obra sobre os seus
dois anos de Presidente, como diz Marcelo Rebelo de Sousa,para
concluir que
dele só se pode esperar silêncio,ou os comentários do costume que o
governo
desconsidera: não ouvindo.
Neste ambiente e sem
ter a presunção a despropósito e despropositada que nos batalhões e
batalhões
de descontentes serei o único que vou com o passo certo, isso,
seria reproduzir a anedota da mãe em relação ao filho recruta, que ele,
sim, ia com o passo errado, quando a mãe julgou o contrário, só que
tenho dúvidas
sobre as músicas, hinos e passos cruzados que nestas manifestações se
deparam.
Todavia, não sendo esta
a questão,o que acontece é que nestas
marchas há vários toques de caixas, vários passos e nem todos os concidadãos, ou
muitos parecem não estarem a captar estas diferenças, o que, pode ser
letal, e para que conste, para memória Futura, lá me exponho a estas
considerações que não são muito queridas pelos optimistas do hoje, será, sobretudo,
importante sobreviver hoje,para lutar amanhã -
o que se fizer ou não se fizer hoje pode comprometer, de um ou outro
modo trágico, a nossa vida colectiva por
dezenas de anos, como em 9 de Março de 2013 foi referido por Clara Ferreira Alves no programa eixo do
mal, da SIC, de 9 de Março 2013.
Nos batalhões de descontentes
de cujo grupo faço parte e lá marcho, vão todos com o passo certo no que toca
ao PRESENTE, ou seja, manifestar o descontentamento por aquilo que está
acontecer, que este governo deve ir embora e a governação da Europa se alterar,
como diz Boaventura Santos, (revista Visão
de 7-13 Fevereiro 2013) as pessoas marcham pela DEMOCRACIA, pela DIGNIDADE e por PATRIOTISMO, o que,
também venho a referir desta há muito,
juntando uma outra dimensão fundamental: o DESENVOLVIMENTO.
De facto as pessoas marcham, porque a economia
do país está a ficar arrasada, e nós numa rota de empobrecimento que nos vai
atirando para os níveis de vida de 2004, até com o suposto
desejo de diminuição do salário mínimo que
já é de pobreza grave, ( Terror e horror), contudo para os
desempregados é já o Inferno, já estão próximos do ambiente social
semelhante ao de Marrocos, para
onde de acordo com as nossas riquezas exploradas e produção de riqueza interna, imoralidade e corrupção seremos atirados, irrevogavelmente, se não agirmos em todos os eixos acima
referidos: DEMOCRACIA; DIGNIDADE; PATRIOTISMO, DESENVOLVIMENTO.
E, como desde Ferreira Leite, Santana Lopes, Almirantes e Generais das Forças Armadas,
Pacheco Pereira, Freitas do Amaral, Mário Soares, Pires de Lima ( que fala da
escravatura fiscal) Jorge Coelho,
trabalhadores, classe média, verdadeiros
destruidores políticos do carácter de gente pobra que lutou pela democracia e pelo
seu país, há o consenso de que a democracia, e o reerguer de Portugal já não é
possível com este governo por um duplo motivo: não governa para além da escravatura
fiscal e pela sua completa submissão a
Merkel/ FMI/BCE, pelo que deve ser demitido, mas não é, e, aqui, está a grande QUESTÃO: QUE SOLUÇÃO PARA O FUTURO?
A questão é que o Presidente
da República não demite este governo, porque é parte do problema e o PS NÃO
QUER A DEMISSÃO DESTE GOVERNO, porque também é parte do problema, e, ambos PR e
PS esperam que PPC fique até 2015 e que tenha
algum sucesso nestas politicas, sobretudo na área da reorganização da balburdia
governativa, e que em 2015 parta e deixe a governação ao PS, com menos escolhos
que actualmente, e, neste âmbito nem o PR, nem o PS farão algo que contrarie
esta perspectiva calculista do PS e de inacção e imobilismo do PR, todavia este
joguismo pode falhar, e, então temos 2 caminhos:
a. A ALTERNÂNCIA
O PR e o PS com o agravamento em espiral do empobrecimento do país, e as contestações
sociais verificam que é insustentável o
exercício da governação por este governo, se nem sequer receber algum prémio de Merkel e do sindicato dos países
ricos do norte, e sobretudo quando se convenceram também que a continuação de tão trágica governação tornará Portugal num país miserável por décadas, e, então, o
PS juntar-se-à ao PCP e Bloco de Esquerda para o Presidente da República demitir
este governo e convocar eleições, o que, no limite e a muita dificuldade o PR fará,
seguindo-se uma alternância de mais do mesmo, embora o PCP e o Bloco de Esquerda
calculem que o governo que se seguirá não pode ser só do PS e muito menos do
PS/PSD, mesmo sem Passos Coelho, como
necessariamente acontecerá.
PPC não será mais candidato a 1º Ministro
pelo PSD, nem ele quer. Na actual
conjuntura somente quer cumprir a tarefa actual que lhe foi atribuída pelo DEUS
TODO TENEBROSO DO CAPITAL FINANCEIRO MUNDIAL, e depois espera sentir-se muito confortável
com as recompensas a receber, mas também neste quadro de eleições antecipadas a mão invisível e quase todos desejam que António
Seguro, nada seguro, já não seja o timoneiro do PS, seria bom, mas o líder que
se segue nunca deveria ser António Costa, mas, seja como for, esta é a solução com
uma crise politica de baixa intensidade que poderá satisfazer as estratégia dos
partidos, diferir as graves questões que enfrentamos, mas não as resolver.
Contudo chegados a este patamar uma significativa parte do movimento de contestação social tenderá a considerar
significativamente alcançados os seus objectivos e regressará à normalidade/
anormal da alternância, que governará o país até à próxima crise, e haverá também uma enorme
frustração e cansaço dos que queriam uma
alternativa significativa a estas politicas dos partidos. Quadro este
que será tão mais activado, quanto as
eleições alemães o possam favorecer, isto é, uma derrota de Merkel, não provável, era oiro sobre azul.
Contudo o governo pode cair pelos movimentos
sociais, mas não de um modo tão
concordante com a visão do PCP que se
considera a força hegemónica e sobredeterminante do sentido e querer desses movimentos,
o que, procurará garantir. Todavia se estes movimentos se radicalizarem e destituírem o governo, sem aceitarem a emergência de outro de alternância,
temos então um verdadeiro e grande problema politico que poderia servir para o
inicio da REVOLUÇÃO POLITICA deste Século, para PORTUGAL;
b- A REVOLUÇÃO POLÍTICA EM PORTUGAL.
No caso dos movimentos sociais saírem ganhadores e quererem uma alternativa politica, então, no terreno organizada só existe a do PCP, ou em resposta a uma
eventual grave crise politica de caos ou queda do poder na rua, pode surgir uma
solução musculada militar ou politica-militar com expressivo apoio da união
europeia, e quanto a esta já todos conhecem o resultado, embora muitos a
considerem impossível, mas não é, obviamente, a história de Portugal diz que é muito difícil, porque a juventude, actualmente não a aceita,
como também pode não aceitar outras,e,aqui é que está o VERDADEIRO PASSO
ERRADO DE MUITOS NESTES MOVIMENTOS SOCIAIS DE CONTESTAÇÃO ou seja, MARCHAM, MARCHAM protestando mas não estão a criar o
PROJECTO POLITICO DO FUTURO PARA O APROFUNDAMENTO DA DEMOCRACIA, naturalmente
livre e participativa; A DEFESA DA DIGNIDADE HUMANA, do nascimento até à morte;
O DESENVOLVIMENTO para evitar o empobrecimento forçado e a DEFESA DA SOBERANIA
NACIONAL, e, de igual modo, o grupo de LIDERANÇA, e o certo, certo é que dentro e
fora destes movimentos, não o representando, há grupos, forças politicas com o passo certíssimo e que assaltarão o poder, se este perder o rumo, não tiver nem projecto, nem
liderança, exactamente porque após a queda do governo, se for pela via dos movimentos sociais, quem tiver unhas
dentro ou fora destes movimentos, vai agarrar-se ao poder, e se
estes vencedores não forem os do projecto nacional que a Nação precisa, podem instalar-se
no poder de um modo musculado por muitas décadas.
c- A INACÇÃO PRESIDENCIAL
Haveria sempre a hipótese de um governo de iniciativa presidencial, mas depois
do que tem dito, e redito, o PR, tal expectativa sai gorada, e só será accionada
se os DEUSES DA GUERRA POR AÍ À SOLTA AMEAÇAREM PORTUGAL COM UM PROFUNDÍSSIMA CRISE
SOCIAL COM CARÁCTER POLÍTICO E VIOLENTO, pois parece que se nunca tomar esta dimensão,
provocatoriamente nem Governo, nem a Troika parece querem ouvir o que Portugal
diz.
Conclusão como as
coisas vão: ou chegamos a uma tragédia
com este governo; ou a mitigamos com uma
alternância através de eleições, hipótese mais provável; ou num quadro de uma
grave crise politica se não se constituir antes uma sólida e mobilizadora alternativa nacional à
tragédia, esta será inevitável e
inimaginável.
Andrade da Silva-
Capitão de Abril
Resposa a Andrade da Silva
Capitão, da tua Consciência Cidadã, sempre Alerta, do teu Amor Pátrio, do teu saber e do homem de terreno junto ao Povo, surge esta profunda constatação, duma realidade que nos pode efectivamente reservar surpresas. Que à tua clarividência se junte rápida a deste Povo, quando já muito pouco tem a perder e o desespero cresce por culpa agravada do Governo, cada dia que passa! Outras políticas se impõe, para podermos regressar à Dignidade dos Direitos para todos, iniciados em Abril de 74, e prematuramente interrompidos, com o dealbar do maléfico 25 de Novembro, cujas consequências, hoje, melhor que nunca, podemos medir! Para evitar o surgir dum Salvador da Pátria, que desgraçadamente já foi experimentado em Portugal e nos roubou 48 nos de História, é urgente uma tomada de Consciência do Povo que trabalha, ou deveria trabalhar, se esse Direito, lhe não fosse negado também, entre os mais direitos no Portugal espoliado. Uma acção, organizada e reflectida dum Colectivo Popular, seriam um inicio de Caminho, para i regresso duma Esperança que actia reerga Portugal. Apelo pois contigo, Capitão, aos filhos de Portugal, cansados de sofrer e de ver mirrar Portugal política e economicamente, para que façam o gesto Cidadão que os salvará, exigindo de imediato a demissão deste Governo, e exigindo um programa político coerente e claro, para futuros candidatos a possíveis eleições a curto prazo, para que nunca mais, o horror a que se assiste se posa repetir, numa perda da identidade Nacional, hoje enfeudada à Europa da Merkel e aos senhores do Mundo através da política de Mundialização, em que o primeiro a ser Mundializado pelas forças do Dinheiro, foi o sofrimento dos Povos!. Em pé Povo de Portugal! Forte e Digno para reconstruir o Futuro de Portugal e de seus filhos. O meu abraço amigo e a minha profunda admiração, por superares dores próprias, para te ergueres em filho Digno de Portugal.
Marília Gonçalves