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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

terça-feira, 28 de junho de 2011

ATRÁS DAS GRADES (a polícia política de Salazar)







ATRÁS DAS GRADES

(a polícia política de Salazar)

Atrás das grades desta escura cela,
galga o meu pensamento espaço fora
buscando a tua face sofredora,
que só no pensamento posso tê-la.

Atado e amordaçado, a toda a hora
eu parto para ti. Desta janela
eu salto, feito vento, nuvem, estrela,
raio e trovão, cabeceando a aurora.

Recordações estalam, luta, amor
palpitam no meu sangue. Dia a dia
toda a vida crepita, toda a dor

me enrola e argamassa e rodopia.
Resisto, eu sei. Mas, sem o teu calor,
que sou eu mais que esta parede fria?

( Prisão de Caxias, 15 de Outubro de 1972)

Livro sobre Amílcar Cabral de Julião Soares de Sousa

Caros amigos:
Vai ser na quarta-feira, 29, a partir das 17 horas, na Casa Municipal da Cultura, em Coimbra, a apresentação (com outros condimentos…) do livro em que se retrata a vida de Amílcar Cabral.
Um estudo de Julião Soares Sousa, que o Doutor Luís Reis Torgal orientou.
A não perder! Agradece-se a divulgação. Outras informações nos lugares abaixo indicados.
Entrada livre.
Saudações. 


Histport@ml.ci.uc.pt
http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/histport

Pires Laranjeira
Professor Associado
Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas/PORTUGUÊS
Centro de Literatura Portuguesa
Faculdade de Letras/Universidade de Coimbra
Praça da Porta Férrea
3004-530 Coimbra - Portugal
Tel. (351) 239 859 990
Fax. (351) 239 836 733
pires.laranjeira@gmail.com

Saber ensinar
É esquecer o que lembras
No minuto errado

***
Não queiras a fome
A rondar a liberdade
Pois podes matá-la 

(Suffit Kitab Akenat)

Crise terminal do capitalismo.

27.06.11 - Mundo
Crise terminal do capitalismo.

Leonardo Boff
Teólogo, filósofo e escritor
Adital
Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adaptar-se a qualquer circunstância. Estou consciente de que são poucos que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.
A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo, encostamos nos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado. Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.
A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos. Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.
O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.
Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência. Na Espanha o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugal 12% no país e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia. Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas, mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.
A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade. As vítimas, entrelaças por novas avenidas de comunicação, resistem, se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamente nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.
Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente criou pessoas que pensam. Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.
As ruas de vários países europeus e árabes, os "indignados” que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital. Os jovens espanhóis gritam: "não é crise, é ladroagem”. Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumossacerdotes do capital globalizado e explorador.
Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da superexploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.
[Leonardo Boff é autor de Proteger a Terra-cuidar da vida: como evitar o fim do mund, Record 2010

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Saiba em tempo real, onde estão a ocorrer sismos neste preciso momento.

VALE A PENA VER!!! MUITO INTERESSANTE!!!
 
Seismic Monitor Online
Saiba em tempo real, onde estão a ocorrer sismos neste preciso momento.
Site a não perder. A vermelho, os locais onde estão a ocorrer sismos.

Sismólogo:
                              http://www.iris.edu/seismon/



O que os americanos não são capazes de fazer para esconder a fraude que é a sua economia!!!

O que os americanos    não    são capazes  de fazer
para esconder a fraude que é a sua economia!!!

Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK) tinha sido aconselhado pelos serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do telemóvel para evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe tinha sido entregue por agentes "d...elatores" da CIA justificava tal precaução.

Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que levavam os norte-americanos a protelar continuamente o pagamento devido ao FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com pagamento acordado há vários anos, advém de ajustes no sistema monetário - "Special Drawing Rights" (SDR's).
As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado recentemente. Nesta viagem Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante que indiciava que o ouro em questão já não existe nos cofres fortes de Fort Knox nem no NY Federal Reserve Bank.

Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de embarque, pedindo que o telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos serviços secretos americanos agir nos últimos minutos. O resto dos factos são do conhecimento público.

Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud Abdel Salam Omar, um influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro, que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria da perseguição. No entanto a intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar foi igualmente preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel. Relatórios de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram a prisão do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos de idade.

A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros factos viriam ajudar.

Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento devido pelos americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo.
Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluido que se tratava de "ouro falso". Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente identificadas com chancela e número de série indicando a origem - Fort Knox, USA.
O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma auditoria à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama.
Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox, o congressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"

À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma tímida atenção na comunicação social americana.

A "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado pelos serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha sido o primeiro lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme conspiração americana".

Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio sexual a uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um grande iceberg.
A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido das fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirurgica - um pequeno crime de costumes, tão ao gosto do imaginário popular, pode bem ter contribuido para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação de testemunha ou de prova.

Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors.

A MÚSICA BRASILEIRA E A CENSURA DA DITADURA MILITAR

JEOCAZ LEE-MEDDI
Quando o golpe militar foi deflagrado, em 1964, ironicamente o Brasil tinha na época, os movimentos de bases político-sociais mais organizados da sua história. Sindicatos, movimento estudantil, movimentos de trabalhadores do campo, movimentos de base dos militares de esquerda dentro das forças armadas, todos estavam engajados e articulados em entidades como a UNE (União Nacional dos Estudantes), o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), o PUA (Pacto da Unidade e Ação), etc, que tinham grande representatividade diante dos destinos políticos da nação. Com a implantação da ditadura, todas essas entidades foram asfixiadas, sendo extintas ou a cair na clandestinidade. Em 1968, os estudantes continuavam a ser os maiores inimigos do regime militar. Reprimidos em suas entidades, passaram a ter voz através da música. A Música Popular Brasileira começa a atingir as grandes massas, ousando a falar o que não era permitido à nação. Diante da força dos festivais da MPB, no final da década de sessenta, o regime militar vê-se ameaçado. Movimentos como a Tropicália, com a sua irreverência mais de teor social-cultural do que político-engajado, passou a incomodar os militares. A censura passou a ser a melhor forma da ditadura combater as músicas de protesto e de cunho que pudesse extrapolar a moral da sociedade dominante e amiga do regime. Com a promulgação do AI-5, em 1968, esta censura à arte institucionalizou-se. A MPB sofreu amputações de versos em várias das suas canções, quando não eram totalmente censuradas.

Para censurar a arte e as suas vertentes, foi criada a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), por onde deveriam previamente, passar todas as canções antes de executados nos meios públicos. Esta censura prévia não obedecia a qualquer critério, os censores poderiam vetar tanto por motivos políticos, ou de proteção à moral vigente, como por simplesmente não perceberem o que o autor queria dizer com o conteúdo. A censura além de cerceadora, era de uma imbecilidade jamais repetida na história cultural brasileira.


Os Perseguidos do Pré-AI-5
Antes mesmo de deflagrado o AI-5, alguns representantes incipientes da MPB já eram vistos pelos militares como inimigos do regime, entre eles, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Taiguara e Geraldo Vandré.

A intervenção de Caetano Veloso era mais no sentido da contracultura do que contra o regime militar. Os tropicalistas estavam mais próximos dos acontecimentos do Maio de 1968 em Paris, do que das doutrinas de esquerda que vigoravam na época, como o marxismo-leninismo soviético e o maoísmo chinês. Mas os militares não souberam identificar esta diferença, perseguindo Caetano Veloso e Gilberto Gil pela irreverência constrangedora que causavam. Na época da prisão dos dois cantores, em dezembro de 1968, os militares tinham de concreto contra eles, a acusação de que tinham desrespeitado o Hino Nacional, cantando-o aos moldes do tropicalismo na boate Sucata, e uma ação que queria mover um grupo de católicos fervorosos, ofendidos pela gravação do “Hino do Senhor do Bonfim” (Petion de Vilar – João Antônio Wanderley), no álbum “Tropicália ou Panis et Circenses” (1968). Juntou-se a isto a provocação de Caetano Veloso na antevéspera do natal de 1968, ao cantar “Noite Feliz” no programa de televisão “Divino Maravilhoso”, apontando uma arma na cabeça. O resultado foi a prisão e o exílio dos dois baianos em Londres, de 1969 a 1972.

Ainda do repertório do álbum mítico “Tropicália ou Panis et Circenses” , a música “Geléia Geral” (Gilberto Gil – Torquato Neto), sofreu o veto da censura por ser considerada de conteúdo política contestatória, além de segundo os censores, fazer um retrato equivocado da situação pela qual passava o país.

Ao retornar do exílio, Caetano Veloso e Gilberto Gil sofreram com a perseguição da ditadura e da censura. Em 1973, Caetano Veloso teve a sua canção “Deus e o Diabo”, vetada por causa do último verso “Dos bofes do meu Brasil”. Diante do veto, a gravadora solicitou recurso, foi sugerido pelo censor que o autor substituísse a palavra “bofes”. Mas um segundo censor menciona os versos “o carnaval é invenção do diabo que Deus abençoou” e “Cidade Maravilhosa/ Dos bofes do meu Brasil”, como ofensivos às tradições religiosas. Em 1975, o álbum “Jóia” trazia na sua capa Caetano Veloso, sua então mulher Dedé e o filho Moreno, completamente nus, com o desenho de algumas pombas a cobrir-lhe a genitália. Censurada, o álbum foi relançado com uma nova capa, onde restaram apenas as pombas.
Geraldo Vandré tornou-se o inimigo número um do regime militar. A sua canção “Caminhando (Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores)”, que ficou com o polêmico segundo lugar no Festival Internacional da Canção, em 1968, tornou-se um hino contra a ditadura militar, cantado por toda a juventude engajada do Brasil de 1968. Esta canção, afirmam alguns analistas de história, foi uma das responsáveis pela promulgação do AI-5. Ficou proibida de ser cantada e executada em todo país. Só voltaria a ser ressuscitada em 1979, após a abertura política e a anistia, quando a cantora Simone a cantou em um show, no Canecão. Perseguido pelo regime, Geraldo Vandré esteve exilado de 1969 a 1973. Após o exílio, jamais
conseguiu recuperar a carreira interrompida pela censura da ditadura militar. Calava-se uma expressiva carreira emprestada ao combate à ditadura.

Taiguara, uma das mais belas vozes masculinas da MPB, interpretou com maestria diversos gêneros musicais. Foi um dos cantores que mais se opôs contra a repressão da ditadura militar. Sua obra pagou o preço da perseguição e da censura. Deparou-se com a atenção da censura em 1971, que esteve atenta às canções do álbum “Carne e Osso”. Em 1973 teve 11 músicas proibidas. Perseguido pela censura, Taiguara teve muitas das suas músicas assinadas por Ge Chalar da Silva, sua esposa na época. Exilado em Londres, Taiguara gravou o álbum “Let the Children Hear the Music“, em inglês. O disco foi proibido de ser lançado, pela EMI, por decisão da polícia federal brasileira. O compositor recorreu ao Conselho Superior de Censura, em 1982, tendo o disco finalmente liberado.

Chico Buarque, o Alvo Predileto da Censura Militar
Tendo silenciado e asfixiado Geraldo Vandré, os militares elegeram o seu novo inimigo do regime: Chico Buarque de Hollanda. No período que durou a censura e o regime militar, Chico Buarque foi o compositor e cantor mais censurado. A sua obra sofreu respingos da censura em todas as vertentes, tanto nas canções de protesto, quanto nas que feriam os costumes morais da época.

Os problemas de Chico Buarque com a censura começaram junto com a sua carreira. Em 1966, a música “Tamandaré”, incluída no repertório do show “Meu Refrão”, com Odete Lara e MPB-4, é proibida após seis meses em cartaz, por conter frases consideradas ofensivas ao patrono da marinha. Era o começo de um longo namoro entre a censura e a obra de Chico Buarque.

Exilado na Itália, de 1969 a 1970, Chico Buarque sofreria com a perseguição da censura após o retorno ao Brasil. Em 1970, recém chegado do exílio, o compositor enviou a música “Apesar de Você” para a aprovação da censura, tendo a certeza que a música seria vetada. Inesperadamente a canção foi aprovada, sendo gravada imediatamente em compacto, tornando-se um sucesso instantâneo. Já se tinha vendido mais de 100 mil cópias, quando um jornal comentou que a música referia-se ao presidente Médici. Revelado o ardil, o exército brasileiro invadiu a fábrica da Philips, apreendendo todos os discos, destruindo-os. Na confusão, esqueceram de destruir a matriz.

Em 1973 Chico Buarque sofreria todas as censuras possíveis. A peça “Calabar, ou o Elogio à Traição”, escrita em parceria com Ruy Guerra, foi vetada pela censura. As conseqüências da proibição viriam no seu álbum, “Calabar”, também daquele ano. A capa do disco trazia a palavra “Calabar” pichada num muro. Os censores concluíram que aquela palavra pichada tinha um significado subversivo, o que resultou na proibição da capa. A resposta de Chico Buarque foi lançar o álbum com uma capa totalmente branca e sem título. O disco trazia o registro das canções da peça vetada, por isto teve várias músicas (todas elas em parceria com Ruy Guerra) que amargaram nas malhas da censura. “Vence na Vida Quem Diz Sim” teve a letra totalmente censurada, sendo gravada no disco uma versão instrumental; “Ana de Amsterdam” teve vários trechos censurados. “Não Existe Pecado ao Sul do Equador”, que fazia parte deste disco, alcançaria grande sucesso quando gravada por Ney Matogrosso, em 1978, quando foi escolhida como tema de abertura da novela da tevê Globo “Pecado Rasgado”, na versão original da música o verso “Vamos fazer um pecado safado debaixo do meu cobertor“, foi substituído por “Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor“. “Fado Tropical” teve proibido parte de um texto declamado por Ruy Guerra, além da frase “além da sífilis, é claro”, herança portuguesa, segundo a personagem Mathias, no sangue brasileiro. “Bárbara”, um dueto entre as personagens Ana de Amsterdam e Bárbara, teve cortada a palavra “duas”, por sugerir um relacionamento homossexual entre elas. Tanto “Ana de Amsterdam” quanto “Bárbara”, já tinham sofrido os mesmos cortes no álbum “Caetano e Chico Juntos Ao Vivo”, ali substituídos por palmas. Ainda no registro do encontro de Chico Buarque e Caetano Veloso, além da censura às duas canções citadas, “Partido Alto” (Chico Buarque), interpretada por Caetano Veloso, sofreu alterações na letra, sendo substituídas as palavras “brasileiro” por “batuqueiro” e “pouca titica” por “pobre coisica”.

Diante de tantas mutilações da censura, o álbum “Calabar”, com capa branca, de Chico Buarque, foi um fracasso de vendas. Após o fracasso comercial , a Philips decidiu recolher o disco com capa branca, relançando-o semanas depois, com uma nova capa, trazendo apenas com uma fotografia do artista, de perfil, com o título “Chico Canta”.

Naquele ano de 1973, a música “Cálice” (Chico Buarque – Gilberto Gil), foi proibida de ser gravada e cantada. Gilberto Gil desafiou a censura e cantou a música em um show para os estudantes, na Politécnica, em homenagem ao estudante de geologia da USP Alexandre Vanucchi Leme (o Minhoca), morto pela ditadura. Ainda naquele ano, no evento “Phono 73
, festival promovido pela Polygram, Chico Buarque e Gilberto Gil tiveram os microfones desligados quando iriam cantar “Cálice”, por decisão da própria produção do show, que não quis criar problemas com a ditadura.

Em 1974 a censura não dá tréguas ao artista. Impedido de gravar a si mesmo, Chico Buarque lança um disco, Sinal Fechado (1974), com composições de outros autores. Diante de tantas canções vetadas, a sofrer uma perseguição acirrada, Chico Buarque cria os pseudônimos de Julinho da Adelaide e Leonel Paiva. É sob o heterônimo do Julinho da Adelaide que a censura deixa passar canções de críticas inteligentes à ditadura, lidas nas entrelinhas: “Jorge Maravilha”, que trazia o verso “Você não gosta de mim mas sua filha gosta”, que era lida como uma referência ao então presidente Geisel, cuja filha Amália Lucy, teria dito em entrevista, que admirava as canções do Chico Buarque. “Acorda Amor”, outra canção liberada do Julinho da Adelaide, era uma referência clara aos órgãos da repressão, que vinham buscar cidadãos suspeitos de subversivos em suas casas, levando-os em uma viatura, desaparecendo com eles. Diante da polícia repressiva, ele chamava pelo ladrão. “Milagre Brasileiro” também levou a assinatura de Julinho da Adelaide.

Outro clássico da MPB que sofreu uma censura moralista foi “Atrás da Porta” (Chico Buarque – Francis Hime), o verso original “E me agarrei nos teus cabelos, nos teus pêlos”, seria substituído por “E me agarrei nos teus cabelos, no teu peito”, a censura achava a palavra “pêlos” de caráter indecente.

Outra canção vetada de Chico Buarque foi “Tanto Mar”, uma homenagem do artista à Revolução dos Cravos em Portugal. Por ter sido uma revolução considerada socialista, a canção foi proibida. Seria gravada no álbum “Chico Buarque & Maria Bethânia Ao Vivo” (1975), numa versão instrumental. Mais tarde, em 1978, seria liberada com uma outra letra. Curiosamente, a versão original, sem cortes e cantada de “Tanto Mar”, consta no mesmo álbum “Chico Buarque & Maria Bethânia Ao Vivo” lançado em Portugal.
Quando o AI-5 foi extinto, em 1978, Chico Buarque vingou-se dos anos de censura, gravou “Cálice”, regravou “Apesar de Você”, além de criar músicas provocantes, que afrontavam à moral da época, como “Folhetim“, que descrevia uma prostituta, ou “Geni e o Zepelim” e “Não Sonho Mais”, temas de dois travestis, Genivaldo da peça “A Ópera do Malandro” e Eloína, do filme “A República dos Assassinos”, respectivamente.

1973, o Ano Negro da Censura às Músicas da MPB
Chico Buarque não teria sido o único cantor da MPB a sofrer mutilações na sua obra naquele opressivo ano de 1973. O endurecimento deve-se à volta das manifestações estudantis, nos últimos anos bruscamente combalidas, resultado das perseguições aos líderes do movimento, que estavam em sua maioria presos, exilados ou desaparecidos. Outro disco mutilado pela censura naquele ano foi “Milagre dos Peixes”, de Milton Nascimento, lançado em LP e compacto simples. Do álbum seriam vetadas as canções: “Hoje é Dia d’El Rey” (Márcio Borges – Milton Nascimento), “Os Escravos de Jó” (Milton Nascimento – Fernando Brant) e “Cadê” (Milton Nascimento – Ruy Guerra). Uma das faixas proibidas teria a participação de Dorival Caymmi, com a sua exclusão, não aconteceu esta participação. “Diálogo Entre Pai e Filho” teve uma única frase que não foi proibida: “Meu filho”. Diante da censura, Milton Nascimento gravou apenas as melodias das canções vetadas.

Foi no tumultuado ano de 1973, que a banda Secos & Molhados explodiu, conquistando o país inteiro. O público dos Secos & Molhados, devido à proposta inovadora e ao seu carisma, era composto por todas as idades, inclusive por crianças e por adolescentes. Os três integrantes da banda eram Ney Matogrosso, Gerson Conrad e João Ricardo, que se apresentavam com os rostos pintados. Ney Matogrosso além de trazer a cara pintada, tinha uma voz de timbre totalmente diferente da de um homem cantor, um aspecto andrógeno e apresentava-se entre plumas, sem camisa. Os pêlos do peito do cantor e os seus frenéticos rebolados, incomodaram à censura, à moral e aos seus bons costumes vigentes, que proibiu que as câmeras da televisão focassem o cantor de perto, sendo permitido apenas aparecer o rosto em close. Assim apareceriam os Secos & Molhados em um clipe do recém estreado “Fantástico”, programa da Rede Globo.

Além da capa de “Calabar”, também em 1973, Gal Costa teve censurada a capa do disco “Índia”, por trazer um close frontal da cantora vestida de uma tanga minúscula, e na contra-capa fotografias da mesma de seios nus, vestida de índia. A gravadora Philips comercializou o álbum coberto por um envelope opaco, de plástico azul. Do mesmo álbum, a música “Presente Cotidiano”, de Luiz Melodia, foi proibida de tocar em rádios e locais públicos. Em 1984, já no fim da ditadura, pós Diretas Já, Gal Costa teria outra canção proibida pela censura de ser tocada em público: “Vaca Profana” (Caetano Veloso), do álbum “Profana”.

Ainda naquele tenso 1973, uma reportagem da revista Veja, dava conhecimento de que o álbum de Gonzaguinha, “Luiz Gonzaga JR.” (1973), era resultado do corte feito pela censura de 15 músicas.

Ainda em 1973, Raul Seixas teria 18 composições vetadas pela censura. Luiz Melodia, além de ter “Presente Cotidiano” proibida de ser executada nas rádios, teve várias palavras excluídas ou alteradas das canções do seu disco de estréia, e várias músicas vetadas na íntegra.

Linguagem Poética e Coloquial Sofrem Censuras
Na ignorância cega da censura, sem uma lógica que a sustentasse, até o poeta Mário de Andrade foi vetado. O fato inusitado aconteceu em 1970, quando a gravadora Festa decidiu homenagear os 25 anos da morte do poeta, preparando um disco com alguns dos seus mais conhecidos poemas. Após ser submetido à censura, o projeto teve seis poemas proibidos, entre eles “Ode ao Burguês” e “Lira Paulistana”. Os vetos foram justificados pelos censores como estéticos, “falta de gosto”. O que se concluía era que, os censores jamais tinham ouvido falar em Mário de Andrade, confundindo-o com um autor vulgar do Brasil da época.
Outro exemplo eloqüente da ignorância e do despreparo dos censores, foi com o compositor e cantor Adoniran Barbosa. Conhecido como o mais paulistano dos compositores, Adoniran Barbosa usava em suas canções o jeito coloquial de falar dos paulistanos. Não querendo problemas com a censura, em 1973 o artista decidiu lançar um álbum com várias canções já gravadas na década de cinqüenta. Inesperadamente, cinco das suas canções foram vetadas, mesmo não sendo inéditas. Diante da linguagem coloquial de “Samba do Arnesto” (Adoniran Barbosa – Alocin), que trazia nos seus versos “O Arnesto nos convidou prum samba/ Ele mora no Brás/ Móis fumo/ Num encontremo ninguém/ Fiquemo cuma baita duma réiva/ Da outra veiz nóis num vai mais (Nóis num semo tatu)”, o censor só liberaria a música se ele regravasse cantando assim: “Ficamos com um baita de uma raiva/ Em outra vez nós não vamos mais (Nós não somos tatus)”. Na letra da música “Tiro ao Álvaro” (Adoniran Barbosa – Oswaldo Moles), a censora faz um círculo nas palavras “tauba”, “revorve” e “artormove”, concluindo que a “falta de gosto impede a liberação da letra”. Para que pudessem ser aprovadas, “Samba do Arnesto” e “Tiro ao Álvaro”, teriam que virar “Samba do Ernesto” e “Tiro ao Alvo”. Tiveram o mesmo destino “Já Fui uma Brasa” (Adoniran Barbosa – Marcos César), “Eu também um dia fui uma brasa. E acendi muita lenha no fogão” e “O Casamento do Moacir” (Adoniran Barbosa – Oswaldo Moles), “A turma da favela convidaram-nos para irmos assistir o casamento da Gabriela com o Moacir“. “O Casamento do Moacir” foi considerada de “péssimo gosto” pela censora Eugênia Costa Rodrigues. Diante da censura, Adoniran Barbosa não mudou a sua obra, deixou para gravar as músicas mais tarde, quando a burrice já tivesse passado.

Outro poeta que teve problemas com a censura foi Vinícius de Moraes. Sua música “Paiol de Pólvora” (Vinícius de Moraes – Toquinho), feita para a trilha sonora de “O Bem-Amado”, foi proibida de ser o tema de abertura da novela, em 1973, por causa do verso “estamos sentados em um paiol de pólvora”, sendo substituída na abertura pela música “O Bem Amado” (Vinícius de Moraes – Toquinho), interpretada pelo coral da Orquestra Som Livre. Também a belíssima canção “Valsa do Bordel” (Vinícius de Moraes – Toquinho), sobre a vida de uma velha prostituta, esteve proibida por dez anos. Vinícius cantava esta música em shows, ironicamente chamando-a de “A Valsa da Pura”, por causa da censura.

Paulinho da Viola, em 1971, teve no seu álbum “Paulinho da Viola”, duas canções proibidas: “Chico Brito” (Wilson Batista – Afonso Teixeira), música composta em 1949, e “Um Barato, Meu Sapato” (Paulinho da Viola – Milton Nascimento), ambas vetadas sob a alegação de que evidenciavam o clima marginal do samba.

Outros Tantos Vetos
Vale registrar, ainda, que em 1972, Jards Macalé teria que reescrever sete vezes a letra de “Revendo Amigos” (Jards Macalé – Waly Sailormoon), do álbum “Movimento dos Barcos”.

Sérgio Bittencourt, jornalista e compositor, filho de Jacob do Bandolim, em 1970, teve a sua música “Acorda, Alice”, proibida pela censura da ditadura militar por causa do verso “Acorda, Alice/ Que o país das maravilhas acabou”. Esta canção seria gravada por Waleska já na época da abertura política.

Rita Lee teve as músicas “Moleque Sacana” (Rita Lee e Mu) e “Gente Fina” (Rita Lee) censuradas, a primeira por causa da palavra sacana, considerada obscena, a segunda porque poderia ferir os bons costumes da época.
Carlos Lyra sentiu o gosto da censura com a sua música “Herói do Medo”, proibida por causa dos versos “odeio a mãe por ter parido” e “o passatempo estéril dos covardes“. Carlos Lyra não alterou o conteúdo da letra, preferiu sair do país.

Belchior, que durante muito tempo foi considerado autor marginal, teve a música “Os Doze Pares de França” (Belchior – Toquinho) censurada, porque para os censores, os autores vangloriavam a França, fazendo dele um país melhor para se viver do que o Brasil. Também a canção “Pequeno Mapa do Tempo” (Belchior), de 1977, uma crítica implícita ao regime, por causa dos versos “eu tenho medo e medo está por fora” e “eu tenho medo em que chegue a hora, em que eu precise entrar no avião“, uma alusão ao exílio, os censores concluíram que a música trazia mensagem de protesto político.

Ao contrário do que se pensa, o cantor e compositor Luiz Ayrão foi um dos artistas brasileiros que mais contestou a ditadura militar. A sua música “Quem Eu Devo é Que Deve Morrer”, tem como tema uma dívida pessoal que só será paga se Deus quiser. Também a dívida externa brasileira encontrava-se nessas condições. Luiz Ayrão faz um samba provocativo. Diante da afirmação do verso “quem eu devo é que deve morrer“, a canção é vetada, sendo a proibição justificada pela censura porque a letra era um incentivo ao homicídio, com uma mensagem de caráter negativo.

Sueli Costa deu a canção “Cordilheira” (Sueli Costa – Paulo César Pinheiro) para Erasmo Carlos gravar. Feito o registro, a canção jamais saiu, sendo proibida. Os autores chegaram a ir a Brasília em busca de uma explicação para o veto. Encontram o silêncio dos censores, sem nenhuma justificativa. Mas os versos falavam por si: “Eu quero ver a procissão dos suicidas, caminhando para a morte pelo bem de nossas vidas”. “Cordilheira” é uma das mais belas canções de teor contestatório já feita no Brasil. Quando liberada, seria gravada por Simone, em 1979, no álbum “Pedaços”. O registro de Erasmo Carlos só saiu em uma caixa de cds comemorativos à carreira do cantor. Outra canção censurada de Sueli Costa foi “Altos e Baixos” (Sueli Costa – Aldir Blanc), que cantava de forma densa uma cena de agressão entre um casal, que trazia um casamento desgastado. A música falava de uísque, Dietil, Diempax, e foi justamente por ter citado o nome do ansiolítico Diempax, que a canção foi censurada. Elis Regina conseguiria a liberação da música, gravando-a no seu álbum “Essa Mulher” (1979).

O Brega ou Popularesco, Nada Escapa à Censura
Como já se pôde observar , a censura da ditadura militar não obedecia a nenhum critério. Qualquer ameaça não só ao regime por ela imposto ao país, como à sociedade conservadora que a ajudou a ascender ao poder e nele continuar por mais de duas décadas. Vestido de uma moral hipócrita, o regime militar barrava qualquer obra que suspeitasse ofender à moral, ou que se mostrasse obscena a essa moral. Em um mesmo contesto, tanto Chico Buarque, quanto Odair José, um cantor e compositor de sucessos popularescos, sem vínculos com qualquer militância política, ou mesmo o genial e popular Genival Lacerda, sofriam os reveses da censura. “Tanto Mar” (Chico Buarque), “Pare de Tomar a Pílula” (Odair José) e “Severina Xique Xique”, apesar de canções antagônicas, de vertentes diversas dentro da música brasileira, oscilando entre a canção política e a considerada “brega” ou “pimba”, eram consideradas pela censura um perigo latente ao regime e à moral que se construía naquela época. Em 1975, já Genival Lacerda tinha transformado a sua música “Severina Xique Xique” (Genival Lacerda – João Gonçalves) em um grande sucesso de público no nordeste brasileiro, quando foi vítima do preconceito das famílias do Ceará, que acusavam a palavra “boutique” de ter duplo sentido, ofendendo os bons costumes do lugar. Diante do protesto, o departamento regional da polícia federal do Ceará encaminhou a letra à Divisão de Censura de Brasília. Surpreendentemente, o técnico de censura de Brasília, mantém a liberação da música e afirma que a canção “é um veículo de integração da nacionalidade“. Este fato prova que a censura não vinha só do regime militar, mas da sociedade que apoiava este regime, e que muitas vezes, era mais repressiva e conservadora do que ele.

Dentro do popularesco da canção brasileira, Odair José foi um dos compositores que mais sofreu com a censura. “O Motel” (Odair José), teve só pelo seu título, o veto da censura. Revelar a intimidade de um casal naqueles preconceituosos anos setenta era inconcebível para a censura militar. Outra música de Odair José vetada pela censura foi “A Primeira Noite”, considerada inconveniente para ser consumida pelo público jovem e adolescente da época. O autor mudou o título da canção para “Noite de Desejos”, conseguindo liberá-la e gravá-la. A mais polêmica música de Odair José foi “Pare de Tomar a Pílula”, onde ele pedia para a namorada deixar de usar anticoncepcionais para que pudesse engravidá-la. Vista à ótica do tempo, a canção chega a ser ingênua, de uma simplicidade quase grotesca, absolutamente inofensiva para um público atual, mas aviltante para as velhas senhoras que em 1964, saíram às ruas de rosários nas mãos, saudando, em nome da família brasileira, os golpistas militares.

Dentro da corrente popularesca, a censura não poupou nem mesmo a dupla Dom e Ravel, que em 1970, tornara-se a menina dos olhos da repressão, com uma música que exaltava a nação, tornando-se o hino da ditadura: “Eu Te Amo, Meu Brasil”. O motivo que levou o regime a interrogar Dom e Ravel, foi quando eles apresentaram, em 1972, a canção “A Árvore”, os censores desconfiaram do trecho “venha, vamos penetrar”. Além de imaginar que o tema que falava de árvores, seria supostamente sobre a canabilis (planta da maconha). A música foi proibida, apesar de ter uma gravação da banda Os Incríveis, nunca foi lançada. A esta altura, a incoerência da censura já dava passagem para uma certa esquizofrenia social e política, sem ideologia ou razão.

Dentro de um processo repressivo, todos os argumentos tornam-se incoerentes, a razão é substituída pela força bruta. A censura não constrói uma lógica, muitas vezes ela percorre movida pelas decisões pessoais dos censores. Para manter as necessidades de uma ditadura, a censura fazia parte da arma de propaganda do estado repressivo, podava a liberdade de expressão, principalmente as que feriam os princípios que justificam um governo ilegítimo, emanado da força, da opressão e da traição aos princípios da democracia.

eltheatro11@eltheatro.com
Editor: Elpídio Navarro

Longo, mas indispensável, se ainda não viram (legendado em Português):

Longo, mas indispensável, se ainda não viram (legendado em Português):

Longo, mas indispensável, se ainda não viram (legendado em Português):

Saramago

Itália concebe monumento em memória de
Jornal de Angola
A inauguração de um monumento em Pontedera, Itália, em homenagem ao
escritor José Saramago, constitui um dos pontos altos do XIX Festival Sete
Sóis Sete Luas, anunciou, ontem, em Lisboa, em conferência de imprensa, o
seu director. ...
<http://jornaldeangola.sapo.ao/17/0/italia_concebe_monumento_em_memoria_de_s
aramago>
Veja todos os artigos sobre este tópico:
<http://news.google.com.br/news/story?ncl=http://jornaldeangola.sapo.ao/17/0
/italia_concebe_monumento_em_memoria_de_saramago&hl=pt-BR&geo=br>

Fiquei com os olhos em bico ao ler tanta verdade...

Fiquei com os olhos em bico ao ler tanta verdade...

  Entrevista de um professor chinês de economia, sobre a Europa, o Prof. Kuing Yamang, que viveu em França:

1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...

2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.

3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.

4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.

5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.

6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.

7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!


8. Dentro de uma ou duas gerações 'nós' (os chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacas de arroz...

9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um
desempregado...

10. Vão (os europeus) direitos a um muro e a alta velocidade...


(PUBLICADO NO JORNAL O GLOBO - PAG. OPINIÃO - 25/06/2011)

(PUBLICADO NO JORNAL O GLOBO - PAG. OPINIÃO - 25/06/2011)
Uma questão de prioridades
OSIAS WURMAN
É chocante o contraste entre a agilidade com que a União Européia luta para salvar a Grécia da bancarrota por gastança e incompetência, e a leniência com que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas trata do massacre de civis pelo governo sírio.
A cada sexta-feira vem se repetindo, após as orações islâmicas, a repressão militar com dezenas de mortos e centenas de feridos nas ruas das cidades da Síria e, em reação, apenas uma acusação anêmica da União Européia de que o governo do Irã, com fornecimento de armas, está ajudando ao governo sírio na repressão ao seu próprio povo.
Nada de concreto e efetivo da parte dos governos ocidentais, para impedir a continuidade deste massacre na Síria.
Em nossos dias, as crises financeiras têm merecido muito mais atenção mundial do que as crises humanitárias.
Lembram-se da recente catástrofe no Japão?
Alguma notícia recente sobre ajuda internacional ao país-símbolo da prosperidade e crescimento baseados na dedicação de um povo ordeiro e trabalhador?
As manchetes das últimas semanas no mundo todo têm sido, de forma quase repetitiva, de que o FMI ou a União Européia vão promover uma reunião de emergência para salvar a Grécia, Portugal, Itália, Irlanda e outros tantos...
Nesta semana completam-se cinco anos do sequestro de Guilad Shalit, soldado israelense, num ato terrorista do Hamas em solo israelense.
A Cruz Vermelha acaba de divulgar um veemente protesto contra o Hamas, pedindo prova de vida do seqüestrado, de quem a ultima notícia dada foi em outubro de 2009, quando um vídeo foi divulgado.
Alguém vai tomar alguma providencia, a nível institucional internacional, como a ONU em sua Comissão de Direitos Humanos?
O Estado de Israel ofereceu libertar 1.000 prisioneiros palestinos em troca de Shalit, mas o Hamas quer incluir a libertação de criminosos envolvidos em assassinatos, em troca de um inocente soldado que nunca entrou em combate.
Vamos passar a tratar de salvar a vida dos sírios massacrados, e libertar Shalit, ou continuaremos falando apenas das moedas?
OSIAS WURMAN é cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro

sábado, 25 de junho de 2011

CAPITÃO DE ABRIL NÁPOLES GUERRA .PRESENTE! Despedida dum Companheiro,pelo Capitão de Abril, Andrade da Silva

Cravos em Luto, para um HOMEM DE ABRIL





Cai mais uma pétala do grande cravo de Abril, com uma lágrima.




Morreu o leal camarada e companheiro, Capitão de Abril, coronel Nápoles Guerra, pese embora a distância física que a Associação 25 de Abril, como um elo entre nós, devia encurtar, mas não o faz, sempre tive o Nápoles Guerra, como um genuíno Capitão de Abril, que também me visitou na prisão da Trafaria, por isto, sempre o estimei e estimarei, e serei até à eternidade e depois dela, seu camarada e amigo.




CAPITÃO DE ABRIL QUE NÃO SE RENDE É UM MEU HERÓI!




Camarada e leal companheiro Capitão de Abril Nápoles Guerra até à ETERNIDADE.




Abraço leal e companheiro




andrade da silva


Ps: Funeral amanhã às 11h no cemitério dos Olivais.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Si se calla el cantor


Si se calla el cantor 

QUINO-GENIAL



QUINO-GENIAL

Linda história de amor


 Linda história de amor
Cegonha visita namorada ferida todos os anos na Croácia
21 de maio de 2011
As cegonhas que fazem ninho na Croácia todos os anos, fazem um longo caminho de 13 mil quilómetros da África do Sul pelo vale do Nilo
Por Danielle Bohnen (da Redação)
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Malena e Rodan, uma linda história de amor. Foto: Divulgação/EFE
Uma amada ferida pelos disparos de um malvado, Um galã apaixonado que cruza meio planeta para visita-la todos os anos, apesar de todas as dificuldades. A história parece mais um roteiro de filme de romance, mas é a realidade da vida de um casal de cegonhas na Croácia.
A cada primavera, o país se emociona com a chegada do macho Rodan que volta da África ao país balcânico para encontrar sua amada Malena, que não pode voar devido às sequelas de um tiro d qual foi vítima há 18 anos.
O casal de aves oferece este ano, um espetáculo de alegria, já que em seu ninho, há quatro filhotes recém-nascidos, enquanto os demais estão por sair de seus ovos, segundo informou a imprensa local.
Malena foi encontrada ferida, em 1993, em um campo perto de Slavonski Brod, uma cidade de 200 km a leste de Zagreb, com a asa ferida por tiros dados por um caçador italiano.
Stipe Vokic, porteiro de uma escola primária, cuidou da ave, conseguiu cura-la e fez um ninho no telhado da escola para ela.
Faz nove anos que Rodan se apaixonou por Malena, que não pode acompanhar seu amado na viagem até a África, pois apresenta sequelas do ferimento que a impedem de voar para a rota migratória que faz as aves de sua espécie todos os anos.
Durante o inverno, Vokic cuida e alimenta Malena, mas todas as primaveras, quando Rodan regressa, ele mesmo trata de cuidar da companheira. Ele leva comida fresca a ela, arruma o ninho e alimento os filhotes.
http://www.anda.jor.br/wp-content/uploads/2011/05/Imagen-1910.png
Foto: Divulgação/EFE
"É uma relação terna, da qual se pode fazer um filme de amor", comenta Vokic ao jornalVecernji list.
Em Julho, Rodan ensinará aos seis filhotes a voar e, em meados de agosto, voarão juntos à África.
"A cada ano, me parte o coração quando chega a hora de partirem. Rodan chama Malena, para que vá com ele, mas ela não pode. Até hoje, já criaram 35 filhotes", diz Vikic.
Esta primavera, a imprensa croata publicou a triste notícia de que Rodan não estava de volta e, certamente, alguma coisa ocorreu na África, mas para a alegria de todos, apareceu de repente, apesar de mais cansado do que nunca.
As cegonhas que fazem seus ninhos na Croácia todos os anos, realizam uma longa viagem de 13 mil quilômetros pelo Vale do Nilo até a África do Sul, caminho onde encontram muito perigos e penúrias.
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Foto: Divulgação/EFE

 





Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos preocupados e empenhados possa mudar o mundo; de facto é só isso que o tem mudado”. Margaret Mead

terça-feira, 14 de junho de 2011

teve lugar HOMENAGEM AO GENERAL VASCO GONÇALVES, por Andrade da Silva Capitao de Abril

em LIBERDADE e CIDADANIA

HOMENAGEM AO GENERAL VASCO GONÇALVES






Conheci o general Vasco Gonçalves, como homem e como politico. Como politico muitos o conhecem. Foi sobretudo um patriota interessado no seu país e no seu povo, particularmente no mais desafortunado, e, quanto, a este nos muitos diálogos directos que tive consigo, antes e depois do 25 de Novembro, foi sempre a justiça social a sua maior preocupação e a protecção dos seus direitos. Esta foi a sua postura que em conversa, longa conversa, que teve comigo, na consulta de fisioterapia do Hospital Militar, pouca antes de morrer, confirmou.





Do Homem que conheci fica tudo dito com estas breves recordações, comemorou com a minha família e comigo um dos meus aniversários na prisão da Trafaria, e depois disto sempre que me encontrava perguntava pela minha mãe e irmãs, e sempre lhe respondia estão bem e gostam muito de si.




NO dia 11, pela 11h 30, no Cemitério do Alto S.João, a ASSOCIAÇÃO CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO, promove uma homenagem.
Andrade da Silva

domingo, 12 de junho de 2011

ACORDEM POVOS! Outra estratégia do Grupo Ocidental que projecta “ Uma Nova Ordem Mundial” para o domínio dos seus recursos

Outra estratégia do Grupo Ocidental que projecta  “ Uma Nova Ordem Mundial” para o domínio dos seus recursos (Humanos e naturais),  através da ditadura mundial!

ACORDEM POVOS!

É esta a ajuda internacional na Democratização de África! Ajudam-na a afundar em todos os aspectos, apoiando a corrupção, o subdesenvolvimento total e tornando-a dependente de ajudas internacionais, quando ela tem todas as condições Humanas e em recursos Naturais para se manter sem mendicar apoios externos!
Tudo encoberto virá a superfície! At‏é que a consciência lhes doa!
Onde estão os Direitos Humanos?! Depois da guerra sangrenta de mais de trinta anos, mais uma vez os Povos Pacíficos de Angola enfrentam a "guerra de usurpação externa" pelos seus recursos naturais!
Os Países de África que abandonem as Nações Unidas!Chega de hipocrisia!
Como ficam os Direitos Humanos? Onde está as Nações Unidas?
Os Povos de Angola sofrem novamente, com a cumplicidade e o silêncio Internacional! Como ficam os Direitos Humanos?
Como ficam as Crianças de Angola, com tanta miséria imposta?! Onde estão os Direitos Humanos para África?!...
Para que serve o Desenvolvimento Científico se a deshumanização e a indiferença imperam no seu seio?!
Como ficam as Crianças de África?
 "  afrika süd Nr. 1, 2011
Dinheiro sujo a procura de local de lavagem
Banco Quantum e o novo emprego de Ernst Welteke em Africa.
Negócios em Angola foram sempre um assunto muito delicado, pois os parceiros internacionais do governo angolano não são isentos da corrupção que domina em todas as areas do comercio estatal. Assim os negocios dos bancos alemães como o Commerzbank, Deutsche Bank, West LB, ou BHF são considerados em Luanda como um apoio seguro do regime de Jose Eduardo dos Santos e que por isso usufruem de todo o tipo de direitos. Um caso especialmente explosivo da recente história bancária de Angola foi o surgimento do “Banco Quantum” uma companhia offshore, ou cuja finanças  localizam-se no estrangeiro, neste caso concreto situada na Suiça. O presidente do Conselho administrativo desse banco privado do presidente angolano, no qual o seu filho Zénu dos Santos também participa, nao é uma outra pessoa senão Ernst Welteke, o antigo chefe do Banco Federal de Alemanha, o banco de Reserva muito conhecido como Bundesbank.
Emanuel Matondo (jornalista e autor angolano)
Durante dezenas de anos os membros do parlamento angolano nunca perderam a oportunidade de sublinhar sempre a falta de transparência e o desfalque dos meios financeiros , devido a fuga de capitais para o estrangeiro, quando se tratasse de discutir sobre a forma adequada de emprego das receitas das vendas de petróleo. O governo sob José Eduardo dos Santos dava ao seu primeiro ministro ou ao secretário geral do MPLA a tarefa de explicar que as receitas petroliferas depositadas no exterior eram contas estrategicas de suporte para Angola, que tinham como objectivo o de serem utilizadas para o bem de todo o povo em tempos precários. A última vez que se discutiu sobre o emprego adequado das receitas das vendas de petroleo foi em 2004 por requerimento controverso de uma pequena fracção da oposição, antes de ser aprovada uma nova “lei do petroleo” . Esse requerimento foi logrado de um insucesso, pois o partido governamental foi de opinião que não havia motivos alguns para a alteração dos já aprovados moldes de distribuição das receitas das vendas de matérias primas como a fundação de um “Permanent Dividend or Charitable Trust Oil Fund” a exemplo dos existents na Escocia, Alaska ou Noruega, ou mesmo nesse contesto para ser aprovada uma lei para Angola a esse propósito.
Meses depois descobriu-se por acaso que dos Santos e os seus conselheiros económicos elaboraram em secreto e fora dos debates parlamentares um conceito dum Sovereign Wealth Fund (SWF, Fundo de Riqueza Soberana), semelhante aos modelos da Rússia e dos reinos árabes. Pelo menos no papel foi fundado um tal tipo de reserva monetaria denominado Angola Reserve Fund for Oil (Fundo Angolano de Reserva das Receitas de Petróleo). Só depois disso vir ao de cima é que o então ministro das finanças José Pedro Morais, deu conhecimento à imprensa internacional sobre a existência desse fundo monetario e os membros do parlamento do seu partido tiveram autorização para discutir sobre esse assunto. O plano do governo era o de transformar os fundos de receitas das vendas de petroleo em investimentos impresariais ou investimentos em países considerados amigos de  regime actual.
No ano de 2006 o governo fundou o Banco angolano de Desenvolvimento, sustentado por receitas petroliferas, mas sob o controle da empresa petrolifera estatal Sonagol e não do parlamento. Sómente no ano 2007 o conselho de ministro aprovou a lei de fundação da Angola Reserve Fund for Oil, para onde são depositadas as receitas monetárias que resultam das diferenças entre os preço de venda do petroleo angolano no Mercado internacional e do preço orçamentado no ano de 2007 no valor de 45 US$ por barril. Essa “fixação de preços angolana” no orçamento do estado foi um dos maiores problemas durante o processo de implementação da Lei Constitucional . Esse problema existe até hoje. O governo impõe um preço de venda que é extremamente inferior ao do mercado internacional. Ainda faltam explicações pela parte dos governantes angolanos até hoje em dia onde fica a diferência do valor de preço não referênciado.
Companhia Offshore na Suiça
Após a decisão do Conselho de Ministros, foi concedido ao banco central, Banco Nacional de Angola (BNA) o direito de criar o chamado Angola Oil Funding. O chefe do BNA Alberto Fernandes da Silva que deveria elaborar a fundação desse organismo tendo como modelo os dos países do Golfo, incumbiu por falta de competência essa tarefa à companhia offshore suiça Quantum Global Wealth Management AG, situada no Cantão Zug, e segundo extractos dos registros comerciais, registada aos 02.12.2003 (1), com o objectivo de “contactar bancos ocidentais e peritos de finanças” (2), para a elaboração do projecto “Administração dos Fundos monetarios do petroleo de Angola”.
Segundo os extractos dos registos comerciais, Quantum Global Wealth Management AG, a sucessora de uma outra companhia offshore chamada RBK Allfinanz AG, que segundo os estatutos fora fundada uma semana antes ou seja aos 28.11.2003 por Jean-Claude Bastos de Morais como presidente e por Marcel Krüse como membro. Os dois com direito de assinatura conjunta. Até princípios de Janeiro de 2007 a companhia acima citada ainda se denominava RBK Allfinanz AG. Aos 11 de Janeiro de 2007 os dois protagonistas mudaram o seu nome para Quantum Global Wealth Management AG (3).
Os objectivos dessa firma por correspondencia eram segundo estratos de registo do ano de 2003 planeamento , consultoria e servir de medianeira de prestação de serviços financeiros de todo o tipo, sobretudo relativamente não so às contratações e envolvimentos de seguros, mas como também à criação de bens, possibilidades de disposições de bens e prevenções; Usufrui por isso o direito de angariar fundos e lhe é atribuida a possibilidade de disposições e acções de direito para o bem da sociedade”. Porém até agora, matem-se um segredo sobre o tipo de actividades é que essa firma exerceu té a data actual. Segundo informações, Bastos fundou numa dada altura do ano de 2004 a companhia Quantum Capital S.A., uma empresa autónoma dentro dos direitos angolanos, que dispõe de bancos e serviços de investimrentos em Angola em cooperação com parceiros internacionais (4).
Com a aprovação do novo estatuto de 2007 os seus objectivos foram também alterados. Assim esses passaram a ser: “Prestação de serviços na area de promoção de vendas, atendimento de clientes consultorias no ramo global de administração de bens; essa instituição pode criar subfirmas, ser parceira de outras empresas, tem direito a aquisição e hipoteca venda e administração de terras, assim como o de financiamento facturas próprias de de terceiros (5).
Ernst Welteke, o proeminente alemão, entra no jogo (de roubo)
Com a inscrição no registro comercial nr. 77 de 23.04.2007, Ernst Welteke o antigo chefe do Banco Federal Alemão Bundesbank começou a exercer a função de vice-presidente do conselho administrative do Quantum Global Wealth Management AG (6).
Ernst Welteke é economista e politico destacado do Partido Social Democratico alemão SPD. Ele foi de 1999 até 2004 presidente do Bundesbank e foi de 1974 até 1995 deputado do estado de Hesse. Ele foi nos anos 80 durante curto tempo presidente da fracção parlamentária do partido SPD no estado federal de Hesse. Em 1991 passou a ministro das finanças de Hesse, sob Presidencia de conselho do estado federal de Hans Eichel. Em 1995 Welteke foi nomeado president e do Banco Central Estadual de Hesse, cuja proposta for a feita pelo seu companheiro politico de varios anos Eichel. Em Setembro de 1999 tornou-se presidente do famoso  Bundesbank. Dentro dessa função ele defendia os interesses do Bundesbank no Conselho do Banco Central Europeu (BCE). Welteke esteve também envolvido no escândalos conhecidos na Alemanha como o caso Adlon (7) e o caso de burla imobiliária Schneider (8).
Bastos de Morais, Marcel Krüse e Welteke conhecem-se a partir de um outro negócio, nomeadamente o da empresa Stampa & Partners Holding AG de Friburgo na Suiça, também com uma filial em cantão Zug (9). A Quantum Global Wealth Management AG está sob a presidencia de Thomas Ladner, um representante da cultura “de companhias offshore” no paraíso fiscal, em Zug.
Mais personagens que fazem parte da direção e do conselho administrative da Quantum Global Wealth são entre outras Jean-Claude Bastos de Morais, um suiço de origem angolana, Marcel Krüse, também cidadão suiço, Ernst Welteke, domiciliado em Offenbach/Main (Alemanha) (como presidente do conselho administrativo), Garreth Fielding, cidadão britanico, domiciliado em Londres (Grã-Bretanha), e Zug (Suiça) como director e Morten Kleven, cidadão noruegues, domiciliado em Küsnacht/Zurique (Suiça) como membro do conselho administrative (10).
Local e máquina de lavagem de dinheiro: Banco Quantum
Com o surgimento da Quantum Global Wealth Management AG e graças a influencia da proeminencia europeia, sobretudo a alemã os governantes angolanos estabeleceram as bases para a fundação do banco privado, Banco Quantum que exerce as suas actividades operativas em Novembro de inicios de 2008. É de conhecimento publico em Angola, que o Banco Quantum é um banco privado do president José Eduardo dos Santos e seus familiares, particularmente seu filho José Filomeno dos Santos, alias Zénu dos Santos, segundo a confirmação pela uma fonte angolana. O objectivo principal desse banco parece ser a administração intransparente, ou melhor ainda a bifurcação e desvio das receitas de petróleo.
Oficialmente o Banco Quantum não admite a existência de uma ligação directa com a Quantum Capital S.A., mas reconhece que existem contactos com essa através de Jean-Claude Bastos de Morais. Os dados avaliados mostram entretanto uma outra imagem: A quando da fundação do Banco Quantum Bastos e Krüse foram as figuras principais e não foi por acaso que as companhias afiliadas desse banco angolano se situam no paraísos fiscais da Suiça em Zurique e Zug e nas Caraíbas, neste caso British Virgin Islands, Tortola. Também muitos documentos do passado e actual de desvio de fundos e fuga de capitais pelos dirigentes da empresa estatal angolana Sonangol indicam esse capital do paraíso fiscal Tortola de British Virgin Islands.
Bastos e Krüse não são pessoas desconhecidas no cantão Zug e os seus contactos chegam até aos círculos mais influentes dos partidos e politicos suiços. Como exemplo os dois protaqgonistas foram fortemente apoiados por Otto Ineichen, do Conselho Nacional do FDP da Suiça, quando eles propuseram a criação da Pro KMU Investment AG e juntamente aquele Politico como conselho administrativo levaram a mesma instituição à falência (11). Faz parte do mesmo partido FDP o actual Procurador Geral de Genebra e Chefe Accusador de Justiça Daniel Zappelli, que é uma pessoa muito controversa na Suiça e que está sob suspeita de “desleixar importantes prozessos criminais de lavagem de dinheiro entre eles o prozesso contra o presidente do Pakistão” (12) ou de pura e simplesmente cancela-los sem a minima justificação (como entre outros o processo contra Pierre Falcone e o Presidente angolano Dos Santos por desvio dos fundos de dívida angolana à Rússia). Através desse partido circulam as ligações directas entre os fundadores das companhias offsore e as personalidades mais poderosas na Suiça. Bastos e Krüse podem por assim exercer os seus negócios ilegais e escuros sob contrato da elite angolana por toda a Europa a partir da Suiça, sem qualquer tipo de problemas e sem complicações ou com total impunidade.
Extractos dos registros comerciais de diferentes cantões suiços mostram inúmeras fundações de empresas com vastas ramificações e interdependências efectuadas por essas duas personagens. Algumas dessas empresas foram declaradas insolventes, pouco tempo depois de terem sido criadas e por isso poderam ser irradiadas. Assim por exemplo o Juizado de Investigação (Untersuchungsrichteramt) de cantão Zug abriu um processo criminal contra eles depois de o liquidador da empresa Pro KMU Invest AG, que fora oficialmente contratado ter feito uma denúncia contra esses dois presidentes do conselho administrativo por suspeitas de burla, falsas informações sobre actividades comerciais, infidelidades em aquisições comerciais e supressão de Certificados.
Segundo informações da imprensa angolana Jean-Claude Bastos de Morais e José Filomeno dos Santos, aliais Zenú dos Santos, o filho do president angolano frequentaram a mesma escola na Suiça. Como na altura em que eram colegas de escola, os dois continuam muito amigos. Zenú dos Santos que é tido pelos alguns como o possivel successor do president José Eduardo dos Santos quando esse deixar o poder, tem fortes conexões tanto com os negocios privados e secretos do seu pai como com circulo mais poderoso do petroleo de Angola. Depois de terminar os seus estudos de engenharia electronica em Londres ocupou logo uma posição de destaque na companhia estatal angolana de petróleos Sonangol. O seu pai confiou-lhe também o dossier de criação de fundos de petróleo.
Zenú mobilizou para isso os seu antigo colega de escola Bastos de Morais para o projecto Banco Quantum. Bastos por seu lado que é considerado “porteiro” no mundo das Private Equity e companhias offshore da Suiça, utiliza os seus bons contactos com Ernst Welteke (14). De facto carregou conhecidos banqueiros alemães para o mesmo barco. Assim Welteke tornou-se presidente do banco privado Banco Quantum e ao mesmo tempo banqueiro de investimentos contratado pelo presidente dos Santos (15).
Junto a Ernst Welteke, Jean-Claude Bastos de Morais e outras personalidades importantes da Sonangol e do seu Banco Africano de Investimentos (BAI) é também o filho do president, José Filomeno dos Santos membro do conselho Administrativo do Banco Quantum. Pelo facto de segundo o que até agora se verificou, as grandes figuras desses dois bancos serem a favor de grande corrupção, lavagem de dinheiro, fuga de capitais e saques indecentes, Ernst Welteke pôde depois da sua saída do Bundesbank ou até um pouco antes disso movimentar-se nos circulos escuros de crime económico organizado internacional e dar o seu contributo à mesmo.
Segundo publicações da embaixada da Holanda em Luanda, Jean-Claude Bastos de Morais e Marcel Krüse têm boas ligações com Nick Busink, director financeiro da Glencore Internacional AG e perito holandês, também domiciliado em Zug, e com direitas ligações com os barões do petróleo de Angola. Segundo o que se pôde verificar até agora Nick Busink é também um antigo homem de confiança e sócio de Marc Rich, o fundador da maior companhia mundial de petróleos Glencore, que a partir do cantão Zug exerce especulações de várias matérias primas e que se ressaltou no financiamento do Regime do Apartheid na Africa do Sul. O nome de Marc Rich está também ligado ao escândalo do programa ONU “Oil for Food” com Sadam Hussein no Iraque. Nick Busink exerce também o papel de “consultor da Republica de Angola” e faz parte do grupo de individuos privados no estrangeiro que têm direito de accesso como de movimentações de contas do governo angolano e fundos públicos de Angola no exterior.
Ambos, Marc Rich e Nick Busink jogaram um papael de destaque na compra illegal de armas que entre 1993 e 1994, conduziu ao escandalo Angolagate na França. Foi a firma Glencore Finance AG que com a participação activa de Marc Rich e Nick Busink concedeu um checke de um bilhão de Us-Dollares aos negociantes de armas Pierre Falcone e Arcadi Gaydamak para a aquisição de armamento, apesar do embargo da ONU. Segundo documentos avaliados todos os protagonistas conhecem-se entre si e nos ultimos 15 a 20 anos sempre estiveram entreligados em varias especulações e negócios escuros. O número de firmas nas quais essas personagens em conjunto fazem parte dos conselhos administrativos é enorme.
Cantão Zug: Discrição para burladores de impostos e paraíso fiscal para os ditadores
Segundo o que se pode verificar até agora o Banco Quantum tem que admitir que o cantão Zug foi uma escolha muito importante para si. O cantão Zug não serve só como “Offshore Jurisdiction” assim como Zurique, Tessin etc., mas como também serve de plataforma para negócios e contrabandos de petroleos (17). A partir de Zug, uma cidade católica com apenas 100.000 habitantes , mas com mais de 27.000 bancos e empresas offshore, muitas delas só com caixas postais, são exercidos quase todos os negócios de matérias primas, que ditam o Mercado mundial: petróleo, diamantes e outros minerais, produtos agrícolas, sementes, etc. Ali está situada a maior companhia mundial de petróleos , Glencore Internacional AG de Marc Rich e exerce a partir daí os negócios com os já citados produtos em todo o mundo. A Glencore foi por exemplo no ano de “2005” a empresa na Suiça com o maior índice de vendas no valor de 119 bilhões de francos suiços, muito além da Nestlé e Novartis. Marc Rich foi procurado durante muito tempo pela justiça dos Estados Unidos, recebeu porém protecção dos governantes suiços. Mais tarde foi amnestiado pelo president Bill Clinton um pouco antes do fim do seu mandato, amnistia obtida contra pagamento, segundo informantes.
O cantão Zug oferece uma grande discrição a nivel mundial para burladores de impostos e companhias offshore, muitas delas marcam presença naquela cidade só com uma caixa postal. A elite angolana está já lá presente desde há muitos anos, segundo um informante local. Foram identificadas as seguintes companhias offshore em relacionadas com o Banco Quantum e Ernst Welteke: Quantum Global Real State e Quantum Capital International S.A., Road Town, British Virgin Islands, Zug (Suiça) Branch. Quanto a primeira empresa é Ernst Welteke o presidente do conselho administrativo, enquanto que o proprietário único da segunda é Marcel Krüse , um antigo empregado da PriceWaterhouseCoopers . Essa filial Quantum Capital International S.A., Road Town, Zug/Swiss Brach, serve de contacto directo com o paraiso fiscal nas caraíbas, British Virgin Islands. As receitas dos negócios de petróleos são movimentadas para a Suiça, uma parte é depositada como “Global wealth” (riqueza global) outra parte segue através do cantão Zug o seu caminho para outras “Juridicções Offshore” como a Britsh Virgin Islands (Quantum Capital S.A., Tortola/Zug), Bahamas, Bermudas, Delaware e Londres.
Todas essas empresas com capitais activos angolanos, nomeadamente a Quantum Global Management, Real Estate e Capital International AG/SA/Ltd, estão situadas na “Grafenauweg 6” uma rua muito conhecida pelas aí existentes companhias offshore, directamente atràs da estação central de Zug. Só nesse endereço estão registadas segundo contagens próprias mais de 40 empresas. A casa com o número 6 da mesma rua já serviu também segundo registros de installação de uma filial da empresa quimica multinacional alemã BASF em 1983. Também a empresa   Wintershall Erdgas AG, com sede social na cidade alemã Kassel e uma filial  da BASF, teve aí as suas instalações antes de mudar as mesmas para o número 8 daquela rua.
A Winterschall Erdgas AG negoceia actualmente com o governo angolano sobre a a participação activa no grande projecto de gás liquido (Liquified Natural Gas, LNG)  com as outras empresas destacadas alemãs E.on AG, Ruhrgas e EnBW. Parte-se de princípio que o fio da meada tem inicio em Zug, pois todos os encarregados estrangeiros de negocios de petroleo de angola estão domiciliados em Genebra nomeadamente Nick Busink, da Glencore, Jean-Claude Bastos e Marcel Krüse, Crossoil e Mouvoil AG. Os registros de Crossoil SA consultados em Genebra com numéro Fed. Nr CH-660-0947996-5 sob Ref. Nr 05634/1996 identificam claramente os seguintes personalidades angolanas, um francês e um advogado suiço como fundadores, já em 1996: Manuel Vicente, actual Presidente de Sonangol, como co-fundador e administrador; José Carlos de Castro Paíva, naquela altura representante de Sonangol em Londres (Reino Unido) e actualmente Presidente de Conselho Administrativo do banco privado angolano Banco Africano de Investimento (BAI), com capital activo dos homens de poder como co-fundador e administrador; Désidero Costa, naquela altura vice-ministro de petroleo (entre 1984 até 2002, entre 2002-2008 ministro titular) como co-fundador e administrador geral; Jack Sigolet, antigo alto-funcionário de Elf Aquitaine envolvido no escandâlo Angolagate como co-fundador e Director; e Nicolas Junod, advogado suiço e mencionado pelos informantes como especialista de paraíso fiscal, ou para a criação e assegurar os fundos desviados pelos ditadores, particularmente africanos. Fontes na Genebra confirmaram uma inivestigação judicial contra Sigolet e o advogado Junod por causa de contrabanda  no negocio internacional de petroleo angolano com implicações directas de Manuel Vicente e seus sócios angolanos no Conselho Administrativo do Crossoil SA. Também o nome do Presidente angolano Dos Santos foi mencionado por contrabanda petrolifera, via terra helvetica.
Um contacto mais inportante com a Glencore mas na Alemanha é a firma SET Select GmbH de Hamburgo, que já antes tivera financiado juntamente o império de Marc Rich projectos na Europa do Leste. SET Select GmbH, antigo membro do grupo lobbysta que limpa a imagem do despote angolano na Alemanha a Iniciativa  Económica Alemanha-Angola (DAWI e.V.), é um grande negociante e explorador de petróleos que também está interessado no projecto de gás liquido LNG. Possivelmente a firma de Hamburgo tem mais chances de uma participação commercial devido aos seus contactos com a Glencore Internacional AG em Zug, o membro de ligação com o poder central em Angola.
Através da Glencore circulam os contactos da elite de Angola para Crans-Montana, Davos/Suiça, onde os milhões de créditos entre os representantes militares de Angola, Marc Rich e outros actores foram fixados em acordos informais, durante um “Forum economic Mundial (WEF)”. Segundo documentações, a Fondation Guilé, também uma “organizadora do diáloge entre representantes de governos e os lideres económicos mundiais“ durante o WEF /Davos, mantém contactos directos com a “Fundação para a Inovação Africana” em Zurique, da qual o professor Dr. Ernst Brugge é membro do conselho executivo, exercendo o cargo de conselheiro administrativo, ao lado de Walter Fust (ex-chefe do Departamento helvetico para a Cooperação Internacional DEZA/Suiça e dirigente das negociações com o Presidente Dos Santos sobre a devolução do dinheiro angolano retido até 2005 em Genebra), Jean-Claude Bastos de Morais e José Filomeno de Sousa Santos (Zénu dos Santos). Marc Rich manteve não só contactos com ambos traficantes de armas (Pierre Falcone e Arcadi Gaydamak), mas também com Jean-Claude Bastos de Morais e Marcel Krüse (Rich+Co Investment). Antes da sua mudança para Zug, as  filiais do Banco Quantum, entre elas a Quantum Real State e a Quantum Global Wealth Management estavam domiciliadas no mesmo endereço em que a “Fundação para a Inovação Africana” estave, nomeadamente na Limmatquai 92, no Zurique, Suiça (18).
Os conselhos administrativos dessa “fundação” duvidosa querem fazer crer que eles têm juntamente o filho de um dos mais corruptos governantes do mundo a intenção de promover a transparência nos processos e movimentos no sector publico e acabar com a corrupção nos sectores publico e privado…, mas como também manter a sustentabilidades dessas” (veja extractos dos registros).
Para além disso, sublinha-se que todas as personagens com quem Ernst Welteke está relacionado têm ou tiveram um passado criminoso. Estão a ser precessadas investigações contra Jean-Claude Bastos de Morais e Marcel Krüse, também contra Marcel Rohner, antigo chefe do Banco suiço UBS AG, que Ernst Welteke nomeou como presidente da Quantum Global Real Estate AG (Zug). O mesmo já foi objecto de investigações da justiça dos Estados Unidos de America (EUA). Rohner foi de facto a figura central que incitou os clientes da UBS AG à fuga de impostos ou fraude fiscal. Ele pôde livrar-se da prisão, porque o governo dos estados Unidos negociou a sua insenção. Segundo informações, Marcel Rohner é tido como especialista das questões de Real-Estate e particularmente de negócios especulativos imobiliários. Os Angolanos podem notar que o Banco UBS AG jogou no passado e ainda continua de jogar um papel importante para a fuga de capitais angolanos não só pelo Dos Santos mas pelos dirigentes corruptos do regime actual em Angola.
Ernst Welteke é também membro do conselho administrativo do Banco para Compensações Internacionais (BIZ), fundado em 1930 com domicilio em Basel/Suiça. Esse banco desempenhou um papel negativo na era nazista. Mais informações sobre o passado desse banco ou suas duvidosas reservas de ouro podem ser lidas na Wikipedia. Welteke é ainda por cima membro da associação doadora da Fundação Friedrich-Ebert e activo no Partido Social Democrata alemão (SPD) 19.
 Observações:
1.   Moneyhouse Registros Comerciais e cordenadas empresais: URL: http://www.moneyhouse.ch/u/quantum_global_wealth_management_ag_CH-170.3.026.783-3.htm
2.   Africa Energy Intelligence. Track Link: Trade & Investment Newsletter no 02, February 2008, Royal Netherlands Embassy Luanda, Angola
3.   Registro comercial de Cantão Zug com numero empresarial: CH-170.3.026.783-3, data de estatuto (2) de 11.01.2007; mudança de estatuto: 11.01.2007. Nova empresa. Registro comercial, Nr. 24 Segunda-feira, 05.02.2007 - 125° ano
4.   „Quantum Bank is likely to open very soon in Angola“, Novo Journal/Royal Netherlands Embassy Luanda, Angola; Ver também: „Quantum Capital SA“, www.ebizguides.com
5.   Extracto de registro comercial/Numero empresarial: CH-170.3.026.783-3
6.   Registro comercial Nr. 77 Segunda-feira, 23.04.2007 125° ano, Diário Nr. 5027 de 17.04.2007 (03896946 / CH-170.3.026.783-3)
9.   Para Bastos e Krüse: SCC Group AG/Feranz AG/Stampa & Partners AG, registro comercial com numero empresarial: Ch-170.3.022.004-0, registrado dia 27.03.1998 / Stampa & Partners Holding AG (outros nomes: Stampa & Partners Holding SA und Stampa & Partners Holding Ltd.), Registro comercial de Cantão Zug, Numero empresarial: CH-170.3.030.193-5, registrado dia 14.12.2006
10.  Antigo nome RBK Allfinanz AG, tornou-se depois „Quantum Global Wealth Management AG“ (outros nomes: „Quantum Global Wealth Management SA“ und „Quantum Global Wealth Management Ltd“)
11.  ProKMU Invest AG, Registro comercial de Cantão Zug, Numero empresarial: CH-020.3.020.380-2
12. "Zweifel am Genfer Chefankläger”, www.beobachter.ch, 15/2010 (traduizir: Dúvidas sobre o Procurador Geral de Genebra) 
13. „Beteiligungen – Statt die KMU gefördert, Kleinunternehmen geprellt?“ Zuger Presse, 11.5.2004; „Zürcher Beamten-PK setzt mehr als 15 Millionen in den Sand. Pleite der Beteiligungsfirma ProKMU invest. Manager haben hohe Honorare bezogen“, NZZ Online, 1.2.2004
14. “Ein Finanzberater schafft Transparenz”; www.handelszeitung.ch, 28.10.2008
15. “Message From the Chairman”, www.bancoquantum.com
16. Crossmedia International AG,  Registro comercial de Cantão Zug com o Numero empresarial: CH-020.3.006.607-5, registrado dia 19.09.2001, Extinção: 29.06.2004
17. J.Aeschlimann/M. Stoll, “Big Business im Dunkeln”, www.danieleganser.ch, Zeitungsinterviews (traduizir: „Grande Negocios em Obscuro“, entrevista)
18.  CH-8001 Zürich, Registro comercial nro: CH-020.7.001.621-0
19.  Relatório Anual de Fundação alemã FES 2008
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Menção obrigatória:
Esse artigo foi publicado como documentação investigativa pela primeira vez na Revista Alemã “Afrika Süd”, Edição nro 1, 2011. © issa Bonn, afrika süd, zeitschrift zum südlichen Afrika.
Para consultar o texto original, ver sob o titulo:
“Dreckiges Geld sucht Waschanlage
Banco Quantum und Ernst Weltekes neuer Job in Afrika“