Outra
estratégia do Grupo Ocidental que projecta “ Uma Nova Ordem Mundial”
para o domínio dos seus recursos (Humanos e naturais), através da
ditadura mundial!
ACORDEM POVOS!
É esta a ajuda internacional na
Democratização de África! Ajudam-na a afundar em todos os aspectos,
apoiando a corrupção, o subdesenvolvimento total e tornando-a dependente
de ajudas internacionais, quando ela tem todas as condições Humanas e
em recursos Naturais para se manter sem mendicar apoios externos!
Tudo encoberto virá a superfície! Até que a consciência lhes doa!
Onde
estão os Direitos Humanos?! Depois da guerra sangrenta de mais de
trinta anos, mais uma vez os Povos Pacíficos de Angola enfrentam a
"guerra de usurpação externa" pelos seus recursos naturais!
Os Países de África que abandonem as Nações Unidas!Chega de hipocrisia!
Como ficam os Direitos Humanos? Onde está as Nações Unidas?
Os Povos de Angola sofrem novamente, com a cumplicidade e o silêncio Internacional! Como ficam os Direitos Humanos?
Como ficam as Crianças de Angola, com tanta miséria imposta?! Onde estão os Direitos Humanos para África?!...
Para que serve o Desenvolvimento Científico se a deshumanização e a indiferença imperam no seu seio?!
Como ficam as Crianças de África?
" afrika süd Nr. 1, 2011
Dinheiro sujo a procura de local de lavagem
Banco Quantum e o novo emprego de Ernst Welteke em Africa.
Negócios
em Angola foram sempre um assunto muito delicado, pois os parceiros
internacionais do governo angolano não são isentos da corrupção que
domina em todas as areas do comercio estatal. Assim os negocios dos
bancos alemães como o Commerzbank, Deutsche Bank, West LB, ou BHF são
considerados em Luanda como um apoio seguro do regime de Jose Eduardo
dos Santos e que por isso usufruem de todo o tipo de direitos. Um caso
especialmente explosivo da recente história bancária de Angola foi o
surgimento do “Banco Quantum” uma companhia offshore, ou cuja finanças
localizam-se no estrangeiro, neste caso concreto situada na Suiça. O
presidente do Conselho administrativo desse banco privado do presidente
angolano, no qual o seu filho Zénu dos Santos também participa, nao é
uma outra pessoa senão Ernst Welteke, o antigo chefe do Banco Federal de
Alemanha, o banco de Reserva muito conhecido como Bundesbank.
Emanuel Matondo (jornalista e autor angolano)
Durante
dezenas de anos os membros do parlamento angolano nunca perderam a
oportunidade de sublinhar sempre a falta de transparência e o desfalque
dos meios financeiros , devido a fuga de capitais para o estrangeiro,
quando se tratasse de discutir sobre a forma adequada de emprego das
receitas das vendas de petróleo. O governo sob José Eduardo dos Santos
dava ao seu primeiro ministro ou ao secretário geral do MPLA a tarefa de
explicar que as receitas petroliferas depositadas no exterior eram
contas estrategicas de suporte para Angola, que tinham como objectivo o
de serem utilizadas para o bem de todo o povo em tempos precários. A
última vez que se discutiu sobre o emprego adequado das receitas das
vendas de petroleo foi em 2004 por requerimento controverso de uma
pequena fracção da oposição, antes de ser aprovada uma nova “lei do
petroleo” . Esse requerimento foi logrado de um insucesso, pois o
partido governamental foi de opinião que não havia motivos alguns para a
alteração dos já aprovados moldes de distribuição das receitas das
vendas de matérias primas como a fundação de um “Permanent Dividend or
Charitable Trust Oil Fund” a exemplo dos existents na Escocia, Alaska ou
Noruega, ou mesmo nesse contesto para ser aprovada uma lei para Angola a
esse propósito.
Meses
depois descobriu-se por acaso que dos Santos e os seus conselheiros
económicos elaboraram em secreto e fora dos debates parlamentares um
conceito dum Sovereign Wealth Fund (SWF, Fundo de Riqueza Soberana),
semelhante aos modelos da Rússia e dos reinos árabes. Pelo menos no
papel foi fundado um tal tipo de reserva monetaria denominado Angola
Reserve Fund for Oil (Fundo Angolano de Reserva das Receitas de
Petróleo). Só depois disso vir ao de cima é que o então ministro das
finanças José Pedro Morais, deu conhecimento à imprensa internacional
sobre a existência desse fundo monetario e os membros do parlamento do
seu partido tiveram autorização para discutir sobre esse assunto. O
plano do governo era o de transformar os fundos de receitas das vendas
de petroleo em investimentos impresariais ou investimentos em países
considerados amigos de regime actual.
No
ano de 2006 o governo fundou o Banco angolano de Desenvolvimento,
sustentado por receitas petroliferas, mas sob o controle da empresa
petrolifera estatal Sonagol e não do parlamento. Sómente no ano 2007 o
conselho de ministro aprovou a lei de fundação da Angola Reserve Fund
for Oil, para onde são depositadas as receitas monetárias que resultam
das diferenças entre os preço de venda do petroleo angolano no Mercado
internacional e do preço orçamentado no ano de 2007 no valor de 45 US$
por barril. Essa “fixação de preços angolana” no orçamento do estado foi
um dos maiores problemas durante o processo de implementação da Lei
Constitucional . Esse problema existe até hoje. O governo impõe um preço
de venda que é extremamente inferior ao do mercado internacional. Ainda
faltam explicações pela parte dos governantes angolanos até hoje em dia
onde fica a diferência do valor de preço não referênciado.
Companhia Offshore na Suiça
Após
a decisão do Conselho de Ministros, foi concedido ao banco central,
Banco Nacional de Angola (BNA) o direito de criar o chamado Angola Oil
Funding. O chefe do BNA Alberto Fernandes da Silva que deveria elaborar a
fundação desse organismo tendo como modelo os dos países do Golfo,
incumbiu por falta de competência essa tarefa à companhia offshore suiça
Quantum Global Wealth Management AG, situada no Cantão Zug, e segundo
extractos dos registros comerciais, registada aos 02.12.2003 (1), com o
objectivo de “contactar bancos ocidentais e peritos de finanças” (2),
para a elaboração do projecto “Administração dos Fundos monetarios do
petroleo de Angola”.
Segundo
os extractos dos registos comerciais, Quantum Global Wealth Management
AG, a sucessora de uma outra companhia offshore chamada RBK Allfinanz
AG, que segundo os estatutos fora fundada uma semana antes ou seja aos
28.11.2003 por Jean-Claude Bastos de Morais como presidente e por Marcel
Krüse como membro. Os dois com direito de assinatura conjunta. Até
princípios de Janeiro de 2007 a companhia acima citada ainda se
denominava RBK Allfinanz AG. Aos 11 de Janeiro de 2007 os dois
protagonistas mudaram o seu nome para Quantum Global Wealth Management
AG (3).
Os
objectivos dessa firma por correspondencia eram segundo estratos de
registo do ano de 2003 planeamento , consultoria e servir de medianeira
de prestação de serviços financeiros de todo o tipo, sobretudo
relativamente não so às contratações e envolvimentos de seguros, mas
como também à criação de bens, possibilidades de disposições de bens e
prevenções; Usufrui por isso o direito de angariar fundos e lhe é
atribuida a possibilidade de disposições e acções de direito para o bem
da sociedade”. Porém até agora, matem-se um segredo sobre o tipo de
actividades é que essa firma exerceu té a data actual. Segundo
informações, Bastos fundou numa dada altura do ano de 2004 a companhia
Quantum Capital S.A., uma empresa autónoma dentro dos direitos
angolanos, que dispõe de bancos e serviços de investimrentos em Angola
em cooperação com parceiros internacionais (4).
Com
a aprovação do novo estatuto de 2007 os seus objectivos foram também
alterados. Assim esses passaram a ser: “Prestação de serviços na area de
promoção de vendas, atendimento de clientes consultorias no ramo global
de administração de bens; essa instituição pode criar subfirmas, ser
parceira de outras empresas, tem direito a aquisição e hipoteca venda e
administração de terras, assim como o de financiamento facturas próprias
de de terceiros (5).
Ernst Welteke, o proeminente alemão, entra no jogo (de roubo)
Com
a inscrição no registro comercial nr. 77 de 23.04.2007, Ernst Welteke o
antigo chefe do Banco Federal Alemão Bundesbank começou a exercer a
função de vice-presidente do conselho administrative do Quantum Global
Wealth Management AG (6).
Ernst
Welteke é economista e politico destacado do Partido Social Democratico
alemão SPD. Ele foi de 1999 até 2004 presidente do Bundesbank e foi de
1974 até 1995 deputado do estado de Hesse. Ele foi nos anos 80 durante
curto tempo presidente da fracção parlamentária do partido SPD no estado
federal de Hesse. Em 1991 passou a ministro das finanças de Hesse, sob
Presidencia de conselho do estado federal de Hans Eichel. Em 1995
Welteke foi nomeado president e do Banco Central Estadual de Hesse, cuja
proposta for a feita pelo seu companheiro politico de varios anos
Eichel. Em Setembro de 1999 tornou-se presidente do famoso Bundesbank.
Dentro dessa função ele defendia os interesses do Bundesbank no Conselho
do Banco Central Europeu (BCE). Welteke esteve também envolvido no
escândalos conhecidos na Alemanha como o caso Adlon (7) e o caso de
burla imobiliária Schneider (8).
Bastos
de Morais, Marcel Krüse e Welteke conhecem-se a partir de um outro
negócio, nomeadamente o da empresa Stampa & Partners Holding AG de
Friburgo na Suiça, também com uma filial em cantão Zug (9). A Quantum
Global Wealth Management AG está sob a presidencia de Thomas Ladner, um
representante da cultura “de companhias offshore” no paraíso fiscal, em
Zug.
Mais
personagens que fazem parte da direção e do conselho administrative da
Quantum Global Wealth são entre outras Jean-Claude Bastos de Morais, um
suiço de origem angolana, Marcel Krüse, também cidadão suiço, Ernst
Welteke, domiciliado em Offenbach/Main (Alemanha) (como presidente do
conselho administrativo), Garreth Fielding, cidadão britanico,
domiciliado em Londres (Grã-Bretanha), e Zug (Suiça) como director e
Morten Kleven, cidadão noruegues, domiciliado em Küsnacht/Zurique
(Suiça) como membro do conselho administrative (10).
Local e máquina de lavagem de dinheiro: Banco Quantum
Com
o surgimento da Quantum Global Wealth Management AG e graças a
influencia da proeminencia europeia, sobretudo a alemã os governantes
angolanos estabeleceram as bases para a fundação do banco privado, Banco
Quantum que exerce as suas actividades operativas em Novembro de
inicios de 2008. É de conhecimento publico em Angola, que o Banco
Quantum é um banco privado do president José Eduardo dos Santos e seus
familiares, particularmente seu filho José Filomeno dos Santos, alias
Zénu dos Santos, segundo a confirmação pela uma fonte angolana. O
objectivo principal desse banco parece ser a administração
intransparente, ou melhor ainda a bifurcação e desvio das receitas de
petróleo.
Oficialmente
o Banco Quantum não admite a existência de uma ligação directa com a
Quantum Capital S.A., mas reconhece que existem contactos com essa
através de Jean-Claude Bastos de Morais. Os dados avaliados mostram
entretanto uma outra imagem: A quando da fundação do Banco Quantum
Bastos e Krüse foram as figuras principais e não foi por acaso que as
companhias afiliadas desse banco angolano se situam no paraísos fiscais
da Suiça em Zurique e Zug e nas Caraíbas, neste caso British Virgin
Islands, Tortola. Também muitos documentos do passado e actual de desvio
de fundos e fuga de capitais pelos dirigentes da empresa estatal
angolana Sonangol indicam esse capital do paraíso fiscal Tortola de
British Virgin Islands.
Bastos
e Krüse não são pessoas desconhecidas no cantão Zug e os seus contactos
chegam até aos círculos mais influentes dos partidos e politicos
suiços. Como exemplo os dois protaqgonistas foram fortemente apoiados
por Otto Ineichen, do Conselho Nacional do FDP da Suiça, quando eles
propuseram a criação da Pro KMU Investment AG e juntamente aquele
Politico como conselho administrativo levaram a mesma instituição à
falência (11). Faz parte do mesmo partido FDP o actual Procurador Geral
de Genebra e Chefe Accusador de Justiça Daniel Zappelli, que é uma
pessoa muito controversa na Suiça e que está sob suspeita de “desleixar
importantes prozessos criminais de lavagem de dinheiro entre eles o
prozesso contra o presidente do Pakistão” (12) ou de pura e simplesmente
cancela-los sem a minima justificação (como entre outros o processo
contra Pierre Falcone e o Presidente angolano Dos Santos por desvio dos
fundos de dívida angolana à Rússia). Através desse partido circulam as
ligações directas entre os fundadores das companhias offsore e as
personalidades mais poderosas na Suiça. Bastos e Krüse podem por assim
exercer os seus negócios ilegais e escuros sob contrato da elite
angolana por toda a Europa a partir da Suiça, sem qualquer tipo de
problemas e sem complicações ou com total impunidade.
Extractos
dos registros comerciais de diferentes cantões suiços mostram inúmeras
fundações de empresas com vastas ramificações e interdependências
efectuadas por essas duas personagens. Algumas dessas empresas foram
declaradas insolventes, pouco tempo depois de terem sido criadas e por
isso poderam ser irradiadas. Assim por exemplo o Juizado de Investigação
(Untersuchungsrichteramt) de cantão Zug abriu um processo criminal
contra eles depois de o liquidador da empresa Pro KMU Invest AG, que
fora oficialmente contratado ter feito uma denúncia contra esses dois
presidentes do conselho administrativo por suspeitas de burla, falsas
informações sobre actividades comerciais, infidelidades em aquisições
comerciais e supressão de Certificados.
Segundo
informações da imprensa angolana Jean-Claude Bastos de Morais e José
Filomeno dos Santos, aliais Zenú dos Santos, o filho do president
angolano frequentaram a mesma escola na Suiça. Como na altura em que
eram colegas de escola, os dois continuam muito amigos. Zenú dos Santos
que é tido pelos alguns como o possivel successor do president José
Eduardo dos Santos quando esse deixar o poder, tem fortes conexões tanto
com os negocios privados e secretos do seu pai como com circulo mais
poderoso do petroleo de Angola. Depois de terminar os seus estudos de
engenharia electronica em Londres ocupou logo uma posição de destaque na
companhia estatal angolana de petróleos Sonangol. O seu pai confiou-lhe
também o dossier de criação de fundos de petróleo.
Zenú
mobilizou para isso os seu antigo colega de escola Bastos de Morais
para o projecto Banco Quantum. Bastos por seu lado que é considerado
“porteiro” no mundo das Private Equity e companhias offshore da Suiça,
utiliza os seus bons contactos com Ernst Welteke (14). De facto carregou
conhecidos banqueiros alemães para o mesmo barco. Assim Welteke
tornou-se presidente do banco privado Banco Quantum e ao mesmo tempo
banqueiro de investimentos contratado pelo presidente dos Santos (15).
Junto
a Ernst Welteke, Jean-Claude Bastos de Morais e outras personalidades
importantes da Sonangol e do seu Banco Africano de Investimentos (BAI) é
também o filho do president, José Filomeno dos Santos membro do
conselho Administrativo do Banco Quantum. Pelo facto de segundo o que
até agora se verificou, as grandes figuras desses dois bancos serem a
favor de grande corrupção, lavagem de dinheiro, fuga de capitais e
saques indecentes, Ernst Welteke pôde depois da sua saída do Bundesbank
ou até um pouco antes disso movimentar-se nos circulos escuros de crime
económico organizado internacional e dar o seu contributo à mesmo.
Segundo
publicações da embaixada da Holanda em Luanda, Jean-Claude Bastos de
Morais e Marcel Krüse têm boas ligações com Nick Busink, director
financeiro da Glencore Internacional AG e perito holandês, também
domiciliado em Zug, e com direitas ligações com os barões do petróleo de
Angola. Segundo o que se pôde verificar até agora Nick Busink é também
um antigo homem de confiança e sócio de Marc Rich, o fundador da maior
companhia mundial de petróleos Glencore, que a partir do cantão Zug
exerce especulações de várias matérias primas e que se ressaltou no
financiamento do Regime do Apartheid na Africa do Sul. O nome de Marc
Rich está também ligado ao escândalo do programa ONU “Oil for Food” com
Sadam Hussein no Iraque. Nick Busink exerce também o papel de “consultor
da Republica de Angola” e faz parte do grupo de individuos privados no
estrangeiro que têm direito de accesso como de movimentações de contas
do governo angolano e fundos públicos de Angola no exterior.
Ambos,
Marc Rich e Nick Busink jogaram um papael de destaque na compra illegal
de armas que entre 1993 e 1994, conduziu ao escandalo Angolagate na
França. Foi a firma Glencore Finance AG que com a participação activa de
Marc Rich e Nick Busink concedeu um checke de um bilhão de Us-Dollares
aos negociantes de armas Pierre Falcone e Arcadi Gaydamak para a
aquisição de armamento, apesar do embargo da ONU. Segundo documentos
avaliados todos os protagonistas conhecem-se entre si e nos ultimos 15 a
20 anos sempre estiveram entreligados em varias especulações e negócios
escuros. O número de firmas nas quais essas personagens em conjunto
fazem parte dos conselhos administrativos é enorme.
Cantão Zug: Discrição para burladores de impostos e paraíso fiscal para os ditadores
Segundo
o que se pode verificar até agora o Banco Quantum tem que admitir que o
cantão Zug foi uma escolha muito importante para si. O cantão Zug não
serve só como “Offshore Jurisdiction” assim como Zurique, Tessin etc.,
mas como também serve de plataforma para negócios e contrabandos de
petroleos (17). A partir de Zug, uma cidade católica com apenas 100.000
habitantes , mas com mais de 27.000 bancos e empresas offshore, muitas
delas só com caixas postais, são exercidos quase todos os negócios de
matérias primas, que ditam o Mercado mundial: petróleo, diamantes e
outros minerais, produtos agrícolas, sementes, etc. Ali está situada a
maior companhia mundial de petróleos , Glencore Internacional AG de Marc
Rich e exerce a partir daí os negócios com os já citados produtos em
todo o mundo. A Glencore foi por exemplo no ano de “2005” a empresa na
Suiça com o maior índice de vendas no valor de 119 bilhões de francos
suiços, muito além da Nestlé e Novartis. Marc Rich foi procurado durante
muito tempo pela justiça dos Estados Unidos, recebeu porém protecção
dos governantes suiços. Mais tarde foi amnestiado pelo president Bill
Clinton um pouco antes do fim do seu mandato, amnistia obtida contra
pagamento, segundo informantes.
O
cantão Zug oferece uma grande discrição a nivel mundial para burladores
de impostos e companhias offshore, muitas delas marcam presença naquela
cidade só com uma caixa postal. A elite angolana está já lá presente
desde há muitos anos, segundo um informante local. Foram identificadas
as seguintes companhias offshore em relacionadas com o Banco Quantum e
Ernst Welteke: Quantum Global Real State e Quantum Capital International
S.A., Road Town, British Virgin Islands, Zug (Suiça) Branch. Quanto a
primeira empresa é Ernst Welteke o presidente do conselho
administrativo, enquanto que o proprietário único da segunda é Marcel
Krüse , um antigo empregado da PriceWaterhouseCoopers . Essa filial
Quantum Capital International S.A., Road Town, Zug/Swiss Brach, serve de
contacto directo com o paraiso fiscal nas caraíbas, British Virgin
Islands. As receitas dos negócios de petróleos são movimentadas para a
Suiça, uma parte é depositada como “Global wealth” (riqueza global)
outra parte segue através do cantão Zug o seu caminho para outras
“Juridicções Offshore” como a Britsh Virgin Islands (Quantum Capital
S.A., Tortola/Zug), Bahamas, Bermudas, Delaware e Londres.
Todas
essas empresas com capitais activos angolanos, nomeadamente a Quantum
Global Management, Real Estate e Capital International AG/SA/Ltd, estão
situadas na “Grafenauweg 6” uma rua muito conhecida pelas aí existentes
companhias offshore, directamente atràs da estação central de Zug. Só
nesse endereço estão registadas segundo contagens próprias mais de 40
empresas. A casa com o número 6 da mesma rua já serviu também segundo
registros de installação de uma filial da empresa quimica multinacional
alemã BASF em 1983. Também a empresa Wintershall Erdgas AG, com sede
social na cidade alemã Kassel e uma filial da BASF, teve aí as suas
instalações antes de mudar as mesmas para o número 8 daquela rua.
A
Winterschall Erdgas AG negoceia actualmente com o governo angolano
sobre a a participação activa no grande projecto de gás liquido
(Liquified Natural Gas, LNG) com as outras empresas destacadas alemãs
E.on AG, Ruhrgas e EnBW. Parte-se de princípio que o fio da meada tem
inicio em Zug, pois todos os encarregados estrangeiros de negocios de
petroleo de angola estão domiciliados em Genebra nomeadamente Nick
Busink, da Glencore, Jean-Claude Bastos e Marcel Krüse, Crossoil e
Mouvoil AG. Os registros de Crossoil SA consultados em Genebra com
numéro Fed. Nr CH-660-0947996-5 sob Ref. Nr 05634/1996 identificam
claramente os seguintes personalidades angolanas, um francês e um
advogado suiço como fundadores, já em 1996: Manuel Vicente, actual
Presidente de Sonangol, como co-fundador e administrador; José Carlos de
Castro Paíva, naquela altura representante de Sonangol em Londres
(Reino Unido) e actualmente Presidente de Conselho Administrativo do
banco privado angolano Banco Africano de Investimento (BAI), com capital
activo dos homens de poder como co-fundador e administrador; Désidero
Costa, naquela altura vice-ministro de petroleo (entre 1984 até 2002,
entre 2002-2008 ministro titular) como co-fundador e administrador
geral; Jack Sigolet, antigo alto-funcionário de Elf Aquitaine envolvido
no escandâlo Angolagate como co-fundador e Director; e Nicolas Junod,
advogado suiço e mencionado pelos informantes como especialista de
paraíso fiscal, ou para a criação e assegurar os fundos desviados pelos
ditadores, particularmente africanos. Fontes na Genebra confirmaram uma
inivestigação judicial contra Sigolet e o advogado Junod por causa de
contrabanda no negocio internacional de petroleo angolano com
implicações directas de Manuel Vicente e seus sócios angolanos no
Conselho Administrativo do Crossoil SA. Também o nome do Presidente
angolano Dos Santos foi mencionado por contrabanda petrolifera, via
terra helvetica.
Um
contacto mais inportante com a Glencore mas na Alemanha é a firma SET
Select GmbH de Hamburgo, que já antes tivera financiado juntamente o
império de Marc Rich projectos na Europa do Leste. SET Select GmbH,
antigo membro do grupo lobbysta que limpa a imagem do despote angolano
na Alemanha a Iniciativa Económica Alemanha-Angola (DAWI e.V.), é um
grande negociante e explorador de petróleos que também está interessado
no projecto de gás liquido LNG. Possivelmente a firma de Hamburgo tem
mais chances de uma participação commercial devido aos seus contactos
com a Glencore Internacional AG em Zug, o membro de ligação com o poder
central em Angola.
Através
da Glencore circulam os contactos da elite de Angola para
Crans-Montana, Davos/Suiça, onde os milhões de créditos entre os
representantes militares de Angola, Marc Rich e outros actores foram
fixados em acordos informais, durante um “Forum economic Mundial (WEF)”.
Segundo documentações, a Fondation Guilé, também uma “organizadora do
diáloge entre representantes de governos e os lideres económicos
mundiais“ durante o WEF /Davos, mantém contactos directos com a
“Fundação para a Inovação Africana” em Zurique, da qual o professor Dr.
Ernst Brugge é membro do conselho executivo, exercendo o cargo de
conselheiro administrativo, ao lado de Walter Fust (ex-chefe do
Departamento helvetico para a Cooperação Internacional DEZA/Suiça e
dirigente das negociações com o Presidente Dos Santos sobre a devolução
do dinheiro angolano retido até 2005 em Genebra), Jean-Claude Bastos de
Morais e José Filomeno de Sousa Santos (Zénu dos Santos). Marc Rich
manteve não só contactos com ambos traficantes de armas (Pierre Falcone e
Arcadi Gaydamak), mas também com Jean-Claude Bastos de Morais e Marcel
Krüse (Rich+Co Investment). Antes da sua mudança para Zug, as filiais
do Banco Quantum, entre elas a Quantum Real State e a Quantum Global
Wealth Management estavam domiciliadas no mesmo endereço em que a
“Fundação para a Inovação Africana” estave, nomeadamente na Limmatquai
92, no Zurique, Suiça (18).
Os
conselhos administrativos dessa “fundação” duvidosa querem fazer crer
que eles têm juntamente o filho de um dos mais corruptos governantes do
mundo a intenção de promover a transparência nos processos e movimentos
no sector publico e acabar com a corrupção nos sectores publico e
privado…, mas como também manter a sustentabilidades dessas” (veja
extractos dos registros).
Para
além disso, sublinha-se que todas as personagens com quem Ernst Welteke
está relacionado têm ou tiveram um passado criminoso. Estão a ser
precessadas investigações contra Jean-Claude Bastos de Morais e Marcel
Krüse, também contra Marcel Rohner, antigo chefe do Banco suiço UBS AG,
que Ernst Welteke nomeou como presidente da Quantum Global Real Estate
AG (Zug). O mesmo já foi objecto de investigações da justiça dos Estados
Unidos de America (EUA). Rohner foi de facto a figura central que
incitou os clientes da UBS AG à fuga de impostos ou fraude fiscal. Ele
pôde livrar-se da prisão, porque o governo dos estados Unidos negociou a
sua insenção. Segundo informações, Marcel Rohner é tido como
especialista das questões de Real-Estate e particularmente de negócios
especulativos imobiliários. Os Angolanos podem notar que o Banco UBS AG
jogou no passado e ainda continua de jogar um papel importante para a
fuga de capitais angolanos não só pelo Dos Santos mas pelos dirigentes
corruptos do regime actual em Angola.
Ernst
Welteke é também membro do conselho administrativo do Banco para
Compensações Internacionais (BIZ), fundado em 1930 com domicilio em
Basel/Suiça. Esse banco desempenhou um papel negativo na era nazista.
Mais informações sobre o passado desse banco ou suas duvidosas reservas
de ouro podem ser lidas na Wikipedia. Welteke é ainda por cima membro da
associação doadora da Fundação Friedrich-Ebert e activo no Partido
Social Democrata alemão (SPD) 19.
Observações:
2.
Africa Energy Intelligence. Track Link: Trade & Investment
Newsletter no 02, February 2008, Royal Netherlands Embassy Luanda,
Angola
3.
Registro comercial de Cantão Zug com numero empresarial:
CH-170.3.026.783-3, data de estatuto (2) de 11.01.2007; mudança de
estatuto: 11.01.2007. Nova empresa. Registro comercial, Nr. 24
Segunda-feira, 05.02.2007 - 125° ano
4.
„Quantum
Bank is likely to open very soon in Angola“, Novo Journal/Royal
Netherlands Embassy Luanda, Angola; Ver também: „Quantum Capital SA“, www.ebizguides.com
5. Extracto de registro comercial/Numero empresarial: CH-170.3.026.783-3
6. Registro comercial Nr. 77 Segunda-feira, 23.04.2007 125° ano, Diário Nr. 5027 de 17.04.2007 (03896946 / CH-170.3.026.783-3)
9.
Para Bastos e Krüse: SCC Group AG/Feranz AG/Stampa & Partners AG,
registro comercial com numero empresarial: Ch-170.3.022.004-0,
registrado dia 27.03.1998 / Stampa & Partners Holding AG (outros
nomes: Stampa & Partners Holding SA und Stampa & Partners
Holding Ltd.), Registro comercial de Cantão Zug, Numero empresarial:
CH-170.3.030.193-5, registrado dia 14.12.2006
10.
Antigo nome RBK Allfinanz AG, tornou-se depois „Quantum Global Wealth
Management AG“ (outros nomes: „Quantum Global Wealth Management SA“ und
„Quantum Global Wealth Management Ltd“)
11. ProKMU Invest AG, Registro comercial de Cantão Zug, Numero empresarial: CH-020.3.020.380-2
12. "Zweifel am Genfer Chefankläger”,
www.beobachter.ch, 15/2010 (traduizir: Dúvidas sobre o Procurador Geral de Genebra)
13.
„Beteiligungen – Statt die KMU gefördert, Kleinunternehmen geprellt?“
Zuger Presse, 11.5.2004; „Zürcher Beamten-PK setzt mehr als 15 Millionen
in den Sand. Pleite der Beteiligungsfirma ProKMU invest. Manager haben
hohe Honorare bezogen“, NZZ Online, 1.2.2004
16.
Crossmedia International AG, Registro comercial de Cantão Zug com o
Numero empresarial: CH-020.3.006.607-5, registrado dia 19.09.2001,
Extinção: 29.06.2004
17. J.Aeschlimann/M. Stoll, “Big Business im Dunkeln”,
www.danieleganser.ch, Zeitungsinterviews (traduizir: „Grande Negocios em Obscuro“, entrevista)
18. CH-8001 Zürich, Registro comercial nro: CH-020.7.001.621-0
19. Relatório Anual de Fundação alemã FES 2008
________________
Menção obrigatória:
Esse
artigo foi publicado como documentação investigativa pela primeira vez
na Revista Alemã “Afrika Süd”, Edição nro 1, 2011. © issa Bonn, afrika
süd, zeitschrift zum südlichen Afrika.
Para consultar o texto original, ver sob o titulo:
“Dreckiges Geld sucht Waschanlage
Banco Quantum und Ernst Weltekes neuer Job in Afrika“