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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

VAN GOGH


A telegenia de José Sócrates em discurso à nação

MEU QUERIDO AMIGO GILBERTO

Quando em Faro te queixaste, triste e decepcionado, de que quando doente, ninguém, se tinha prontificado, para te fazer uma cajanjinha que fosse, olhei-te triste e envergonhada, por tanta falta de humanidade, para com um homem, que nada mais sabia que repartir-Infelizmznte, entao como agora, encontrava-me a 2000km e talvez quem sabe, se me encontrasse presa a uma cama, tal como tu, nao visse chegar por perto o conforto de uma canja, de um caldo. Que Mundo, este em que estamos..0 ru meu amigo, pertencias a uma espécie em vias de extinção e como tal extinguiste-te. Frabricámos o mundo do individualismo e do egoísmo. Enganámo-nos... E sabes o que mais me aflige? é a próxima, as próximas gerações, que apenas colherão frio e gelo, se não souberem dar vota a este horror.


Conto "O Cobertor por Zé Ze de Camargo" DAVIKARDOSO

E então minha alma servirá de abrigo.



Tenhamos paciência,
andorinhas curtas
Só o esquecimento 
é que condensa
E então minha alma servirá de abrigo.



O voto inútil

O voto inútil

Nada melhor que ouvir alguns candidatos da oposição (PS) no concelho do Seixal para perceber que o voto no PS é um voto nulo que não serve a população do Concelho do Seixal. Vê o vídeo e delicia-te com PS Seixal futuristico.


Gato Fedorento - Esmiúça os Sufrágios 18 - Marques Mendes - Parte 2

José Saramago, écrivain des frontières

José Saramago, écrivain des frontières

José Saramago vient de nous quitter… Il s’est éteint, à l’âge de 87 ans, sur l’île espagnole de Lanzarote (Canaries), où il résidait depuis 1992. On le savait malade – il avait été hospitalisé à plusieurs reprises ces dernières années pour des problèmes respiratoires –, mais la nouvelle est une onde de choc pour qui aura encore vu l’écrivain, adulé de ses lecteurs, dédicacer cet hiver à Lisbonne, sans défaillir et serein, près de cinq cents exemplaires de son dernier ouvrage polémique, Caïn (1).http://www.monde-diplomatique.fr/carnet/2010-06-19-Jose-Saramago

O cavalinho de pau

O cavalinho de pau

RIDE A COCK HORSE TO BANBURY CROSS (1902) - Ilustração de William Wallace Denslow (1856 - 1915), ilustrador e caricaturista, do livro “Denslow's Mother Goose”.

ESTREMOZ NOS ANOS CINQUENTA
Nasci em 1946, em Estremoz, no Largo do Espírito Santo, que é um largo que tem como referência a fonte do mesmo nome, a Torre das Couraças, o Convento dos Agostinhos que foi Fábrica de Cortiça dos Reynolds e dos Robinson, assim como o poeta Sebastião da Gama, que ali morou no segundo andar do número dois.
O alegrete, o espaço em torno da fonte e o adro, foram os terreiros primordiais da minha infância, os palcos primitivos onde desempenhei os primeiros papéis da minha vida, enquanto brincava, o que era, sem dúvida, a minha principal e mais importante tarefa de todos os dias.
Uma das minhas brincadeiras iniciais foi o cavalinho de pau, o que é natural, pois nos anos cinquenta do século passado, eram frequentes, em Estremoz, o carro de tracção animal, os trens e as caleches, bem como o próprio acto de montar a cavalo.
Os carros de tracção animal, puxados por uma ou duas bestas, eram o veículo usado diariamente no transporte de carga: azeitona para os lagares, trigo para a moagem, mercadorias da estação da CP ou da Camionagem para o comércio local, assim como pelos hortelões que das hortas e quintas dos arredores vinham vender vegetais e fruta ao mercado municipal.
Nos trens se faziam transportar por um cocheiro fardado, as famílias dos grandes proprietários rurais.
Pela cidade circulavam também cavalos, por vezes conduzidos a pé pelos seus tratadores, a fim de beberem água no chafariz do Lago do Gadanha. É que os grandes proprietários rurais tinham casa no campo, que acumulavam com casa na cidade. Esta, estava provida de cavalariça onde alojavam os animais, assim como os seus aprestos, a palha destinada à alimentação e para enxerga, assim como os trens e as caleches. Era também corrente na época, ver alguém dessas casas, passear a cavalo pelas ruas da cidade ou trotear e voltear no Rossio Marquês de Pombal, o qual funcionava assim como picadeiro público.

O REGIMENTO DE CAVALARIA 3
Desde 1875 que está instalado em Estremoz, o Regimento de Cavalaria 3. Do extenso e valioso historial do RC3, se destaca a heróica e brilhante vitória alcançada pelos seus cavaleiros, sobre o exército espanhol na Batalha de Fuente de Cantos, travada a 15 de Setembro de 1810, no decurso da Guerra Peninsular.
Os cavaleiros do RC3 quando regressavam ao Quartel após manobras realizadas no campo, iam com as suas montadas até ao Lago do Gadanha para se lavarem e refrescarem, descendo para lá por uma rampa que existiu do lado do Jardim, até cerca dos anos 50 do século passado, assim como outra, do lado oposto àquele. Mais tarde, essas rampas, que estavam vedadas com correntes, foram sacrificadas, porventura em nome do progresso. Nos anos sessenta e com o Lago já sem rampas, eram os pelotões regressados do treino de campo para a Guerra Colonial, que ali entravam cobertos de lama, para uma primeira lavagem de corpo, que não da alma. Nessa época era vulgar, ver oficiais a passear a cavalo pelas ruas da cidade. De resto, quando havia paradas militares no Rossio, a presença da Cavalaria era uma constante.

A GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Onde hoje é a Igreja dos Congregados, situava-se a incompleta Igreja do Convento da Congregação do Oratório de S. Filipe Nery, que como é sabido, ao contrário da Companhia de Jesus, era aberta “às luzes” trazidas pela revolução científica de Copérnico e Galileu. Esta, duma assentada, revogou o não só bíblico como aristotélico modelo geocêntrico do Universo, levando-nos a ver o Universo com outros olhos, que não os da divina revelação.
Ali estava instalado o Quartel da Guarda Nacional Republicana e nas coxias da hoje Igreja, estavam instaladas as cavalariças. Dali saiam os guardas, aos pares, para patrulhas a cavalo nas freguesias rurais.

AS TOURADAS
O meu avô Manuel Alturas, ferroviário aposentado, republicano e amante da Festa Brava, levava-me aos touros e comprava rebuçados que comíamos durante a corrida. Eu ficava encantado com o ritual das cortesias e o evoluir elegante do ginete de Mestre João Branco Núncio, a quem os mais velhos chamavam “O Califa de Alcácer”.
Quando ia às touradas usava calças de cós alto e jaqueta que o meu pai, alfaiate de lavradores e de toureiros, confeccionara para mim. Um pequeno chapéu à Mazantina completava os meus adereços. Desse tempo, guardo como relíquia, a minúscula jaqueta que levava às touradas.

O CIRCO
Em certas ocasiões, tais como a Feira de Maio ou a Feira de Santiago, vinham a Estremoz circos que montavam tendas no Rossio Marquês de Pombal. Os melhores circos traziam cavalos amestrados e, por vezes, equilibristas que em cima deles, desafiavam o impossível, fazendo coisas incríveis, para deleite de vista.

A VASSOURA
Do exposto se conclui que o cavalo era uma presença certa na minha vida diária. Natural era, pois, que eu, habilitado com as asas da minha imaginação, sonhasse em ser cavaleiro. E fazia-o, brincando com o meu cavalinho de pau, o qual durante muito tempo foi a vassoura de cabo alto, lá de casa.
Nas minhas cavalgadas, fazia como o “Califa de Alcácer”. Por vezes mudava de montada e passava a cavalgar a cana de caiar.
Certo dia, a minha mãe, farta das minhas traquinadas com os utensílios domésticos, acabou por me comprar um cavalinho de pau, mesmo a sério, com cabeça de cavalo, crinas, arreios e tudo. E logo que o estreei, como ele não dizia nada, com todo o meu contentamento fui eu próprio que relinchei por ele, o que emprestou mais realismo à minha representação. E sabem que mais? Quando montava o meu corcel, usava sempre um barrete feito de papel de jornal, que o meu avô me ensinara a fazer numa tourada, quando me esqueci de levar o meu chapéu à Mazantina.
O meu barrete de papel era um acessório importante. Quando fazia de militar a cavalo, usava o barrete posto de trás para diante e uma espada de madeira presa no cinto das calças. Já quando era cavaleiro tauromáquico, punha o barrete de papel atravessado na cabeça e usava um pau a fazer de farpa. Mas nada de usar jaqueta ou chapéu à Mazantina, porque isso era só nos dias de festa.
As minhas representações equestres eram diversificadas, iam do trote ao galope, passando pelo volteio. Nelas, na minha imaginação, eu era sempre um garboso cavaleiro montado num puro-sangue de Alter, que cavalgava horas a fio no Largo do Espírito Santo. Acontecia às vezes que uma tourada ficava a meio do seu curso ou, o que era bem pior, não conseguia concretizar uma carga de cavalaria. Sabem porquê? É que a minha mãe aparecia à janela a gritar:
- “Hernâni anda para a mesa, que são horas de comer!”
E eu não resistia à chamada, porque com tanta cavalgada, já tinha a barriga a dar horas.

Poética Manuel Bandeira

vórtice, e vocês deixam-se tragar!!!!


Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de excepção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário
do amante exemplar com cem modelos de cartas
e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.



Manuel Bandeira

RE... PORQUE SILENCIAM A ISLÂNDIA

Vale a pena ler.


(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.
Sócrates foi dizer à Sra. Merkle – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para
pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele)

Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.
Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.
Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

Por Francisco Gouveia, Eng.º
gouveiafrancisco@hotmail.com

Talvez os grandes homens, venham em ondas, um século sobre dois?

Talvez os grandes homens venham em ondas, um século sobre dois? "
[Quino] - Mafalda

QUINO


DSK O PATRÃO DO FMI E A CARIDADEZINHA A ALTO PREÇO

DSK va aider le Portugal à survivre à la hausse du taux de la BCE...

Après la Grèce et l'Irlande (et avant l'Espagne et la France ? ) le Portugal a fini par accepter le principe de demander l'aide du FMI. Quel succès pour l'euro ! Et quel tremplin pour le patron actuel de cette institution, qui était naguère vilipendée par une certaine Gauche, quand elle volait au secours de l'Argentine ou même de l'Angleterre ! A noter que les ministres des Finances européens vont se retrouver vendredi et samedi à Budapest pour une réunion qui devrait être centrée sur le sauvetage du pays. La Commission européenne a confirmé avoir reçu la demande d'assistance de Lisbonne et a promis de l'examiner rapidement tandis que le Fonds monétaire international (FMI) a affirmé qu'il se tenait "prêt" à venir en aide au Portugal, dans le cadre d'une aide conjointe avec l'UE. En attendant, l'euro, monté sur ses ergots de la BCE qui s'apprête donc à augmenter probablement son taux directeur cette après midi au nom du principe de la défense contre l?inflation, caracole au dessus des 1,43 dollar ; son meilleur niveau, si l'on peut dire, depuis mai 2010 ?

Les Bourses asiatiques hésitantes, s'inquiètent du Japon

Les Bourses asiatiques hésitantes, s'inquiètent du Japon
Boursier.com
Le contexte régional n'encourage donc pas les prises de risques, alors qu'à l'international, les marchés attendent les décisions de la Banque Centrale Européenne cet après-midi, et analysent la décision du Portugal, hier soir, de faire appel à l'aide ...

Infographie : le vol AF 447 Rio-Paris retrouvé

Par Jean-Luc Goudet, Futura
Près de deux ans après le crash du vol Rio-Paris d’Air France, l’épave de l’avion vient d’être retrouvée par des robots sous-marins. Deux moteurs, une jambe de train d’atterrissage et une partie de la cellule de l’appareil gisent par 3.900 mètres de fond. Des corps se trouvent à l’intérieur. Une nouvelle phase d’intervention commence, pour, peut-être, remonter ces dépouilles et pour tenter de retrouver les boîtes noires.
Le 1er juin 2009, le contrôle aérien perd le contact avec l’Airbus A330 du vol d’Air France AF 447 Rio de Janeiro-Paris, avec 228 personnes à bord, alors que l’appareil se trouve en croisière, vers 11.000 mètres, au-dessus de l’Atlantique nord, un peu au-delà de l’équateur. On sait que l’avion traverse à ce moment une zone orageuse avec des turbulences fortes. Après les derniers messages de l’équipage, qui ne signalent aucune avarie, une série de messages d’anomalie sont émis par les systèmes de contrôle de l’appareil.

da REBRA


A REVOLUÇÃO QUE MARAVILHOU O MUNDO-25 de ABRIL de 1974

25 avril 1974 : "La Révolution des Oeillets"

25avril
En 1974, c'est une chanson de J. Afonso qui donna le signal de la Révolution des oeillets. Une révolution qui, sans verser le sang, mit fin à une dictature de soixante ans. Une chanson, des oeillets, une révolution pacifique: drôle de pays
"GRANDOLA ville bruneTerre de la fraternitéLe peuple est celui qui commande le plusA l'intérieur de toi villeA l'intérieur de toi villeLe peuple est celui qui commande le plusTerre de la fraternitéGRANDOLA ville bruneDans chaque coin un amiDans chaque visage un ami aussiGRANDOLA ville bruneTerre de la fraternitéTerre de la fraternitéGRANDOLA ville bruneDans chaque visage un ami aussiLe peuple est celui qui commande le plusA l'ombre d'un chêneDont je ne savais pas l'âgeJe t'ai juré comme compagneGRANDOLA à  ta volontéGRANDOLA à ta volontéJe t'ai juré comme compagneA l'ombre d'un chêneDont je ne savais pas l'âge."
Chanson de José Afonso qui fut le signal du début de la révolution
Tôt Le 25 avril 1974, au Portugal, des capitaines en rupture avec le système de Salazar se révoltent et prennent le pouvoir. La voix calme d'un mystérieux «Commandement du Mouvement des Forces armées» transmise par les radios de Lisbonne, Renascenta et Radio Clube donnant le signal de la révolte aux capitaines mutins,  exhorte les gens à rester chez eux et à garder leur calme. C'est compter sans les sentiments de la population. Ne tenant aucun compte de ces conseils, répétés à intervalles réguliers, ils envahissent les rues et les places en se mêlant aux militaires. Le Premier ministre Marcelo Caetano se réfugie dans la principale caserne de gendarmerie de Lisbonne où un jeune capitaine de cavalerie, Salgueiro Maia, accepte sa reddition. Caetano, qui avait succédé en 1968 au dictateur Antonio Salazar, victime d'une attaque cérébrale (1899-1970), demande à remettre le pouvoir au général Antonio Spinola «pour qu'il ne tombe pas dans la rue». Puis le successeur du dictateur, est mis dans un avion avec un aller simple pour le Brésil. Seule la PIDE, la redoutable police politique qui a entretenu la terreur durant cinquante ans de salazarisme, oppose une résistance qui fera six morts. Elle est réduite durant la nuit. Toute la journée, une foule énorme s'est massée au centre-ville, près du marché aux fleurs, pour appuyer les rebelles de l'armée. Ce 25 avril 1974, c'est la saison des oeillets.secilustrd11Le lendemain, Spinola, le «général au monocle», annonce la formation d'une Junte de salut national sous sa présidence, et lit la proclamation du Mouvement des Forces armée (MFA) qui propose de rendre le pouvoir aux civils après des élections libres et de mener la politique des «trois D» : démocratiser, décoloniser et développer. Pour le Portugal, la page est tournée presque sans effusion de sang. Indissociablement liées, la démocratisation et la décolonisation allaient être accomplies avec le concours des partis politiques : le Parti communiste, seul doté de fortes assises dans le pays, dirigé dans la clandestinité par Alvaro Cunhal, le Parti socialiste, créé en Allemagne en 1973 par Mario Soares, ainsi que les nouveau-nés : Parti social démocrate (PSD, libéral) et le Centre démocratique social (CDS,droite). Rentrés d'exil, Soares et Cunhal vont célébrer ensemble, dans une ambiance fraternelle, la première fête du 1er mai non interdite.

Le sort de la révolution se noue durant l'année 1975. D'un côté, le général Spinola cherche à125094827_small2 gagner du temps dans les colonies africaines. Modernisant un vieux mythe salazariste, il verrait bien le maintien de " l'empire portugais " sous forme d'une fédération. De l'autre, Mario Soares commence à parler du " socialisme du possible ". Entendez la mise en place d'un Portugal au capitalisme rénové, tourné vers l'Europe. Les communistes appuyés sur les mouvements populaires dans la région de Setubal, dans l'Alentejo et au sein de l'armée, veulent consolider les conquêtes démocratiques par des conquêtes économiques et sociales. Enfin, au sein d'une armée délivrée de sa hiérarchie salazariste, les surenchères de gauche, pour ne pas dire gauchistes, font florès. Les affrontements les plus durs portent notamment sur la mise en place ou non d'un syndicat unique. Les socialistes s'affrontent durement sur cette question avec certains secteurs du MFA (Mouvement des Forces armées : mouvement des militaires fidèles au 25 avril). Maria de Lourdes Pintasilgo (elle fut premier ministre durant quelques mois a l'époque où le général Eanes était président de la République) juge durement cette époque .

capital071La tentative de coup de force du général Spinola, le 25 novembre 1975, marque la fin
de la première époque. Les formations de droite, organisées ou non, sont battues comme en témoigne la grande vague de nationalisations des banques et, dans la foulée, des terres et de l'essentiel des grandes entreprises portugaises. S'ouvre une ère de provocations en tout genres y compris gauchistes. Elles vont conduire à la chute des gouvernements, proches des communistes, du général Gonçalves, à la division et à l'extinction du MFA, et enfin à la mise en place d'un système politique et économique oscillant entre une droite réputée modérée et un socialisme menant une politique libérale bien tempérée. A la fin des années soixante-dix, l'économie portugaise est restructurée pour la préparer à l'adhésion à l'Europe de 1986. Dans le même temps, des révisions successives de la Constitution la vident de toutes ses conquêtes sociales (nationalisations, réforme agraire, contrôle des banques, droit d'interventions des salariés dans la gestion, etc.)...
Cette revolution a qu'en même permit de sortir le pays de la tyrannie de Salazar par la résistances des soldats alliés aux civils. Pour une fois ce furent les soldats qui eurent l'idée de résistance en premier : Ils furent les investigateurs de la révolution au lieu d'en être les opposants.

Posté par Africa Carlita à 23:19 - Raconte moi une histoire ! - Commentaires [2] - Rétroliens [0] - Permalien [#]



Capitaine d'avril

Révolution mise en image par Maria de Medeiros dans son film "Capitaine d'avril" sorti en France le 24 janvier 2001. Film qui retrace cette fameuse opposition du peuple contre le pouvoir en place.
Posté par Tom, 27 avril 2006 à 13:05

La révolution des oeillères

( Denis Morin / Daniel dos Santos / Daniel dos Santos )

J'allais, sur l'âge de raison
L'oeillet, tomba sur le toit des maisons
Le pays d'ou je viens
Sortira de l'enfance
Dans laquelle le tiens
Un vieil homme tout rance
Sale hasard, si tu nais sous la dictature
Tu finis en pâture

L'amour, et la liberté
Y'avait-, on jamais goutté ?
Tous les jours qu' Dieu faisait
Cachée dans les chapelles
La peur qui suppliait
Jésus comme seul rebelle
Salazar, envoyait sur l' bateau sans fond
Ses ennemis aux poissons

C'était la révolution des "oeillères"
Longtemps après la guerre des roses
Noblesse des coeurs qui comprenaient
Qu' le sang et le rouge ne sont pas les mêmes choses
C'était la révolution des "oeillères"
Longtemps après la guerre des roses
Beauté des âmes qui désiraient
Que nulle goutte ne coule, que rien n'explose

Enfin, les temps allaient changer
L'info, en radio a chanté
Par ce beau jour d'Avril
Un oeillet au fusil
Les hommes prirent la ville
Un seul jour a suffit
L’espoir, voulait un autre avenir
Il fallait en finir

Mensagem aos amigos da Rede Voltaire

Mensagem aos amigos da Rede Voltaire
por Thierry Meyssan*
Contra ventos e marés, Voltairenet.org prossegue com as suas publicações e tem-se imposto como principal fonte não-comercial de informação no mundo. Mas este sucesso, conforme escreve o presidente da Rede Voltaire Thierry Meyssan, tem custos…



1 de Abril de 2011

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Decerto, o nosso sistema de donativos on-line é pouco gratificante: tornámo-lo totalmente anónimo de forma a desconhecer a identidade dos doadores o que faz com que não nos seja possível agradecer-lhes. Este procedimento serve para evitar alguns aborrecimentos aos nossos doadores franceses após várias tentativas, por parte da Administração francesa, de os identificar.
Contrariamente às especulações veiculadas por alguns meios de comunicação, não temos qualquer financiamento secreto e todos os nossos colaboradores são voluntários. Temos, no entanto, duas despesas, as quais são incontornáveis.
a) Temos despesas com o alojamento, a segurança e a manutenção do site. O que se torna custoso para um site desta importância e que é objecto de várias tentativas de ataques sofisticados.
b) Acima de tudo, temos de comprar a documentação e acessos a bases de dados de forma a verificar as informações publicadas. Este processo é bastante dispendioso e indispensável para assegurar a qualidade do nosso trabalho. Existe, no entanto, um meio para diminuir este custo.
- 2. De forma a compensar a ausência de acessos a bases de dados jornalísticas, iniciamos um processo de criação da nossa própria base de dados sob forma de colecções completas de jornais e revistas políticas em várias línguas, no único formato em PDF.
Se algum de vós tiver alguma assinatura de uma publicação de interesse em PDF e/ou uma colecção de anos anteriores, solicitamos que entrem em contacto connosco. Após verificação, se não existirem duplicados, indicaremos a forma mais conveniente de nos fazer chegar a informação.
- 3. Temos igualmente necessidade da ajuda de tradutores voluntários que tenham um nível profissional. Gostaríamos de completar as nossas equipas nas diferentes línguas (inglês, árabe, espanhol, francês, italiano, português, e talvez alemão, farsi, russo e turco). Se tiver essa competência e disponibilidade, agradecemos o vosso contacto.
Os nossos autores e tradutores fazem o seu melhor para vos dar acesso a uma informação livre e segura. Consagram imenso tempo e energia nesse trabalho. Alguns até tiveram de passar por alguns sacrifícios – da minha arte, tive de tomar o caminho do exílio de forma a garantir a minha independência e ainda tenho de me proteger dos vilões do Palácio do Eliseu. Neste ambiente tenso, os nossos colaboradores necessitam do vosso apoio e encorajamento.
Por outro lado, somos muitas vezes solicitados a retomar as nossas actividades políticas na Europa ocidental, mais precisamente em França. No entanto, uma declaração recente por parte do conselheiro de segurança de Nicolas Sarkozy dá-nos a entender que o governo fará tudo para impedir que se concretize. Não importa. Desejaríamos igualmente organizar grupos de discussão e conferências por vídeo, mas não será possível empreender tais desenvolvimentos enquanto não tivermos consolidado e estabilizado o funcionamento diário de Voltairenet.org. É por isso que, em nome de toda a nossa equipa, insistimos em solicitar o vosso apoio.
Faça um donativo! Apoie a nossa acção.
Saudações republicanas,


 Thierry Meyssan
Analista político, fundador do Réseau Voltaire. Último livro publicado: L’Effroyable imposture 2 (a remodelação do Oriente Próximo e a guerra israelense contra o Líbano).
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Traduction David Lopes
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