25 de ABRIL Para Todo o Sempre

MENINA

O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Há por vezes encontros inesperados.

 
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Açorda de Alho - Final da Maré de Fado 2021

 


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Stars 90 - Jean Ferrat - Vhs 1991

 

Stars 90 - Jean Ferrat - Vhs 1991


Capture VHS de l'émission Stars 90 présentée par Michel Drucker 
avec comme Invité : Jean Ferrat. Les chansons interprétées ce soir-là
 sont celles de l'album Dans la jungle ou dans le zoo.
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🐦" Rossignol bleu " / Siberian Blue Robin

 





🐦" Rossignol bleu " / Siberian Blue Robin
photo📸👉Risav Pal
Cet oiseau vit en Sibérie, au Japon, 
en Mongolie et en Chine. Les Rossignols bleus
 nichent principalement dans la Taïga, 
avec des épicéas, des pins, des bouleaux, 
des pins et des peupliers (populus).
Ils ont un régime alimentaire insectivore 
(punaises, coléoptères et fourmis). 

Ils consomment aussi des baies et des graines 
d'herbes qui deviennent leur menu principal 
en été en Chine. Occasionnellement, i
ls consomment des petites palourdes 
ou des crustacés dans les rivières.
Extraordinaire Nature 🌳
#oiseaux







  • CE JOUR-LÀ
    Il y a 1 an

    Marilia Gonçalves Pimenta Gonçalves

      ·
    Partagé avec Public



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    Tarde de Folclore na página. Rancho Folclórico de Faro

     Tarde de Folclore na página. Rancho Folclórico de Faro

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    Stevie Wonder, improviso com Pierre e Pedro,

     

    Isn’t She Lovely -

     Stevie Wonder, improviso com Pierre e Pedro,

     professores de guitarra na Live Music Faro, espero que gostem!

                                                                       AQUI

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    Carlos alberto Moniz e Maria do Amparo O ladrão

     


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    Ruy Mingas -partiu para as estrelass, mas ficou presente no que fez, generoso

     



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    Maria do Amparo e Carlos Moniz Ao desafio

     


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    Escrever

    é fruto cheio

    que verte sumo

    por acumulação.


    Marilia Gonçalves

    EUGÈNE BIZOT


    Je suis humble artisan d’une tâche inféconde
    mais devant les dangers qui menacent le monde
    je rougirai
    d’être de ceux qui n’ont rien dit.

     Eugène Bizot

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    FOTO FAMILIAR

    FOTO FAMILIAR


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    CAPITALISME : LES ULTRA-RICHES CONTRE L’HUMANITÉ




                                                                                      ICI




     

    Vidéo

    CAPITALISME : LES ULTRA-RICHES CONTRE L’HUMANITÉ



    BLAST, Le souffle de l'info

    Hier, à 18:15  ·
     

     ➡️ Voir la vidéo Dans ce troisième numéro de Doc doc doc, Nicolas Houguet raconte l'histoire de ces gens dont la richesse ne sort pas de nulle part. Contemplez un monument de cynisme, une part d'ombre de notre humanité où l'immoralité, la corruption, le mensonge et la trahison règnent en maître. Un amour, gloire et beauté sous mescaline. Si à la fin, vous voulez vous transformer en Che Guevara et faire la révolution, ne réglez pas votre écran, c'est normal. Bienvenue dans le monde merveilleux du capitalisme.
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    Marilia Gonçalves Associada ASM

     


    Associação Salgueiro Maia

      ·
    DOS TEMPOS SOMBRIOS AO VERMELHO DO CRAVO


    Era noite, treda noite
    Nas malhas da escuridão
    Só o estalar do açoite
    Cada caminho aflição
    Nem pálida luz se via
    Nem cintilar d’emoção
    Nem um pipilar se ouvia
    No longe ladrava o cão.
    O ribeiro que cantava
    Certas noites de luar
    Ali a voz que calava
    Mais lembrava a voz do mar
    Quando se lança aos penedos
    A rugir como trovão.
    Nesse desenho sombrio
    Que apavora o caminhante
    O vento sob repuxo
    Volúvel gira constante.
    Na terra ninguém se via
    Que a tal pudesse valer
    De longe a fímbria do dia
    Teimava ainda em não ser.
    De quantas noites houvera
    Desde idades bestiais
    Nunca ninguém conhecera
    O horror de noites tais.
    Ameaça circundante
    Envolvia campo e lar
    Chorava ao seio a criança
    Fugia o gato a miar.
    Houve no terror do tempo
    Quem fosse semear dia
    As pobres casas tremiam
    Entre mãos de ventania.
    Aqui ali pelo chão
    Manchas escuras gemiam
    Onde o abutre espreitava
    Cada força que caía.
    Moravam dentro da sombra
    Seres ainda mais sombrios
    Todos tecidos em medo
    Sobressalto de pavor.
    Meu Deus, que noite comprida
    A estender-se tempo fora
    Alimentada por vida
    Em ódio à luz da aurora
    Tal como se não bastasse
    Essa horrenda escuridão
    Fizeram grutas esparsas
    Guardadas por um dragão
    Bicho-de-sete-cabeças
    Em cada uma delas tinha
    Uma boca de serpente
    Donde veneno saía.
    De tal modo repelente
    Sujo, ameaçador
    Tinha garras recurvadas
    Prontas a cravar no dia
    As espadas afiadas
    Que o povo a sangrar temia.
    Parecia a todos que a noite
    Nunca mais acabaria.
    Estalava firme o açoite
    Sobre o dorso que se erguia
    Fosse de dia ou de noite
    A Fera horrenda mordia.
    Foi o tempo prosseguindo
    Anos formavam em décadas
    O olhar do ser humano
    Erguido caia em terra.
    Mas tantas vezes caiu
    Que aprendeu a reerguer
    Desse seu corpo dorido
    A força para vencer!
    Ficaram pelos caminhos
    Valentes d’entre os valentes
    As aves fugindo aos ninhos
    Enfrentavam as serpentes
    Décadas forma passando
    A escuridão prosseguia
    Mas o sangue semeado
    Secava e refloria.
    Em cada dor aprendia
    O gesto a não repetir
    Ao longe a luz que surgia
    Era flâmula do porvir.
    Homens e Mulheres de pé
    Crianças Adolescentes
    Formavam onda e maré
    Oceano em novas gentes.
    Até que um dia, em que a luz
    Assinou o pacto humano
    E corações seminus
    Gritaram nem mais um ano
    Nem mais um dia
    E então
    Portugal floriu em Cravos
    Era o fim da aflição
    Portugal cheio de bravos
    Rasgou a noite do luto
    Soldados o Povo e Cravos
    Num novo dia impoluto
    Derrubaram os agravos.

    Marilia Gonçalves
    Associada ASM

    João Andrade da Silva e Salgueiro Maia
    dois HOMENS de ABRIL


    JSS

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    Francisco Fanhais

     


    Francisco Fanhais





    Letra e música de Geraldo Vandré. Gravado em Roma, 

    disco de solidariedade para com o jornal República

     e a reforma agrária, editado em 1975, 

    com interpretações de José Afonso 

    e de Francisco Fanhais, numa iniciativa 

    conjunta do Manifesto 

    e das organizações Lotta Continua 

    e Vanguardia Operaria, 

    nunca foi distribuído em Portugal.

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    Hino Caxias - Em Festa Comício PCP em 77

     


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    O Porquê do Luto

    Resultados das Eleiçoes Presidenciais 23011

    Era o seu objectivo expresso durante a campanha e atingiu-o. Cavaco Silva foi ontem reeleito Presidente da República, fugindo a uma segunda volta. Obteve 52,94% dos votos, ultrapassado a percentagem com que foi eleito há cinco anos, 50,54%. Mas não terá atingido os 2.773.431 votos de há cinco anos, ficou-se pelos 2.230.104, quando estavam apuradas todas as freguesias, perdendo assim mais de meio milhão de votos. O resultado em votos de Cavaco Silva é, por outro lado, o mais baixo de uma eleição presidencial em democracia. Até hoje o mais baixo fora o de Jorge Sampaio, com 2.401.015, na sua reeleição.

    Já Manuel Alegre atingiu 19,75%, quando há cinco anos teve 20,74%. Fernando Nobre, um dos vencedores da noite, atingiu 14,10%. Francisco Lopes teve 7,14%, José Manuel Coelho 4,5% e Defensor Moura 1,57%.

    Os votos em branco foram na ordem dos 4,26% e os nulos de 1,93%.

    Uma das novidades desta eleição são os números da abstenção. Atingiu53,37%, a maior abstenção em eleições presidenciais democráticas. O valor mais elevado tinha sido atingido precisamente numa reeleição, a de Sampaio em 2001, em que a abstenção chegou aos 50,29%. Valores de abstenção elevados apenas ultrapassados pelos das eleições para o Parlamento Europeu, em que os 64,46% foram o recorde atingido em 1994.

    Resultado mais baixo

    A vitória de Cavaco é uma vitória pouco expressiva. Com 2.230.104 votos, fica algo longe da eleição de Jorge Sampaio, que há dez anos atingiu os 55,55% e 2.401.015 votos, com uma abstenção recorde de 50,29%, e muito longe de Mário Soares, que há 20 anos foi reeleito com 70,35%, tendo então o apoio do PS e do PSD e uma abstenção de 37,84%.

    ****************************************************************************************
    ****************************************************************************************

    (mesmo assim, o que será que se passou desde então, para o PS mergulhar de tal maneira? que decepções sofreu o Povo de Portugal, para que tal se dê?)

    Marília

    o Blogue está de luto! mas....

    o Blogue está de luto! mas....
    Começa a RESISTÊNCIA!!!!!

    ZECA QUADRA

    Tu chamaste-me Comuna
    Pensando que me ofendias
    Com esse nome viveu
    Paris os seus melhores dias

    Zeca Afonso

    PENSE Pare (o tempo preciso apenas) Escute e Olhe

    Não se deixe enganar por intrujices de candidatos a Eleições

    Pensar, analisar, reflectir e comparar
    e os candidatos vão aparecer tal e qual são!
    analise e compare todos os dados
    não se vota em alguém só porque ou porque
    (tem um lindo sorriso)
    (que ar simpático)
    (que finos modos)
    nem nenhuma razão deste tipo? PORQUE
    eleger alguém é salvar ou comprometer seu futuro

    Marília Gonçalves

    o Assassinato dum Homem Terno e BOM

    História > Antifascistasalex

    «Aproveitava a descida para dar velocidade à bicicleta, naquele seu jeito destemido e moço de saborear a rapidez da corrida, o vento nos cabelos, a alegria de viver. Um dos homens saltou detrás da furgoneta e com um encontrão fê-lo cair na beira da estrada. Quando se levantou, dum salto, estava cercado.

    De longe, um camponês presenciara a emboscada em que José Gonçalves acompanhado de Fernando Gouveia e mais um bando de agente da PIDE assassinaram cobardemente o comunista Alfredo Diniz (...) A PIDE sabia que ele era um destacado dirigente do Partido Comunista Português. Por isso o odiava. Por isso o assassinou.»

    ===========

    Alfredo Dinis, além do Militante de mérito que foi, era na vida familiar um homem duma imensa Ternura, essa que é apanágio dos grandes revolucionários!

    minha tia (sua companheira e viúva depois )pelo lado de minha mãe, contava o amor sem fim que tributava ao filho de ambos, doente, que morreu seis meses antes do pai, e quanto à Zefa, a mulher dele, não havia uma vez que passasse por ela sem a beijar

    conta minha mãe, a loucura entre os jovens e ele, foi ele que ensinou a minha mãe, os princípios do Comunismo

    Inesquecível na família ainda hoje é com ternura e admiração

    que falamos dele! Por tudo quanto foi

    e nao posso deixar de relembraraqui, o emocionante discurso de sua irmã,Maria Amália, muito jovem ,no cemitério de pé sobre um caixote!

    tudo crimes sob a capa hipócrita de Salazar e de seus hediondos esbirros: A Pide!

    Lamento que o 25 de ABRIL de 1974 não tenha feito o processo do fascismo em Portugal, o processo da PIDE por todos os crimes cometidos!

    ficou a fazer falta à Historia desses 48 ANOS DE TERROR, tanto em Portugal como nas eis colónias!

    Tanto horror que devia vir à Luz do dia, para que as famílias das vítimas possam fazer o seu luto, e para que todo o Povo de Portugal saiba:

    Marilia Gonçalves


    Catarina Eufémia

    Catarina Efigénia Sabino Eufémia (Baleizão, 13 de Fevereiro de 1928 — Monte do Olival, Baleizão, 19 de Maio de 1954) foi uma ceifeira portuguesa que, na sequência de uma greve de assalariadas rurais, foi assassinada a tiros, pelo tenente Carrajola da Guarda Nacional Republicana. Com vinte e seis anos de idade, analfabeta, Catarina tinha três filhos, um dos quais de oito meses, que estava no seu colo no momento em que foi baleada.

    A trágica história de Catarina acabou por personificar a resistência ao regime salazarista, sendo adoptada pelo Partido Comunista Português como ícone da resistência no Alentejo.Sophia de Mello Breyner, Carlos Aboim Inglez, Eduardo Valente da Fonseca, Francisco Miguel Duarte, José Carlos Ary dos Santos, Maria Luísa Vilão Palma e António Vicente Campinasdedicaram-lhe poemas. O poema de Vicente Campinas "Cantar Alentejano" foi musicado por Zeca Afonso no álbum "Cantigas de Maio" editado no Natal de 1971

    AQUI

    Catarina Eufémia

    Catarina Eufémia
    ASSASSINADA A TIRO EM PLENO SALAZARISMO pela GNR COM UM FILHO PEQUENO AO COLO

    José Dias Coelho - Escultor

    José Dias Coelho - Escultor
    Militante do PCP Assassinado pela PIDE

    Alfredo Dinis Assassinado pela PIDE

    Alfredo Dinis Assassinado pela PIDE
    TIO DE MINHA MÃE

    JORNAL DE PAREDE


    geo localisation

    La Voix Consciente

    Je suis humble artisan d’une tâche inféconde

    mais devant les dangers qui menacent le monde

    je rougirais

    d’être de ceux qui n’ont rien dit.

    Eugène Bizot

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    DIREITOS AO POVO SAHARAOUI

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    FIM aos ABUSOS DE FORçA

    A água um direito de todos os povos

    Urgente problema a solucionar, o problema da seca e da desertificação.
    Porque a água é um líquido vital, os povos condenados à seca e à sede, terão a natural tendência de se aproximar cada vez mais das zonas com água que lhes permitam sobreviver.
    Se uma solução inteligente não for encontrada a curto prazo, estaremos expostos a ver desencadear-se uma guerra mais terrível que a que tem tido lugar pelo petróleo (que é apenas negócio, mas que não é essencial à subsistência) a Guerra da água
    e que essa pode alastrar-se por cada país onde o precioso líquido da vida existe!
    Os povos que morrem de sede (tal como nós o faríamos se estivéssemos em tal caso), partirão de suas localidades procurando a sobrevivência. Comportamento natural da Vida! não se deixar extinguir!
    Por isso a defesa da água como direito universal é a defesa da Paz

    Marília Gonçalves

    France Libertés

    L’eau, bien commun de

    l’humanité

    Signez l’appel de France Libertés :

    "Tous Porteurs d’eau"

    « APPEL « Tous Porteurs d’eau »

    - Pour une gouvernance publique internationale de la gestion de l’eau

    - Pour faire de l’accès à l’eau un droit inaliénable

    - Pour que cesse enfin la main mise des marchands d’eau sur ce bien commun de l’humanité

    - Pour que l’accès à l’eau pour tous soit demain une réalité

    En signant l’appel des Porteurs d’eau vous vous engagez dans un mouvement qui a pour objectifs :

    • Que soit instaurée une gouvernance publique internationale pour la gestion et l’accès à l’eau pour tous.

    • D’accompagner les municipalités qui souhaitent revenir à une gestion publique démocratique et transparente de l’eau. En effet, d’ici 2015, les trois quarts des contrats de délégation de service public arriveront à échéance et els élus des municipalités auront à faire un choix décisif.

    • Que l’eau soit un axe central de négociation à Copenhague.

    • Que la conférence de Copenhague reconnaisse la nécessité et l’urgence d’un pacte mondial pour l’eau.

    • Que la conférence de Copenhague entérine la création d’une organisation de régulation et de coopération internationale et indépendante, l’Autorité mondiale de l’eau, représentant notamment la société civile, les ONG, les associations de consommateurs, les associations environnementales, sociales et citoyennes.



    TESTAMENTO



    poema feito a Meu Pai lutador antifascista e lido por mim em Homenagem ao Jornalista e Escritor Álvaro Morna

    na Residência André Gouveia na Cidade Universitária em Paris

    Lança as cinzas ao mar
    ao Oceano
    não nos fechem em mar
    que tem fronteiras
    nós queremos viajar livres as cinzas
    por nossas vidas
    dantes prisioneiras.

    Lança ao mar o sonho a percorrer
    nós iremos espraiar em Portugal
    nossas cinzas no mar ainda a arder
    hão-de voltar à praia de outro sal.
    Sabem a lágrimas as cinzas em viagem
    mas o sonho é sempre verdadeiro
    se no exílio a voz foi de coragem
    será heróico voltar ao chão primeiro.

    Lança ao Atlântico o que resta
    da força que nós fomos mas vencida
    veremos reflorir como giesta
    em festões d'oiro a água conseguida.
    Iremos semear o mar imenso
    da esperança de não ter partido ainda
    importante afinal é o começo
    da sementeira agora pressentida.

    Deixa ir sobre as águas azuis verdes
    a nossa fundura vertical
    porque na água estão as nossas sedes
    de nunca ter deixado Portugal.
    Se história se escreveu no que passou
    nas cinzas nosso corpo está presente
    o mar da Liberdade nos levou
    no Caminho sem fim da lusa gente.

    Que as cinzas vão ardendo sobre o mar
    em derradeiro grito à Liberdade
    pois nós seremos livres de voltar
    pela força do tempo e da vontade.
    Se nossa viagem se prolonga
    a abraçar países infinitos
    há-de chegar o dia em que se alonga
    a saudade da terra dos proscritos.

    Voltaremos então a Viriato
    à Pátria Lusa, em bandeiras de sol
    o vento gravará nosso retrato
    na leve luz da tarde, ao arrebol.
    Seremos outra vez voz portuguesa
    a vir poisar numa canção sem fim
    na noite ardente de cada rouxinol
    nossas cinzas serão mais um jardim.

    Marília Gonçalves

    Álvaro Morna jornalista escreveu e publicou pouco antes de sua morte o Livro " Os Caminhos da Liberdade"
    Álvaro Morna foi preso político e Resistente Antifascista
    Era jornalista de RFI
    Durante estes anos, foi correspondente em França da Agência Lusa, Diário de Notícias e Rádio Renascença

    Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas.

    Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas.
    As Forças Armadas portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos para o bom senso dos comandos das forças militarizadas no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas. Tal confronto, além de desnecessário, só poderia conduzir a sérios prejuízos individuais que enlutariam e criariam divisões entre os portugueses, o que há que evitar a todo o custo.”

    Menino colocando um cravo numa espingarda




    Povo Português, meu irmão e meu pai, Nos teus caminhos, onde te levam os passos, ergues países!

    Que estranha força te impede de levantar Portugal?

    que é o teu pai e tua História, tua origem e teu sangue?!


    Marília






    Adeus Minhau

    Adeus Minhau
    linda e doce gatinha... até um dia

    À minha filha mais nova nascida em França

    À Nádia


    Nasceste aqui longe em França

    Morena de Portugal

    Mas teu olhar de criança

    Olhar que não tem igual

    Poisou na cinza do dia

    No verde que não tem fim,

    Paisagem, que até parecia

    Não teres vindo donde eu vim.

    Mas amor não tem distância

    A terra que nos deu voz

    Foi a que fez nossa infância

    E modelou-nos em nós.

    Foi na Língua de Camões

    Que te cresceu o pensar

    Essa Língua em que canções

    Sabem a luz e a mar.

    Onde ondulam as searas

    Ou se canta o milho verde

    Onde as belezas mais raras

    Nos acentuam a sede.

    Onde o povo que trabalha

    Ri e chora, cai, levanta,

    O país que canta, ralha

    Mas que é nosso e nos encanta.

    O país que é nosso pai

    E nos fala de saudade

    Ou do irmão que nos vai

    Dar a mão da igualdade.

    Terra-mãe que em si concentre

    O amor puro, imortal!

    Tu nasceste no meu ventre

    E no meu corpo, é Portugal.



    Marília Gonçalves

    Capitães de Abril

    BLOGUE AVENIDA DA LIBERDADE

    momentaneamente suspenso

    BOM ANO 2009
    Aos Capitães de Abril


    25 DE ABRIL

    25 DE ABRIL
    Revolução

    Revolução dos Cravos

    Revolução dos Cravos
    OBRIGADA

    25 de Abril














    os cravos

    O 25 de Abril
    Os acontecimentos deste dia revelam que o Movimento das Forças Armadas estava organizado e que era mais do que uma organização corporativista. Os miltares da Revolução preconizaram um momento da História Portuguesa, com milhares de outros protagonistas anónimos.
    Situações impossíveis apenas 24 horas antes, marcaram os derradeiros momentos do Estado Novo. Imaginemos o Terreiro do Paço entre as 8 e as 11 da manhã, o Largo do Carmo ao meio-dia, e, mesmo, a tensão vivida na António Maria Cardoso durante toda a tarde.
    Foi a Revolução dos Cravos.

    00:20
    A Rádio Renascença transmite a canção "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, segundo sinal do MFA, para que os militares dessem início às operações previstas.
    Grândola, Vila Morena, José Afonso, 1971
    Zeca Afonso


    03:00
    Início do cumprimento das missões militares, de acordo com o "Plano Geral das Operações".
    As principais forças do MFA são as seguintes:
    • Regimento de Engenharia N.º 1 (RE1), Lisboa
    • Escola Prática de Administração Militar (EPAM), Lisboa
    • Batalhão de Caçadores N.º 5 (BC 5), Lisboa
    • Regimento de Artilharia Ligeira N.º 1 (RAL1), Lisboa
    • Carreira de Tiro da Serra da Carregueira (CTSC), Lisboa
    • Regimento de Infantaria N.º 1 (RI1), Lisboa
    • Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea e de Costa (CIAAC), Lisboa
    • Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa (RAAF), Lisboa
    • 10º Grupo de Comandos, Lisboa
    • Escola Prática de Infantaria (EPI), Mafra
    • Escola Prática de Cavalaria (EPC), Santarém
    • Escola Prática de Artilharia (EPA), Vendas Novas
    • Regimento de Cavalaria N.º 3 (RC3), Estremoz
    • Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE), Lamego
    • Agrupamento do Norte
    São consideradas forças inimigas:
    • Guarda Nacional Republicana (GNR)
    • Polícia de Segurança Pública (PSP)
    • Direcção-Geral de Segurança (PIDE/DGS)
    • Legião Portuguesa (LP)
    • Regimento de Cavalaria N.º 7 (RC7)
    • Regimento de Lanceiros N.º 2 (RL2)
    Plano Geral das Operações de Otelo Saraiva de Carvalho, página 1
    Plano Geral das Operações de Otelo Saraiva de Carvalho, página 2
    Plano Geral das Operações de Otelo Saraiva de Carvalho, página 3


    03:10
    Principais movimentações das forças do MFA:
    • Quartel General da Região Militar de Lisboa, ocupado por uma companhia do BC 5;
    • Rádio Clube Português (RCP), defendida por outra companhia do BC 5 e ocupada pelo 10º Grupo de Comandos;
    • Rádio Televisão Portuguesa (RTP), estúdios do Lumiar ocupados pela EPAM;
    • Emissora Nacional, estúdios ocupados pelo CTSC;
    • Posicionamento de uma bateria da EPA em Almada;
    • A EPC dirige-se ao Terreiro do Paço;
    • EPI sai para ocupar o Aeroporto de Lisboa;
    • Companhias de Caçadores ocupam as antenas do RCP;
    • 5º Grupo de Comandos sai de Tomar para intervir no RC 7;
    • Força do RI 14 junta-se à da Figueira da Foz;
    • Sai uma força da EPE de Tancos;
    • O CIOE vai ocupar a sede da PIDE/DGS no Porto.


    04:00
    O BC 5 garante a segurança da residência do General Spínola.


    04:20
    O Rádio Clube Português transmite o primeiro comunicado do MFA. O Aeroporto de Lisboa é ocupado pela EPI.
    Transmissão do primeiro comunicado do MFA emitido às 04:20 pelo Posto de Comando
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 04:20h


    04:45
    Transmissão do segundo comunicado do MFA.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 04:45h


    05:15
    O Aeródromo de Tires é ocupado é ocupado pelo CIAAC. Transmissão do terceiro comunicado do MFA.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 05:15h


    05:45
    A Escola Prática de Cavalaria ocupa o Terreiro do Paço. Transmissão do quarto comunicado do MFA.
    O Terreiro do Paço ocupado no final da madrugada do dia 25 de Abril.
    As tropas de oposição ao governo ocupam o Terreiro do Paço no final da madrugada do dia 25 de Abril.


    06:00
    A EPC cerca os ministérios, a Câmara Municipal de Lisboa, os acessos ao Governo Civil, o Banco de Portugal e a Rádio Marconi.
    O Tenente de Inf. Nelson dos Santos, em frente ao Ministério do Exército, no Terreiro do Paço, aguarda com outros oficiais, para proceder à prisão das altas individualidades militares.


    06:30
    Chegada ao Terreiro do Paço de um pelotão do Regimento de Cavalaria 7, fiel ao Governo, comandado pelo Alferes Miliciano David e Silva que, após conversações, se coloca às ordens do MFA.


    06:45
    O Posto de Comando toma conhecimento de que Marcelo Caetano, Presidente do Conselho de Ministros, está no Quartel do Carmo.
    Marcelo Caetano


    07:00
    O Agrupamento do Norte dirige-se ao Forte de Peniche, prisão da PIDE/DGS. O RAP 2 toma posição junto à ponte da Arrábida e a EPA junto ao Cristo Rei, em Almada. No Terreiro do Paço, oficiais da Polícia Militar e o Capitão Maltez da PSP, põem-se às ordens de Salgueiro Maia após conversações.
    Os instruendos da Escola Prática de Cavalaria utilizam as carrinhas da PSP como protecção, ainda no Terreiro do Paço.
    Capitão Salgueiro Maia, Tavares de Almeida e o Alferes Miliciano Maia Loureiro mandam descongestionar o trânsito no Terreiro do Paço, aos guardas da PSP, que entretanto se puseram à disposição da Escola Prática de Cavalaria.


    07:30
    Transmissão de outro comunicado do MFA. Chegada à Ribeira das Naus de nova força do RC 7, comandada pelo Tenente-Coronel Ferrand de Almeida.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 07:30h
    Ao largo da praça do Município instruendos da EPC, pertencentes ao 5.º pelotão de atiradores esperam, as forças leais ao Governo.
    Na praça do Município instruendos da EPC, pertencentes ao 5.º pelotão de atiradores esperam, de armas na mão, as forças leais ao Governo.


    08:00
    Uma força do Regimento de Lanceiros 2, contrária ao MFA, toma posição na Ribeira das Naus, em Lisboa. Prisão do Tenente-Coronel Ferrand de Almeida por Salgueiro Maia.
    Ferrand de Almeida, Salgueiro Maia e o seu adjunto Assunção, são os protagonistas dos primeiros momentos de tensão, quando forças fiéis ao governo, progrediram do Cais do Sodré em direcção aos blindados da EPC.


    08:30
    Uma força da PSP chega ao Terreiro do Paço, mas nem tenta entrar em confronto com as tropas de Salgueiro Maia.
    Capitão Salgueiro Maia, Tavares de Almeida e o Alferes Miliciano Maia Loureiro mandam descongestionar o trânsito no Terreiro do Paço, aos guardas da PSP, que entretanto se puseram à disposição da Escola Prática de Cavalaria.


    09:00
    A fragata "Gago Coutinho" - que integrava as forças da NATO em exercícios – toma posição frente ao Terreiro do Paço, recebendo ordens para disparar sobre as tropas de Maia, mas não chega a fazê-lo.
    O dispositivo militar ocupa o Terreiro do Paço na madrugada do dia 25 de Abril e surpreende-se com a presença dos navios da Nato que já deviam ter-se feito ao largo para partirem no exercício "Dawn Patrol".


    09:30
    Os ministros da Defesa, da Informação e Turismo, do Exército e da Marinha, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, o Governador Militar de Lisboa, o sub-secretário de Estado do Exército e o Almirante Henrique Tenreiro fogem por um buraco que abriram na parede do ministério do Exército e dirigem-se para o Regimento de Lanceiros 2, onde instalaram o Posto de Comando das forças leais ao Governo.
    Buraco aberto na parede do ministério do Exército por onde fugiram vários ministros e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, dirigindo-se para Posto de Comando das forças leais ao Governo.


    09:35
    Forças leais ao Governo, comandadas pelo Brigadeiro Junqueira dos Reis, chegam ao Terreiro do Paço.


    10:00
    Na Ribeira das Naus, o Alferes Miliciano Fernando Sottomayor, do RC 7, não obedece às ordens do Brigadeiro Junqueira dos Reis para disparar sobre Salgueiro Maia e as suas tropas, o que leva o Brigadeiro a dar ordem de prisão a Sottomayor e a ordenar aos soldados que disparassem. Tendo-se estes recusado também a disparar, Junqueira dos Reis dispara dois tiros para o ar, abandona o local e dirige-se para a rua do Arsenal.
    Na Rua do Arsenal, tanques da Escola Prática de Cavalaria barram o caminho às forças fiéis ao Governo. Salgueiro Maia regressa ao Terreiro do Paço e em cima do carro de combate, reconhece-se o Alferes Cardoso, hoje Tenente-Coronel.


    10:30
    Rendição do Major Pato Anselmo, do RC 7 e transmissão de um novo comunicado do MFA.
    Jaime Neves e Pato Anselmo entre outros, são os protagonistas dos primeiros momentos de tensão, quando forças fiéis ao governo, progrediram do Cais do Sodré em direcção aos blindados da EPC.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 10:30h


    10:45
    Na Rua do Arsenal, o Brigadeiro Junqueira dos Reis dá ordem de fogo sobre o Tenente Alfredo Assunção, que fora enviado por Salgueiro Maia para negociar com as forças de Junqueira dos Reis. Tendo sido, de novo, desobedecido pelos seus militares, acaba por dar três murros no Tenente Assunção.
    Na Rua do Arsenal, tanques da Escola Prática de Cavalaria barram o caminho às forças fiéis ao Governo, uma parte recua sob o comando do Brigadeiro Reis e outra passa-se para o lado dos revoltosos.


    11:30
    O Posto de Comando envia uma coluna militar, comandada pelo Major Jaime Neves, para ocupar a Legião Portuguesa na Penha de França e uma coluna, comandada por Salgueiro Maia, para o Quartel do Carmo, onde se encontravam Marcelo Caetano, Rui Patrício, ministro dos Negócios Estrangeiros e Moreira Baptista, ministro da Informação e Turismo.
    Salgueiro Maia comanda as forças da EPC que vão cercar o Quartel da GNR no Largo do Carmo, em Lisboa.
    Salgueiro Maia atinge o Largo do Carmo. Em segundo plano o Capitão Tavares de Almeida e o Aspirante Laranjeira à civil.


    11:45
    O MFA informa o país, através do RCP, que domina a situação de Norte a Sul.
    Foi cumprida a missão inicial: ocupar a Baixa de Lisboa.
    Dono da situação, Salgueiro Maia reorganiza a força, que conta agora com carros de combate pertencentes às unidades até há pouco leais ao governo.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 11:45h


    11:50
    Os oficiais feitos prisioneiros no Terreiro do Paço são enviados para o Posto de Comando, na Pontinha.


    12:00
    Uma força do Regimento de Infantaria 1 tenta impedir o acesso da coluna da EPC ao Quartel do Carmo, mas Salgueiro Maia convence-os a juntarem-se às suas tropas.
    Salgueiro Maia atinge o Largo do Carmo e manda ocupar as ruas envolventes e cerca o quartel.
    Salgueiro Maia e o Tenente Santos Silva conversam com o Major Velasco da GNR, acompanhados dos homens das transmissões, no Largo do Carmo.


    12:15
    A coluna da EPC, comandada por Salgueiro Maia, chega ao Chiado pela Rua do Carmo, envolvida por uma multidão de apoiantes civis.
    Capa do jornal A Capital do dia 25 de Abril de 1974
    A confiança expressa desde a primeira hora pela multidão transmite-se aos soldados do Alferes Marcelino, Comandante do 1.º pelotão de atiradores.


    12:30
    As forças de Salgueiro Maia cercam o Largo do Carmo e recebem ordens do Posto de Comando para abrir fogo sobre o Quartel da GNR, para obter a rendição de Marcelo Caetano.
    O dispositivo militar instala-se no Largo do Carmo.


    12:45
    A população distribui comida, leite e cigarros pelos militares presentes no Largo do Carmo. Forças da GNR tomam posição na retaguarda das tropas de Salgueiro Maia, em defesa do regime.


    13:00
    O Brigadeiro Junqueira dos Reis tenta cercar as forças de Salgueiro Maia com a ajuda da GNR, da Polícia de Choque e uma companhia do RI 1. Forças do RC 3 chegam à ponte sobre o Tejo e dirigem-se ao Largo do Carmo. É transmitido novo comunicado do MFA.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 13:00h


    13:30
    Um helicanhão sobrevoa o Largo do Carmo, provocando ansiedade entre militares e civis.


    13:40
    Forças do MFA ocupam a sede da Legião Portuguesa.


    14:00
    A companhia do Regimento de Infantaria 1 que apoiava Junqueira dos Reis, passa-se para o lado de Salgueiro Maia. Iniciam-se as conversações entre o General Spínola e Marcelo Caetano, para a obtenção da rendição do Presidente do Conselho, através de intermediários.
    Capa do jornal Diário de Notícias do dia 25 de Abril de 1974


    14:30
    Transmissão novo comunicado do MFA, informando que estavam ocupados os principais objectivos. O esquadrão do RC 3, comandado pelo Capitão Ferreira, cerca as tropas do Brigadeiro Junqueira dos Reis.
    Transmissão de um comunicado do MFA emitido às 14:30 pelo Posto de Comando
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 14:30h


    15:00
    Por ordem do Posto de Comando, Salgueiro Maia pega num megafone e faz um ultimato à GNR para que se renda, ameaçando rebentar com os portões do Quartel do Carmo. É transmitido novo comunicado do MFA.
    Salgueiro Maia pega num megafone e dá ordens à GNR para que se renda, ameaçando com fogo sobre os portões do Quartel do Carmo.
    Transmissão de um comunicado do MFA emitido às 15:00 pelo Posto de Comando
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 15:00h


    15:15
    Forças da EPA recebem ordens para libertar os militares presos no Forte da Trafaria, na sequência do 16 de Março.
    A saída em falso do Reg. das Caldas da Rainha a 16 de Março de 1974, como reacção à demissão de Costa Gomes e de Spínola, constituiu o ensaio militar do dia 25 de Abril.


    15:30
    Disparos sobre a fachada do Quartel do Carmo, por ordem de Salgueiro Maia, o que obriga ao reinício das conversações para a rendição de Marcelo Caetano.
    Disparos sobre a fachada do Quartel do Carmo, sob as ordens de Salgueiro Maia, obriga a população a refugiar-se.


    16:15
    Elementos da PIDE/DGS abrem fogo sobre a multidão que cerca a sua sede, na rua António Maria Cardoso, provocando um morto e vários feridos.
    Rua António Maria Cardoso, onde se situa a sede da PIDE/DGS.
    Forças de cavalaria, de infantaria e da marinha ocupam as entradas da rua António Maria Cardoso, onde se situa a sede da PIDE/DGS.


    16:25
    Em consequência da não evolução das negociações para a rendição de Marcelo Caetano, Salgueiro Maia coloca um blindado frente ao Quartel e inicia a contagem para abrir fogo, quando é interrompido por Pedro Feytor-Pinto e Nuno Távora, da Secretaria de Estado da Informação e Turismo, que se dizem portadores de uma mensagem do General Spínola para Marcelo Caetano. Salgueiro Maia autoriza a entrada no Quartel desses dois mensageiros.
    Cartoon de Augusto Cid, no jornal República do dia 27 de Abril de 1974


    16:30
    Contactos telefónicos entre o Spínola, Marcelo Caetano e o Posto de Comando do MFA.


    17:00
    Salgueiro Maia entra no Quartel do Carmo e exige a rendição a Marcelo Caetano, que lhe responde que só se renderia a um Oficial-General para que o Poder não caísse na rua. O Posto de Comando mandata o General Spínola para ir receber a rendição de Marcelo Caetano ao Quartel do Carmo.
    Os militares experimentam cada vez mais dificuldades para conterem a multidão que aguarda o carro em que se transporta o General Spínola.


    17:30
    Transmissão de outro comunicado do MFA.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 17:30h


    18:00
    Spínola chega ao Largo do Carmo e, acompanhado por Salgueiro Maia, entra no Quartel para dialogar com Marcelo Caetano.
    Spínola chega ao Largo do Carmo completamente rodeado pela população em euforia.


    18:20
    Transmissão de novo comunicado do MFA.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 18:20h


    18:30
    A Chaimite Bula entra no Quartel do Carmo para transportar Marcelo Caetano à Pontinha.
    Reportagem sobre a entrada da chaimite Bula no Quartel do Carmo
    Aceite a rendição de Marcelo Caetano, iniciam-se os preparativos para o transporte até à Pontinha do chefe do Governo e respectivos ministros, que abandonam o local num blindado.


    18:40
    Declaração do MFA na RTP.


    18:45
    Decreto-Lei 171/74: extinção da PIDE/DGS, Legião Portuguesa e Mocidade Portuguesa.
    Extinção da Direcção-Geral de Segurança, da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa (Dec.-Lei 171/74 de 25 de Abril)
    Destituição dos Dirigentes Fascistas (Lei 1/74 de 25 de Abril)
    Cartoon de C. Brito, no jornal República do dia 10 de Maio de 1974


    19:00
    Marcelo Caetano e os ministros Rui Patrício e Moreira Baptista entram na Chaimite Bula.
    Aceite a rendição de Marcelo Caetano, abrem-se os portões do quartel do Carmo e iniciam-se os preparativos para o transporte até à Pontinha do chefe do Governo e dos ministros, que abandonam o local num Chaimite de nome Bula.


    19:30
    Salgueiro Maia levanta o cerco ao Largo do Carmo e conduz Marcelo Caetano e os ministros ao Posto de Comando, na Chaimite Bula, literalmente envolvida por uma enorme multidão que grita "Vitória! Vitória! Vitória!". A população manifesta-se nas ruas de Lisboa, durante o percurso da “Bula” até ao Posto de Comando e, cerca de 20 minutos depois é emitido novo comunicado do MFA.
    Aceite a rendição de Marcelo Caetano, iniciam-se os preparativos para o transporte do chefe do Governo e respectivos ministros. Um coro gigantesco de assobios e palavras de ordem acompanham a saída da coluna de passageiros.
    Capa do jornal República do dia 25 de Abril de 1974
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 19:50h
    Reportagem sobre a saída do Professor Marcelo Caetano do Quartel do Carmo e entrega do poder ao General Spínola


    20:00
    Transmissão da Proclamação do MFA através do RCP.
    Proclamação do MFA, distribuído à Imprensa no dia 25 de Abril de 1974
    Reportagem sobre a Proclamção do MFA


    21:00
    A Chaimite Bula chega ao Posto de Comando com Marcelo Caetano e os dois ministros, que ali ficam detidos até ao dia seguinte.
    Elementos da PIDE/DGS disparam sobre a população que cerca a sua sede, causando 4 mortos e 45 feridos. Forças da Marinha juntam-se ao MFA, alcançando a rendição da PIDE/DGS.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 21:00h
    Forças de cavalaria, de infantaria e da marinha ocupam as entradas da rua António Maria Cardoso, onde se situa a sede da PIDE/DGS.


    22:00
    Forças de paraquedistas chegam à prisão de Caxias, onde a PIDE/DGS ainda resiste. É transmitido novo comunicado do MFA.
    Comunicado do MFA do dia 25 de Abril de 1974 às 22:00h


    23:30
    São promulgadas a destituição dos dirigentes fascistas (através da Lei 1/74) e a extinção da PIDE/DGS, da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa.
    Destituição dos Dirigentes Fascistas (Lei 1/74 de 25 de Abril)
    Extinção da Direcção-Geral de Segurança, da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa (Dec.-Lei 171/74 de 25 de Abril)








    todos os Revolucionários

    todos os Revolucionários
    o que devem saber sobre a Repressão

    25 de ABRIL Com Coordenação de Pedro Lauret

    25 de ABRIL
    Com Coordenação de Pedro Lauret


    Equipa técnica

    Coordenação Geral
    Pedro Lauret

    Projecto e Pré-produção
    Luís da Matta Almeida, Luís Brites de Sousa

    Coordenação de Conteúdos
    Pedro Lauret

    Arquitectura da Base de Dados
    Pedro Lauret, Guimarães Martins

    Desenvolvimento da Base de Dados
    Guimarães Martins

    Conceito e Produção Gráfica
    Luís da Matta Almeida

    Programação Site, Web Design
    Pilot Design. João Champlon, Vitalyi Kasyanov

    Programação Site, Base de Dados
    Prodigentia Tecnologias de Informação


    VIVA O 25 DE ABRIL de 1974 ! Viva a Revolução!!!


    VIVA O 25 DE ABRIL de 1974 ! Viva a Revolução!!!

    Amanhecer de Luz, de tão intenso brilho que nesse ano de 1974 os turistas que chegaram para férias não eram os mesmos dos anos anteriores. Lembro sessões de esclarecimento a estrangeiros a quem respondíamos a entusiastas perguntas no parque de campismo de Faro, na Ilha. Era muito mais que curiosidade que os trazia. Era o acontecimento histórico que abria as portas ao Futuro que havia suscitado tanto interesse. Se um cravo nascia em Portugal depois da ditadura salazarista, uma labareda comunicativa acendia-se à porta de cada país. Quem nos visitava sabia que a partir dali seria sempre possível vencer todas as batalhas de Paz e Justiça. O Mundo renascia em Portugal!

    Fascismo nunca mais!

    O 25 de Abril era o elo fraterno que faltava entre os filhos de Portugal e o Mundo. Agora sim a verdadeira História de Amor entre Portugal e os povos dantes colonizados podia começar. Era o abertura do Mundo ali a florir num solo semeado de Capitães!

    Obrigada a vocês Capitães por esse dia inesquecível, que nos fez crescer e tornarmo-nos maiores como seres humanos.

    Hoje muitas conquistas apelam para nossos olhares atentos. As Conquistas de Abril, a porta do Amanhã que se abriu a nova mentalidade num radioso dia presente, origem do brotar duma jornada enfim desigual, hoje está ameaçada.

    Portugal chama por seus filhos, por cada um de nós, num grito agudo que se nos agarra aos tímpanos e ao coração.

    Mas Portugal está no Mundo e na Europa e forças exteriores, combatem e destruem ou tentam aniquilar o Espírito de Abril, em cada País, levantado os seres humanos uns contra os outros, dividindo irmãos, tentando derrubar a Fraternidade. Usando a mentira e o fingimento como arma, escondem quem são. Por isso a Unidade consciente de todos nós deve ser Universal

    Porque tal como o ar que respiramos circula limpo ou poluído sobrevoando cada País, assim os recuos das conquistas democráticas onde quer que se dêem tal como o ar circulam e envolvem-nos contaminando e destruindo a Esperança que a esforço de tantas Lutas se ergueu. Todos os países são irmãos! Todos partilhamos os mesmos sonhos e os mesmos afectos. E o Respeito por cada um é o caminho a aprender.

    Atentos pois e combativos, de pé enfrentemos quem quer que tente abalar e demolir a Luz de Abril

    Porque não calar a luz dos nossos olhos é o preço da dignidade de cada um e do respeito próprio.

    A Luz a rir ao nosso olhar e ao futuro tem que saber merecer-se!

    Viva o 25 de Abril! Viva a Fraternidade entre todos os Povos do Mundo!

    Viva Portugal!

    Abril é uma urgência Universal


    Abril é uma urgência universal
    O mundo fraterno a construir
    O uivo a florir no vendaval
    De maculadas pombas a cair.

    Abril sobre o vácuo do sentir
    Mais um Abril aurora flor de luz
    Incendiando os olhos do porvir
    Na vastidão a previdência de Argus.

    Um grito do pensar nova razão
    Estridência de seara a repartir
    Onde cada ser humano seja irmão
    E a evidência o tempo a construir.

    A bruma do pensar que se desfaz
    Ribeiras transparentes a correr
    Para que possa enfim surgir a PAZ
    Onde a lei final será viver!

    Marília Gonçalves

    Nebulosa Laguna

    Nebulosa Laguna

    Associaçao 25 de ABRIL

    Associaçao 25 de ABRIL


    Latitudes 25 de Abril

    Latitudes 25 de Abril
    O dinheiro maldito acabou com a LATITUDES e o Danel Lacerda partiu para as Estrelas

    Cascata Dos Amores

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    • http://liberdadeecidadania.blogspot.com/

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    25 de ABRIL SEMPRE

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    AVENIDA da LIBERDADE

    Jornal de Parede

    LIBERDADE e CIDADANIA

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    O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO

    JOSÉ AFONSO HOMEM ABRIL!!!!!!

    Recordar as músicas

    Do ZECA é prestar

    Homenagem à Música Portuguesa

    E a todos s que não cedem

    Ao imediato

    Da música fácil e dos poemas

    sem sentido

    Cantando o dia a dia

    de Norte a Sul

    Do País

    JOSÉ AFONSO

    Continuará entre nós



    Grândola Vila Morena
    Zeca Afonso

    Grândola, vila morena
    Terra da fraternidade
    O povo é quem mais ordena
    Dentro de ti, ó cidade

    Dentro de ti, ó cidade
    O povo é quem mais ordena
    Terra da fraternidade
    Grândola, vila morena

    Em cada esquina um amigo
    Em cada rosto igualdade
    Grândola, vila morena
    Terra da fraternidade

    Terra da fraternidade
    Grândola, vila morena
    Em cada rosto igualdade
    O povo é quem mais ordena

    À sombra d’uma azinheira
    Que já não sabia a idade
    Jurei ter por companheira
    Grândola a tua vontade

    Grândola a tua vontade
    Jurei ter por companheira
    À sombra duma azinheira
    Que já não sabia a idade


    VIVA O 25 DE ABRIL de 1974

    BEM-VINDOS
    ABRIL AURORA


    PAZ

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    Eugène Bizot

    Je suis humble artisan d’une tâche inféconde
    mais devant les dangers qui menacent le monde

    je rougirai
    d’être de ceux qui n’ont rien dit.

    Eugène Bizot

    Teatro Gérard Philipe em St Denis e Solidariedade

    Teatro Gérard Philipe em St Denis e Solidariedade
    1965 Artistas Franceses foram Solidários dos antifascistas Portugueses

    Homenagem de Gratidão

    Não quero passar mais tempo, sem prestar aqui homenagem de gratidão a um Artista de Teatro, francês, J.Jacques Roussillon, grande actor de teatro e membro da Comédie Française, que foi um bom amigo, Encenador e Director do Teatro Gérard Plilipe em St Denis, tinha dezassete anos, quando meu pai e eu lhe fomos pedir apoio para uma festa de solidariedade para com os presos políticos portugueses e suas famílias...
    Foi simples! disse que sim! mas fez mais, emprestou-nos o Teatro para o Espectáculo. Não satisfeito com a participação ele e um colaborador prontificaram-se para ajudar a preparamos a apresentação da "grande tarde solidária"
    Eu ia apresentar o Espectáculo e eles aconselharam-me a mais engraçada maneira de o fazer.
    Artista Português estava o Cantor Autor Compositor Luís Cilia, com as suas surpreendentes canções anticolonialistas e pela Paz, eu disse poesia, e minha mãe fez de palhaço!
    Mas a preciosa ajuda do grande actor da Comédie Française, J.Roussillon não ficou por aqui! A sua fraternidade era sem limite!
    A sua generosa açcão solidária para minimizar o sofrimento de presos políticos e suas famílias, prolongou-se ainda. Dois grandes artistas franceses cujo nome era na época conhecido há muito, vieram interpretar sua belas canções graciosamente, sem nada pedir. Esses dois Artistas eram Pia Colombo et Maurice Fanon.
    Aqui fica pois o testemunho da minha gratidão que o tempo não apagou, antes pelo contrário, muitos anos depois a imagem das pessoas boas e generosas que cruzámos mantêm-se vívidas e fortes.
    Obrigada. Muito Obrigada!

    Marília Gonçalves

    J.Jacques ROUSSILLONJ.Jacques ROUSSILLON, le fondateur du Théâtre Gérard-Philippe

    J.Jacques ROUSSILLONJ.Jacques ROUSSILLON

    de la Comédie Française feleceu 

    no Verão de 2009 numa vida dedicada à Arte e ao Hmanismo, sempre igual a si próprio

    Marília



    Marilia Gonçalves

    Marilia Gonçalves
    Poeta del Mundo

    DIA DA MULHER 8 de Março

    DIA da MULHER e DIREITOS da MULHER:
    todos os dias!
    festividade no Dia 8 de Março



    LIVROS e FILMES QUE MARCARAM

    • A LÃ e a NEVE
    • A Mãe GORKY
    • a SELVA
    • ABC de CASTRO ALVES
    • ai! peço desculpa aos não citados mas seria impossivel nomrear todos
    • Alberto Caeiro
    • Antero de Quental Sonetos
    • António Gedeão
    • Armindo Rodrigues O Poeta Perguntador
    • Camões Poesia Lírica
    • Candide Voltaire
    • CAPITÃES DE AREIA
    • Desenhador, poeta declamador TÓSSAN
    • Dinheiro Maldito
    • em menina - A Cabana do Pai Tomás
    • em menina DAVID COOPERFIELD
    • ESTA NOITE HÁ LUAR
    • FARPAS
    • Fernando Namora Escritor/Poeta/Médico
    • FILME Z
    • FILME ESTADO de SíTIO
    • FILME Capitães de Abril
    • FILME ANA NON
    • FILME NON ou a VÃ GLÓRIA DE MANDAR
    • Filme Amen Costa Gavras
    • filme DVD Planète Océan
    • FILME QUANDO PASSAM as CEGONHAS
    • FLORBELA ESPANCA SONETOS
    • Gaibéus
    • Gorky Infância, Ganhando Meu Pão E Minhas Universidades
    • HUBERT REEVES ALGUNS LIVROS
    • Humilhados e Ofendidos
    • Il Postino (O Carteiro E O Poeta) [1994]
    • La Putain respectueuse Sartre
    • Manuel da Fonseca Poemas completos
    • MAR MORTO
    • Marcel Pagnol La Gloire de mon Père e seguintes
    • Maria Lamas Mitologia
    • Natalia Correia Poesia
    • O Capote
    • O Cerco de Lisboa
    • O JOGADOR
    • O PRIMO BAZÍLIO
    • o Trigo e o Joio
    • Poesia António Aleixo
    • POESIA ARAGON
    • Poesia Completa de Ary dos Santos
    • Poesia Completa de Castro Alves
    • POESIA EUGÉNIO de ANDRADE
    • POESIA FOLHAS CAÍDAS
    • POESIA LORCA
    • POESIA:LIVRO BILINGUE VICENTE CAMPINAS CATARINA
    • Poeta Militante
    • RAMOS ROSA! E POETAS SEM FIM
    • Rosalia de Castro Poesia
    • SARAMAGO O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS E TANTOS OUTROS
    • SARAMAGO A NOITE
    • SARAMAGO O EVANFELHO SEGUNDO JESUS CRISTO
    • Saramago Provavelmente Alegria, Poemas Possiveis
    • Sidónio Muralha Poesia
    • Sophia de Mello Breyner Andresen POESIA e CONTOS
    • Spartacus
    • TEATRO Knock Jules Romains de 1922.
    • Théatre - Cyrano De Bergerac (Edmond Rostand)
    • Viagens na Minha Terra
    • Zadig Voltaire

    SEDE

    SEDE
    Água Pura

    Tratado Europeu

    Tratado Europeu
    em cada País o mesmo combate

    Biodiversité

    Biodiversité
    Hubert Reeves

    FONDATION NICOLAS HULOT


    2010 a été déclarée « Année internationale de la                          biodiversité

    FONDATION NICOLAS HULOT


    Pour la NATURE et pour l'HOMME

    Greenpeace Portugal

    www.greenpeace.pt

    PAZ

    PAZ

    Instituto de Meteorologiat;Sismologia>Actividade Sísmica

    Instituto de Meteorologiat;Sismologia>Actividade Sísmica

    o que estava para acontecer na Madeira


    SE DUVIDAS HOUVER:


    Link de um excerto do programa Biosfera, de Abril de 2008, onde se explica tudo (mais tarde ou mais cedo):

    http://www.youtube.co/watch?v=aTf0h3n


    SOS MADEIRA SOLIDARIEDADE

    POR TI MADEIRA

    Madeira, em 23 Fevereiro. Número de solidariedade 760100999, Divulgue

    Ao JAG

    HOMENAGEM A UM HOMEM BOM QUE ERA POETA DA MADEIRA

    quanto a mim, hà pessoas boas e boas pessoas, as boas pessoas, sao assim uma espécie de sorriso que se abre sem razao, tanto a bons como a maus, e perde o nome de sorriso, converte-se em TIQUE ou ESGAR
    ao invés uma pessoa boa, é um manancial de justiça e ternura, de humanidade fraterna, escolhe amigos, e ter inimigos nao o incomoda, é apenas prova do seu caràcter forte!
    a boa pessoa é por conseguinte aquela a quem falta conteudo e força para ser uma pessoa boa.
    Tu amigo hà cerca de três anos que deixaste a tua ILHA a ternura de tua familia e a generosa amizade que davas a teus amigos. Porque acresitavas no Ser Humano eras um SER HUMANO total
    JAG, aqui fica um dos teus poemas
    a Amizade fraterna nunca esquece
    Marilia Gonçalves

    DONDE VEM A ALEGRIA













    não se sabia

    donde vinha a alegria

    nem porque apenas se instalava

    nas dobras das toalhas brancas

    de pouquíssimas casas

    que sabiam fugir aos caminhos

    pintados de tristeza





    não se sabia





    os tristes coitados

    ficavam às janelas

    dessas raras casas

    depois de longas viagens

    orando para aprender

    as regras da alegria

    e trocando mensagens

    em busca da confirmação

    da sua triste natureza





    e comparavam tudo

    o brilho das toalhas brancas

    com a opacidade

    das suas toalhas brancas

    um pingo de felicidade

    a posição das cadeiras

    o cortar do pão

    a cor da manteiga

    e até a mudança das estações

    contabilizando dias e noites

    como se houvera sóis ou luas

    a ditar ordens

    no choramingar das suas aflições





    não se sabia

    donde vinha a alegria





    e a alegria brincava nas lareiras

    aquecia os soalhos

    sobrevoava as salas

    e até se escondia à tardinha

    no riso das galhofas ruidosas

    na luz palpitante das brasas

    e nas sombras movimentadas

    deixadas

    pelas pétalas das flores

    sobre as camas tapetes

    sapatos bolsas

    e até nos pobres agasalhos





    só de manhãzinha

    enquanto os tristes ainda dormiam

    nas suas casas ainda mais tristes

    lá vinha a mãe das casas da alegria

    preparar um novo dia

    a começar pelo mudar

    a água às rosas

    deixando impregnar-se

    o seu perfume de rosas

    em todas as coisas





    não se sabia

    donde vinha a alegria

    mas a alegria vinha

    especialmente do lume das brasas

    e do riso das galhofas ruidosas










    José António Gonçalves



    (inédito.7.5.04)



    JAG

    BLOGUE de Luta e Resistência pela ARTE E pela PALAVRA

    PELA PAZ

    Marilia Gonçalves

    POETA DEL MUNDO

    Romance do Homem da Boca Fechada

    POESIA DA RESISTÊNCIA - Romance do Homem da Boca Fechada

    Jaime Cortesão - Romance do Homem da Boca Fechada

    - Quem é esse homem sombrio
    Duro rosto, claro olhar,
    Que cerra os dentes e a boca
    Como quem não quer falar?
    - Esse é o Jaime Rebelo,
    Pescador, homem do mar,
    Se quisesse abrir a boca,
    Tinha muito que contar.

    Ora ouvireis, camaradas,
    Uma história de pasmar.

    Passava já de ano e dia
    E outro vinha de passar,
    E o Rebelo não cansava
    De dar guerra ao Salazar.
    De dia tinha o mar alto,
    De noite, luta bravia,
    Pois só ama a Liberdade,
    Quem dá guerra à tirania.
    Passava já de ano e dia…
    Mas um dia, por traição,
    Caiu nas mãos dos esbirros
    E foi levado à prisão.

    Algemas de aço nos pulsos,
    Vá de insultos ao entrar,
    Palavra puxa palavra,
    Começaram de falar
    - Quanto sabes, seja a bem,
    Seja a mal, hás de contá-lo,
    - Não sou traidor, nem perjuro;
    Sou homem de fé: não falo!
    - Fala: ou terás o degredo,
    Ou morte a fio de espada.
    - Mais vale morrer com honra,
    Do que vida deshonrada!

    - A ver se falas ou não,
    Quando posto na tortura.
    - Que importam duros tormentos,
    Quando a vontade é mais dura?!

    Geme o peso atado ao potro
    Já tinha o corpo a sangrar,
    Já tinha os membros torcidos
    E os tormentos a apertar,
    Então o Jaime Rebelo,
    Louco de dor, a arquejar,
    Juntou as últimas forças
    Para não ter que falar.
    - Antes que fale emudeça! -
    Pôs-se a gritar com voz rouca,
    E, cerce, duma dentada,
    Cortou a língua na boca.

    A turba vil dos esbirros
    Ficou na frente, assombrada,
    Já da boca não saia
    Mais que espuma ensanguentada!

    Salazar, cuidas que o Povo
    Te suporta, quando cala?
    Ninguém te condena mais
    Que aquela boca sem fala!

    Fantasma da sua dor,
    Ainda hoje custa a vê-lo;
    A angústia daquelas horas
    Não deixa o Jaime Rebelo.
    Pescador que se fez homem
    Ao vento livre do Mar,
    Traz sempre aquela visão
    Na sombra dura do olhar,
    Sempre de boca apertada,
    Como quem não quer falar.

    Este poema de Jaime Cortesão circulou clandestinamente nos anos trinta e foi publicado no Avante em 1937 . A publicação de um poema de um republicano sobre um anarquista no jornal comunista inseria-se nos esforços de Francisco Paula de Oliveira /”Pavel” para reforçar uma política de frente popular em Portugal . Sobre Jaime Rebelo veja-se a sua necrologia em Voz Anarquista 1 , 22/1/1975 e César Oliveira , “Jaime Rebelo : Um Homem Para Além do Tempo ”

    O TEMPO A FUGIR PARIS

    O pior analfabeto é o analfabeto político.

    O pior analfabeto é o analfabeto político.


    O pior analfabeto é o analfabeto político.
    Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
    Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
    Do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
    Dependem das decisões políticas.
    O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
    política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
    O menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
    Pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
    Nada é impossível de Mudar
    "Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
    E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
    Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
    hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
    Sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
    De humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
    Nada deve parecer impossível de mudar."
    Privatizado
    "Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
    É da empresa privada o seu passo em frente,
    Seu pão e seu salário. E agora não contente querem
    Privatizar o conhecimento, a sabedoria,
    O pensamento, que só à humanidade pertence”

    Bertolt Brecht

    Les larmes du poète

    Les larmes du poète sont douces, mais il n'y a personne pour y goûter. »


    (Michel Kisinis)

    Luta

    "Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar"

    autor desconhecido

    Les larmes du poète

    Les larmes du poète
    UNIVERS

    LATITUDES

    LATITUDES

    se donne pour objectif de créer un espace de réflexion et d'information sur le monde de langue portugaise et plus précisément sur les communautés lusophones vivant en France (Portugais, Africains des pays de langue officielle portugaise, Brésiliens, etc.), afin de favoriser la mise en valeur de ces cultures et de leurs aspirations. Chaque numéro de LATITUDES comportera un thème central regroupant des articles plus approfondis, laissant toutefois une place à d'autres sujets et rubriques tels que reportages, analyses sociales, actualité culturelle, enseignement, expression et création. Le français et le portugais sont les deux langues utilisées.

    LATITIDES

    LATITIDES
    SETEMBRO 2007

    Colóquio Anual da Lusofonia,


    Colóquio Anual da Lusofonia,
    O Presidente da Comissão Executiva
    J. CHRYS CHRYSTELLO
    University of Brighton, UK. e
    Helsinki University Finland
    Telefone: (351) 296 446940
    Telemóvel: (+ 351) 91 9287816 / 91 6755675
    E-fax (E-mail fax): + (00) 1 630 563 1902
    E-mail: lusofoniazores@sapo.pt ; coloquioslusofonia@gmail.com; coloquiolusofonia@gmail.com;
    Página da internet: http://LUSOFONIA2008.com.sapo.pt /HTTP://LUSOFONIAS.COM.SAPO.PT
    Local do colóquio: CENTRO CULTURAL MUNICIPAL (Anfiteatro) Praça da Sé

    A Câmara Municipal de Bragança acaba de disponibilizar no seu

    sítio http://www.cm-braganca.pt/pagegen.asp?SYS_PAGE_ID=520398&id=230

    o Regulamento do 2º Prémio Literário da Lusofonia que será entregue no decurso do 7º Colóquio Anual

    da Lusofonia de 1 a 4 de Outubro de 2007

    Este ano o tema principal dos Colóquios (cujos patronos são Professor Doutor Evanildo Bechara, Academia Brasileira de Letras e Professor Doutor João Malaca Casteleiro Academia das Ciências de Lisboa)

    É

    A LÍNGUA PORTUGUESA E OS CRIOULOS UMA RELAÇÃO BIUNÍVOCA

    Caminhos onde te encontro

    • . . . A Garganta da Serpente . . .
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    na noite

    Poema Para Ti

    Prenhe de Luz e de Canto

    As aves rolam
    felpudas
    são de nuvens
    poisam no jardim
    quando de manhã
    acordo e canto
    há uma cotovia
    a cantar dentro de mim.

    de súbito voa-me dos lábios
    macia, doce com sabor a mel
    e sei, e juram-no sábios
    que todo aquele enlevo
    é fruto dele.

    A minha pele
    tornou-se mais macia
    o meu olhar tomou novo fulgor
    o dia tornou-se colorido
    à voz de tal cantor!

    Segui seu voo perfumado
    beijei a penugem que o cobria
    e de seu voar doirado
    era o sol que no ventre
    me nascia.


    Marília Gonçalves




    Poema no Tempo Ido

    Podia ser um poema
    ou uma história de encantar
    era apenas um dilema
    com frases por decifrar.

    Trazia fundos marinhos
    e cores apenas sonhadas
    trilava na voz dos ninhos
    de primaveras passadas.

    Talvez fosse devaneio
    ou algo a concretizar
    com olhar de corpo inteiro
    intempéries no olhar.

    Mas sonhos são poço fundo
    onde se espraia o luar
    Circes e deusas do mundo
    esgarçavam o seu cantar.

    Ai de mim de longe venho
    perdi o velho caminho
    com águas da côr de estanho
    e perfume a rosmaninho.

    surgiram numes, poetas
    paisagens de apetecer
    mas tinham falas secretas
    do que nunca chega a ser

    um remoinho de treva
    afundou-se no meu pão
    misto de trigo e de esteva
    mordendo o meu coraçao.

    Marília




    Aurora de jade
    clara transparente
    luminosidade
    por dentro da gente.

    Cavalos de prata
    levam-te no vento
    ouve-se a cantata
    do seu desalento.

    Roseira rubra

    roseira brava
    cada dia em mim vem

    grava
    agreste mundo que adivinho
    fui eu, a menina, a sonhadora,
    enquanto a olhar oiço ainda agora
    o eco tão distante
    que só de interpretá-lo me parece
    ter no seio cavalo que alvorece

    entre espinhos rubros que tu és
    minha antiga roseira abandonada
    para além desta dor não és mais nada
    senão a flor inerte aos próprios pés.

    Marília



    Meu amor, o que é amor

    Onde lhe anda a companhia

    Será no nosso interior

    Ou só no que em nós se via.

    Será cego da verdade

    E que verdade procura

    O ser na realidade

    Ou aparente ventura?

    O grácil ser que se agita

    Se move na juventude

    Ou a beleza infinita

    Que nem mente nem ilude

    Que parte fica pró sonho

    Quando o sonhar não se vê

    O aparente risonho

    Ou o riso do porquê.

    Onde se esconde o amor

    Será na haste, na flor

    Por aonde és tu, amor?

    Se nunca ninguém te vê....



    Marília

    Pétition

    Nous soutenons les salariés de Goodyear-Amiens et Goodyear-Dunlop France dans leurs combats (Pétition + video)
    samedi 20 mars 2010 (11h52)

    O pior analfabeto é o analfabeto político.

    O pior analfabeto é o analfabeto político.

    PAZ UNIVERSAL

    PAZ UNIVERSAL
    SOMOS UM TODO LIGADO E UNIDO

    apresentação do livro Vasco Lourenço - do Interior da Revolução. Entrevista de Maria Manuela Cruzei

    apresentação do livro Vasco Lourenço - do Interior da Revolução. Entrevista de Maria Manuela Cruzei

    Louis Aragon

    Louis Aragon
    La parole n'a pas été donnée à l'homme il l'a prise.

    poema para ti


    a minha vida

    era um naufrágio

    quando surgiste

    no horizonte

    para me agarrar

    e amar

    também tu

    navegavas em mares

    de solidão

    e o teu peito

    trazia

    o espaço exacto

    onde eu cabia

    assim o moldei

    a meu jeito

    o teu peito

    largo navio

    com rumo

    generoso

    seguro

    amigo

    meu porto de abrigo

    quando regresso

    de cada viagem

    minha firme terra

    segura paisagem


    Rosalina Carmona

    Desperta

    Desperta
    a bica? Há quanto tempo a não via! ah !ah ! ah!!

    Cultura

    • Isla Negra
    • Pátio das Letras

    SANGUINE

    SANGUINE

    Para ti Amiga

    Obrigada

    Foge-me um verso dos lábios

    que o silêncio transfigura

    não, meus versos não são sábios

    mas vertem amor, ternura.

    Marília

    Mensagem de Amiga

    Querida Marília, Parabéns à tua neta. A tua força, a tua poesia, a tua grandeza de alma, a tua beleza interior, a tua riqueza, transmite-mas aos teus herdeiros. Não tenho dúvidas algumas que esta tua neta herdou de ti o espírito artístico. Estou certa que vai impor-se na dança. Não é uma carreira profissional fácil, mas é bela sem dúvida alguma. E num mundo cada vez mais negro, este sonho é reconfortante. Um grande beijo Elisa

    Poetas del Mundo

    Manifesto de Poetas del Mundo


    Marília Gonçalves


    Iraque
    Membro de Poetas del Mundo

    25 de Abril

    Marília Gonçalves,
    membro de poetas del mundo é premiada no Concurso 'Dar Voz à Poesia'

    papoilas

    papoilas
    sementeira

    POETA del MUNDO

    POETA del MUNDO
    Marília Gonçalves

    Marília Gonçalves

    Marília Gonçalves
    com 32 anos

    AO MEU IRMÃO

    Aragem

    Pelos livros que me ofereces
    ou a música inspirada
    onde estão todas as preces
    laicas e silenciadas...
    por enviares da distância
    imagens sons e história
    por me devolveres infância
    além do fio da memória;
    porque meu irmão teu gesto
    é seara sementeira
    do tempo que ao passar lesto
    lavra a palavra colmeia;
    porque um enxame de luz
    borboleteia pra mim
    no desenho ainda azul
    do nosso país jardim;
    cada livro é o caminho
    cada som é nova estrada
    a escrever asa no ninho
    na minha árdua escalada
    onde vou subindo a gosto
    mesmo se a custo, porém
    vejo ardentias de Agosto
    no Janeiro que aí vem.

    Ai arte, ai cultura
    ai livros vontade
    palavras ternura
    na voz da saudade.

    Ai vento, ai maré
    Ò ai, sementeira
    pois ser-se quem é 
    é uma maneira
    de rasgar distância
    de abrir pensamento
    de espalhar cultura
    nas asas do tempo.

    Pelos livros que me ofereces
    esse baú de palavras
    cofre de imaginação
    é que acordo tantas vezes
    a ver crescer coração!

    Marília Gonçalves


    Luís Carlos Pimenta Gonçalves Professor Auxiliar da Universidade Aberta, deseja-lhe as boas-vindas

    Luís Carlos Pimenta Gonçalves Professor Auxiliar da Universidade Aberta, deseja-lhe as boas-vindas
    Professor Auxiliar da UNIVERSIDADE ABERTA

    Universidade Aberta

    Universidade Aberta
    http://www.univ-ab.pt/

    Claudia Leote Mendes

    Claudia Leote Mendes
    AMENDOEIRAS

    Sandra Leote Mendes

    Sandra Leote Mendes
    Surpresa....

    Tiká

    Tiká
    10 anos

    Nadia Mendes

    o amor é a flor
    que respira o tempo

    Nadia Mendes 8 anos
    (1988)

    NADIA LEOTE MENDES

    NADIA LEOTE MENDES
    NATURAL

    Pedro Leote Mendes

    Pedro Leote Mendes
    Guitarra e Técnico de Som / Faro

    BLOG DO PRESENTE


    PIERROT LE FOU


    PIERRE

    Blogue do Presente

    Blogue do Presente
    http://www.rotlefou.blogspot.com/

    cozinhados

    As Crianças

    à Katia à Karla ao Francisco
    por todos os meninos e meninas do Mundo

    Nada de Confusões

    Cão de guarda de rebanho e manada

    cão bastante silencioso, ladra apenas quando necessário
    no entanto o seu ladrar é potente, rouco e nunca estridente.

    Beauceron, cão de carácter forte, mas a não confundir com outras raças da mesma cor e tidas como perigosas. Pode percorrer 100 km num dia.



    O Beauceron é cão para dono que sabe comandar apenas pela voz enérgica ou por gesto, mas atenção: cão a nunca tratar injusta e menos brutalmente. Não bater! de qualquer forma a sua corpulência de que tem consciência nunca o permitiria.



    Mais uma dica: o Beauceron volta e meia tenta ser o chefe, a resposta é apenas a firmeza e nunca mudar as regras estipuladas.



    Mas não é um cão de companhia,o tamanho exige um certo espaço, e é imperioso que tenha um recanto para ele, e nele se saiba conservar a não ser que autorizado a mudar de local. Observando estas regras, o cão sabe aceitar o inabitual e pessoas de fora, que eventualmente estejam demasiado próximo dos donos (como amigos ou vizinhos) sem que tal facto possa suscitar desconfiança da parte do Beauceron, é obediente ,e duma lealdade total para com o dono, neste caso a dona.

    La Beauceronne une de ces rares compagnes qui se taisent à propos, respectent notre travail

    La Beauceronne une de ces rares compagnes qui se taisent à propos, respectent notre travail et notre sommeil, gémissent de nos pleurs et ferment les yeux avec une discrétion amère devant tout ce que leur dérobe - baiser d'amant, tendre embrassement d'enfant - la changeante amitié humaine.
    "La Maison de Claudine" - Colette

    Colette prêtait au beauceron une personnalité de Gentilhomme campagnard.

    Le beauceron est le plus grand des chiens du premier groupe

    Beauceron o meu cão "Gentilhomme campagnard" (citation de Colette)

    Beauceron            o meu cão                "Gentilhomme campagnard" (citation de Colette)
    SAUDADE MEU AMIGO

    La Beauceronne une de ces rares compagnes qui se taisent à propos, respectent notre travail


    La Beauceronne une de ces rares compagnes qui se taisent à propos, respectent notre travail et notre sommeil, gémissent de nos pleurs et ferment les yeux avec une discrétion amère devant tout ce que leur dérobe - baiser d'amant, tendre embrassement d'enfant - la changeante amitié humaine.
    "La Maison de Claudine" - Colette

    Colette prêtait au beauceron une personnalité de Gentilhomme campagnard.


    O meu cão

    Marília

    e a... RENA PASTORA ALEMÃ

    e a... RENA    PASTORA ALEMÃ
    a guardiã das nossas crianças

    Nous dormirons ensemble

    Que ce soit dimanche ou lundi
    Soir ou matin minuit midi
    Dans l'enfer ou le paradis
    Les amours aux amours ressemblent
    C'était hier que je t'ai dit
    Nous dormirons ensembles
    C'était hier et c'est demain
    Je n'ai plus que toi de chemin
    J'ai mis mon cœur entre tes mains
    Avec le tien comme il va l'amble
    Tout ce qu'il a de temps humain
    Nous dormirons ensemble
    Mon amour ce qui fut sera
    Le ciel est sur nous comme un drap
    J'ai refermé sur toi mes bras
    Et tant je t'aime que j'en tremble
    Aussi longtemps que tu voudras
    Nous dormirons ensemble

    LOUIS ARAGON


    A Conquista da Paz Universal

    • http://infoalternativa.wordpress.com
    • A solução democrática da crise boliviana
    • América Latina
    • http://infoalternativa.org
    • http://infoalternativa.org/amlatina/bolivia030.htm
    • http://infoalternativa.org/radio.htm
    • http://infoalternativa.org/video/video0047.htm

    L'amour est cerise

    Jean Ferrat Paroles de L'adresse du bonheur Chansons de Jean Ferrat Paroles de L'âne
    L'amour est cerise
    Imprimer la chanson L'amour est cerise de Jean Ferrat à partir d'une fenêtre en mode texte et sans publicité  :-) Envoyer le texte L'amour est cerise de Jean Ferrat à un ami Favori
    Musique: Jean Ferrat
    MP3 Karaoké

    Rebelle et soumise
    Paupières baissées
    Quitte ta chemise
    Belle fiancée
    L'amour est cerise
    Et le temps pressé
    C'est partie remise
    Pour aller danser

    Autant qu'il nous semble
    Raisonnable et fou
    Nous irons ensemble
    Au-delà de tout
    Prête-moi ta bouche
    Pour t'aimer un peu
    Ouvre-moi ta couche
    Pour l'amour de Dieu

    Laisse-moi sans crainte
    Venir à genoux
    Goûter ton absinthe
    Boire ton vin doux
    O rires et plaintes
    O mots insensés
    La folle complainte
    S'est vite élancée

    Défions le monde
    Et ses interdits
    Ton plaisir inonde
    Ma bouche ravie
    Vertu ou licence
    Par Dieu je m'en fous
    Je perds ma semence
    Dans ton sexe roux

    O Pierrot de lune
    O monts et merveilles
    Voilà que ma plume
    Tombe de sommeil
    Et comme une louve
    Aux enfants frileux
    La nuit nous recouvre
    De son manteau bleu

    Rebelle et soumise
    Paupières lassées
    Remets ta chemise
    Belle fiancée
    L'amour est cerise
    Et le temps passé
    C'est partie remise
    Pour aller danser

    TEATRO

    1

    Mundo Animal

    O SAUVAGE (o selvagem?)

    Nós em Portugal? hoje, com os animais? não sei! mas sei que há cerca de trinta anos, tivemos na família um cão pastor alemão, veio para nossa casa tinha um mês.
    Adoptou-me e habitou-se a seguir-me por onde fosse. O cão cresceu com meus filhos.tive quatro. E o cão guardava-os até na praia onde ia tomar banho com eles fazendo círculos a nadar, sem nunca os deixar sozinhos! sem os perder de vista por um segundo!
    Num fim de dia,estava eu já preparada para o jantar, com uma saia, comprida, meio cigana.
    De repente na Ria Formosa em Faro,na ilha, uma criança sobre um colchão de praia estava a ser levada na força da vazante.
    Eu vestida nada podia fazer que fosse suficientemente rápido, nisto vi a mancha negra de meu cão ao pé de mim, e gritei: vai buscar o menino! o cão em voo lançou-se à água, talvez que o menino para ele fosse um dos meus filhos. O certo é que vigorosamente nadou ao largo, onde o miúdo aflito, mais aflito parecia com a aproximação de tal monstro!? eu de terra gritei: agarra-te ao cão!! o garoto abraçou-se ao cão e o
    Sauvage, era assim o nome desse animal generoso, trouxe o garoto para terra. Quando chegou, na areia as mulheres que assistiram à cena choravam todas! o cão não se aguentava nas patas que se dobravam debaixo dele. o garoto? esse foi-se, sem uma olhar ao cão, talvez ainda demasiado assustado com o que tinha vivido.
    Durante o verão na ilha nunca o
    Sauvage esteve tão gordo, pois onde quer que passasse, todos lhe queriam dar de comer.
    O tempo foi decorrendo, os anos seguiram e o cão foi envelhecendo... pois sabem com acabou esse animal? envenenado!!! na casa de campo onde estava, ele, a cadela da casa, que estava com ele e uma bezerra. Os três vítimas do mesmo veneno. Desconheço por ser em casa de amigos, qual era a história da cadela que morreu! Mas temos que reconhecer que para um cão quase humano, que foi a nado salvar uma criança, merecia morte mais digna e com menos sofrimento que aquela que causa o veneno! nada mais! que cada um pense o que há a fazer no nosso país para que os animais tenham o lugar que merecem§! Não será que tudo isso tem a ver com certas carências da população? não será que com mais escolaridade, com menos raivas provocadas pelas faltas, tudo isso seria atenuado? deixo a pergunta a quem tiver sabedoria para responder eu limito-me a narrar um facto. Era o meu cão! Hoje há cerca de dezasseis anos anos que morreu e em casa ainda ninguém o esqueceu Viva Portugal! sem ironia! é o que penso! pois no dia em que tivermos governantes que nos governem o país e em que o povo não sofra mais, isto tudo estará solucionado,
    nao de repente, mas a caminho disso!

    O sofrimento torna o homem mau
    e insensível ao que tem ao pé
    sem sentimento o coração em pedra
    transforma em gelo o que fogo é!


    Marília Gonçalves

    AZINHEIRA

    AZINHEIRA
    ZECA ESTAMOS AQUI

    Timor Hoje

    Da guerra os grandes culpados
    Que espalham a dor da terra,
    São os menos acusados
    Como culpados da guerra

    António Aleixo


    Timor em Luta! PRESENTE!

    Xanana Gusmão
    Xanana GusmãoBiografia


    1946
    Timor Lorosae

    José Alexandre Gusmão –

    -Kay Rala Xanana Gusmão, nasceu a 20 de Junho de 1946 em Laieia (Manatuto). Estudou no seminário de Dare, dirigido pelos padres jesuítas e depois no liceu de Dili. Na infância, Xanana aprendeu o Português com seu pai, Manuel Gusmão.

    Em princípios dos anos 70, casou-se com Emília Gusmão e teve dois filhos: Zenilda e Eugénio Paulo Gusmão. Pouco antes do 25 de Abril de 1974, o casal pensava emigrar para a Austrália, o que acabou por não acontecer.

    Depois do 25 de Abril, Xanana trabalhou no jornal A voz de Timor e tornou-se militante da Fretilin (Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente).

    "Resistir é vencer"

    De Agosto de 1975 até à invasão Indonésia, a 7 de Dezembro de 1975, a Fretilin assume a administração de Timor-Leste. Xanana trabalha, então, no departamento de informação da Fretilin.

    Após a morte de Nicolau Lobato, presidente da Fretilin, a 31 de Dezembro de 1978, Xanana Gusmão assume, em condições de extrema fragilidade, a luta armada de Timor-Leste.

    Xanana foi um dos poucos elementos da direcção da Fretilin que conseguiu sobreviver às campanhas militares indonésias de "cerco e aniquilamento". Foi um dos principais impulsionadores da conferência de Maubai, em Março de 1981, que lançou as bases da reorganização político-militar da resistência. Assim, é criado o Conselho Nacional de Resistência de Timor do qual Xanana é eleito presidente, ao mesmo tempo que é nomeado comandante em chefe das Falintil, as forças armadas de libertação nacional de Timor Leste.

    Em 1988 foi formado o Conselho Nacional de Resistência Maubere (CNRM), presidido por Xanana Gusmão. É também nesta altura que Xanana abandona a Fretilin e tenta, a todo o custo, transformar a luta de libertação numa causa nacional.

    Depois do massacre de Santa Cruz, a 12 de Novembro de 1991, Xanana aumenta as suas idas às povoações controladas pelos indonésios, ciente dos riscos que essas movimentações comportam.

    Em 20 de Novembro de 1992, Xanana é capturado nos arredores de Dili e é mantido incomunicável durante dezassete dias. Nos primeiros tempos que se seguiram à sua prisão, Xanana aparece em vídeos gravados pelos seus carcereiros, nos quais renega a sua vida de resistente e apela aos seus companheiros de luta que se entreguem. A Indonésia quer espremer até à última gota o sumo da sua vitória e anuncia um julgamento público que teve lugar no tribunal de Dili no dia 19 de Maio de 1993. Xanana foi então condenado a prisão perpétua, tendo a pena sido comutada, mais tarde, para 20 anos, pelo presidente Suharto.

    A prisão e o julgamento são uma nova oportunidade para agitar a questão de Timor-Leste. São inúmeras as entidades que intervêm em favor de Xanana, incluindo a Igreja de Timor.

    Na prisão, Xanana Gusmão, continua a lutar. Faz greve de fome e consegue ser transferido duma prisão de delito comum, para a prisão de Cipinang, onde se encontram outros presos políticos, quebrando, assim, o isolamento ao qual a Indonésia gostaria de tê-lo confinado.

    Apesar de estar preso, Xanana demonstra as suas qualidades de pintor e de escritor – em 1994 publica o livro Timor-Leste- um povo, uma pátria- e continua também a coordenar a acção da resistência, no interior e a nível diplomático. Muitas têm sido as entidades a reconhecer o seu valor, e a prestar homenagem.

    Em Abril de 98, na primeira convenção de Timor-Leste, Xanana é aclamado presidente do Conselho Nacional da Resistência Timorense (CNRT).

    A 10 de Fevereiro de 1999, Xanana abandona a prisão de Cipinang, para passar a viver numa casa-prisão, em Salemba no centro de Jacarta.

    Enquanto não viu o dia da sua libertação chegar a 7 de Setembro de 1999, Xanana Gusmão continuou a sofrer e a lutar com o seu povo pela autodeterminação! É um verdadeiro Resistente! Quase um mito!



    Oh! Liberdade!

    Se eu pudesse

    pelas frias manhãs

    acordar tiritando

    fustigado pela ventania

    que me abre a cortina do céu

    e ver, do cimo dos meus montes,

    o quadro roxo

    de um perturbado nascer do sol

    a leste de Timor

    Se eu pudesse

    pelos tórridos sóis

    cavalgar embevecido

    de encontro a mim mesmo

    nas serenas planícies do capim

    e sentir o cheiro de animais

    bebendo das nascentes

    que murmurariam no ar

    lendas de Timor

    Se eu pudesse

    pelas tardes de calma

    sentir o cansaço

    da natureza sensual

    espreguiçando-se no seu suor

    e ouvir contar as canseiras

    sob os risos

    das crianças nuas e descalças

    de todo o Timor

    Se eu pudesse

    ao entardecer das ondas

    caminhar pela areia

    entregue a mim mesmo

    no enlevo molhado da brisa

    e tocar a imensidão do mar

    num sopro da alma

    que permita meditar o futuro

    da ilha de Timor

    Se eu pudesse

    ao cantar dos grilos

    falar para a lua

    pelas janelas da noite

    e contar-lhe romances do povo

    a união inviolável dos corpos

    para criar filhos

    e ensinar-lhes a crescer e a amar

    a Pátria Timor!


    (Xanana Gusmão, Mar Meu/My Sea of Timor, Porto, Granito, 1998



    Gerações

    Nomes sem rosto

    corações esfaqueados

    de lembranças

    nas lágrimas de crianças

    chorando pelos pais...

    Mais do que a morte

    que os fez calar

    em cada gota de lágrima

    a cena cruel

    ...uma mãe que gemia

    sem forças seu corpo desenhava

    marcas da angústia

    esgotada

    Os farrapos que a cobriam

    rasgados

    no ruído da sua própria carne

    sob o selvático escárnio

    dos soldados indonésios

    em cima dela, um por um

    Já inerte, o corpo da mulher

    se tornou cadáver

    insensível à justiça do punhal

    que a libertara da vida

    enquanto...

    golpes de coronhadas

    se repercutiam

    nas gotas de lágrimas que iam caindo

    da mesma face das crianças

    Um pai se ofendera

    no último não da sua vida

    a mulher violada

    assassinada sob os seus olhos

    O cheiro da pólvora

    vinha de muitos furos

    daquele corpo

    que já não era corpo

    estendido

    sem forma de morte

    e...

    As lágrimas secaram

    nas lembranças das crianças

    veio o suor da luta

    porque as crianças cresceram

    Quando os jovens seios

    estremecem sob o choque eléctrico

    e as vaginas

    queimadas com pontas de cigarro

    quando testículos de jovens

    estremecem sob o choque eléctrico

    e os seus corpos

    rasgados com lâminas

    eles lembram-se, eles lembram-se sempre:

    A luta continuará sem tréguas!


    Mar Meu
    Pudesse eu
    prender entre os dedos
    os suspiros do mar
    e distribui-los
    ás crianças

    Pudesse eu
    acariciar com os dedos
    A suave brisa das ondas
    e sentir cabelos
    de crianças

    Pudesse eu
    sentir nos dedos
    o beijo das espumas
    e ouvir os risos
    das crianças


    Pudesse eu
    tocar com os dedos
    o sono do mar
    e embalar os olhos
    de crianças

    Pudesse eu
    ter entre os dedos
    belas conchinhas
    e fazer colares
    p’ra as crianças

    Oh, mar meu!
    porque esperas?
    porque não dás?
    porque não sentes?
    porque não ouves?

    Imerso nos meus pensamentos
    fui subitamente estremecido
    Do mar, do meu mar,
    vinham tremores
    saídos de barcos

    Olhei para o céu
    que explodia
    os suspiros do mar
    eram choros de agonia
    a suave brisa

    o cheiro do pó e do sangue
    o beijo das espumas
    o estertor da morte
    o sono do mar
    as pedras da sepultura

    e as belas conchinhas
    desenhavam
    o destino da Pátria!

    Xanana Gusmão



    http://pt.wikipedia.org/wiki/Xanana_Gusm%C3%A3o



    Direito à Diferença

    Na Dignidada e No Respeito

    ECOLOGIA

    TERRA MAR AR


    Ambiente, Clima, Saúde
    http://infoalternativa.org/ecologia/ecologia072.htm

    PAZ

    PAZ

    O Cantinho das Receitas e das palavrinhas e traquinices

    RABANADAS


    Quem não sabe fazer
    RABANADAS?!!!
    Todos sabemos!(ou todas?)
    mas RABANADAS como a
    D. ÂNGELA fazia é que hoje duvido que haja muito quem faça, hoje se fosse viva? tinha mais de 110 anos, vejam que quando casou, o noivo com 1 tostão, comprou o vestido dela para o casamento, o fato dele e os sapatos!
    o que é o dinheiro!
    Quando eu tinha 18 anos em 1966 dizia ele a propósito dos carapaus, que estavam a 16$00 o kg: se vocês deixarem de comprar carapau a esse preço eles são obrigados a baixar o valor da venda, ou perdem tudo; só que nos continuámos a comprar e hoje nem carapau, nem sardinha, nem fiel amigo, de que ainda por cima os mares vão escasseando e lá se nos vai qualquer tipo de fidelidade de escama! escamados ficamos nós, ora esta! então que comem hoje os que dantes fugiam para o prato de sustento que era o bacalhau? o que fica a quem por parcos meios e magro porta-moedas não chega a ver o ossinho dum simulacro de bife?
    e com tenção diversa aqui estamos nós com
    o Pessoa a clamar:

    ó mar salgado quanto de teu sal são lágrimas de Portugal!


    olha que ao bacalhau não se deve o sal, não! pois anda tão arredado das águas em que era useiro e vezeiro,que por lá de molho também não deve andar!

    Mas vamos voltar às
    RABANADAS à antiga!
    querem saber como se fazem?
    sim ou não?
    Sim!!!! hi! fazem lembrar os garotinhos quando no circo o palhaço lhes faz perguntas!
    pois! mas não vou lá com falsas palhaçadas, que isto de Rabanadas e circo são coisa séria, principalmente a parelha dos palhaços rico e pobre!Dizem cada verdade!! e doa a quem doer: que aos que não chegam ao carapau e menos ao bife não é desses que lhes vem a dor!
    amanhã a gente conversa
    preparem um caderninho e um caneta ou lápis bem afiado,
    amanhã vai haver cópia!

    Marília sempre convosco



    Vivam! Bons-Dias

    é amanhã, enfim o amanhã de ontem...porque o de hoje é amanhã...

    isto anda a ficar complicado, e nada claro,

    mas enfim, as tais Rabanadas vêm a caminho




    Quando eu era pequenina tinha um pai e um tio...
    não, isto assim não está a começar nada bem! claro que tinha um pai, quantos havia?
    tinha um , ora esta... estou lançada... tinha o meu pai e um tio que em dias de festa costumavam fazer uma brincadeira que com a continuação acabava por me agastar um pouquito.
    Punham-se em frente um do outro, poisavam as mãos nos ombros do parceiro, e em tom de palhaço pobre gritavam:
    - vamos fazer uma pontinha...
    eu à espera...
    davam uma ou duas voltas naqueles preparos
    e repetiam:
    -vamos fazer uma pontinha..
    sempre com as mãos nos ombros do outro e girando sobre o seu eixo, qual lua em volta da terra.
    Que satélites me saíram, pois luz, só a do candeeiro que lhes ficava acima da caixa craniana
    vulgo, cabeça, que me começava a parecer ou muito inchada ou logo após um tanto ou quanto vazia. Já que a pontinha nunca mais a conseguiam fazer como se esquecidos da manobra que levaria à execução da dita.
    Desdita a minha, ali à espera... pois querem que vos conte, bem posso esperar, porque a ponte se a conseguirem fazer já meu olhar infantil se não entusiasmará com tal!
    cruzes credo!
    pois assim estou eu com a receita das Rabanadas, as tais rabanadas da célebre D. Ângela.
    Olhem como se vai fazendo tarde amanhã logo as ensino a preparar. Sempre têm o lápis à mão? e um caderninho? Olha lá que bons alunos arranjei!
    então até amanhã.
    sempre com o vosso sorriso.

    Marília

    Ora bem desta vez é que é
    vamos começar as nossas Rabanadas
    mas antes de mais:
    Bom Dia!
    que isto de educação nunca ficou mal a ninguém
    e vamos, sempre temos que confessar que começar a jornada
    com um sorriso e uma voz a desejar-nos do melhor
    tem o seu quê de agradável! e dá uma esperança e uma confiança que todos nos alentamos! que belo dia à nossa frente!
    é verdade um dia de sol como não se via, nada que esta
    Ema
    que andou aí aos pinotes pela Europa, sempre tinha que se lhe dissesse
    era cada rabanada de vento
    Ai, agora por
    Rabanada
    agora que os votos de um bom dia vos acompanham
    vamos lá à
    receitinha!! às nossas Rabanadas!
    ora bem, os franceses, sim esses mesmo que ficam para além dos Pirenéus
    e que com o Bonaparte vieram por esses caminhos, gastando calçado que rijo devia ser pois deixou tais pegadas e tão fundas incrustadas na terra, que um dia os portugueses foram seguindo as passadas em sentido inverso apenas por curiosidade de saber onde iam dar, que sem saberem como, estavam na França.
    Voltas trocadas, à conta de botas que de grande qualidade deviam de ser, para que mais de século depois se lhes possa seguir as pegadas
    Bom mas como ia dizendo, os franceses têm por habito chamar a uma outra espécie das nossas rabanadas " pão perdido":"
    pain perdu"
    não
    é feito da mesma forma ,nem coisa que se pareça, nem o nome, que as nossas fatias que nunca por aqui o pão foi coisa que se perdesse; uns perderam o porta moedas, outros o juízo, enfim sempre se vão perdendo uma coisas, mas lá pão, isso é que não se perdeu nunca!
    talvez por ser produto de luxo, por isso caro e raro!
    e nós por aqui vamos contribuíndo para perdas escusadas, perdemos hoje o tempo de que dispúnhamos para vos ensinar a fazer as Rabanadas da D. Ângela
    e agora com tudo isto o melhor é guardamos para amanhã mas olhem posso ir já adiantando que vão ter que comprar pão, de fatia larga, nada de pão de forma nem pão fino que as rabanadas da
    D Ângela têm muito que se lhes diga, eu amanhã digo!
    e olhem gostei muito deste bocadinho
    é sempre uma alegria trocar impressões convosco
    e pronto vai um
    xi da vossa doceira preferida
    até amanha, e fico ansiando pela vossa companhia
    sempre vossa

    Marília


    SIDA em Atenção

    ATT SIDA :

    Doença
    Reacionária que castiga o mais belo sentimento Humano : o Amor

    PRESERVE-SE!

    Amar É Cuidar de SI e do OUTRO

    proteja-se! para isso o preservativo foi inventado

    IMORAL É MORRER POR AMAR

    Amar é também proteger o outro!

    SITES

    (a)

    (b)

    A Medicina em Portugal

    Medicina de ricos, medicina cidadã?
    medicina a quantas velocidades? Medicina para Cidadãos ou para privilegiados?
    O que é a Segurança social? de que meios dispõe? quem os dá ou os nega? Onde passam os impostos que cada Cidadão paga, dos descontos mensais, de que se não vê o fruto?
    E quem vive do seu trabalho honesto e permanente da juventude à Reforma de que direitos que zelem pela sua saúde beneficia?
    Porquê tantas queixas em Portugal no que toca a cuidados dispensados na área da saúde? Porquê listas de espera tão absurdamente longas que os utentes de serviços médico-sociais são por vezes chamados para consultas e exames médicos já após a sua morte?
    Porquê no Portugal de hoje na Europa não se construem mais Hospitais e se tenta contra a Voz do Povo fechar os parcos serviços existentes?

    (enviem vossos protestos justificados e testemunhos)

    Marilia Gonçalves

    Doenças Genéticas Doenças Orfãs e os Laboratórios

    ?Laboratórios?

    qual o Valor da vida Humana?


    Se sofre ou tem alguém à sua volta que sofre de doença genética orfã, traga seu testemunho aqui
    juntos a força será maior!

    Síndrome de Alport

    (S A)


    DOENÇA
    DE BERGER


    FIBROMIALGIA
    http://www.afm-france.org/forum/discuss.php?Post=4135

    Myopathie

    La myopathie de Duchenne


    Thérapie Génique - Myopathie


    Myopathie de l'enfant

    Libertos Países em Poesia



    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


    Agostinho Neto


    Agostinho Neto
    Adeus à hora da Largada

    Agostinho Neto


    Minha Mãe
    (todas as mães negras
    cujos filhos partiram)
    tu me ensinaste a esperar
    como esperaste nas horas difíceis

    Mas a vida
    matou em mim essa mística esperança

    Eu já não espero
    sou aquele por quem se espera

    Sou eu minha Mãe
    a esperança somos nós
    os teus filhos
    partidos para uma fé que alimenta a vida

    Hoje
    somos as crianças nuas das sanzalas do mato
    os garotos sem escola a jogar a bola de trapos
    nos areais ao meio-dia
    somos nós mesmos
    os contratados a queimar vidas nos cafezais
    os homens negros ignorantes
    que devem respeitar o homem branco
    e temer o rico

    somos os teus filhos
    dos bairros de pretos
    além aonde não chega a luz elétrica
    os homens bêbedos a cair
    abandonados ao ritmo dum batuque de morte
    teus filhos
    com fome
    com sede
    com vergonha de te chamarmos Mãe
    com medo de atravessar as ruas
    com medo dos homens
    nós mesmos

    Amanhã
    entoaremos hinos à liberdade
    quando comemorarmos
    a data da abolição desta escravatura

    Nós vamos em busca de luz
    os teus filhos Mãe
    (todas as mães negras
    cujos filhos partiram)
    Vão em busca de vida.

    Agostinho Neto

    António Agostinho Neto (Ícolo e Bengo, 17 de Setembro de 1922 — Moscou, 10 de Setembro de 1979) foi um médico angolano, formado na Universidade de Lisboa, que em 1975 se tornou o primeiro presidente de Angola até 1979. Em 1975-1976 foi-lhe atribuído o "Prêmio Lênin da Paz".

    Fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo na independência dos seus países naquela que ficou designada como a Guerra Colonial Portuguesa ou Guerra do Ultramar como também é conhecida. Foi preso pela PIDE e deportado para o Tarrafal, sendo-lhe fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio. Aí assumiu a direcção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), do qual já era presidente honorário desde 1962.





    Xanana Gusmão

    Poema e Pintura retirados do livro de Xanana Gusmão, "Mar Meu, Poemas e Pinturas" da Granito - Editores e Livreiros


    AVÔ CROCODILO
    Diz a lenda
    e eu acredito!

    O sol na pontinha do mar
    abriu os olhos
    e espraiou os seus raios
    e traçou uma rota

    Do fundo do mar
    um crocodilo pensou buscar o seu destino
    e veio por aquele rasgo de luz

    Cansado, deixou-se estirar
    no tempo
    e suas crostas se transformaram
    em cadeias de montanhas
    onde as pessoas nasceram
    e onde as pessoas morreram

    Avô crocodilo

    -diz a lenda
    e eu acredito!
    é Timor!

    (Cipinang, 8 de Outubro de 1995)







    Biografia

    1946

    Timor Lorosae

    José Alexandre Gusmão – Kay Rala Xanana Gusmão, nasceu a 20 de Junho de 1946 em Laieia (Manatuto). Estudou no seminário de Dare, dirigido pelos padres jesuítas e depois no liceu de Dili. Na infância, Xanana aprendeu o Português com seu pai, Manuel Gusmão.

    (ver espaço de Timor)

    Moçambique

    Rui Knopfli
    Naturalidade

    Europeu, me dizem.
    Eivam-me de literatura e doutrina
    européias
    e europeu me chamam.

    Não sei se o que escrevo tem raiz a raiz de algum
    pensamento europeu.
    É provável ... Não. É certo,
    mas africano sou.
    Pulsa-me o coração ao ritmo dolente
    desta luz e deste quebranto.
    Trago no sangue uma amplidão
    de coordenadas geográficas e mar Índico.
    Rosas não me dizem nada,
    caso-me mais à agrura das micaias
    e ao silêncio longo e roxo das tardes
    com gritos de aves estranhas.

    Chamais-me europeu? Pronto, calo-me.
    Mas dentro de mim há savanas de aridez
    e planuras sem fim
    com longos rios langues e sinuosos,
    uma fita de fumo vertical,
    um negro e uma viola estalando.


    Rui Knopfli

    Nenhum Monumento
    Não são aparentes em ti as marcas da grandeza,
    nenhum monumento desfigura
    ou altera a monotonia sem convulsões
    do teu rosto quase anónimo.

    A escassez de ogivas, arcobotantes,
    rosáceas, burilados portais, cobra-la tu
    na gravidade das tuas sombras
    e do teu silêncio. Não vem sequer

    da tua voz a opressão que cerra
    as almas de quantos de ti
    se acercam. Não demonstras,

    não afirmas, não impões.
    Elusiva e discretamente altiva,
    fala por ti apenas o tempo.

    Rui Knopfli

    Trajecto

    Na vertigem do oceano

    vagueio

    sou ave que com o seu voo

    se embriaga

    Atravesso o reverso do céu

    e num instante

    eleva-se o meu coração sem peso

    Como a desamparada pluma

    subo ao reino da inconstância

    para alojar a palavra inquieta

    Na distância que percorro

    eu mudo de ser

    permuto de existência

    surpreendo os homens

    na sua secreta obscuridade

    transito por quartos

    de cortinados desbotados

    e nas calcinadas mãos

    que esculpiram o mundo

    estremeço como quem desabotoa

    a primeira nudez de uma mulher


    Mia Couto



    JACARANDÁS DE SAUDADE


    Tempo
    de seus passos vindo
    pelo tapete de roxas flores
    dos jacarandás enfileirados na rua.

    Hoje
    é eterno o ontem
    da silhueta de Maria
    caminhando no asfalto da memória
    em nebuloso pé ante pé do tempo.

    ...

    Todo o tempo
    colar de missangas ao pescoço
    sempre o tempo todo
    suruma minha suruma da saudade.

    Suruma daquela saudade
    das flores dos jacarandás
    nos passos de Maria.

    José Craveirinha



    José João Craveirinha (Lourenço Marques, 28 de Maio de 1922 – Maputo, 6 de Fevereiro de 2003) é considerado o poeta maior de Moçambique. Em 1991, tornou-se o primeiro autor africano galardoado com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.

    Como jornalista, colaborou nos periódicos moçambicanos O Brado Africano, Notícias, Tribuna, Notícias da Tarde, Voz de Moçambique, Notícias da Beira, Diário de Moçambique e Voz Africana.

    Utilizou os seguintes pseudónimos: Mário Vieira, J.C., J. Cravo, José Cravo, Jesuíno Cravo e Abílio Cossa. Foi presidente da Associação Africana na década de 1950.

    Esteve preso entre 1965 e 1969 por fazer parte de uma célula da 4ª Região Político-Miltar da Frelimo. Primeiro Presidente da Mesa da Assembleia Geral da AEMO (Associação dos Escritores de Moçambique) entre 1982 e 1987.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Craveirinha

    Autobiografia

    “Nasci a primeira vez em 28 de Maio de 1922. Isto num domingo. Chamaram-me Sontinho, diminutivo de Sonto. Isto por parte da minha mãe, claro. Por parte do meu pai, fiquei José. Aonde? Na Av. Do Zihlahla, entre o Alto Maé e como quem vai para o Xipamanine. Bairros de quem? Bairros de pobres.

    “Nasci a segunda vez quando me fizeram descobrir que era mulato.

    “A seguir, fui nascendo à medida das circunstâncias impostas pelos outros. Quando o meu pai foi de vez, tive outro pai: seu irmão.

    “E a partir de cada nascimento, eu tinha a felicidade de ver um problema a menos e um dilema a mais. Por isso, muito cedo, a terrra natal em termos de Pátria e de opção. Quando a minha mãe foi de vez, outra mãe: Moçambique.

    A opção por causa do meu pai branco e da minha mãe preta.

    Nasci ainda outra vez no jornal "O Brado Africano”. No mesmo em que também nasceram Rui de Noronha e Noémia de Sousa.

    Muito desporto marcou-me o corpo e o espírito. Esforço, competição, vitória e derrota, sacrifício até à exaustão. Temperado por tudo isso.

    Talvez por causa do meu pai, mais agnóstico do que ateu. Talvez por causa do meu pai, encontrando no Amor a sublimação de tudo. Mesmo da Pátria. Ou antes: principalmente da Pátria. Por parte de minha mãe, só resignação.

    Uma luta incessante comigo próprio. Autodidata.

    Minha grande aventura: ser pai. Depois, eu casado. Mas casado quando quis. E como quis.

    Escrever poemas, o meu refúgio, o meu País também. Uma necessidade angustiosa e urgente de ser cidadão desse País, muitas vezes, altas horas a noite.

    CARTA AO PRESIDENTE BUSH:::

    Senhor Presidente:

    Sou um escritor de uma nação pobre, um país que já esteve na vossa lista negra. Milhões de moçambicanos desconheciam que mal vos tínhamos feito. Éramos pequenos e pobres: que ameaça poderíamos constituir ? A nossa arma de destruição massiva estava, afinal, virada contra nós: era a fome e a miséria.

    Alguns de nós estranharam o critério que levava a que o nosso nome fosse manchado enquanto outras nações beneficiavam da vossa simpatia. Por exemplo, o nosso vizinho - a África do Sul do apartheid - violava de forma flagrante os direitos humanos. Durante décadas fomos vítimas da agressão desse regime. Mas o apartheid mereceu da vossa parte uma atitude mais branda: o chamado "envolvimento positivo". O ANC esteve também na lista negra como uma "organização terrorista!". Estranho critério que levaria a que, anos mais tarde, os taliban e o próprio Bin Laden fossem chamadas de "freedom fighters" por estrategas norte-americanos.

    Pois eu, pobre escritor de um pobre país, tive um sonho. Como Martin Luther King certa vez sonhou que a América era uma nação de todos os americanos. Pois sonhei que eu era não um homem mas um país. Sim, um país que não conseguia dormir. Porque vivia sobressaltado por terríveis factos. E esse temor fez com que proclamasse uma exigência. Uma exigência que tinha a ver consigo, Caro Presidente. E eu exigia que os Estados Unidos da América procedessem à eliminação do seu armamento de destruição massiva. Por razão desses terríveis perigos eu exigia mais: que inspectores das Nações Unidas fossem enviados para o vosso país. Que terríveis perigos me alertavam? Que receios o vosso país me inspirava ? Não eram produtos de sonho, infelizmente. Eram factos que alimentavam a minha desconfiança. A lista é tão grande que escolherei apenas alguns:

    - Os Estados Unidos foram a única nação do mundo que lançou bombas atómicas sobre outras nações

    - O seu país foi a única nação a ser condenada por "uso ilegítimo da força" pelo Tribunal Internacional de Justiça

    - Forças americanas treinaram e armaram fundamentalistas islâmicos mais extremistas (incluindo o terrorista Bin Laden) a pretexto de derrubarem os invasores russos no Afeganistão.

    - O regime de Saddam Hussein foi apoiado pelos EUA enquanto praticava as piores atrocidades contra os iraquianos (incluindo o gaseamento dos curdos em 1988)

    - Como tantos outros dirigentes legítimos, o africano Patrice Lumumba foi assassinado com ajuda da CIA. Depois de preso e torturado e baleado na cabeça o seu corpo foi dissolvido em ácido clorídico.

    - Como tantos outros fantoches, Mobutu Sese Seko foi por vossos agentes conduzido ao poder e concedeu facilidades especiais à espionagem americana: o quartel-general da CIA no Zaire tornou-se o maior em África. A ditadura brutal deste zairense não mereceu nenhum reparo dos EUA até que ele deixou de ser conveniente, em 1992

    - A invasão de Timor Leste pelos militares indonésios mereceu o apoio dos EUA. Quando as atrocidades foram conhecidas, a resposta da Administração Clinton foi "o assunto é da responsabilidade do governo indonésio e não queremos retirar-lhe essa responsabilidade".

    - O vosso país albergou criminosos como Emmanuel Constant um dos líderes mais sanguinários do Taiti cujas forças para-militares massacraram milhares de inocentes. Constant foi julgado à revelia e as novas autoridades solicitaram a sua extradição. O governo americano recusou o pedido.

    - Em Agosto de 1998, a força aérea dos EUA bombardeou no Sudão uma fábrica de medicamentos, designada Al-Shifa. Um engano? Não, tratava-se de uma retaliação dos atentados bombistas de Nairobi e Dar-es-Saalam.

    - Em Dezembro de 1987, os Estados Unidos foi o único país (junto com Israel) a votar contra uma moção de condenação ao terrorismo internacional. Mesmo assim a moção foi aprovada pelo voto de cento e cinquenta e três países.

    - Em 1953, a CIA ajudou a preparar o golpe de Estado contra o Irão na sequência do qual milhares de comunistas do Tudeh foram massacrados. A lista de golpes preparados pela CIA é bem longa.

    - Desde a Segunda Guerra Mundial os EUA bombardearam: a China (1945-46), a Coreia e a China (1950-53), a Guatemala (1954), a Indonésia (1958), Cuba (1959-1961), a Guatemala (1960), o Congo (1964), o Peru (1965), o Laos (1961-1973), o Vietname (1961-1973), o Camboja (1969-1970), a Guatemala (1967-1973), Granada (1983), Líbano (1983-1984), a Líbia (1986), Salvador (1980), a Nicarágua (1980), o Irão (1987), o Panamá (1989), o Iraque (1990-2001), o Kuwait (1991), a Somália (1993), a Bósnia (1994-95), o Sudão (1998), o Afeganistão (1998), a Jugoslávia (1999)

    - Acções de terrorismo biológico e químico foram postas em pratica pelos EUA: o agente laranja e os desfolhantes no Vietname, o vírus da peste contra Cuba que durante anos devastou a produção suína naquele país.

    - O Wall Street Journal publicou um relatório que anunciava que 500 000 crianças vietnamitas nasceram deformadas em consequência da guerra química das forças norte-americanas

    Acordei do pesadelo do sono para o pesadelo da realidade. A guerra que o Senhor Presidente teimou em iniciar poderá libertar-nos de um ditador. Mas ficaremos todos mais pobres. Enfrentaremos maiores dificuldades nas nossas já precárias economias e teremos menos esperança num futuro governado pela razão e pela moral. Teremos menos fé na força reguladora das Nações Unidas e das convenções do direito internacional. Estaremos, enfim, mais sós e mais desamparados.

    Senhor Presidente:

    O Iraque não é Saddam. São 22 milhões de mães e filhos, e de homens que trabalham e sonham como fazem os comuns norte-americanos. Preocupamo-nos com os males do regime de Saddam Hussein que são reais. Mas esquece-se os horrores da primeira guerra do Golfo em que perderam a vida mais de 150 000 homens.

    O que está destruindo massivamente os iraquianos não são armas de Saddam. São as sanções que conduziram a uma situação humanitária tão grave que dois coordenadores para ajuda das Nações Unidas (Dennis Halliday e Hans von Sponeck) pediram a demissão em protesto contra essas mesmas sanções. Explicando a razão da sua renúncia, Halliday escreveu: "Estamos destruindo toda uma sociedade. É tão simples e terrível como isso. E isso é ilegal e imoral". Esse sistema de sanções já levou à morte meio milhão de crianças iraquianas.

    Mas a guerra contra o Iraque não está para começar. Já começou há muito tempo. Nas zonas de restrição áreea a Norte e Sul do Iraque acontecem continuamente bombardeamentos desde há 12 anos. Acredita-se que 500 iraquianos foram mortos desde 1999. O bombardeamento incluiu o uso massivo de urânio empobrecido (300 toneladas, ou seja 30 vezes mais do que o usado no Kosovo)

    Livrar-nos-emos de Saddam. Mas continuaremos prisioneiros da lógica da guerra e da arrogância. Não quero que os meus filhos (nem os seus) vivam dominados pelo fantasma do medo. E que pensem que, para viverem tranquilos, precisam de construir uma fortaleza. E que só estarão seguros quando se tiver que gastar fortunas em armas. Como o seu país que despende 270 000 000 000 000 dólares (duzentos e setenta biliões de dólares). por ano para manter o arsenal de guerra. O senhor bem sabe o que essa soma poderia ajudar a mudar o destino miserável de milhões de seres.

    O bispo americano Monsenhor Robert Bowan escreveu-lhe no final do ano passado uma carta intitulada "Porque é que o mundo odeia os EUA ?" O bispo da Igreja católica da Florida é um ex-combatente na guerra do Vietname. Ele sabe o que é a guerra e escreveu: "O senhor reclama que os EUA são alvo do terrorismo porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Que absurdo, Sr. Presidente ! Somos alvos dos terroristas porque, na maior parte do mundo, o nosso governo defendeu a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos dos terroristas porque somos odiados. E somos odiados porque o nosso governo fez coisas odiosas. Em quantos países agentes do nosso governo depuseram lideres popularmente eleitos substituindo-os por ditadores militares, fantoches desejosos de vender o seu próprio povo às corporações norte-americanas multinacionais ? E o bispo conclui: O povo do Canadá desfruta de democracia, de liberdade e de direitos humanos, assim como o povo da Noruega e da Suécia. Alguma vez o senhor ouviu falar de ataques a embaixadas canadianas, norueguesas ou suecas ? Nós somos odiados não porque praticamos a democracia, a liberdade ou os direitos humanos. Somos odiados porque o nosso governo nega essas coisas ao povos dos países do Terceiro Mundo, cujos recursos são cobiçados pelas nossas multinacionais."

    Senhor Presidente:

    Sua Excelência parece não necessitar que uma instituição internacional legitime o seu direito de intervenção militar. Ao menos que possamos nós encontrar moral e verdade na sua argumentação. Eu e mais milhões de cidadãos não ficamos convencidos quando o vimos justificar a guerra. Nós preferíamos vê-lo assinar a Convenção de Kyoto para conter o efeito de estufa. Preferíamos tê-lo visto em Durban na Conferência Internacional contra o Racismo.

    Não se preocupe, senhor Presidente. A nós, nações pequenas deste mundo, não nos passa pela cabeça exigir a vossa demissão por causa desse apoio que as vossas sucessivas administrações concederam apoio a não menos sucessivos ditadores. A maior ameaça que pesa sobre a América não são armamentos de outros. É o universo de mentira que se criou em redor dos vossos cidadãos. O maior perigo não é o regime de Saddam., nem nenhum outro regime. Mas o sentimento de superioridade que parece animar o seu governo. O seu inimigo principal não está fora. Está dentro dos EUA. Essa guerra só pode ser vencida pelos próprios americanos.

    Eu gostaria de poder festejar o derrube de Saddam Hussein. E festejar com todos os americanos. Mas sem hipocrisia, sem argumentação para consumo de diminuídos mentais. Porque nós, caro Presidente Bush, nós, os povos dos países pequenos, temos uma arma de construção massiva: a capacidade de pensar.


    Mia Couto

    Mia Couto nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi director da Agência de Informação de Moçambique, da revista Tempo e do jornal Notícias de Maputo. Tornou-se nestes últimos anos um dos ficcionistas mais conhecidos das literaturas de língua portuguesa. O seu trabalho sobre a língua permite-lhe obter uma grande expressividade, por meio da qual comunica aos leitores todo o drama da vida em Moçambique após a independência. Os seus livros estão traduzidos nomeadamente em francês, inglês, alemão, italiano e espanh






    Noé Filimão Massango - Maputo, Moçambique

    Vem, das estradas longínquas da minha terra
    Vem, das estradas do mar, do céu e do infinito
    Vem, célere cruzando
    As inúmeras vigas dos tempos e dos espaços
    Na diversidade de terras e dos tempos que nos barra
    Vem, falemos só uma lingua
    Vem, das ruas claras das cidades
    Na respiração pura das acácias e micaias da minha
    Terra
    Vem, da vegetação densa dos cactos
    Das matas que eternizam a nossa máxima plenitude
    Vem, das valas que sulcaram impunes nossa terra,
    Drenaram nossa esperança, mas vem
    Traga os ventos que morrem impregnados na ânsia
    Traga também os tempos cravados na lápide
    Traga consigo os destroços inesquecíveis do verbo
    E do verso que já se desfaz em clamor
    Vem,
    Ganhem forma os ventos!
    Na calada da noite ou com sol ardente
    Vem,
    Surja poeta como lua subtil
    E ilumine nossas mentes à volta desta fogueira
    Traga na memória dos tempos
    A dócil palavra dos povos
    O canto perene das almas
    Vem,
    Traga os destroços do meu país por aí recalcados
    Na imensa vegetação de versos
    Traga da espuma homogênea do índico
    A poesia e o clamor de África, traga meu irmão!
    Traga do meu Índico sedento
    A maresia que nos incha as almas de vertigem
    Traga, meu irmão, traga
    Quem exaltará a dor e Cl[amor] do nosso povo
    Minguado?
    Quem exaltará o peito habitado de Tchopo
    Ritmo que dançavamos á roda a madrugada na
    Nossa terra?
    Quem exaltará no peito,
    Ngalanga que retumbava ao entardecer na nossa
    Zona?
    Aquela ngalanga que tocavas e evocava Duma Ka Zulu se lembra?
    Quem exaltará nos sonhos
    Nossa casa possessa do espirito Ndaw?
    E a nossa timbila de zavala
    Que tocava e dançavamos ao ritmo chope, então?
    Canta nesta fogueira seu povo
    Conte sua história nesta fogueira antes que se
    Apague
    É a podridão do nosso povo, não é?
    Fale,
    Fale então da podridão dos negros
    Á falacia com que se inventa um sorriso
    Quando se inicia uma história, uma lenda, um conto...
    Então, Conte!
    Cada história um povo
    Cada verso um rosto
    Cada voz um timbre
    Nesta brasa de letras que se esfuma a poesia
    Traga essa chama que a alma atea
    Nesta fogueira da alma que ao texto ilumina
    Traga o verso e nada mais
    Na calada da noite,
    Ou com o sol ardente, vem
    Traga a voz que dilacera os conceitos
    Traga a força apocaliptica do verso comprimida em
    Suas mãos
    Traga de tudo que nos é consentido saber
    A poesia será o doce orvalho
    Que nos delicia delicadamente as almas
    A cada verso que se liberta do seu peito pulmonado
    Para esta fogueira,
    Traga aquela melodia subtil
    Com que os corvos pacientaram as noites cegando
    Aquelas melodias, com que as cigaras cantaram
    E iluminaram as noites de Nkaringanas
    Nkulukumba,
    Desça tatana dos céus relampejando
    Solte na sua luz um pedaço de tempo que já
    Perdemos
    Fale da inocência dos versos de ontem e de hoje
    Oprimidos
    Do folclore do nosso povo escaldado
    Tatana tatana,
    Há homens que incendiaram nossa palhota de preces
    Homens que no arminho recalcaram pedra
    Há homens que no charuto tostaram uma palavra
    Então, traga a semente
    Que germinará a casa e árvore poética dos puerís
    Tatana tatana,
    Desça macumba das nossas mínguas e soluços
    E nos aponte com destreza mesmo ofídica
    Que aquele oficio é poesia
    Que aquele minguado é poeta
    Com os versos guardados no seu bolso só para ele!
    Traga tatana esse poeta
    Traga da cabeceira os sonhos desse poeta
    As lágrimas dum poeta pingados na pedra
    Traga dos escombros também um verso
    Da palavra uma míngua, do verso um amor
    Da poesia as almas
    Dê-me esse trago agora tatana
    Antes que o vento maldito nos apague
    Nossa fogueira de lenha
    Quero dizer um poema também
    Quero contar uma história também
    Traga também seu xiphefo tatana
    Que ilumina estrelas aqui cintilando
    Tantas cobertas de neve que não as vejo
    Traga tatana depressa
    Tio mbalele quer dizer seu poema
    Tio Mbalele quer contar sua história
    Tio Mbalele quer cantar
    Traga tatana traga ... He, já começou!
    -Nkaringana wankaringana!
    -Nkaringana wankaringana!


    Noé Filimão Massango


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    Poeta Médico Moçambique

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    Alameda D. Afonso Henriques

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    FONTE LUMINOSA a vida presente aqui tudo era ainda

    MAR

    Faro Cidade Velha e Ria Formosa

    Faro Cidade Velha  e Ria Formosa
    muralhas adentro

    Algarve em Poesia

    Faro


    A Ria
    é uma menina
    de jogos inocentes
    quando é ela quem ama
    mas quando nela entra
    intimorato
    o olhar que a não vê
    da magia dos fundos se levantam
    medos antigos
    tranças de algas, perigos
    invisível corrente
    que o triste absorto
    sorvido de repente
    é levado ao magico palácio
    donde não volta mais
    é um palácio de cristal
    facetado a pó de diamante
    se alguém o olha
    pensa ver a aurora
    a esfolhar suas rosas
    Ria esmeralda e nácar
    de nereidas tão formosas
    desse estranho brilhar
    onde dilui
    a prata e o próprio sol
    que nela alui
    cada corrente tem os seus segredos
    a Ria de múltiplos enredos
    estende seus braços de águas e brim
    e leva cada incauto ao seu confim.

    mas por sua beleza
    em movimento
    há quem a siga
    para além do vento
    ouvindo velhos cantos de sereia
    a espraiar entre espumas
    na areia.

    Marília Gonçalves

    Desfaz-se o luar na Ria
    em fios de prata a boiar
    mil estrelas a naufragar
    quando chega o fim do dia.

    Nessa pálida harmonia
    bailados da luz poente
    cintilam suavemente.

    Murmúrios d'água, segredos
    falas antigas e medos
    vogam também na corrente.

    Marília Gonçalves

    TEJO

    TEJO
    lembrar e relembrar

    Poemas às Mães

    Poemas à Mãe



    No mais fundo de ti,
    eu sei que traí, mãe!

    Tudo porque já não sou
    o retrato adormecido
    no fundo dos teus olhos!

    Tudo porque tu ignoras
    que há leitos onde o frio não se demora
    e noites rumorosas de águas matinais!

    Por isso, às vezes, as palavras que te digo
    são duras, mãe,
    e o nosso amor é infeliz.

    Tudo porque perdi as rosas brancas
    que apertava junto ao coração
    no retrato da moldura!

    Se soubesses como ainda amo as rosas,
    talvez não enchesses as horas de pesadelos...

    Mas tu esqueceste muita coisa!
    Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
    que todo o meu corpo cresceu,
    e até o meu coração
    ficou enorme, mãe!

    Olha - queres ouvir-me? -,
    às vezes ainda sou o menino
    que adormeceu nos teus olhos;

    ainda aperto contra o coração
    rosas tão brancas
    como as que tens na moldura;

    ainda oiço a tua voz:
    "Era uma vez uma princesa
    no meio de um laranjal..."

    Mas - tu sabes! - a noite é enorme
    e todo o meu corpo cresceu...

    Eu saí da moldura,
    dei às aves os meus olhos a beber.

    Não me esqueci de nada, mãe.
    Guardo a tua voz dentro de mim.
    E deixo-te as rosas...

    Boa noite. Eu vou com as aves!

    Eugénio de Andrade, Antologia Breve


    Nos meus vinte anos,
    almoçar em casa de Sofia
    era ouvir ferver em cachão,frigir
    na cozinha,arfar a cafeteira da poesia.
    Era ver a ama de Sofia,
    e de todos os filhos,de muitos versos,
    cuidar de muitas gerações de memórias,
    no lar desses versos tão caseiros.
    E era beber,ali,na mesa,uma água
    que ,mais do que a da torneira,
    concitou o mar para cada copo.
    Era olhar um rosto de coral
    (o que exorciza as Fúrias,na cozinha)
    um rosto de mar novo,de geografia.
    Era escutar as palavras da boca
    do vocábulo grego para sabedoria,
    o que me confirma o poder dos nomes,
    ao serem Verbo,sobre os seres e as coisas.
    Era sentar-me,lado a lado,
    no espaço irradiante da volúvel lareira,
    no Outono apagada,na Primavera acesa,
    e com o fogaréu alimentado
    por papéis venais de outra política
    (que não a da sua humanidade),
    que a prudência mandava destruir no fogo.
    Era entrar e sair pela porta das Mónicas,
    a das mulheres congregadas
    sob invocação da mãe de Agostinho,
    o que para mim celebrava também
    o amor de mãe,da velha ama,da Poesia.

    Fiama Hasse Pais Brandão

    Guerra Junqueriro dediaca esta poesia à ama que o criou, ficou orfão muito pequeno
    Guerra Junqueiro
    Regresso ao Lar
    Ai, há quantos anos que eu parti chorando
    Deste meu saudoso, carinhoso lar!...
    Foi há vinte?... Há trinta? Nem eu sei já quando!...
    Minha velha ama, que me estás fitando,
    Canta-me cantigas para me lembrar!...

    Dei a Volta ao mundo, dei a volta à Vida...
    Só achei enganos, decepções, pesar...
    Oh! A ingénua alma tão desiludida!...
    Minha velha ama, com a voz dorida,
    Canta-me cantigas de me adormentar!...

    Trago d'amargura o coração desfeito...
    Vê que fundas mágoas no embaciado olhar!
    Nunca eu saira do meu ninho estreito!...
    Minha velha ama que me deste o peito,
    Canta-me cantigas para me embalar!...

    Pôs-me Deus outrora no frouxel do ninho
    Pedrarias d'astros, gemas de luar...
    Tudo me roubaram, vê, pelo caminho!...
    Minha velha ama, sou um pobrezinho...
    Canta-me cantigas de fazer chorar!

    Como antigamente, no regaço amado,
    (Venho morto, morto!...) deixa-me deitar!
    Ai, o teu menino como está mudado!
    Minha velha ama, como está mudado!
    Canta-lhe cantigas de dormir, sonhar!...

    Canta-me cantigas, manso, muito manso...
    Tristes, muito tristes, como à noite o mar...
    Canta-me cantigas para ver se alcanço
    Que a minh'alma tenha paz, descanso,
    Quando a Morte, em breve, me vier buscar!...

    In: Os simples (1892)


    SÓ POR ISSO, MÃE

    Mesmo que a noite esteja escura,
    Ou por isso,
    Quero acender a minha estrela.

    Mesmo que o mar esteja morto,
    Ou por isso,
    Quero enfunar a minha vela.

    Mesmo que a vida esteja nua,
    Ou por isso,
    Quero vestir-lhe o meu poema.

    Só porque tu existes,
    Vale a pena!

    Lopes Morgado, Mulher Mãe



    Rosalia Poeta da Galiza

    Rosalia Poeta da Galiza
    ¡Otra vez!, tras la lucha que rinde

    A Mulher na Poesia

    à grande Lutadora à heróica Rosalia de Castro
    pela tua GALIZA

    ¡Otra vez!, tras la lucha que rinde
    y la incertidumbre amarga
    del viajero que errante no sabe
    dónde dormirá mañana,
    en sus lares primitivos
    halla un breve descanso mi alma.

    Algo tiene este blando reposo
    de sombrío y de halagüeño,
    cual lo tiene, en la noche callada,
    de un ser amado el recuerdo,
    que de negras traiciones y dichas
    inmensas, nos habla a un tiempo.

    Ya no lloro..., y no obstante, agobiado
    y afligido mi espíritu, apenas
    de su cárcel estrecha y sombría
    osa dejar las tinieblas
    para bañarse en las ondas
    de luz que el espacio llenan.

    Cual si en suelo extranjero me hallase,
    tímida y hosca, contemplo
    desde lejos los bosques y alturas
    y los floridos senderos
    donde en cada rincón me aguardaba
    la esperanza sonriendo.





    Era apacible el día
    y templado el ambiente,
    y llovía, llovía
    callada y mansamente;
    y mientras silenciosa
    lloraba yo y gemía,
    mi niño, tierna rosa,
    durmiendo se moría.

    Al huir de este mundo, ¡qué sosiego en su frente!
    Al verle yo alejarse, ¡qué borrasca en la mía!

    Tierra sobre el cadáver insepulto
    antes que empiece a corromperse..., ¡tierra!
    Ya el hoyo se ha cubierto, sosegaos;
    bien pronto en los terrones removidos
    verde y pujante crecerá la hierba.
    ¿Qué andáis buscando en torno de las tumbas,
    torvo el mirar, nublado el pensamiento?
    ¡No os ocupéis de lo que al polvo vuelve!
    jamás el que descansa en el sepulcro
    ha de tornar a amaros ni a ofenderos,

    ¡Jamás! ¿Es verdad que todo
    para siempre acabó ya?
    No, no puede acabar lo que es eterno,
    ni puede tener fin la inmensidad.

    Tú te fuiste por siempre; mas mi alma
    te espera aún con amoroso afán,
    y vendrás o iré yo, bien de mi vida,
    allí donde nos hemos de encontrar.

    Algo ha quedado tuyo en mis entrañas
    que no morirá jamás,
    y que Dios, porque es justo y porque es bueno,
    a desunir ya nunca volverá.

    En el cielo, en la tierra, en lo insondable
    yo te hallaré y me hallarás.
    No, no puede acabar lo que es eterno,
    ni puede tener fin la inmensidad.

    Mas... es verdad, ha partido
    para nunca más tornar.
    Nada hay eterno para el hombre, huésped
    de un día en este mundo terrenal
    en donde nace, vive y al fin muere,
    cual todo nace, vive y muere acá.

    Rosalia de Castro


    Violeta Parra
    Poeta do Chile

    GRACIAS A LA VIDA

    (Violeta Parra)


    Gracias a la vida que me ha dado tanto.
    Me dio dos luceros que, cuando los abro,
    perfecto distingo lo negro del blanco,
    y en el alto cielo su fondo estrellado
    y en las multitudes el hombre que yo amo.

    Gracias a la vida que me ha dado tanto.
    Me ha dado el oído que, en todo su ancho,
    graba noche y día grillos y canarios;
    martillos, turbinas, ladridos, chubascos,
    y la voz tan tierna de mi bien amado.

    Gracias a la vida que me ha dado tanto.
    Me ha dado el sonido y el abecedario,
    con él las palabras que pienso y declaro:
    madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
    la ruta del alma del que estoy amando.

    Gracias a la vida que me ha dado tanto.
    Me ha dado la marcha de mis pies cansados;
    con ellos anduve ciudades y charcos,
    playas y desiertos, montañas y llanos,
    y la casa tuya, tu calle y tu patio.

    Gracias a la vida que me ha dado tanto.
    Me dio el corazón que agita su marco
    cuando miro el fruto del cerebro humano;
    cuando miro el bueno tan lejos del malo,
    cuando miro el fondo de tus ojos claros.

    Gracias a la vida que me ha dado tanto.
    Me ha dado la risa y me ha dado el llanto.
    Así yo distingo dicha de quebranto,
    los dos materiales que forman mi canto,
    y el canto de ustedes que es el mismo canto
    y el canto de todos, que es mi propio canto.

    Gracias a la vida que me ha dado tanto.

    (1964-1965)

    http://fr.wikipedia.org/wiki/Violeta_Parra


    Porque para a mulher escrever, ao longo dos Séculos, tem sido sempre uma forma de Resistência

    Gabriela Mistral


    DESPERTAR

    Dormimos, soñé la Tierra
    del Sur, soñé el Valle entero,
    el pastal, la viña crespa,
    y la gloria de los huertos.
    ¿Qué soñaste tú mi Niño
    con cara tan placentera?

    Vamos a buscar chañares
    hasta que los encontremos,
    y los guillaves prendidos
    a unos quioscos del infierno.
    El que más coge convida
    a otros dos que no cogieron.
    Yo no me espino las manos
    de niebla que me nacieron.
    Hambre no tengo, ni sed y
    sin virtud doy o cedo.
    ¿A qué agradecerme así
    fruto que tomo y entrego?




    Maria Teresa Horta

    PORQUE

    Porque és um homem
    de luta
    e de palavra

    Um poeta do sonho
    e de fulgores.

    Porque és um homem
    de honra
    e desafios

    Um poeta de causas
    e rigores.

    Porque és um homem
    de coerência
    intacta

    Um poeta que escreve
    a igualdade.

    Porque és um homem
    da vida
    e da esperança

    Um poeta que canta
    a liberdade.


    Maria Teresa Horta



    Natália Correia


    Nuvens correndo num rio

    Nuvens correndo num rio
    Quem sabe onde vão parar?
    Fantasma do meu navio
    Não corras, vai devagar!

    Vais por caminhos de bruma
    Que são caminhos de olvido.
    Não queiras, ó meu navio,
    Ser um navio perdido.

    Sonhos içados ao vento
    Querem estrelas varejar!
    Velas do meu pensamento
    Aonde me quereis levar?

    Não corras, ó meu navio
    Navega mais devagar,
    Que nuvens correndo em rio,
    Quem sabe onde vão parar?

    Que este destino em que venho
    É uma troça tão triste;
    Um navio que não tenho
    Num rio que não existe.

    Natália Correia


    Como Dizer o Silêncio?


    Se em folhagem de poema
    me catais anacolutos
    é vossa a fraude. A gema
    não desce a sons prostitutos.

    O saltério, diletante,
    fere a Musa com um jasmim?
    Só daí para diante
    da busca estará o fim.

    Aberta a porta selada,
    sou pensada já não penso.
    Se a Musa fica calada
    como dizer o silêncio?

    Atirar pérola a porco?
    Não me queimo na parábola.
    Em mãos que brincam com o fogo
    é que eu não ponho a espada.

    Dos confins, o peristilo
    calo com pontas de fogo,
    e desse casto sigilo
    versos são só desafogo.

    E também para que me lembrem
    deixo-os no mercado negro,
    que neles glórias se vendem
    e eu não sou só desapego.

    Raiz de Deus entre os dentes,
    aí, pára a transmissão.
    Ultra-sons dessas nascentes
    só aves entenderão.



    Natália Correia
    Poesia Completa
    Publicações Dom Quixote
    1999



    Maria Alberta Menéres

    Dúvida

    O carvão é preto.

    Quando arde é vermelho.

    Qual é afinal

    A cor do carvão?

    Minha mãe, de noite

    Não entendo nada:

    Será que as cores nascem

    Só de madrugada?

    Minha mãe, quem sabe

    Se a voz do amarelo

    Não é doce apenas

    Na imaginação?

    Maria Alberta Menéres, Conversa com Versos



    Maria Teresa Horta

    Desperta-me de noite
    o teu desejo
    na vaga dos teus dedos
    com que vergas
    o sono em que me deito

    pois suspeitas

    que com ele me visto e me
    defendo

    É raiva
    então ciume
    a tua boca

    é dor e não
    queixume
    a tua espada

    é rede a tua língua
    em sua teia

    é vício as palavras
    com que falas

    E tomas-me de foça
    não o sendo
    e deixo que o meu ventre
    se trespasse

    E queres-me de amor
    e dás-me o tempo

    a trégua
    a entrega
    e o disfarce

    E lembras os meus ombros
    docemente
    na dobra do lenços que desfazes
    na pressa de teres o que só sentes
    e possuires de mim o que não sabes

    Despertas-me de noite
    com o teu corpo

    tiras-me do sono
    onde resvalo

    e eu pouco a pouco
    vou repelindo a noite

    e tu dentro de mim
    vais descobrindo vales.
    publicada por antónio @ 10:14 AM


    Poemas Universais e universalistas

    Poemas que me Enviaram

    Le Chant des Canuts

    Un paragraphe caché pour occuper toute la largeur de la page. La

    D'Aristide Bruant

    méthode est malhonnête et douteuse, mais le résultat est plus joli. J'en rougis de honte.

    Pour chanter «Veni Creator»
    II faut avoir chasuble d'or.
    (bis)

    Nous en tissons
    Pour vous, gens de l'église,
    Mais nous pauvres canuts,
    N'avons point de chemises.

    Nous sommes les Canuts
    Nous allons tout nus.

    Pour gouverner, il faut avoir
    Manteau et ruban en sautoir.
    (bis)

    Nous en tissons
    Pour vous, grands de la terre,
    Mais nous pauvres canuts,
    Sans draps on nous enterre.

    Nous sommes les Canuts
    Nous allons tout nus.

    Mais notre règne arrivera
    Quand votre règne finira.
    (bis)

    Nous tisserons
    Le linceul du vieux monde,
    Car on entend déjà la révolte qui gronde.

    Nous sommes les Canuts
    Nous n'irons plus nus.
    (bis)

    ********************************************************Le

    Le chant des partisans

    Paroles: Maurice Druon, Joseph Kessel. Musique: Anna Marly 1943

    Ami, entends-tu le vol noir des corbeaux sur nos plaines ?
    Ami, entends-tu les cris sourds du pays qu'on enchaîne ?
    Ohé, partisans, ouvriers et paysans, c'est l'alarme.
    Ce soir l'ennemi connaîtra le prix du sang et les larmes.

    Montez de la mine, descendez des collines, camarades !
    Sortez de la paille les fusils, la mitraille, les grenades.
    Ohé, les tueurs à la balle et au couteau, tuez vite !
    Ohé, saboteur, attention à ton fardeau : dynamite...

    C'est nous qui brisons les barreaux des prisons pour nos frères.
    La haine à nos trousses et la faim qui nous pousse, la misère.
    Il y a des pays où les gens au creux des lits font des rêves.
    Ici, nous, vois-tu, nous on marche et nous on tue, nous on crève...

    Ici chacun sait ce qu'il veut, ce qu'il fait quand il passe.
    Ami, si tu tombes un ami sort de l'ombre à ta place.
    Demain du sang noir sèchera au grand soleil sur les routes.
    Chantez, compagnons, dans la nuit la Liberté nous écoute...

    Ami, entends-tu ces cris sourds du pays qu'on enchaîne ?
    Ami, entends-tu le vol noir des corbeaux sur nos plaines ?
    Oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh...


    Le Chant des partisans est l'hymne de la Résistance française durant l'occupation allemande, pendant la Seconde Guerre mondiale.

    http://fr.wikipedia.org/wiki/Le_Chant_des_partisans



    GUERRA CIVIL ESPAÑOLA
    AY CARMELA
    El Ejército del Ebro,
    rumba la rumba la rumba la.
    El Ejército del Ebro,
    rumba la rumba la rumba la
    una noche el río pasó,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    una noche el río pasó,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    Y a las tropas invasoras,
    rumba la rumba la rumba la.
    Y a las tropas invasoras,
    rumba la rumba la rumba la
    buena paliza les dio,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    buena paliza les dio,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    El furor de los traidores,
    rumba la rumba la rumba la.
    El furor de los traidores,
    rumba la rumba la rumba la
    lo descarga su aviación,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    lo descarga su aviación,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    Pero nada pueden bombas,
    rumba la rumba la rumba la.
    Pero nada pueden bombas,
    rumba la rumba la rumba la
    donde sobra corazón,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    donde sobra corazón,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    Contraataques muy rabiosos,
    rumba la rumba la rumba la.
    Contraataques muy rabiosos,
    rumba la rumba la rumba la
    deberemos resistir,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    deberemos resistir,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    Pero igual que combatimos,
    rumba la rumba la rumba la.
    Pero igual que combatimos,
    rumba la rumba la rumba la
    prometemos combatir,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!
    prometemos combatir,
    ¡Ay Carmela! ¡Ay Carmela!

    Guerra Civil Española



    Poesia Universal e Universalista

    Poesia de Todos


    poema letra de canção cantada e escrita por JEAN FERRAT

    ( Je twisterai les mots s'il fallait les twister
    Pour qu'un jour les enfants sachent qui vous étiez.)


    Nuit et Brouillard de Jean Ferrat

    1. Ils étaient vingt et cent, ils étaient des milliers
    Nus et maigres tremblants dans ces wagons plombés
    Qui déchiraient la nuit de leurs ongles battants
    Ils étaient des milliers ils étaient vingt et cent
    Ils se croyaient des hommes, n'étaient plus que des nombres
    depuis longtemps leurs dés avaient été jetés
    dès que la main retombe il ne reste qu'une ombre
    Ils ne devaient jamais plus revoir un été.

    2. La fuite monotone et sans hâte du temps
    Survivre encore un jour une heure obstinément
    Combien de tours de roues d'arrêts et de départs
    Qui n'en finissent pas de distiller l'espoir.
    Ils s'appelaient Jean-Pierre, Natacha ou Samuel
    Certains priaient Jésus Jehovah ou Vichnou
    D'autres ne priaient pas mais qu'importe le ciel
    Ils voulaient simplement ne plus vivre à genoux.


    3. Ils n'arrivaient pas tous à la fin du voyage
    Ceux qui sont revenus peuvent ils être heureux
    Ils essaient d'oublier, étonnés qu'à leur âge
    Les veines de leurs bras soient devenues si bleues
    Les Allemands guettaient du haut des miradors
    La lune se taisait comme vous vous taisiez
    En regardant au loin en regardant dehors
    Votre chair était tendre à leurs chiens policiers

    4. On me dit à présent que ces mots n'ont plus cours
    Qu'il vaut mieux ne chanter que des chansons d'amour
    Que le sang sèche vite en entrant dans l'histoire
    Et qu'il ne sert à rien de prendre une guitare
    Mais qui donc est de taille à pouvoir m'arrêter
    L'ombre s'est faite humaine aujourd'hui c'est l'été
    Je twisterai les mots s'il fallait les twister
    Pour qu'un jour les enfants sachent qui vous étiez.



    Poemas de Aragon

    Complainte de Pablo Neruda
    Imprimer la chanson Complainte de Pablo Neruda de Jean Ferrat à partir d'une fenêtre en mode texte et sans publicité  :-) Envoyer le texte Complainte de Pablo Neruda de Jean Ferrat à un ami Favori


    Je vais dire la légende
    De celui qui s'est enfui
    Et fait les oiseaux des Andes
    Se taire au cœur de la nuit

    Le ciel était de velours
    Incompréhensiblement
    Le soir tombe et les beaux jours
    Meurent on ne sait comment

    Comment croire comment croire
    Au pas pesant des soldats
    Quand j'entends la chanson noire
    De Don Pablo Neruda

    Lorsque la musique est belle
    Tous les hommes sont égaux
    Et l'injustice rebelle
    Paris ou Santiago

    Nous parlons même langage
    Et le même chant nous lie
    Une cage est une cage
    En France comme au Chili

    Comment croire comment croire
    Au pas pesant des soldats
    Quand j'entends la chanson noire
    De Don Pablo Neruda

    Sous le fouet de la famine
    Terre terre des volcans
    Le gendarme te domine
    Mon vieux pays araucan

    Pays double où peuvent vivre
    Des lièvres et des pumas
    Triste et beau comme le cuivre
    Au désert d'Atacama

    Comment croire comment croire
    Au pas pesant des soldats
    Quand j'entends la chanson noire
    De Don Pablo Neruda

    Avec tes forêts de hêtres
    Tes myrtes méridionaux
    O mon pays de salpêtre
    D'arsenic et de guano

    Mon pays contradictoire
    Jamais libre ni conquis
    Verras-tu sur ton histoire
    Planer l'aigle des Yankees

    Comment croire comment croire
    Au pas pesant des soldats
    Quand j'entends la chanson noire
    De Don Pablo Neruda

    Absent et présent ensemble
    Invisible mais trahi
    Neruda que tu ressembles
    À ton malheureux pays

    Ta résidence est la terre
    Et le ciel en même temps
    Silencieux solitaire
    Et dans la foule chantant

    Comment croire comment croire
    Au pas pesant des soldats
    Quand j'entends la chanson noire
    De Don Pablo Neruda


    Est-ce ainsi que les hommes vivent
    Tout est affaire de décor
    Changer de lit changer de corps
    À quoi bon puisque c'est encore
    Moi qui moi-même me trahis
    Moi qui me traîne et m'éparpille
    Et mon ombre se déshabille
    Dans les bras semblables des filles
    Où j'ai cru trouver un pays.
    Cœur léger cœur changeant cœur lourd
    Le temps de rêver est bien court
    Que faut-il faire de mes nuits
    Que faut-il faire de mes jours
    Je n'avais amour ni demeure
    Nulle part où je vive ou meure
    Je passais comme la rumeur
    Je m'endormais comme le bruit.
    C'était un temps déraisonnable
    On avait mis les morts à table
    On faisait des châteaux de sable
    On prenait les loups pour des chiens
    Tout changeait de pôle et d'épaule
    La pièce était-elle ou non drôle
    Moi si j'y tenais mal mon rôle
    C'était de n'y comprendre rien
    Est-ce ainsi que les hommes vivent
    Et leurs baisers au loin les suivent
    Dans le quartier Hohenzollern
    Entre La Sarre et les casernes
    Comme les fleurs de la luzerne
    Fleurissaient les seins de Lola
    Elle avait un cœur d'hirondelle
    Sur le canapé du bordel
    Je venais m'allonger près d'elle
    Dans les hoquets du pianola.
    Le ciel était gris de nuages
    Il y volait des oies sauvages
    Qui criaient la mort au passage
    Au-dessus des maisons des quais
    Je les voyais par la fenêtre
    Leur chant triste entrait dans mon être
    Et je croyais y reconnaître
    Du Rainer Maria Rilke.
    Est-ce ainsi que les hommes vivent
    Et leurs baisers au loin les suivent.
    Elle était brune elle était blanche
    Ses cheveux tombaient sur ses hanches
    Et la semaine et le dimanche
    Elle ouvrait à tous ses bras nus
    Elle avait des yeux de faÏence
    Elle travaillait avec vaillance
    Pour un artilleur de Mayence
    Qui n'en est jamais revenu.
    Il est d'autres soldats en ville
    Et la nuit montent les civils
    Remets du rimmel à tes cils
    Lola qui t'en iras bientôt
    Encore un verre de liqueur
    Ce fut en avril à cinq heures
    Au petit jour que dans ton cœur
    Un dragon plongea son couteau
    Est-ce ainsi que les hommes vivent
    Et leurs baisers au loin les suivent

    Louis Aragon

    "Aragon n'est pas seulement, avec Apollinaire et Péguy, avec Claudel et Valéry, un des plus grands poètes de notre siècle. Héritier de Chateaubriand et de Hugo...comme un Picasso, comme un Chaplin, comme un Einstein il incarne son époque. Il se confond avec elle. Il la traduit et il la marque."

    Jean d'Ormesson
    Ecrivain, membre de l'Académie française

    Para Reflectir

    Quando Jean d'Ormesson
    Ecrivain, membre de l'Académie française

    Cidadão francês da direita radical

    Se pronuncia num elogio de tal profundidade sobre Louis Aragon, poeta e comunista

    Prova o grau de civismo que atingiu a Civilização francesa.

    Que põe a Cultura e a Liberdade como valores fundamentais da sua evolução

    Marília



    Poetas Populares

    Quadras e outros Poemas

    poemas

    De seguida transcrevo um poema da nossa colaboradora Marília Gonçalves (França)... trata-se de uma sentida homenagem a Lisboa. Em palavras simples, cheias de emoção, Marília fala-nos de uma cidade humana... retratos do quotidiano que, por vezes, fingimos não ver, ou belezas escondidas que teimamos em ignorar, Lisboa apresenta-se como fazendo parte de nós. Vale a pena ler.

    Ermelinda Toscano

    http://osabordaspalavras.blogs.sapo.pt/

    «Este poema foi escrito há vinte e tal nos, este poema não é um poema escrito, é um poema falado, portanto a escrita, tem nele pouca importância. Poema falado, poema dito, aí ele encontra a sua dimensão, e porque o disse em público muita vez, sei o alcance que encontra nos corações que o ouvem, e o resultado que neles provoca mas como evitar que se perca de todos, senão escrevendo? Este poema era dito por mim, quase cantando, de mãos nas algibeiras, cabeça provocantemente erguida, em ar de desafio, como se dito por garoto rufia. (como gostaria que fosse do passado e não correspondesse a nenhuma realidade).»

    Avenida

    Fui ainda há pouco a Lisboa

    pensando matar saudades

    a vida não se fez boa

    a quem fugiu prás cidades

    As saudade não se matam

    porque logo nascem mais

    mas as vozes nos desatam

    e fazem de nós pardais

    Estou na Baixa, e os meus olhos

    não vêem prédios nem chão

    só vêm dor, mar d'escolhos

    a esbarrar na multidão

    Lá anda gente a correr

    pela vida aos tropeções

    lá estão outros a vender

    miséria em sonho aos milhões

    O pobre pé, descalçado

    não incomoda ninguém

    tão visto já, resfriado

    e nascido de uma mãe !!!

    Não me quero ir já embora

    tenho ainda muito que ver

    mesmo que me doa agora

    eu não me quero esquecer

    Que se nascemos com olhos

    é para ver as montanhas

    de injustiças e de abrolhos

    que ao homem rasga as entranhas

    Lá vai o miúdo roto

    leva as mãos nas algibeiras

    com ar gaiato e maroto

    dizendo duas asneiras

    Mas dentro, lá bem no fundo

    andam versos a nascer

    e é por ser filho do mundo

    que anda por aí a sofrer

    Que essas palavras que larga

    a desafiar a populaça

    são feitas da dor amarga

    que mesmo pequeno passa

    E agora aqui ao lado

    esta um ceguinho a tocar

    a pensar também que é fado

    andar com fome a cantar

    agora... aqui vou eu....

    aqui está Martim Moniz

    quanta gente a quem mordeu

    outra rica, má feliz!

    e os meus passos no dia

    feito da noite brutal

    vão comendo poesia

    no homem que vive mal

    Enquanto sigo dorida

    a olhar o temporal

    vou subindo a Avenida

    mas firme, no vendaval!!

    Já cheguei ao Intendente

    e por entre a gente séria

    quanta infeliz que mal sente

    que não tem mais que miséria

    Ai ó senhoras honradas

    que me apetece insultar

    as vidas despedaçadas

    nascem do vosso luxar

    Ás que vivem sem sentir

    as que choram como nós!

    se passarem a sorrir

    as mais perdidas sois vós!!

    Porque quem vive diferente

    se a porta não viu fechada

    prá vida passar decente

    não lhe custou mesmo nada!

    São filhas da noite escura

    dum estado podre de velho

    e esta ferida que ainda dura

    é o seu mais fiel espelho

    Mais uns passos, finalmente

    eis chego à Praça do Chile

    ó povo depressa ó gente

    façamos mais um Abril!!!

    Marília Gonçalves











    Poesia

    António Luís Moita


    - Conceito pequenino

    A tudo se empresta aroma.

    De tudo aroma se extrai.

    O trigo que o homem sonha

    Precede, vivo, o trigal.

    Nasce o trigo e cresce o pão

    Que no sonho se transforma.

    Só com raízes no chão

    Tem asas livres o homem.



    António Luís Moita

    Cidade sem Tempo





    A luz vinha devagar
    Através do firmamento...
    Vinha e ficava no ar,
    Parada por um momento,
    A ver a terra passar
    No seu térreo movimento.

    Depois caía em toalha
    Sobre as dobras da cidade;
    Caía sobre a mortalha
    De ambições e de poalha,
    Quase com brutalidade.

    Miguel Torga

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    Nas Consequências da Guerra

    Nas Consequências da Guerra


    Encontrei-a na esplanada dum café interior dum grande hospital parisiense.
    Chamou-me a atenção, o cansaço marcado no rosto a contrastar estranhamente com a doçura do olhar. Jovem? não era.
    Sem saber como, estávamos a conversar as duas.
    Sempre com o mesmo ar, começou a contar-me sua história, Já que ambas com vários exames marcados nos encontrávamos no intervalo entre duas consultas.
    Ela viera há anos, fugida à guerra, da Bósnia. Trouxera com ela dois filhos um rapaz e uma menina, no momento do nosso encontro em plena adolescência. Olhava-a, escutava-a e nunca consegui atribuir-lhe idade. Pela dos dois filhos depreendi que se situaria entre os quarenta ou cinqüenta, mas aparentava mais, se não fosse aquela persistente doçura no olhar.
    Contou-me que do lado da mãe, toda a família tinha sido morta. Não deu detalhes e eu não lhos pedi. Escutava apenas, impotente testemunha duma dor infinda e em silêncio quase religioso continuei a ouvi-la. Viveram em caves de prédios bombardeados, comendo o que podiam, escondidos sempre. No exterior lá em cima ouviam-se as bombas e os combates. Os filhos nessa altura pequeninos; ia ela fazendo frente ao terror próprio e ao das crianças . Certo dia viu apavorada entrar um grupo de homens pelo esconderijo adentro. Disse-me que tiveram sorte, eram do bom lado, que nada lhes fizeram de mal. Mas esse incidente veio aumentar o pavor em que viviam, humanos ratos a viver em tocas, que a maldade dos homens obrigava. Contou- me mais o estado de espírito do seu pequeno grupo familiar, sem nunca detalhar os acontecimentos vividos por ela e pelos filhos.
    Pudor ou incapacidade de reviver através de relato doloroso as peripécias trágicas que a guerra lhes impusera. Contou em seguida que o desespero a fez procurar boleia para fugir com as crianças e que por sorte um autocarro que vinha para Paris, os deixou entrar e os trouxe para a capital francesa
    Depois acabou dizendo que tinha a seguir uma sessão de choques elétricos, e que no final, perto das cinco a filha a viria buscar visto que não a deixavam sair sozinha depois do tratamento, que segundo o que me disse era para a vida. Mas disse-me que o estado da filha era muito pior que o dela, e que vivia enclausurada em casa, saindo apenas quando a isso por algum motivo de força maior era obrigada.
    Sem palavras para a reconfortar, pelo dito e pelo não dito, limitei-me a deixar que a minha expressão lhe manifestasse tudo o que me ia por dentro.
    Ao fim do dia, acabados também os exames para que viera, fui encontrá-la no mesmo sítio, sentada a uma mesa com a cabeça apoiada nas mãos, cotovelos sobre a mesa...
    Estava ali à espera da filha que não aparecia e não sabia como voltar para casa. Estava pronta a oferecer-me para que eu e meus acompanhantes a levássemos a casa. Mas o olhar dela ensombrou-se como temendo a oferta que pressentia. Lesto o pensamento levou-me a tentar pôr-me no lugar dela. Fugida à guerra, com perturbações nervosas aparentemente irreversíveis, tanto nela como na filha, as confidências que me fez, por brusca simpatia, cediam ao medo que a acompanhava sempre. A casa era o abrigo desconhecido de todos, o tecto tranquilo, era possível que nessas circunstâncias, preferisse manter no silêncio o local onde ela e os seus abrigavam sua dor e o terror das fugas e perseguições.
    Ali continuava à espera da filha, que não chegava, o que a afligia mais ainda. Não sabia como fazer, foi telefonar à filha que acabou dizendo que não se sentia bem e era incapaz de ir buscar a mãe
    A aflição crescente em que a via, sugeriu-me que talvez fosse possível, se ela fosse falar com a equipa que a seguia, que eles chamassem um taxi que a levaria até à porta de casa, o que,por conseguinte não a obrigava a nenhum esforço. e assim foi.Fez-me um ultimo sorriso, pálido e ansioso, receosa pelo estado da filha, eu, ali fiquei na comunhão daquela dor para ela eterna, fazendo que um tropel de perguntas se seguissem no meu cérebro.
    Mais amante da PAZ e contra qualquer guerra ofensiva, vi diante de mim erguidos e terríveis, os efeitos que as marcas indeléveis da maldade humana, levada ao paroxismo, por guerra sem razão,
    Causa de tanto sofrimento a projectar-se no futuro de quem a viveu e consequentemente no futuro de cada ser humano, já que habitantes todos do mesmo Espaço a Terra, somos companheiros de viagem e inevitavelmente o bem e o mal de cada um recai sobre o todo, sobre cada ser humano numa total e profunda quebra de harmonia o que tornará a sociedade mais violenta e mais desumana.
    Muitos fogem a esta realidade como se o não olhar e a fuga os protegesse, quando afinal apenas prolonga o gelo, o frio social que aniquila o que pode haver de bom em nós, e nos torna cúmplices silenciosos do crime e responsáveis de não assistência a pessoas em perigo, e esse frio da indiferença, instala-se corrosivo no nosso interior e vai ganhando terreno no aniquilamento dos nossos sentimentos, destruindo a nossa afectividade e a nossa capacidade de sentir, transforma-nos em robôs não humanos, de que apenas mantemos a aparência. Ignorando o sofrimento alheio, que é afinal o dum irmão, semelhante, que tinha à partida a mesma vontade de tranquilidade e respeito, de PAZ, que merece ou deve merecer cada um; é um crime voltado contra nós mesmos, porque nos mata interiormente e reduz ao silêncio a nossa capacidade de apreciar o belo o bom e o que é justo, e afasta para sempre a alegria e a capacidade da partilha numa anestesia triste e monótona das nossas existências, por isso muito mais pobres distantes e solitárias.
    Marília Gonçalves

    Em França ou em ¨Portugal, pelo Mundo os defensores da Globalização são todos iguais!

    As promessas de Nicolas Sarkozy


    As promessas de Nicolas Sarkozy .
    Que preço terá que ser pago para que Sarkozy cumpra suas promessas?
    Quem votou Sarkozy E porquê? Que promessas atraíram o eleitorado de Sarkozy?
    Sobre quem vai recair a ambição do “lacaio da libré de oiro” do grande capital e da alta finança?
    Que alianças , que ameaças para a Paz internacional implicam as suas protecções?
    Que ameaças para as regalias a esforço de tantas lutas conquistadas?
    Que atraiçoar de direitos cívicos essenciais?

    Tudo isto a troco de promessas...

    As promessas que podemos ter como certas que serão cumpridas, são decerto as mais desumanas e anti-humanitárias. Como pode governar eficazmente se a prioridade dele é o lucro desmedido A protecção dos interesses dos grandes financeiros. Como poderia assim criar a urgente transformação que permita fazer frente à crise ecológica que ameaça a Terra e os seus habitantes, de forma a proteger as gerações vindouras, nossos filhos, nossos netos?

    O Lucro desmedido e a ecologia não se acordam, e a protecção do meio ambiente ficará pelas suas leis em perdição. Por outro lado Sarkozy explorou a ideia da violência para amedrontando cativar simpatias. Ora se é facto que a violência, as agressões nas ruas, nos meios de transporte são insuportáveis a todos nós, a verdade é que nunca será pela força e pela repressão policial que a solução será encontrada. A solução encontra-se num meio que em toda a aparência escapa às possibilidades do recém eleito presidente da França, numa análise que nem sequer lhe atravessa o espírito. A solução está sim, na resolução dos problemas sociais, na solução do desemprego pela criação de novos postos de trabalho, pela educação, pela devolução dos direitos sociais de que nos cinco últimos anos o governo de que fez parte foi abolindo, pela abertura aos jovens e a adultos a espectáculos que representem todas as formas de Arte, pelo direito a partir de férias, pelo facilitar do acesso à Cultura, pelo desenvolver de Associações que promovam o intercâmbio cultural, permitindo assim que os povos se conheçam e aprendam a estima reciproca. Muito pelo contrário Nicolas Sarkozy aproveitou-se do desespero, que ele com as medidas governamentais que tomou ou apoiou, ajudou a ampliar. Criando através do apontar do bode expiatório, mais xenofobia e dolorosamente mais racismo. Prometeu durante a campanha eleitoral medidas económicas nas quais estavam inclusas as despesas dos membros do governo. Assim que foi eleito provou de tal forma a veracidade de suas promessas e a grande vontade de moderação e circunspecção nas despesas dos governantes, que para exemplo foi com a família e todo o seu cortejo jantar modestamente no Fouquet's “A veritable Parisian Palace on the Champs Elysées” Como poderia ser de outro modo? O representante do Medef e dos interesses dos grandes patrões, pode apregoar restrições para o povo, mas para ele saberá abrir uma alínea em que caibam as suas ambições e as facilidades e privilégios com que lhe decorre a existência. Pena é que os trabalhadores que votaram nele não tenham sabido olhar e analisar que fazendo parte dos “Grupos Económicos “ que defende, tem razoes e interesses pessoais para fazê-lo. E vem apregoar a defesa da moral para os outros, quando nem sentido de ética tem ou conhece.

    As Urnas falaram! Sarkozy pela artimanha ganhou as eleições! Infelizmente! Quando os incautos se aperceberem da realidade já o terão pago e decerto bem caro.

    Agora amigos, em França para os esclarecidos começa a Resistência Em Portugal houve quem tentasse negar a nossa Bela Revolução do 25 de Abril, Aqui em França Sarkozy no mesmo espírito quer apagar todas as heranças do Maio de 1968. Dois países, a mesma força reaccionária, a opor a força repressiva ao serviço do controlo do pensamento e da capacidade de análise. Mas aqui fica dito para eles que saibam que haverá sempre quem se lhes atravesse pelo caminho, empunhando a palavra ou um cravo vermelho. E será bom que saibam que somos muitos, que circula no mundo a voz fraterna que todos nós saberemos fazer ouvir! Viva o Espírito de Abril! Viva o Maio de 68! Viva a amizade entre todos os povos do Mundo.

    Marília Gonçalves












    Avenida da Liberdade

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    Tentaremos ser o mais breve possível.

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    Até breve.

    O Editor”






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    Homenagem a Carlos Paredes

    Homenagem a Carlos Paredes


    CParedes














    Homenagem a Carlos Paredes

    (nesse triste momento em que nos deixou)











    Guitarra que te tocava
    Cigarra fantoche grilo
    Enrolado sobre as formas
    De teu irreal tranquilo
    génio além de quanto som
    De quanta alada visão
    Era o único! O teu tom
    Que elevava o coração
    Agora a tua guitarra
    Vai procurar tuas mãos
    Que nunca mais a agarram
    Ficamos orfãos! irmãos!


    Lembro-me de ti Carlos Paredes, numa noite de música no Teatro Lethes de Faro, em 1977.

    Era verão, e estavam presentes mais dois vultos da Cultura Portuguesa, o José Gomes Ferreira, esse vulto de ançião inesquecível, de cabeleira branca, como se a lua o tivesse coroado, com seu ar humano e bom, e o Adriano, o nosso inesquecível e terno Adriano! De vocês três já nenhum volta a animar nenhum sarau, nenhuma noite de Cultura, de música, de poesia. Queria dizer-te tudo o que me vai por dentro neste momento em que nos deixaste! E o que me vai por dentro não se traduz em palavras, soam lágrimas que caem no silêncio duma solidão infinita!

    Ai meu amigo, que quando morre um Artista, como tu, como eles, a nossa pobreza cresce tanto, que mesmo o grito que nos sobrevoa o rasgão aberto para sempre, não tem força para dizer o que é
    Sinto-me vazia! Vazia e esmagada por dentro! Porque morreste e porque não tiveste a vida que os que te amavam, os que se desalteravam com tua música, teriam querido para ti! Mas sabes? Claro que sabes! Nós meu querido amigo, somos, uns, fazedores de versos, outros, inventores de música e de mãos que a desferem, mas em nossas mãos onde brota Arte, não cresce nunca a vileza do ouro e do dinheiro. Por isso nossa vontade solidária, embora grande, nesse campo é tão fraca! é que nunca podemos dar a um amigo nada mais que o nosso coração!que o nosso apreço! E embora isso seja importante,e indispensável, não sustenta um homem, uma mulher, uma família!

    Entregaste tuas mãos onde poisava a magia da música, a tarefas que te traziam o direito indispensável de sobreviver! E assim foste vivendo, mas sempre com esse manacial de sons que desaguavam na tua guitarra, a dar a cor aos teus dias e aos nossos!

    Poetas, músicos pintores, escultores, artistas, a colorir e a perfumar a vida; numa época gelando, a trazer no criativo invento, o calor que falta à humana necessidade de acreditar.

    Por todos os que estão, que permanecem contra ventos e marés, que sobrevivem numa Arte que traz nela os alicerces da vida, não vamos mais calar nossa crença: a Arte tem um papel fundamental, na transformação das mentalidades, na transformação da sociedade, porque tem que semear pelo mudo, a certeza de que o ser humano, traz nele a solução de todos os seus problemas. Morreu Carlos Paredes, e aqueles que o ignoraram, que lhe negaram o direito de ser aquilo que realmente era, um músico com o direito de viver de sua música, vão até começar, seu cortejo de fúnebres lamentações! não nos deixemos enganar!
    Carlos Paredes, se tivesse podido viver de sua música talvez ainda hoje estivesse vivo.
    Pelo direito a viver, pelo direito ser o músico que foi, (sempre estes verbos no passado a que me não faço!!) desgastou-se muito mais que o necessário!

    E agora? Agora nosso pranto, nossa dor, não o trazem à vida. Vamos continuar a escutar-lhe a Guitarra, a saborear-lhe os sons como se nada fosse conosco? Qual o futuro Paredes, qual o futuro abandonado?
    Para que tudo mude não nos calemos nunca mai!. Pela sua grata e generosa memória e por quantos Paredes nos venham a nascer e a morrer em Portugal! Para que tudo mude, não silenciemos nunca, denunciando toda e qualquer forma de hipocrisia!

    Honra à sua grata memória

    Viva a Arte
    Viva Portugal !


    Portugal mais uma vez de luto!!!!
    Faleceu Carlos Paredes

    A Guitarra portuguesa chora as mãos que a desferaim com o génio que Carlos Paredes tinha
    Agora, que se lhe façam homenagens! Mas nunca nada pode apagar a ofensa dos que governam Portugal ignorando quase, o Génio ao abandono! Quando governos de nosso Portugal vão olhar seus artistas com o respeito que merecem? Quando sua dignidade vai começar a ser honrada e enaltecida? é preciso que venha a morte? Que palavras encontrar num momento destes, quando ficamos tão mais pobres na nossa Cultura! Eu não tenho mais palavras! Agora deixo lugar às minhas lágrimas de poeta, de ser humano e de cidadã cada vez mais pobre! Adeus Amigo! até à curva do caminho onde quem sabe nos espera a tua Guitarra, as tuas mão de música e nossos poemas! até sempre companheiro! Até à Música e à Poesia

    Marília Gonçalves

    Presidenciais Portugal 2011


    Estou a dar-vos muito que ler, porque o momento que vivemos e que aproxima cada dia as Presidenciais do Presente, é grave! Porque o Presidente eleito vai ser decisivo para o Futuro imediato e a médio e longo prazo do nosso Pais e de seu Povo, nós por conseguinte, que mesmo longe tudo o que diz respeito a Portugal me toca e aflige!
    é importante que cada cidadã, cada cidadão cumpra seu dever cívico votando
    muito importante também que consultem vossas consciências
    é o momento de estudar a vida e a personalidade de cada candidato
    porque promessas todos vão fazer, de melhorar isto e mais aquilo, quase tudo! prometer não custa
    e um nevoeiro denso vai envolver os candidatos, com todo o bulício mediático que acompanha as eleições e dentre o povo, muitos vão ficar confusos
    no entanto e vou repetir a fórmula simples que costumo usar: Vejam Atentamente se as Promessas dum Candidato correspondem à sua vontade ou se são apenas mais um logro, para levar o povo a votar nele! Analisem a vida do Candidato:
    comparem o seu passado e o presente com as suas promessas para o Futuro, porque aquele que teve meios de agir e nunca agiu, ou aquele que se serviu desses meios, não para desempenhar com HONRA a sua função, mas para se servir da parte do leão e beneficiar amigos e familiares, será difícil; mesmo impossível que se transforme dum dia para o outro, não há varinhas de condão,para transformar o gato em lebre ou o mau em bom!o desonesto em honesto
    o que sempre defendeu interesses que não foram os do Povo de Portugal, vai continuar a fazê-lo, se lhe derem votando nele a possibilidade de o fazer
    e Portugal não conseguirá mais progredir,e o Povo vai passar mais privações além de que as alianças e os comprometimentos que esses senhores tomam, comprometem a longo prazo a Independência de Portugal e a sua Soberania!
    Têm-nos vendido aos poderoso financeiros Mundiais, sem nunca um verdadeiro diálogo com os Filhos de Portugal
    NÃO TIVERAM OS QUE NOS GOVERNARAM UM IMPULSO GENEROSO QUE OS LEVASSE A PELO MENOS MANTER UMA LINHA DE CONDUTA DE DEFESA DOS INTERESSES PORTUGUESES
    mentiram e vão continuar a mentir!
    Por isso vigilantes e retenham quem nunca foi honesto nem bom não o vai ser agora, assim com um estalar de dedos!
    é indispensável que o povo vote em quem possa defender os seus interesses
    Porque isso é o que têm feito os que dirigem (mal) este País, defenderem os interesses deles, não cumprindo assim o seu dever de Eleitos do Povo, pagos com os impostos do Povo, de que sempre se distanciaram, negando ao País a TRANSPARÊNCIA A QUE TEM DIREITO!
    Digam o que disserem os que nunca vos respeitaram, não vão começar agora a fazê-lo, nem disso têm a mínima intenção!
    Claro que não vos vou dizer em quem votar! Isso fica inteiramente com a vossa consciência de seres humanos que têm o direito de viver com dignidade e com Esperança
    Mas peço que não se deixem enganar! Não voltem o vosso voto contra vocês e contra os vossos filhos nem contra o vosso País!
    à frente de Portugal não queiram "tubarões" nem "tigres" que na ganância tudo devoram e impedem o progresso! que nunca mostraram um rasgo de Criatividade, para tirar Portugal duma crise, que essa sim, eles souberam criar! porque lhes convinha e aos seus compadrios!

    Por conseguinte o importante é comparar o que é dito com o que foi feito na vida dos candidatos de honesto ou de desonesto!

    é essa a atenção máxima que vos peço.
    Analisem, Pensem, Reflictam, Comparem

    até breve
    convosco sempre
    Marilia Gonçalves

    15 de Janeiro de 2011 10:34

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    Chile Allende, Povo Cantores e Poetas

    verdade minha amiga
    mas este grupo chileno que por sorte se encontrava em Paris quando se deu o golpe fascista de Pinochet em 1973, que custou a vida a tantos filhos do Chile, e a vida de Allende, quando cantores e poetas foram mortos das maneiras mais bárbaras apenas porque eram poetas e cantores, tal como aconteceu com Victor Jara, que depois de o prenderem o questionaram e lhe perguntaram porque cantava aquele tipo de canções e ele respondeu que sempre pensou que o Amor era o caminho para curar o mundo, perguntaram-lhe ainda se era ele que tocava guitarra e fizeram o gesto de tocar guitarra, quando ele respondeu que sim cortaram-lhe os dedos da mão, e deixaram-no esvair-se em sangue
    Por isso é preciso estar atento, eles sabem que a Palavra é uma Arma Pacifica, mas que se brota sincera e espontânea daquele que a profere, todos sentimos o seu coração a bater no nosso!
    os artifícios dos que mentem, não convencem os atentos e apenas os incautos se deixam enganar:
    rico defende rico e os interesses que têm em comum
    e para defender esses interesses estão sempre prontos para o mal!
    por isso estas eleições são tão importantes em Portugal
    porque se elegem um candidato que continue a arrastar Portugal e o Povo para a miséria, o povo e sempre foi assim através da história , um dia levanta-se revolta-se e aquilo que deveria ter sido feito democraticamente e não o foi, será feito pela força e pelo sangue
    é isso que urge evitar votando bem!

    o meu abraço fraterno

    Marília Gonçalves

    Victor Jara


    La obra del creador revolucionario Víctor Jara, asesinado durante la dictadura militar de Augusto Pinochet, aún llega al alma popular a 34 años de su muerte.
    ABS (Kaos. América Latina) [16.09.2007 11:39]



    La obra del creador revolucionario Víctor Jara, asesinado durante la dictadura militar de Augusto Pinochet, aún llega al alma popular a 34 años de su muerte. Persona irremplazable en todo el firmamento cultural y artístico, Jara es recordado como uno de los más importantes compositores chilenos.

    Ha sido objeto de distintos homenajes, incluyendo discos de artistas nacionales y extranjeros, libros con su música, audiovisuales, piezas teatrales, canciones, afiches e incluso un festival de las artes lleva su nombre.

    Nacido el 28 de septiembre de 1932, Jara dedicó su vida a la música, el canto, a las artes escénicas. Pero además de artista fue un destacado militante del Partido Comunista de Chile, y fue miembro del comité central de las Juventudes Comunistas de esa nación suramericana hasta el momento de su asesinato.

    En el plano artístico, ‘Paloma Quiero Contarte’ marcó el inicio de su trabajo de creación musical y poética. Jara formó su carrera artística cuando estudió actuación en la Escuela de Teatro de la Universidad de Chile, dónde además participó en diversas producciones de la Compañía Ituch, perteneciente al Instituto de Teatro de la misma casa de estudios.

    Forman parte de su discografía: Te recuerdo Amanda, Canto a lo humano, El derecho de vivir en paz, La población, Canto por travesura, Desde Lonquén hasta siempre, Canto Libre, Manifiesto y Canciones Póstumas.

    Su canto fue silenciado luego del golpe de Estado contra Salvador Allende encabezado por Augusto Pinochet el 11 de septiembre de 1973. Jara es llevado al centro de detenciones ubicado en el Estadio Nacional de Chile, donde también estuvo recluida la actual mandataria chilena, Michelle Bachelet.

    Al momento de su detención, Jara se encontraba en la Universidad Técnica del Estado, su lugar de trabajo, donde cantaría en la inauguración de una exposición, desde la cual se dirigiría al país el presidente Allende.

    Muere acribillado el 16 de Septiembre, pocos días antes de cumplir 41 años. Durante su estadía en el Estadio Nacional, el artista escribió un poema que sirvió de testimonio de la situación en la que estaban los prisioneros de ese centro de detenciones, el cual tituló Somos cinco mil.





    SOMOS CINCO MIL

    Somos cinco mil aquí.

    En esta pequeña parte de la ciudad.

    Somos cinco mil.

    ¿Cuántos somos en total
    en las ciudades y en todo el país?

    Somos aquí diez mil manos
    que siembran y hacen andar las fábricas.

    ¡Cuánta humanidad
    con hambre, frío, pánico, dolor,
    presión moral, terror y locura!

    Seis de los nuestros se perdieron
    en el espacio de las estrellas.

    Un muerto, un golpeado como jamás creí
    se podría golpear a un ser humano.

    Los otros cuatro quisieron quitarse todos los temores,
    uno saltando al vacío,
    otro golpeándose la cabeza contra el muro,
    pero todos con la mirada fija de la muerte.

    ¡Qué espanto causa el rostro del fascismo!

    Llevan a cabo sus planes con precisión artera sin importarles nada.
    La sangre para ellos son medallas.
    La matanza es acto de heroísmo.

    ¿Es éste el mundo que creaste, Dios mío?
    ¿Para esto tus siete días de asombro y trabajo?

    En estas cuatro murallas sólo existe un número que no progresa.
    Que lentamente querrá la muerte.

    Pero de pronto me golpea la consciencia
    y veo esta marea sin latido
    y veo el pulso de las máquinas
    y los militares mostrando su rostro de matrona lleno de dulzura.

    ¿Y Méjico, Cuba, y el mundo?
    ¡Qué griten esta ignominia!

    Somos diez mil manos que no producen.
    ¿Cuántos somos en toda la patria?

    La sangre del Compañero Presidente
    golpea más fuerte que bombas y metrallas.

    Así golpeará nuestro puño nuevamente.
    Canto, que mal me sales
    cuando tengo que cantar espanto.

    Espanto como el que vivo, como el que muero, espanto.

    De verme entre tantos y tantos momentos del infinito
    en que el silencio y el grito son las metas de este canto.

    Lo que nunca vi, lo que he sentido y lo que siento
    hará brotar el momento....

    imperiosa necessidade de partilhar

    Magnífica interpretação do valor da Arte! Ser poeta ou ser Artista, imperiosa necessidade de partilhar!
    e partilhar Cultura, é contribuir para melhorar o Mundo!
    é ajudar a transformar as mentalidades, tanto pelo conhecimento que se faculta, tornando-o assim acessível a quem por falta de meios, nunca conseguiria ter acesso aos ensinamentos de quanto há de Belo e profundo, como pelo exemplo de dar, de entregar o sentir, contra a ideia do “é meu”
    tem graça que quando meus filhos eram pequeninos, e se comprava fosse o que fosse que pudesse ter utilidade ou correspondesse a necessidade comum havia uma frase que voltava sempre: “isto” não é de ninguém é de todos! e este principio essencial entrou nas crianças com uma clareza que me facilitou a formação humana de meus filhos
    é na prática de cada dia e pelo exemplo que as ideias passam melhor e são aceites como naturais
    o avô junto do qual me criei (de segundo casamento de minha avo materna, portanto não avô de sangue) e que foi preso politico 24 vezes, uma das quais no Tarrafal, era enfermeiro, numa época em que a tuberculose vitimava tanta gente, e quando apareceu a estreptomicina e ele o mais que tinha era doentes muito pobres a tratar, vendia muitas vezes coisas da casa, objectos, lençóis, bordados e coisas do género para comprar o antibiótico, a que os doentes nao tinham acesso, para poder dar as injecções
    aos doentes. O exemplo é um grande professor de inesquecíveis lições
    Quanto ao poema do António Gedeão é poderia dizer apenas: António Gedeão, tudo ficaria dito! belo e humano como quanto escreveu e foi
    o meu abraço Universal

    Marília Gonçalves

    Ofereça CHOCOLATE

    Diz-se por terras de França, que Homem que não aprecia chocolate, não sabe Amar a Mulher
    Seduza, coma e ofereça Chocolate


    É oficial, a Kakao já abriu! O horário é das 11h00 às 19h00 de segunda a sábado. Agora, difícil vai ser escolher entre tantas iguarias e sabores exuberantes que temos à sua espera. Denegro, Neuhaus, Claudio Corallo, Galler e Mestre Cacau são algumas das marcas que escolhemos. Entre as rabanadas e o tempo agreste, nada como um bom chocolate para adoçar a alma! Já sabe, estamos nas muralhas da cidade de Faro junto ao arco da Vila




    KAKAO CHOCOLATE HOUSE

    KAKAO CHOCOLATE HOUSE
    FARO ALGARVE

    CIRQUE DU SOLEIL


    CIRQUE DU SOLEIL



    Sugiro-te que vejas em écran completo... sem palavras, disfruta-o!


    __._,_.___


    Páginas

    • Página inicial

    Testemunhos de Minha Vida de Criança como Filha de Preso Politico pela Pide em pleno Salazarismo

    (Companheira de Abril, nome que me foi dado pelos Capitães de Abril)

    http://avenidadaliberdade.org/index.php?content=46&data_inicio=&data_fim=&author=105
    este blogue encontra-se encerrado momentaneamente

    Olá Companheiros Vivam Capitães de Abril!!






    Olá Companheiros Vivam Capitães de Abril!!






























    Sobre a vergonhosa eleição Salazar "o maior português de sempre" em programa da RTP
    (foi sim o mais importante, o maior pelo mal que nos fez, pelo progresso que nos negou
    pelos jovens que mandou para a guerra Colonial, meninos quase!
    em 1964 ao bairro da lata de St Denis , perto de Paris ,chegavam imensos desertores
    eu tinha dezasseis anos quando comecei a ir para lá como militante antisalazarista
    morava não muito longe e através da Bourse du Travail (CGT) que dispensava um local para isso dava aulas de francês aos jovens que chegavam.
    Encheu-se o bairro da lata de desertores a exilados económicos fugindo a miséria e a dureza da vida. E quem estava no Poder nessa altura em que Portugal se esvaziava de tanto braço, tanto cérebro, tanto coração que teria sido tão útil pra fazer um País? Estava o Salazar!!
    E agora elegem-no como modelo? Olhe que como estadista teve a sabedoria rara de arruinar Portugal. As guerras coloniais levavam se não estou em erro cerca de metade do orçamento de Estado de Portugal!! Isso era da responsabilidade do seu mandar


    O esvaziar os campos que ficaram ao abandono! A ele se deveu o povo fugir para o estrangeiro onde não ia ninguém apanhar pepitas do chão, mas trabalhar duro, sofrer humilhações, insultos, viver em barracas com fossas públicas para as necessidades
    Uma tarde se sábado cheguei como acontecia tanta vez ao bairro da lata de St Denis, e qual não é o meu espanto, quando vejo carros da polícia e o povo em ajuntamentos por aqui e por ali. Perguntei de imediato o que se passava. Veio gente ter comigo o próprio Comissário se aproximou .
    É que ali por assim dizer francês ninguém falava, uma palavra solta aqui e ali mas para explicarem o ocorrido estava a ser difícil.
    E o que se tinha passado? Duas crianças brincavam juntas. Uma menina de quatro anos e um bebé de cerca de ano e meio. O bebé caiu numa tal fossa dessas que referi acima, num barracão de lata com um buraco no meio; com umas tábuas atravessadas para apoiar os pés. E dentro as acumuladas e pestilentas dejecções. Foi aí que o bebé caiu. Caiu e afogou-se ! afogou-se na porcaria ! Um bebé!!! E isto povo de Portugal, Ah isto foi esse Salazar que governou tão mal Portugal quem o fez! Quando condenava quem trabalhava à miséria, à fome. E em consequência partir.
    Depois de ajudar com as minhas traduções a polícia a compreender o caso das crianças, já que queriam ter certeza que tinha sido o acidente que parecia, estes foram embora um pouco surpreendidos por encontrar ali uma miúda que todos ali conheciam bem! Não chegou a polícia a saber porquê. (mesmo em França os portugueses estavam proibidos de fazer política)
    Quando a polícia foi embora fiz comício sim.
    Que ninguém me encomendou. Mas era a minha consciência de ser humano inflamada pelo horror que acabava de presenciar dos meus dezassete anos estreados há pouco.

    Tudo isto, cada pagina trágica de História do povo de Portugal cada facto fazem parte do regime fascista que tinha por chefe mor Salazar!

    Esse que esbanjou numa guerra injusta o dinheiro que Portugal devia ter para se desenvolver. O mesmo que amandava para as prisões, todos os que diziam que Portugal e o povo português tinham direito a uma vida digna já que com dignidade o povo trabalhava.
    O mesmo Salazar que criou a PIDE essa polícia maldita que torturava, prendia, assassinava, reduzia ao desespero presos e familiares, entre os quais as crianças! Essa polícia que era capaz de apagar cigarros em pálpebras, de espetar palitos em unhas, de obrigar a fazer a estátua sem se poderem mexer, que obrigava à tortura do sono sem deixar dormir os preso dias e dias consecutivos!!! Isso povo de Portugal era Salazar!! Que prendia e torturava jovens estudantes a quem os estudos tinham dado a Luz do conhecimento e a força jovem para denunciar os crimes cometidos silenciosamente. Que criou as polícias que baleavam camponesas grávidas com filhos nos braços como foi o caso de Catarina Eufémia! Matou-a Salazar pela mão de seus esbirros, apenas porque disse que tinha fome e que queria pão para ela e para os filhos.
    Mais camponeses a seguiam! Todos porque tinham fome. Todos porque queriam pão!!!

    Eu conheci uma alentejana no Algarve que me contava que ela que era criada de servir em casa de ricos proprietários no Alentejo quando era nova, viu muitas vezes os camponeses serem pagos a troco do salário com feijão bichado dos anos anteriores! Isto era Salazar!
    Este era a fera fingida que mandava em Portugal.

    E porque é que todos se calavam? Por que era aquele medo de falar de política? Se havia medo, lá haviam de saber de quem! Da PIDE dos informadores escondidos por todo o canto, podia ser o barbeiro, podia ser o engraxador, podia ser o amigo. Não sei quem era.
    Mas para calar um país durante quarenta e oito anos , para calar o grito de dor quando as pessoas sabiam que sofriam, só um grande monstro histórico, desses que aparecem de vez em quando o poda conseguir! Quando a dor é tão violenta que se não suporta e que se tem vontade de se queixar, o que é humano, e algo obriga a calar, é que esse algo causa tal terror que só pode o perigo que representa ser maior ou parecer maior que o sofrimento.
    E que nome dirigia e gerava tudo este estado de coisas?
    Respondam dentro de vós, que o sabeis bem!

    Mas foi um engano, porque à força de silêncio se deixou a fera crescer medrar e ir devorando o que ao povo e ao País pertencia.

    Entre guerra e razões económicas não faltaram motivos aos portugueses para partir, quantas vezes a Salto, com todos os perigos que isso comportava , pagando a passadores e arriscando a vida pelo caminho empurrados a procurar na França que os acolhia sem o mínimo de condições a solução amarga tantos anos, para o desespero em que o regime fascista os havia mergulhado!

    Um longo acumular de factos e a sensibilidade que se desenvolveu sempre
    É que originam esta emoção que me dá alento, este fraterno sentimento, este respeito infindo pelos Capitães de Abril
    Mas mal de nós se eu fosse só a senti-lo.
    Somos muitos, somos milhares e milhares e milhares espalhados do Norte a Sul do nosso Portugal
    Disso não há nem sombra de dúvida!
    O que era importante é que toda a gente se unisse em volta da A25 de Abril! Dos Capitães Eternos! Para trocar ideias por essa Fraternidade que Abril nos trouxe e que o Zeca tão bem soube cantar. Porque somos livres! Como “A Gaivota”.

    Tanta gente e por tão forte razão vos recorda com saudade ou sôdade como diz o nosso Companheiro Andrade e Silva
    Sabem os pescadores de Faro falavam de vocês com tanta admiração e dos vossos companheiros no Algarve. Foram vocês Homens de Abril que abriram por vossas mãos ao lado dos pescadores da Ilha, as valas para as canalizações para a água! Pois é Capitães vocês também foram isso. Braços a trabalhar pelo conforto essencial pelo bem dentre todos o mais precioso: a água !!! Mas foram mais, foram tanta generosidade ao nosso lado!

    Companheiros eu lembro bem, e quem não lembra, o medo o pavor, com que as mães viam crescer os filhos depois de uma certa idade.
    É que pairava sobre cada mãe de rapaz a ameaça da aproximação da guerra colonial. Ver adolescer um filho era a incerteza do futuro era uma angústia de cada instante. A guerra é sempre um estado de aflição, para quem a sofre, que apenas se justifica se a defesa do país e de seu povo a isso obrigam. Com a guerra colonial as mães não tinham essa sensação. O solo de Portugal se estava ameaçado era por quem o governava, cortando-o do futuro
    Eu tenho a certeza, porque sou mãe, que nenhuma mãe esqueceu esse terror, de adormecer e acordar no mesmo pensamento angustiante que é para qualquer mãe a perda de um filho!
    As mães , as vossas mães, mães de soldados, de militares, oficias ou não, as mães são sempre as mães!
    que viram partir os filhos, sem saber se voltavam ou não, e quantos não voltaram, e quantos voltaram diferentes de quando partiram?

    Ainda um filho mal mexe na escuridão do nosso ventre e nós , cada mãe antecipa mil sonhos. Quando põe o seu menino no Mundo é para o ver seguir caminho para além de sua própria vida. Essa é a lei.! Uma mãe não pode ver partir seu filho. Ou não o pode aceitar sem que dentro dela cada pedaço do seu corpo se esfacele de horror. Um filho para a mãe é sagrado.
    As Ménades são raras!

    Por isso Capitães também as mães não esqueceram Abril . E pudesse alguém gritar seu nome
    E pedir-lhes o testemunho, que a lembrança dessa época sem luz, lhes viria à memória

    E este grito que é sempre o meu, este grito por Abril que foi o que eu e familiares e amigos soltámos à passagem da urna de meu pai “ 25 de Abril Sempre” esse grito dizia e tenho voz potente, seria abafado e ficaria honrosamente perdido no altissonante grito de todas as mães de Portugal!

    Não nos toquem nos filhos! Que os criámos entre noites perdidas para os ver viver!
    De guerra não nos falem a não ser que tenhamos todos, homens, mulheres, filhos, mães ou pais que defender Portugal !
    Mas mandarem-nos os filhos para guerras assassinas que nada têm a ver com causas justas e humanas, não! Não contem com o anuir das mães de Portugal! Nossos filhos, nossos jovens, não são carne para canhão!!!
    Isso foi dantes e num radioso amanhecer: Aconteceu Abril!

    E toda esta gente Capitães sabe no mais profundo do seu ser a bela realidade que vosso nome representa
    E todos temos por todos vós a maior deferência e ternura!
    Viva o 25 de Abril de 1974
    Viva Portugal!

    1. Marília Gonçalves


    Caríssimo Companheiro de Abril Andrade e Silva

    Dirijo-me em especial a si, porque foi magoado após o 25 de Abril

    Que isso possa ter acontecido a um dos Homens da Liberdade dos que nos ofertaram a Luz há tanto negada, que nos deram a possibilidade de beber Ar de o sorver, como nunca dantes havíamos feito, parece-me de tal modo absurdo e ridículo, tão ingrato como falto do mais elementar sentido humano para quem tal fez

    Mas como no outro dia referi numa resposta a si também

    O 25 de Abril foi decerto a mais bela página de História que se escreveu em Portugal e até no Mundo
    Uma Revolução em que quem detinha as armas tudo fez para nunca ter que servir-se delas!
    Mas nem a melhor revolução pode operar milagres, as mentalidades foram parte da herança desse quarenta e oito anos de sofrimento do nosso País.
    Por isso pelo vosso humanismo exemplar é o meu coração de menina que foi magoado também e prematuramente que vos diz Obrigada!

    Por isso que mais uma vez vou escrever aqui mais um pedacinho de acontecimentos da minha vida de menina filha de antifascista ;
    O meu pai pertencia ao MUD. Se é certo que as simpatias políticas eram vermelho vivo
    era esse o Movimento a que estava ligado.
    Meu pai foi preso a 22 de Maio de 1958. Lembro-me de tudo como se fosse hoje e se não esqueci a data, é que na véspera 21 por conseguinte , tinha sido o aniversário de meu pai.
    De manhã nesse dia 22 fui para o Externato que frequentava . Vivíamos na Amadora
    Do que na classe se passou nessa manha não me lembro de nada de especial porque não havia razão para isso. Uma manhã em que a vida decorria como em todas as outras manhãs e tardes escolares.
    À hora de almoço fui a casa para cerca das 14 horas entrar nas aulas outra vez.
    Quando cheguei a casa , eu tinha então dez anos, minha mãe veio abrir-me a porta.
    Nada havia na expressão de minha mãe que me alertasse para o que quer que fosse.
    Foi por isso com espanto que ao ir entrando corredor adiante, comecei a ver a casa virada dos pés para a cabeça, tudo entornado no chão! Tudo fora do sítio habitual. Gavetas fora dos móveis roupas por todo o lado Dirigi-me à cozinha. O mesmo espanto! Tudo revirado e até a despensa tinha as prateleiras esvaziadas. Tudo, tudo espalhado por todo o lado
    Enquanto fui observando aquele estado de coisas não me lembro de mais uma vez ter notado algo de estranho no rosto de minha mãe. Mas as palavras que o espanto havia retido, acabaram por sair em forma de pergunta. O que é que aconteceu? E minha mãe o mais naturalmente do mundo respondeu-me:
    - Nada! Foi o papá que teve que teve que ir para o Porto de repente e não sabia de umas coisas importantes que tinha que levar e com a pressa foi isto que deu.
    - Lembro-me de um mutismo que me tomou, crédula mas estranha. Eu era uma criança sensível que já dizia poesia há alguns anos e em vários sítios. A própria directora do externato que era uma pessoa extraordinária de rectidão e justiça que fazia desabelhar as crianças assim que aparecia pela sua expressão que podia à primeira vista parecer dura, me chamava quando havia algum momento livre para ir declamar para ela. E quanto mais o poema apelasse para sentimentos humanos mais ela exultava. Pois mesmo essa sensibilidade não conseguiu captar senão aquela sensação de espanto que me invadiu.
    - É verdade que não muito antes, uma tarde, meu pai chegara a casa com o fato manchado de azul e algo ofegante. Ouvi-o a dizer a minha mãe que na manifestação em Lisboa a guarda republicana lançara os cavalos sobre a multidão e que lhe parecia que umas crianças que iam a passar não teriam ficado bem.
    - Mas a conversa não era comigo e nada mais fiquei a saber.
    Não percebia patavina de política nessa idade. O que me ensinavam era a proteger os mais fracos, os pobres a gostar das pessoas Mas política, daquilo que pensavam ou faziam até aí nada soube.
    Minha avó materna apareceu (para mim inopinadamente e levou-me para casa de familiares onde vivia a sua irmã Josefa, ( a viuva do Alfredo Dinis, mas isso na altura ainda sabia menos, nem que tal pessoa tinha existido. Nessa casa que era a da irmã do Alex, fui recebida com carinho muito mais intenso que o habitual. É possível que bem no fundo de mim começasse a germinar alguma sementinha de ideia, mas sem mais. Uma impressão, uma estranha impressão.
    Não voltei à escola até ao fim de semana. No Domingo seguinte minha mãe que estava grávida, tinha mandado fazer um vestido e um casaco comprido rosa velho, parece que o estou a ver...
    Disse-me:
    - vais ao casamento da prima mas assim que chegares dizes que o papá foi para o Porto e que por conseguinte nem sei se tenho que ir ter com ele, portanto não vou ao casamento, embora tenha muita pena.
    É claro que essa minha frase à chegada perto da família tinha a finalidade de os prevenir da minha ignorância dos factos. Assim aconteceu. Acabado o recado fizeram-me um sorriso meigo e nada mais.
    Na segunda-feira de manhã, minha mãe completamente tranquila quanto ao meu estado de desconhecimento preparou-me e lá fui para a escola. Externato ou não externato nunca me lembro de dizer senão vou para a escola.
    Acabada de sentar na minha carteira, entra a Isabelinha, neta dum amigo de meu pai, e rápida
    Lança-me;
    Então o teu pai foi preso? De repente num salto estava em pé, e sem hesitar, numa verdade luminosa que não sabia donde me surgia retorqui enérgica:
    - Está ! Mas não foi por matar nem roubar! Mas porque é bom!
    - Companheiro, nesse momento ergui alto a cabeça e os olhos num jeito que me ficou até hoje e nunca mais em nenhuma circunstância, alguém conseguiu vergar-me a cabeça nem fazer-me baixar os olhos.
    E era apenas o início de uma época de provações e de privações que mesmo nesse momento não podia prever. A prisão embora curta, a tortura a perda do emprego que adveio e as suas consequências agravaram a saúde frágil de meu pai!
    E tudo a dado momento se fechou à minha frente.
    Até que com catorze anos depois de passarmos por muita falta, vim com minha mãe abrir caminho para a vinda de meu pai que começara com vómitos de sangue pouco tempo depois de ser libertado.
    À chegada a França em 62 não era já a menina ingénua que chegava
    Era uma mulher que a dor es privações haviam amadurecido prematuramente
    E deitei-me ao trabalho! Sempre com o mesmo olhar bem erguido!
    Mas o que recordo mesmo de casa de mais familiares de casa de meu avô, o tal que era enfermeiro, avô emprestado de segundas “núpcias” de minha avó mas avô de coração era aquela frase que voltava sempre: isto já está por pouco Não tarda cai!
    Pois mas os anos foram passando e o fascismo não caía, armado de pedra e cal parecia ser!
    Até que foi Abril. (1)
    Como duvidar de Abril? Como duvidar do futuro ridente de Portugal! Abril é uma conquista que nunca se perderá! poderá passar e atravessar trilhos tortuosos, mas há-de erguer –se sempre à luz do dia
    Porque Abril foi a palavra justa que restituiu a voz a todos os que a dor tinha silenciado
    Eu fui apenas uma entre casos e casos sem fim de crianças de quem conheço historias que só muita maldade podiam provocar.
    Essa maldade que fechava os olhos ao povo de Portugal era o salazarismo o fascismo de uma hipocrisia ímpar, de falsos sorrisos, de palavras que se fingiam mansas para enganar incautos.
    Os outros os que sabiam, e calaram e participaram, mesmo para a consciência própria que durante anos não tiveram, no momento da morte às vezes ela acorda de dedo acusador e não queria estar no lugar deles.
    E isso amigos e Companheiros o povo de Portugal há-de sempre, porque é bom generoso e fraterno, vir lembrar a quem tente ofender ou ferir Abril, que Abril é para sempre a Voz da Liberdade a Voz de Portugal!
    Até hoje nunca tinha querido escrever estes factos, (salvo em poema que escrevi para crianças da minha rua quando meus filhos eram pequenos).
    pensei que a dor que mora nestes acontecimentos me faria estoirar de aflição.
    Como vê resisti a esta primeira prova do fogo! Quem sabe talvez um dia venha contar mais alguma página da minha vida infantil
    Até sempre Capitães!!!!

    Marília Gonçalves



    (1) um dia contarei como se viveu na família e à nossa volta o decorrer de amanhecer único
    que nos devolvia às nossas próprias vidas, de história desviada e em muitos campos interrompida.



    ACUSO

    Cavalo de vento
    Meu dia perdido
    O meu pensamento
    Anda a soluçar
    Por dentro do tempo
    De cada gemido
    Com olhos esquecidos
    Do riso a cantar

    Quem foi que levou
    A ânfora antiga
    Onde minha sede
    Fui desalterar
    Sementeira de astros
    Que o olhar abriga
    Por fora dos versos
    Que hei-de procurar

    Quem foi que em murmúrio
    Na fonte gelava
    Essa folha branca
    Aonde pensar
    Quem foi que a perdeu
    Levando o futuro
    Por onde o meu barco
    não quer navegar

    Quem foi que manchou
    a página clara
    Com água das sedes
    Que eu hei-de contar
    Quando o sol doirava
    As velhas paredes
    Da mansão perdida
    De risos sem par

    Quem foi que levou
    Os astros azuis
    Do meu tempo lindo
    Meu tempo a vogar
    Por mares de estrelas
    Vermelhas abrindo
    Quando minhas mãos
    Querem soluçar

    Não mais sei quem foi
    só sei que foi quando
    a noite vestiu o dia que era
    E todos os sonhos
    Partiram em bando
    Fugindo de mim e da primavera

    Mas há na memória
    Da minha retina
    A voz que se nega
    A silenciar
    Com dedo infantil
    Erguendo a menina
    Diante do réu
    Em tempo e lugar!!!


    Marília Gonçalves



    O 25 de Abril de 1974
    à minha volta


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    Quando em 1974 o amanhecer de Abril trouxe no âmago a mais bela aurora de todos os tempos

    o 25 de ABRIL, tinha decorrido um mês repleto de acontecimentos para quem atentamente observasse.


    Em Março, havia pois pouco mais de um mês, os militares tinham tentado num golpe de estado mudar o país, tentativa frustrada.

    Nos dias que seguiram, eu e meu marido tivemos que ir a Lisboa.

    E fomos encontrar uma cidade inquieta, havia um sussurrar, até às lojas, o que nunca tínhamos presenciado anteriormente. Era um murmúrio

    de descontentamento geral, numa mercearia perto do Forno do Tijolo em voz baixa mas descontente, mulheres comentavam o aumento do custo de vida e as dificuldades que isso acarretava . Mães preocupadas, que viam levar seus filhos para longe, para a guerra colonial, donde voltavam ou não e quando voltavam, voltavam mudados, doentes ou deficientes.

    Mães eternas, que trouxeram filhos nas entranhas olhos fitando o futuro onde o riso dos filhos brilhava juvenil e bom. Que trazer um filho no ventre e pô-lo no mundo é já um grito de confiança na humanidade, nos companheiros de caminho desse menino ainda no presente ao abrigo do seu seio, de seu desvelo e de sua vida. Um Futuro digno para essa vida novinha que crescia em si. O grandioso sonho de qualquer mãe, para seu filho é um Mundo que o mereça.

    Mas esse sonho ruia então, para as Mães de Portugal! as mães perdiam seus filhos pela defesa de interesses que nada tinham a ver com os interesses do Povo de Portugal. Perdiam seus filhos, sacrificados tão jovens, meninos quase, para defesa dos interesses duns quantos. Essa certeza do roubo que lhes faziam, era luz definitivamente acesa no
    coração das Mães! da mãe de cada soldado, de cada oficial.

    E com os jovens militares enviados para uma guerra inútil e injusta assassinava-se com eles o futuro de Portugal.

    E Portugal nessa década de sessenta, esvaziava-se de suas gentes, aldeias inteiras partiram, os filhos fugindo à guerra, os pais ao infinito cansaço de viver sem esperança, de em troca de trabalho de manhã à noite, verem e viverem em privações e condenados ao silêncio sem sequer o poder dizer.

    Nada poderem dizer, nem sobre o sofrimento, nem sobre as suas causas.

    O Povo de Portugal condenado, enclausurado dentro de si mesmo, sem poder nunca gritar a sua dor!

    Em Março no dia do aniversário de meu marido,juntaram-se em casa amigos que pertenciam como nós ao mesmo grupo da vida Cultural de Faro nessa época.

    Nesse dia tinha por conseguinte meu marido recebido um postal de parabéns vindo de meu pai, exilado político em França e que pertencia às forças da Oposição ao regime de Salazar/Caetano, postal em que manifestava seu desejo de que fosse este o último aniversário separados. Estranhei a frase que me soou como um aviso velado. E andou o postal de mão em mão, cada um tentando ler nas poucas palavras e concretização de
    sua esperança. E acreditámos!

    continuou a noite ao som da guitarra que o Zé Maria tocava, enquanto baixinho íamos cantando canções do Zeca!

    Assim cada noite ali estávamos os dois meu marido e eu,cabeça quase encostada ao rádio a escutar a BBC, na esperança de que o Presente despertasse em Portugal.

    Aguardávamos desde a tentativa de golpe de estado, quer viesse dos militares de novo, ou do povo em geral o sinal de partida para um Portugal novo, onde enfim nos sentíssemos viver.

    Esperávamos, como durante cinco décadas esperaram os Resistentes ao fascismo. Muitos caíram pela longa e corajosa estrada da Luta pela Liberdade

    e pelo direito à dignidade do Povo português, sem chegar a ver o dia por que tanto haviam lutado e sofrido; como tantos outros que escapando embora à morte nas prisões fascistas, soreram às mãos da PIDE, as mais cruéis e elaboradas formas de tortura.

    Prender matar e torturar por uma ideia! Fascistas!

    Mas quando nessa manhã se levantava o dia 25, o meu marido saiu de casa e dirigiu-se ao seu trabalho.

    Cerca de dez minutos depois em casa tocou o telefone. N
    ão tive tempo para me surpreender ao ouvir a voz de meu marido, com a prontidão de tão matinal chamada. Do outro lado a voz dele perguntou-me: - Sabes o que se passa?

    (nessa época no seu emprego, tinham havido grandes lutas sindicais ( era um dos mais fortes sindicatos nesses tempos) e em Lisboa tempo antes, tinham mesmo voado máquinas de escrever pelas janelas lançadas por empregados sobre a polícia fascista de então. Como nas reivindicações constava o aumento de salário; perguntei prosaica e simplesmente: foste aumentado? do outro lado meu marido sorriu. Não! a voz soou mais clara, diferente: está a haver um Golpe de Estado!

    Hein? o quê?

    (tantos anos depois o meu coração só de o relembrar e escrever salta desenfreado). Tudo o que me passou pelos olhos, os pensamentos que se cruzaram no meu cérebro, são indescritíveis. Tão variados eram! Apenas consegui dizer: vou já para aí!

    Vesti meus três filhos e dez minutos depois estávamos na rua.

    Olhava a cidade luminosa, como Faro o sabe ser, à minha volta uma manhã de sol, e eu com aquele sol por dentro que me dava asas. Passavam bandos de estudantes, que iam para o liceu, algumas raparigas com as tradicionais batas brancas, iam todos avenida acima a caminho do liceu.

    Á Pontinha vinha o Sebastião, colega do mesmo mundo cultural, com uns restos de sono agarrados ainda às pálpebras. Lancei-lhe: Sabes o que se passa? Não, o que é? - Está a haver um Golpe de Estado! - É mesmo?

    Confirmei, e vi-o ir na peugada dos alunos, trepando agora a Avenida alegre e bem disposto. Jovem professor, a caminho de um diferente dia de aulas. Completamente diferente!

    Quando cheguei ao trabalho de meu marido com as três crianças, todas as empregadas tinham sido dispensadas e voltavam para suas casas. Desciam a escada em tropel com um largo sorriso no rosto.

    Ali a única mulher era eu, com três crianças pequenas, uma das quais com um ano.

    E foi o dia mais desperto, mais vívido, mais colorido de nossas vidas.

    As informações vindas de Lisboa, chegavam das formas mais variadas,

    íamos seguindo de longe as grandes passadas da LIBERDADE pelas mãos de jovens oficiais que passaram à Historia com o nome de Capitães de Abril!

    Os Homens sem Sono!


    Conseguimos, era um bando de gente excitada, captar com um pequeno transístor, mensagens por vezes bastante roufenhas que em Faro ali mesmo ao pé, os militares trocavam entre si. Embora as suas conversas fossem para todos od presentes, impenetráveis, quer porque falassem em código quer porque o transístor não nos deixasse ouvir nitidamente o que diziam, para nós aquelas ordens eram duma clareza infinita. Luminosas palavras, que nos falavam de Liberdade!

    Era o momento tão esperado por sucessivas gerações de Lutadores da Resistência em Portugal, e nós ali estávamos, com mais sorte, colhendo enfim esse torvelinho de Luz que tantos resistentes, em tantos anos de persistente combate, tinham merecido ver. Ali estávamos para Honrar suas Gloriosas Memórias! Para nunca os esquecer, reconhecidos!

    Depois deixei meus filhos com o pai e fui ver Faro, com olhar novo. Olhar novo e voz solta, fosse qual fosse o preço era preciso pelo menos, falar!

    Alguns protestavam, mas poucos, o que mais se via era alegria, e pessoas romperem a barreira do silêncio. O Povo descobria que tinha Voz!

    E quando à noite acocorados esperávamos que na TV nos dissessem algo mais, assim ficámos, naquela postura longo tempo e ora nos olhávamos ansiosos por sabe
    r mais,ora prendíamos os olhos ao televisor como se um íman ali os retivesse agarrados.

    Depois foi o Comunicado do MFA, nome que nos iria acompanhar nos mais veementes e intensos meses de nossas vidas.

    E o seu Hino, tempo depois feito canção que andava de boca em boca!

    Ali estava o Presente com as portas rasgadas de par em par para o Futuro

    e como disse esse grande poeta reconhecido internacionalmente como um dos maiores poetas do Mundo, Ary dos Santos: As Portas que Abril Abriu!

    Portas por onde passaram a Liberdade e os Direitos do Povo de Portugal, por onde passou o fim da Guerra Colonial e o reconhecimento do Direito de outros Povos a gerir enfim as Terras, os Países que enfim passavam a ser por lei e direito os seus, por elas entrou a Esperança, o fim do medo, o fim da desconfiança colectiva e por elas entrou a Consciência, a nova Consciência de Ser!

    Hoje é essa Consciência que deve manter-se inalterável, para sabermos para sempre defender-nos do terror silenciado pela força, que foi a longa noite fascista!

    Para que nunca mais ninguém tenha a tentação de nos mergulhar num tempo que saberemos não deixar voltar.

    para que nunca mais se cerrem para nós, para nossos filhos e todos os que estimamos, as Portas do Futuro! As Portas que Abril Abriu!


    Marília Gonçalves





























    o seu a seu dono












    nenhuma criança se construi sozinha
    além dos pais que a educam e mais família, importante pelos cuidados que dispensa, pela ternura que dá
    a família é também importante como escola de sociabilização
    entre membros da família não se encontra ninguém idêntico (como as folhas do António Gedeão)"


    "Não há, não duas folhas iguais em toda a criação
    Ou nervura a menos, ou célula a mais
    Não há, de certeza, duas folhas iguais."
    António Gedeão (1958)"

    ora na família essas diferenças manifestam-se também nas opiniões, o que se torna salutar, porque nos ensina a resistir ao que se nos opõe e nos é essencial ou nos ensina a condescender quando tal não é primordial para o que somos realmente.

    mas muitos formadores ocasionais surgem nas nossas vidas de passagem, e um gesto uma frase, ou maneira de ser podem gravar-se em nós de modo indelével
    meu caro Companheiro Andrade e Silva estou a pisar uma pontinha dos seus canteiros e não tenho competência para isso, o que digo é apenas pelo que fui verificando ao longo dos anos, que me serviram não apenas para dizer hoje que a juventude era linda, mas para ir sabendo conhecer minimamente o que trago no intimo e como lá chegou Parece-me no essencial saber o que sou, quero e como reajo em determinadas circunstâncias. Não me leve pois a mal, este raciocínio sem malévola intenção,mas como e porque transmitir ideias e princípios a descendentes se não se sabe o porquê de cada palavra a passar para a geração que segue?
    Depois a digestão que delas façam, já outros factores externos, entram em linha de conta, além dos próprios, eduquei filhos e filhas de modos parecidos e são todos diferentes, mas o essencial, mantém-se presente em todos eles.Há quem herde terras, casas e fortunas, do lado de meus pais nada disso
    houve a receber. A riqueza que nos transmitiram foi outra, mas essa nada a altera.

    Uma coisa porém guardei como certa, as crianças pequenas têm um alto espírito de justiça e são generosas, fecham muitas vezes os olhos a nossas imperfeições
    à injustiça, não!
    é claro e evidente que os professores e os colegas são outros factores importantes na formação da criança
    os primeiros pelo saber que transmitem os segundos pelo que transmitem de suas experiências de vida e pela amistosa ou não partilha de tempos livres

    "mas que diabo nos vem a companheira Marília para aqui enredar agora com o que não é do seu domínio,"

    pois não! agora o que é do meu domínio é que vi na Internet pedacinhos de vídeos de entrevistas a jovens portugueses em Portugal sobre política... e parecem dar respostas de burrinhos.
    Olhem que deu aqui na TV por mais de uma vez filmes sobre a pré-historia, o que sei dizer e não me perguntem como, às duas por três aí está.. eu com os olhos cheios de lágrimas, porque aqueles homens tão primitivos, tão selvagens, tão bárbaros, tinham uma belíssima desculpa, sobreviver ao desconhecimento à ignorância, para abrir caminho até ao que somos hoje! Tiveram que inventar e descobrir tudo. E aí fico eu maravilhada diante de pinturas rupestres, da invenção de pigmentos e rudimentares pincéis, como me encanto com a descoberta do fogo,com cada experiência que deles pressinto ou sei.
    E tudo isso foi há tanto tanto tempo; pois esses seres toscos de aspecto, interessavam-se pelo que os rodeava e foram-no descobrindo no profundo da noite e das consciências. Como não se enternecer?
    e esta gente jovem de hoje com a "papinha" toda feita deixam-se ficar neste marasmo sem justificação?
    há jovens que saem das favelas com cursos superiores. porque sabem que é o único meio de sair de lá!
    eu conheço um jovem em África , quase filho adoptivo, que cresceu abandonado, por motivos entre familiares e tribais, pois entregue apenas a instituições, sofrendo a solidão, esse garoto muito cedo começou a escrever poesia, e hoje depois de muitas dificuldades, chegou mesmo a andar a apanhar juncos para esteiras que vendia nos mercados, esse menino hoje rapaz ou homem muito jovem é médico, e está a especializar-se.
    pois esses jovens que hoje parecem uns parvos a cada vez que abrem a boca....UMA TRISTEZA
    o esforço é para isso que serve para nos ajudar a sair de caminhos difíceis. com força de vontade consegue-se.
    é esta a geração saída "das portas que Abril abriu" esses são os filhos da geração na Luz? os jovens por quem sonhámos, com quem sonhámos?
    Não lhes reconheço nenhumas desculpas, apenas têm o estranho poder de me irritar. Afinal estou a falar duma geração que é nossa filha! a geração que teve mais possibilidades que nenhuma outra, aquela a quem demos tudo!
    Ai que aflitiva dor me assalta, quem são esses jovens? onde foram criados? quem os educou? Ou quem não os educou? porque das duas uma: ou a juventude de Portugal ficou "bronca" ou estes specímenes foram escolhidos a dedo?!!
    Quer dizer que há viveiros de bruteza neste Portugal que herdámos de Abril? viveiros quem sabe se alimentados exclusivamente para morder Abril? Abril a nossa Luz, o dia que sonhámos para os jovens LIVRES e pensantes!
    Pois aqui das duas uma: ou a juventude portuguesa está muito atrasada culturalmente e é geral, ou então há uns tais viveiros onde quando faz falta nos vão buscar uns quantos exemplares que se mostram como criaturas de circo em espectáculo ; para demonstrar :que Abril, cravos? que é isso? ah sim vagamente.
    Que traição é essa à História e quem a comete? os pais que esqueceram as vicissitudes da existência dos pais e dos avós? de que eles os jovens teriam herdado se não houvesse Abril?
    Os professores? o programa de ensino?
    Mas são os professores importantes para as crianças pelo saber que transmitem ou não?! e que transmitem? apenas programa? quem cria o programa? Porquê Abril e o horror fascista que foi o Salazarismo não consta do programa ou é apenas sobrevoado?
    De quem a falta? porque falta há e bem patente!
    E há ainda uns, que têm o desplante de vir com ar de tolos dizer que preferiam o que havia dantes! coitados! que pobreza...não que miséria!!
    Ó meninos, Ó garotada, pois vocês não vêem que o que dizem é um paradoxo, uma contradição total. Então vocês em plena rua, dizem que preferiam o que havia dantes? Mas era isso mesmo que dantes era proibido!!!! ninguém podia dizer o que preferia!!! e agora que vocês podem dizê-lo e quando o dizem não analisam nem minimamente a profundidade do absurdo que estão a proclamar?!!!!
    pois saibam que DANTES como vocês dizem, tinham que calar o bico ou falando na mesma linguagem que vocês porque talvez seja a única que conhecem iam para a choldra e apanhavam nos dentes?
    porque bastava dizer que a vida estava cara para aqueles senhores dos outros tempos do pesadelo, virem buscar quem se queixasse para a prisão, e não perdiam nem tempo com explicações nem ficavam para aqui a armar aos Cágados a escrever por vossa causa. vejam lá que depois disto tudo, ainda há quem se preocupe com vocês!

    E eu não quero nem creditar, que o povo de Portugal se tenha tornado tão mau, que tenha agora como exemplar de demonstração pública, meninos de tendências sádicas que possam exultar com maus tratos infligidos a outrem! Antes era isso! Meninos, era isso! ou era para vocês próprios que os queriam? Isto há gostos pra tudo para dizer a Verdade eu prefiro a ternura, mas talvez vocês não conheçam.

    Mas uma coisa parece adquirida ou mesmo certa quem entrevistou os meninos, quem criou o programa não ficou preso por antigas peias de arrumar a casa para receber visitas.

    Mostra-se a porcaria tal e qual como é e nem uma pobre tentativa de explicação de porquês. Pelo menos uma tímida tentativa, a não ser que em vez de tentativa tenha havido tentação, e isto de tentações é o diabo!!!

    Mas se eu falasse português e o percebesse sem que fosse filha de Portugal depois de ouvir tal emissão, ou outras que tais, ficaria muito feliz de vir de outras paragens.E poder partir rumo à civilização.
    Pois é, mas a questão é que sou portuguesa mesmo, e por estas e outras do mesmo tipo apenas e exclusivamente portuguesa. Europa ou não Europa sou filha de Portugal e assim teimosa ficarei até ao fim
    Por isso aceitem que me bata com as garras que tenho par defender aquilo que tenho e que me tem:

    Portugal! o meu PAÍS DE ABRIL!!!!!

    Mas olhem lá quem quer que sejam os responsáveis por tal estado de coisas, aturar-me? Tenham paciência! porque a minha paciência com mal-intencionados, com fascistas e com brutos, esgotou-se e nem perco tempo a trocar ideias com tal gente.

    Mas vamos adiante porque afinal Companheiros de Abril! Homens Jovens Eternos e temos (porque afinal a juventude é sempre generosa) um alguidar de farinha para amassar e o tempo vai voando!

    VAMOS ABRIL! chama os teus,mãos ao trabalho que amanhã quem trabalha precisa de pão!
    mas raio, vamos ver se mesmo com as mãos na massa não hei-de descobrir quem anda a fazer isto!!
    e vai cheirando a pão quente!!!

    Marília Gonçalves

    Federação Democrática Internacional de Mulheres

    Federação Democrática Internacional de Mulheres
    MULHERES NO BRASIL

    GRANDE AMIGO QUE PERDI

    GRANDE AMIGO QUE PERDI
    DANIEL LACERDA A CULTURA PERDEU UM GRANDE AMIGO

    ADEUS


    ADEUS! P'ra sempre adeus! A voz dos ventos
    Chama por mim batendo contra as fragas.
    Eu vou partir... em breve o oceano
    Vai lançar entre nós milhões de vagas ...


    Recomeço de novo o meu caminho
    Do lar deserto vou seguindo o trilho...
    Já que nada me resta sobre a terra
    Dar-lhe-ei meu cadáver... sou bom filho!...


    Eu vim cantando a mocidade e os sonhos,
    Eu vim sonhando a felicidade e a glória!
    Ai! primavera que fugiu p'ra sempre,
    Amor — escárnio!... lutulenta história!


    Bem vês! Eu volto. Como vou tão rico...
    Que risos n’alma! que lauréis na frente...
    Tenho por c'roa a palidez da morte,
    Fez-se um cadáver — o poeta ardente!


    Castro Alves

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