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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Mártires pela Paz e pela Humanidade





















Por todos os que através dos tempos se perderam na memória dos dias caindo pelas causas Justas e Humanas, por todos os não citados, pelos sem nome, pelos nomes calados, mas que um dia, hão-se erguer-se do silêncio, algumas imagens de mártires que amaram o Ser Humano e por ele deram as vidas.
Marília





ABRIL Envie POEMAS TEXTOS DESENHOS FOTOS







Aqui é seu espaço!
envie o seu pensar ABRIL o seu sentir Abril
seus Trabalhos serão editados aqui!

Vamos Falar de Portugal




Desde os campos ao abandono
passando pelo horror dos incêndios
pelas razões que levam os pequenos agricultores a não colher os frutos das suas árvores,
à vida de labuta das gentes do mar
a todo o tipo de vivências de esforço e honestidade
todas as ideias em debate, por um Portugal mais prospero
com o futuro de portas abertas à esperança e à sua concretização:
vamos juntos falar de Portugal....
fico a aguardar a vossa participação.....
quem fala primeiro?

Tem a Palavra:

-

Humano Universal

Sou negra hindu pele vermelha





Sou negra hindu pele vermelha
árabe, persa asiática
morena, branca, amarela,
sou incolor, aquática...
Sou rude como montanha
sou macia como arminho
tomo qualquer forma estranha
de cada irmão que adivinho
Sou feita de ar e de sol
de luz, de sangue de vento,
tenho a voz dum rouxinol
a soltar-me o pensamento.
Sou mistura conseguida
do humano universal
fecundo fruto da vida
porque a vida é natural.

Marília Gonçalves

VIVA O 25 DE ABRIL! Viva a Revolução!!!

Por Marilia Gonçalves


Amanhecer de Luz, de tão intenso brilho que nesse ano de 1974 os turistas que chegaram para férias não eram os mesmos dos anos anteriores. Lembro sessões de esclarecimento a estrangeiros a quem respondíamos a entusiastas perguntas no parque de campismo de Faro, na Ilha. Era muito mais que curiosidade que os trazia. Era o acontecimento histórico que abria as portas ao Futuro que havia suscitado tanto interesse. Se um cravo nascia em Portugal depois da ditadura salazarista, uma labareda comunicativa acendia-se à porta de cada país. Quem nos visitava sabia que a partir dali seria sempre possível vencer todas as batalhas de Paz e Justiça. O Mundo renascia em Portugal!

Fascismo nunca mais!

O 25 de Abril era o elo fraterno que faltava entre os filhos de Portugal e o Mundo. Agora sim a verdadeira História de Amor entre Portugal e os povos dantes colonizados podia começar. Era o abertura do Mundo ali a florir num solo semeado de Capitães!

Obrigada a vocês Capitães por esse dia inesquecível, que nos fez crescer e tornarmo-nos maiores como seres humanos.

Hoje muitas conquistas apelam para nossos olhares atentos. As Conquistas de Abril, a porta do Amanhã que se abriu a nova mentalidade num radioso dia presente, origem do brotar duma jornada enfim desigual, hoje está ameaçada.

Portugal chama por seus filhos, por cada um de nós, num grito agudo que se nos agarra aos tímpanos e ao coração.

Mas Portugal está no Mundo e na Europa e forças exteriores, combatem e destruem ou tentam aniquilar o Espírito de Abril, em cada País, levantado os seres humanos uns contra os outros, dividindo irmãos, tentando derrubar a Fraternidade. Usando a mentira e o fingimento como arma, escondem quem são. Por isso a Unidade consciente de todos nós deve ser Universal

Porque tal como o ar que respiramos circula limpo ou poluído sobrevoando cada País, assim os recuos das conquistas democráticas onde quer que se dêem tal como o ar circulam e envolvem-nos contaminando e destruindo a Esperança que a esforço de tantas Lutas se ergueu. Todos os países são irmãos! Todos partilhamos os mesmos sonhos e os mesmos afectos. E o Respeito por cada um é o caminho a aprender.

Atentos pois e combativos, de pé enfrentemos quem quer que tente abalar e demolir a Luz de Abril

Porque não calar a luz dos nossos olhos é o preço da dignidade de cada um e do respeito próprio.

A Luz a rir ao nosso olhar e ao futuro tem que saber merecer-se!

Viva o 25 de Abril! Viva a Fraternidade entre todos os Povos do Mundo!

Viva Portugal!

Colonial

Aos que ao abrigo de violento interesse violentam a Paz

Colonial
Havia um queijo na mesa
e na casa havia um rato
o que não será surpresa
havendo queijo na mesa
é mais fiel o retrato

Mas da casa havia o dono
a quem pertencia a mesa
ora o queijo ao abandono
o que não será surpresa
pertencia ao mesmo dono...
mesmo o rato de certeza
era pertença do trono...
onde era rei quem se preza
de além de queijo e rato
ser dono de cama e mesa

Afinal que faz o rato
subindo ao alto da mesa
apenas mais um buraco
no queijo que perde um naco
sem que haja outra vez surpresa
ora ao rei esta esperteza
lembra acto de velhaco
e para sua defesa
enfia o rato num saco
que ata depois com firmeza

quem se meter com o dono
de queijo de casa e mesa
embora seja colono
não pode esperar ter sono
nem serenidade à mesa

Marília Gonçalves

LISBOA

Chamar por ti Poesia
Chamar por ti, Poesia! Poetas estro, musa, em defesa da cidade, pedir-te verve e força duradoira, que a batalha é de brio, de amor logrado, um grito na cidade obscura, aberta a desaires e esquecimento. Lisboa te chamaram, cidade que atravessou os tempos, épocas, a história, resistiu a cercos e à fome, viu investir suas muralhas, viu séculos de gesta, Restelos de advertência, poetas de faces veras, a soluçar à porta de tuas verdades; heróica foste resistindo. A voz de teus bardos te guiava, rumo a ti, à tua construção, quando nos ares se desfiava em luz, cidade rosa, cidade flor, amor cidade. Resististe, que afinal a força é resistir, e nas longas noites, as tertúlias eram ainda voz tua, a percorrer os bairros e os becos, nossa cidade de sede

Que o Tejo apazigua ou acomete, cidade de portos e de canoas que te levam no longe, à tua procura, cidade, de partidas e chegadas, quando chegas a ti?

Muito haveria a dizer, pelos teus prédios, as tuas velhas casas (não estarei a recordar a Velha

Casa desse grande génio da música em Portugal, que é António Vitorino de Almeida) e quem não tem uma velha casa a lembrar a infância, aqueles que a povoaram e não voltam mais?

As tuas velhas casas, teus belos edifícios, que o tempo afronta, como larva a desfazer-te na nossa lembrança, a paisagem humana vai-se perdendo, modifica-se até nela não nos reconhecermos, preservemos pois a voz das pedras que abrigaram nossos avós; guardemos

A memória de seu esforçado viver, preservando a beleza das construções que nos deixaram, que nos dignificam e nos distinguem, de outras vivências, de mérito, sem dúvida, mas nestas paredes que desabam estão inscritos os sonhos dos que nos precederam, está o nosso próprio reconhecimento cultural e regional, em suma o eco de tudo o que nos fez, e tantos poetas cantaram, Lisboa, reconhece-se pela paisagem, pelas colinas, pelo Tejo, mas também pela luz que doira as suas casas, porque as pessoas, de cidade em cidade, cada vez se parecem mais umas com as outras. Preservemos pois aquilo que nos diferencia e enriquece, o que não deve perder-se, o nosso Património arquitectónico.

E que a voz dos poetas nos guie e dê alento, para defender a história de uma magnífica cidade:

LISBOA
Marília Gonçalves

ACUSO

Cavalo de vento
Meu dia perdido
O meu pensamento
Anda a soluçar
Por dentro do tempo
De cada gemido
Com olhos esquecidos
Do riso a cantar

Quem foi que levou
A ânfora antiga
Onde minha sede
Fui desalterar
Sementeira de astros
Que o olhar abriga
Por fora dos versos
Que hei-de procurar

Quem foi que em murmúrio
Na fonte gelava
Essa folha branca
Aonde pensar
Quem foi que a perdeu
Levando o futuro
Por onde o meu barco
não quer navegar

Quem foi que manchou
a página clara
Com água das sedes
Que eu hei-de contar
Quando o sol doirava
As velhas paredes
Da mansão perdida
De risos sem par

Quem foi que levou
Os astros azuis
Do meu tempo lindo
Meu tempo a vogar
Por mares de estrelas
Vermelhas abrindo
Quando minhas mãos
Querem soluçar

Não mais sei quem foi
só sei que foi quando
a noite vestiu o dia que era
E todos os sonhos
Partiram em bando
Fugindo de mim e da primavera

Mas há na memória
Da minha retina
A voz que se nega
A silenciar
Com dedo infantil
Erguendo a menina
Diante do réu
Em tempo e lugar!!!


Marília Gonçalves










SEDE e Sedes

Abril é uma urgência Universal

Abril é uma urgência universal
O mundo fraterno a construir
O uivo a florir no vendaval
De maculadas pombas a cair.

Abril sobre o vácuo do sentir
Mais um Abril aurora flor de luz
Incendiando os olhos do porvir
Na vastidão a previdência de Argus.

Um grito do pensar nova razão
Estridência de seara a repartir
Onde cada se humano seja irmão
E a evidência o tempo a construir.

A bruma do pensar que se desfaz
Ribeiras transparentes a correr
Para que possa enfim surgir a PAZ
Onde a lei final será viver!

Marília Gonçalves

O Dia da mais Bela Revolução





Nasceu uma criança e era Abril

Nasceu talvez tão cedo e era tarde

nasceu quando era o mês das águas mil

no dia incendiado em Liberdade


Nasceu duma promessa por fazer

Que estava por cumprir em cada olhar

Nasceu uma criança por haver

Nasceu uma criança pra sonhar


Nasceu mas tão real, tão verdadeira

Que era o futuro ali à nossa mão

Onde afinal nascia a Terra inteira


Nascia uma criança e era o pão

E era a Luz a arder de tal maneira

O dia da mais bela Revolução


Marília Gonçalves















Castro Alves

In o Povo ao Poder

QUANDO nas praças s'eleva
Do povo a sublime voz...
Um raio ilumina a treva
O Cristo assombra o algoz...
Que o gigante da calçada
Com pé sobre a barricada
Desgrenhado, enorme, e nu,
Em Roma é Catão ou Mário,
É Jesus sobre o Calvário,
É Garibaldi ou Kossuth.


A praça! A praça é do povo
Como o céu é do condor
É o antro onde a liberdade
Cria águias em seu calor
.

**************************


Adiante


Na venennosa noite abriu um Cravo

Uma vermelha flor de luso sangue

Abriu na madrugada sobre o travo

Do amargor de Portugal exangue.

A noite cerrada ali expirava

Numa clara pétala de Esperança

O mais ridente dia começava

Com puro olhar aberto de criança.

Desabavam enfim portas internas

Vedadas há muito para o mundo

E era o renascer de mãos fraternas

Meio século derrubado num segundo.

As grades do olhar do pensamento

Esgarçaram os ares e uma paloma

Abria as asas sobre o céu cinzento

O futuro estava à nossa frente

O crime era o acto a condenar

O riso era possível de repente!

A Paz o Caminho a conquistar!

O povo acreditou e era Abril

Incendiado Maio de canções

A ovelha saía do redil

Os olhos a arder como carvões.

A noite das promessas foi cumprida

Liberdade sem mácula sem sombra

O campesino o pescador viam mudar a vida

Num ímpeto alegre que os assombra.

A guerra fratricida terminava

As mães podiam respirar enfim

Uma nova era começava

Portugal dos Direitos: um Jardim!

Até que um dia...pergunto-me porquê

Alguém manchou a Esperança conseguida.

E esse mês de Abril ainda criança

Viu aos poucos definhar sua subida.

O povo foi perdendo a confiança

Vendo cair de Abril cada conquista

Cerrava-se o caminho para a Esperança

E Portugal perdia-se de vista.

Esquecido da infância dessa História

Que começara na manhã de Abril

O povo desfiava na memória

O sonho promissor e primaveril.

Faltou uma pergunta e a resposta:

Quem nos perdeu de Abril

Dos seus cravos rubros de Vitória

De todo o seu alento juvenil?

No dia em que a resposta for sabida

Portugal Inteiro desce à rua

A vir exigir a própria vida

E a gritar enfim que a Pátria é sua!

Marília Gonçalves




Terno e Combativo Adriano

Adriano Correia de Oliveira
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Adriano Correia de Oliveira (Avintes, 9 de Abril de 1942 — Avintes, 16 de Outubro de 1982), foi um músico português e um dos mais importantes intérpretes do fado de Coimbra. Fez parte da geração de compositores e cantores de cariz político, que foram usadas para lutar contra o Estado Novo e que ficou conhecida como música de intervenção.


[editar] História

Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira nasceu em Avintes, em 9 de Abril de 1942, no seio de uma família tradicionalista católica. Tirou o curso do liceu no Porto. Em Avintes iniciou-se no teatro amador e foi co-fundador da União Académica de Avintes. Em 1959 rumou a Coimbra, onde estudou Direito, tendo sido repúblico na Real Repúbica Ras-Teparta. Foi solista no Orfeon Académico de Coimbra [1] e fez parte do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Académica de Coimbra. Tocou guitarra no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica. No ano seguinte editou o primeiro EP acompanhado por António Portugal e Rui Pato. Em 1963 saiu o primeiro disco de vinil "Fados de Coimbra" que continha Trova do vento que passa, essa balada fundamental da sua carreira, com poema de Manuel Alegre, em consequência da sua resistência ao regime Salazarista, e que as suas movimentações levaram a gravar, foi o hino do movimento estudantil.

Além disso Adriano Correia de Oliveira tornou-se militante do PCP no início da década de 60. Em 1962, participou nas greves académicas e concorreu às eleições da Associação Académica, através da lista do Movimento de Unidade Democrática (MUD).

Em 1967 gravou o vinil "Adriano Correia de Oliveira" que entre outras canções tem Canção com lágrimas.

Quando lhe faltava uma cadeira para terminar o Curso de Direito, Adriano trocou Coimbra por Lisboa e trabalhou no Gabinete de Imprensa da Feira Industrial de Lisboa (FIL) e foi produtor da Editora Orfeu. Em 1969 editou "O Canto e as Armas" tendo todas as canções poesia de Manuel Alegre. Nesse mesmo ano ganhou o Prémio Pozal Domingues. No ano seguinte sai o disco de vinil "Cantaremos" e em 1971 "Gente d'Aqui e de Agora", que marca o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, que tinha vinte anos. José Niza foi o principal compositor neste disco que precedeu um silêncio de quatro anos. É que Adriano recusou-se a enviar os textos à Censura.

Em 1975 lançou "Que Nunca Mais", com direcção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este vinil levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como "Artista do Ano".

Fundou a Cooperativa Cantabril e publicou o seu último álbum, "Cantigas Portuguesas", em 1980. No ano seguinte, numa altura em que a sua saúde já se encontrava degradada rompeu com a direcção da Cantabril e ingressou na Cooperativa Era Nova. Em 1982, com quarenta anos, num sábado, dia 16 de Outubro, morreu em Avintes, nos braços da mãe, vitimado por uma hemorragia esofágica.

[editar] Álbuns

* 1969 – O canto e as armas
o E de súbito um sino
o Raiz
o E a carne se fez verbo
o E o bosque se fez barco
o Peregrinação
o A batalha de Alcácer-Quibir
o Regresso
o Canção da fronteira
o Por aquele caminho
o Canto da nossa tristeza
o Trova do vento que passa n.º 2
o As mãos
o Post-scriptum
* 1970 – Cantaremos
o Cantar de emigração
o Saudade pedra e espada
o Fala do homem nascido
o O Sol p'rguntou à Lua
o Canção para o meu amor não se perder no mercado da concorrência
o Lágrima de preta
o Canção com lágrimas
o Cantar para um pastor
o Como hei-de amar serenamente
o Sapateia
o A noite dos poetas
* 1971 – Gente de aqui e de agora
o Emigração
o E alegre se fez triste
o O senhor morgado
o Cana verde
o A vila de Alvito
o Canção tão simples
o Cantiga de amigo
o Para Rosalia
o Roseira brava
o História do quadrilheiro Manuel Domingos Louzeiro
* 1975 – Que nunca mais
o Tejo que levas as águas
o O senhor gerente
o As balas
o No vale escuro
o Tu e eu meu amor
o Recado a Helena
o Dona Abastança
o Cantiga de Montemaior
o P'ra a frente

Adriano

Letra e música: popular: Açores
(balada açoreana)
jj, Fernando Faria
Morte que mataste Lira, A E7
Morte que mataste Lira, A
Morte que mataste Lira, A7 D Bm
Mata-me a mim, que sou teu!

Morte que mataste lira
Mata-me a mim que sou teu
Mata-me com os mesmos ferros
Com que a lira morreu

A lira por ser ingrata
Tiranamente morreu
A morte a mim não me mata
Firme e constante sou eu

Veio um pastor lá da serra
À minha porta bateu Adriano Correia de Oliveira
Veio me dar por notícia
Que a minha lira morreu

Revolução dos Cravos

Base de Dados da A25 de Abril
http://25abril.org/index.php?content=1


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Série
História de Portugal
Portugal na pré-História
Portugal pré-romano
Romanização: Lusitânia e Galécia
Visigodos e Suevos
Domínio árabe e a Reconquista
Condado Portucalense
Independência de Portugal
Dinastia de Borgonha
Crise de 1383-1385
Dinastia de Avis
Descobrimentos e Expansão Portuguesa
Império Português
Crise sucessória de 1580
Dinastia Filipina
Restauração da Independência
Dinastia de Bragança
Terramoto de 1755
Guerra Peninsular
Revolução Liberal (24/08/1820)
Vilafrancada e Abrilada
Guerras liberais
Convenção de Évora-Monte
Revolução de Setembro,
Revolta dos Marechais e Patuleia
Regeneração e Fontismo
O mapa cor-de-rosa e o ultimato britânico
Revolução de 5 de Outubro de 1910 e Proclamação da República
Governo Provisório
I República
Ditadura militar e o Estado Novo
Guerra do Ultramar
Revolução dos Cravos
III República
Por tópico
História militar
História diplomática
História cultural
Categoria: História de Portugal

O golpe de estado militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante a revolta das forças armadas. Este levantamento é conhecido por Dia D, 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portu

gal para comemorar a revolução).

















http://www1.ci.uc.pt/cd25a/media/Images/cronologia_fatkap.swf





Gritarás o meu nome

Arquivado em: Portugueses

Gritarás o meu nome em ruas
Desertas e a tua voz será
Como a do vento sobre a areia:
Um som inútil de encontro ao silêncio.

Não responderei ao teu apelo,
Embora ardentemente o deseje.
O lugar onde moro é um obscuro
Lugar de pedra e mudez:

Não há palavras que o alcancem.
Gelam-lhe os gritos por fora.
Serei como as areias que escutam
O vento e apenas estremecem.
Gritarás o meu nome em ruas

Desertas e a tua voz ouvirá
O próprio som sem entender,
Como o vento, o beijo da areia.

Teu grito encontrará somente
A angústia do grito ampliado,
Vento e areia.

Gritarás o meu
Nome em ruas desertas.

Rui Knopfli -Moçambique

Zeca Afonso Grândola Vila Morena


Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

José Afonso VOZ de ABRIL !! LIBERDADE!!




http://www.aja.pt/


http://alfarrabio.di.uminho.pt/zeca/


http://fr.wikipedia.org/wiki/Zeca_Afonso


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http://lusina.unblog.fr/jose-afonso-traz-um-amigo-video/



Filmes ao 25 de Abril de 1974

Capitaines d'Avril

Capitães de Abril

2000 / Europe / Un certain regard / présenté le samedi 13 mai


Un jeune homme rejoint sa caserne, le 24 avril 74, au Portugal. Il quitte avec regrets sa dulcinée, qui rêve d'aller en France, fuir l'état policier. Qui a peur de voir son amour partir mourrir en Afrique, om les guerres coloniales font des ravages. Le Capitaine Maia ne se soucie pas du retard du soldat. Il a une révolution à préparer.
Une femme, mère d'une petite fille, soeur d'un ministre, protectrice d'un étudiant emprisonné la veille, épouse d'un militaire revenu d'Afrique. Elle ne supporte plus son mari, à ses yeux coupables d'homicides volontaires, criminel de guerre. Elle ne lui trouve aucun courage.
Pourtant, dans cette même nuit, la radio diffuse une chanson interdite, Grandola. Les chars avancent vers Lisbonne. Le gouvernement prend peur. La population se réveille de sa torpeur. Le Portugal va devenir le centre du monde, pendant 2 jours. Maia, Antonia, Gervasio,... ils seront au coeur des événements.



L'actrice Maria de Medeiros, portugaise ayant tourné avec Tarantino (Pulp Fiction), mais aussi chez Tachella, Oliveira, Luna, Lepage..., a fait de Capitaines d'Avril son premier long métrage, après 3 courts métrages (Seevrine C, Fragment II, A morte do principe). Reconnue dans le monde entier, Maria a engagé un casting européen : l'italien Stefano Accorsi, le portugais Joaquim de Almeida, le français Frederic Pierrot, l'espagnol Fele Martinez... elle a aussi offert à Lisbonne l'un des tournages les plus ambitieux de cette vieille ville, avec des chars, des foules, et l'occasion de retransposer deux jours de craintes, d'espérances, de soulèvement.
Car avant tout, le film est l'Histoire. La Révolution des Oeillets a duré 2 jours, n'a fait que quelques morts (la Police assiégée ayant tiré sur la foule) et a conduit le Portugal à la démocratie, grâce à l'armée!!!
La plus vielle dictature européenne, l'un des pays les plus illétrés et les plus pauvres du vieux continent, le seul à être encore embarrassé de guerres coloniales, tombait avec la volonté de Capitaines pacificistes (Mouvement des Forces Armées) et d'une population reconnaissante, et déterminée à avoir de la liberté et des droits. En refusant la violence, en mettant des oeillets au bout des canons, en usant de la négociation et surtout en chantant des poèmes en signe de ralliement, ce petit pays réussi l'exploit de changer son destin sans bain de sang et avec un certain panache. Le film devrait donc très bien convenir au monde enseignant ; un acte de désobéissance civile courageux qui mit fin aux années Salazar.
Aujourd'hui le Portugal vit une pleine expansion artistique et économique. C'est la première fois que le sujet est porté sur grand écran, avec des financements interantionaux.


OEILLETS POUR OEILLETS
Avec la fraîcheur des premiers films inspirés (vécu même) et l'intelligence d'un regard certain, Capitaines d'avril est une jolie surprise intéressante à deux égards : cinématographiquement le film n'a rien qui le rapproche du cinéma portugais ; on ressent l'occidentale Maria de Medeiros dans tout son découpage. Et surtout, le film s'offre une leçon d'histoire, une révolution méconnue, pacifiste, qui permet à tout le monde de comprendre l'âme de ce petit pays et ces deux jours qui ébranlèrent un régime innommable.
Pédagogique et romantique, parfois épique, le film prend son sens dès les premières images, sobres. Rares sont des ouvertures aussi puissantes, significatives et bouleversantes..
Une série de clichés photographiques en noir et blanc, une dizaine ; atroces, cruelles, avec des corps nus, désossés, démembrés, pourris par le soleil. Des corps brûlés, symboles des guerres coloniales en Afrique, toujours en vigueur dans les années 70. Ce contexte est l'origine historique et humaine de la Révolution des ‘illets. La population n'en pouvait plus d'envoyer ses jeunes hommes à la boucherie, tout en étant dans un régime " gestapoisé ".
C'est avec précision et sans lourdeur que Maria de Medeiros installe son histoire (des histoires d'amour qui se croisent) dans un film politico-social, où chaque personnage représente une vision des choses : le conservatisme, la lucidité et le cynisme, ou encore la foi en la liberté. Au spectateur de s'y reconnaître.
Un peu naïf, avec un scénario somme toute linéaire et classique, Capitaes de Abril relate les espoirs d'une jeunesse et de leurs parents, la volonté de rentrer dans le monde moderne, de mettre fin à une dictature policière. Tous les faits saillants de cette révolution incroyable - dirigée par l'Armée, des capitaines qui se prennent pour des héros de cinéma, soutenue par le Peuple, et négociée en 2 jours ! - sont reproduits. Lisbonne envahit par les chars, c'est à voir !
Avec des touches d'humour (les tanks qui respectent le feu rouge), des expressions insolites (on appelle la Police des " crèmes Nivéa ", rapport à la couleur des voitures), et une belle sensibilité, un véritable amour pour ces (ses) hommes, l'actrice-scénariste-réalisatrice nous offre un beau spectacle, flirtant avec le genre (guerre) et n'oubliant pas les fleurs au fusil et la musique à la Michel Legrand.
25 ans après avoir soulevé le couvercle, une femme braque sa caméra sur un épisode crucial, et ses influences sur des gens qui ont initié ce souffle de liberté. Les crimes pèsent sur les consciences. Entre utopies et envies, De Medeiros fait l'éloge de la responsabilité de chacun et la volonté de tous comme seule énergie pour faire changer les choses.
Il y a une charge émotive dans sa dédicace, à fleur de peau, comme si les souvenirs étaient encore présents dans les yeux de la petite fille qu'elle était.


http://www.cannes-fest.com/2000/film_capitaineavril.htm


Non ou a Vã Glória de Mandar - Non ou la Vaine Gloire de Commander - 1990

Baseado na história de Portugal, Non ou a Vã Glória de Mandar, recorda as batalhas travadas pelos portugueses desde o tempo de D. Afonso Henriques até à guerra colonial.

Há quem considere o filme demasiadamente filosófico, por causa das lições do Alferes Cabrita e as perguntas e comentários dos furrieis, dos cabos e dos soldados. Há quem interprete as mesmas palavras como sendo história de Portugal, o facto é que Oliveira desfaz estes mitos no final.

O filme é mais uma reflexão sobre a História de Portugal, do que propriamente história. É uma forma particular de ver alguns acontecimentos que mais marcaram Potugal, ligando a Batalha de Alcácer Quibir ao 25 de Abril. Na primeira morremos e na segunda morreu o Alferes Cabrita.

Non, ou a Vã Glória de Mandar recorre a magestosos cenários de batalha, com a reconstituição da batalha de Alcácer Quibir. Para além do enorme número de guerreiros a cavalo em cena há uma grande diversidade de adereços da época que cada soldado exibe. Uma outra cena idêntica mas como é óbvio com uma outra dimensão é a guerra colonial em África.

« é a glória de mandar. É a glória de mandar - essa de que paradoxalmente D. Sebastião se despede em Alcácer Quibir - é a glória que o narrador se propõe e cuja vanidade a cada momento Oliveira sublinha, destroçando a narrativa, através da singularissima "decoupage" de um dos seus filmes mais fragmentados. Só que o narrador é ele também uma personagem fragmentada e os seus três grandes fragmentos (como Viriato, como Ninguèm e como Alferes Cabrita) viveram dessa glória e para essa glória até descobrirem, nas chamas, nos destroços e no sangue, como essa glória era igualmente vã».*

* João Bénard da Costa - Ficha da Cinemateca Portuguesa, 8 de Março de 1991.

Manoel de Oliveira
Adaptateur, Interprète, Auteur du commentaire, Dialoguiste

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Naissance
12 décembre 1908 à Porto (Portugal)
Etat civil
Manoel Cândido Pinto de Oliveira

Sa vie

Bon. On dit souvent que Manoel de Oliveira est le plus vieux cinéaste en activité. On souligne à l'envi qu'il a connu le cinéma muet, qu'il a réalisé son premier chef d'oeuvre en 1931. On s'amuse de constater qu'il rattrappe aujourd'hui le temps perdu pendant la dictature, qu'il tourne à un rythme honnête, nous livrant chaque année un nouveau cru. Mais là n'est pas l'essentiel, et la biographie n'est pas notre préoccupation. Tout un chacun pourra trouver des détails sur le Manoel champion de course automobile, ou sur l'athlète. On préfèrera s'atarder sur sa filmographie.

Citons néanmoins, pour honorer notre promesse, quelques repères :
- 1908, le 12 décembre : naissance à Porto du petit Manoel Candida Pinto de Oliveira ; le lieu n'est pas indifférent : il restera toujours attaché à sa terre natale, le nord du Portugal, la vallée du Douro.
- Etudes secondaires en Galice, chez des jésuites ; il en parle dans Voyage au début du monde, il nous montre ce collège espagnol juste de l'autre côté du Minho où son père l'a placé.
- A vingt ans, il se passionne pour le sport : il deviendra champion de saut à la perche, puis remportera de nombreux grands prix automobiles ; c'est cela qui le rendra célèbre du grand public, bien davantage que ses films ; pour mémoire, Manoel semble avoir plus de public en france qu'au Portugal - à confirmer pourtant. Il arrêtera les courses en 1940.
- Puis pendant les années 40 et le début des années 50, il se consacre à la viticulture et à la bonne marche de l'entreprise paternelle de passementrie ; il tourne ses premiers films.
- Depuis que la censure salazariste n'est plus, Manoel de Oliveira tourne beaucoup : c'est d'ailleurs la cause qu'il donne à sa fécondité...


http://cinema.encyclopedie.personnalites.bifi.fr/index.php?pk=18430


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