
Voltaire
21 régions métropolitaines sur 22 à gauche
La gauche maintient ses positions au 2e tour mais rate le grand chelem, l'Alsace restant à droite
La gauche maintient ses positions au 2e tour mais rate le grand chelem, l'Alsace restant à droite
Dans quelques décennies, nous ne serons plus, mais nos atomes existeront toujours, poursuivant ailleurs l'élaboration du monde.
[Hubert Reeves - Conscience]
Dia Mundial da Poesia
VIVAM OS POETAS
VIVA A POESIA
Saúdo todos os Poetas de Portugal, e Mundiais, todos os Poetas da Lusofonia, e meus colegas Universais da PAZ, os "Poetas del Mundo" aqui deixo o convite para que neste 21 de Março Dia Mundial da Poesia os Poetas de Portugal adiram a Poetas del Mundo sediado no Chile, com o site do mesmo nome
Poetas del Mundo
info@apostrophes.cl
Poema Vallejiano.
Cuídate
Patria
de tu suerte.
Lo Cierto
Lo cierto estalla
germina
truena
es una estrella en el Caribe.
Higinio
Barrera Causse
higinio65@hotmail.com
Poeta de Cuba
RECUERDOS DE INFÂNCIA
Recuerdo cuando
mi tierra se llenaba
de jazmines,
de nubes y pájaros.
Cuando paseaba
por los caminos
azules de los cerros ,
con mi carita sucia.
y mi pantalón remendado.
Cuando las palomas
tendidas en el llano,
llenaban de plumas
la noche.
Cuando el viento
travieso
jugaba con la montaña,
enredando estrellas
en el bosque.
Ahora te veo llorar
y temblar
con tus ríos enfermos
de paludismo,
y tu cuerpo cubierto
de aceite de plomo
y pesticidas
René Arturo
Cruz Mayorga
Poeta de El Salvador
renearturocm17@hotmail.com
Chile
EL CREPÚSCULO
[a mi esposo Marcial Arredondo Lillo]
Fuego dormido, pausa del ocaso.
Dorada miel del trabajo vuelo.
Vencida sangre, enternecido celo,
vino de abismo en el profundo vaso.
Sabia desesperanza en el fracaso,
pupila firme en el activo cielo,
frente a la noche, desprendido vuelo
que hacia la muerte nos incita el paso.
Y esperanza también o despedida
que se prende a los soles de la vida
con garras de naufragio y de delirio.
Besas en el crepúsculo la rosa.
Quemas la frente en la ebriedad fogosa,
y alzas en llama el último martirio.
Matilde Ladrón de Guevara
[1910 - 2009]
mensagem
dum Poeta da Argentina
Por el Dia Mundial de la Poesía anticipamos por unas horas la aparición de Isla Negra para que bien temprano llegue a cada casa.
Habrá reuniones y encuentros en muchos sitios y en cada lugar donde haya poesía allí llevamos el abrazo fraterno.
En tanto, trabajamos con pasión por la nueva edición de palabra en el mundo, abajo renovamos el envío de la convocatoria.
Un abrazo cordial
en poesía
Gabriel Impaglione
Joaquim Afonso Fernandes d'Oliveira
[Cônsul - Setúbal]
«« ANTE - MANHÃ NOS CAMPOS DA PAZ »»
Na ante-manhã,
No Alvorecer de Auroras-Boreais,
replanto árvores nos caminho,
no desejo de outras florações,
nos Campos da Paz .
Renasce em cada flor,
a cada espiga de trigo,
a cada papoiola vermelha,
que refulgem nos campos dourados,
anteriormente, verdes de Esperança ...
A Paz é vermelha !
Cravo rubro de Abril,
abraço de Amigo,
beijo de Amor,
papoila vermelha,
num campo de trigo ...
A Paz é abraço,
no Tempo e no Espaço,
de um poema ,
que navega em águas azuis ...
A paz é o nosso leito,
onde és a flor,
espiga, papoila,
Pomba-Mulher,
onde vou colher,
beijos de amor
Moçambique
Ritmos do meu povo
Segui brechas sombrias de ritmos
Sulcadas na mbila dum povo alegre
Segui flautas, frémitos, pausas, silêncios...
Timbres de vozes inchadas de vertigem
Segui célere,
Ritmos do meu povo
Timbres de vozes isoladas
E no verso,
Um povo cruzado em favos.
Segui brechas sombrias de ritmos
No instinto e na origem
Timbres do meu povo
Segui vísceras,
No ventre duma lágrima
ténue, e devagar...
Ritmos do meu povo
Segui brechas sombrias de ritmos
E nos escombros da vida dum solo
Encontrei uma palavra,
Encontrei uma penumbra
Dum menino alegre colorido de lágrimas
Com um tambor de nada ás costas
Baquetas de ferro em punho e carnívoras
Naquele menino da pátria feliz!
Naquele menino feliz cruzado de sonhos!
Naquele menino feliz pousado de canto e que canta!
Ritmos do meu povo,
Segui brechas sombrias de ritmos.
Noé Filimão Massango
BRASIL
Castro Alves
POETA UNIVERSAL da HUMANIDADE
A órfã na sepultura
Minha mãe, a noite é fria,
Desce a neblina sombria,
Geme o riacho no val
E a bananeira farfalha,
Como o som de uma mortalha
Que rasga o gênio do mal.
Não vês que noite cerrada?
Ouviste essa gargalhada
Na mata escura? ai de mim!
Mãe, ó mãe, tremo de medo.
Oh! quando enfim teu segredo,
Teu segredo terá fim?
Foi ontem que à Ave-Maria
O sino da freguesia,
Me fez tanto soluçar.
Foi ontem que te calaste...
Dormiste . . os olhos fechaste...
Nem me fizeste rezar! ...
Sentei-me junto ao teu leito,
'Stava tão frio o teu peito,
Que eu fui o fogo atiçar.
Parece que então me viste
Porque dormindo sorriste
Como uma santa no altar.
Depois o fogo apagou-se,
Tudo no quarto calou-se,
E eu também calei-me então.
Somente acesa uma vela
Triste, de cera amarela,
Tremia na escuridão.
Apenas nascera o dia,
À voz do maridedia
Saltei contente de pé.
Cantavam os passarinhos
Que fabricavam seus ninhos
No telhado de sapé.
Porém tu, por que dormias,
Por que já não me dizias
"Filha do meu coração?"
'Stavas aflita comigo?
Mãe, abracei-me contigo,
Pedi-te embalde perdão...
Chorei muito! ai triste vida!
Chorei muito, arrependida
Do que talvez fiz a ti.
Depois rezei ajoelhada
A reza da madrugada
Que tantas vezes te ouvi:
"Senhor Deus, que após a noite
"Mandas a luz do arrebol,
"Que vestes a esfarrapada
"Com o manto rico do sol,
"Tu que dás à flor o orvalho,
"Às aves o céu e o ar,
"Que dás as frutas ao galho,
"Ao desgraçado o chorar;
"Que desfias diamantes
"Em cada raio de luz,
"Que espalhas flores de estrelas
"Do céu nos campos azuis;
"Senhor Deus, tu que perdoas
"A toda alma que chorou,
"Como a clícia das lagoas,
"Que a água da chuva lavou;
"Faze da alma da inocente
"O ninho do teu amor,
"Verte o orvalho da virtude
"Na minha pequena flor.
"Que minha filha algum dia
"Eu veja livre e feliz! ...
"Ó Santa Virgem Maria,
"Sê mãe da pobre infeliz."
Inda lembras-te! dizias,
Sempre que a reza me ouvias
Em prantos de a sufocar:
"Ai! têm orvalhos as flores,
"Tu, filha dos meus amores,
"Tens o orvalho do chorar".
Mas hoje sempre sisuda
Me ouviste... ficaste muda,
Sorrindo não sei pra quem.
Quase então que eu tive medo...
Parecia que um segredo
Dizias baixinho a alguém.
Depois... depois... me arrastaram...
Depois... sim... te carregaram
P'ra vir te esconder aqui.
Eu sozinha lá na sala...
'Stava tão triste a senzala...
Mãe, para ver-te eu fugi...
E agora, ó Deus!... se te chamo
Não me respondes!... se clamo,
Respondem-me os ventos suis...
No leito onde a rosa medra
Tu tens por lençol a pedra,
Por travesseiro uma cruz.
É muito estreito esse leito?
Que importa? abre-me teu peito
— Ninho infinito de amor.
— Palmeira — quero-te a sombra.
— Terra — dá-me a tua alfombra.
— Santo fogo — o teu calor.
Mãe, minha voz já me assusta...
Alguém na floresta adusta
Repete os soluços meus.
Sacode a terra... desperta!...
Ou dá-me a mesma coberta'
Minha mãe... meu céu... meu Deus...
POEMA do ESPELHO
Por onde vais menina
quando teus olhos te levam
pelo atalho esquecido
dos passos dados em vao.
A que certezas levantas
o acaso do instante
quando sem espanto te espantas
entre o sentir e a razão.
que carícias circulares
desenham as tuas mãos
quando esgatanham os ares
que vendavais te constroem
quando te arrastam ao chao
é a ti que sempre encontras
quando te partes. Divides
é nos espelhos de pedra
que te moldas e progrides.
Marília Gonçalves
A defesa do poeta
Natália Correia
Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei
Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em criança que salvo
do incêndio da vossa lição
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além
Senhores três quatro cinco e Sete
que medo vos pôs por ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.
Bipède volupteur de lyre
Epoux châtré de Polymnie
Vérolé de lune à confire
Grand-Duc bouillon des librairies
Maroufle à pendre à l'hexamètre
Voyou décliné chez les Grecs
Albatros à chaîne et à guêtres
Cigale qui claque du bec
Poète, vos papiers !
Poète, vos papiers !
J'ai bu du Waterman et j'ai bouffé Littré
Et je repousse du goulot de la syntaxe
A faire se pâmer les précieux à l'arrêt
La phrase m'a poussé au ventre comme un axe
J'ai fait un bail de trois six neuf aux adjectifs
Qui viennent se dorer le mou à ma lanterne
Et j'ai joué au casino les subjonctifs
La chemise à Claudel et les cons dits " modernes "
Syndiqué de la solitude
Museau qui dévore du couic
Sédentaire des longitudes
Phosphaté des dieux chair à flic
Colis en souffrance à la veine
Remords de la Légion d'honneur
Tumeur de la fonction urbaine
Don Quichotte du crève-cœur
Poète, vos papiers !
Poète, Papier !
Le dictionnaire et le porto à découvert
Je débourre des mots à longueur de pelure
J'ai des idées au frais de côté pour l'hiver
A rimer le bifteck avec les engelures
Cependant que Tzara enfourche le bidet
A l'auberge dada la crotte est littéraire
Le vers est libre enfin et la rime en congé
On va pouvoir poétiser le prolétaire
Spécialiste de la mistoufle
Emigrant qui pisse aux visas
Aventurier de la pantoufle
Sous la table du Nirvana
Meurt-de-faim qui plane à la Une
Ecrivain public des croquants
Anonyme qui s'entribune
A la barbe des continents
Poète, vos papiers !
Poète, documenti !
Littérature obscène inventée à la nuit
Onanisme torché au papier de Hollande
Il y a partouze à l'hémistiche mes amis
Et que m'importe alors Jean Genet que tu bandes
La poétique libérée c'est du bidon
Poète prends ton vers et fous-lui une trempe
Mets-lui les fers aux pieds et la rime au balcon
Et ta muse sera sapée comme une vamp
Citoyen qui sent de la tête
Papa gâteau de l'alphabet
Maquereau de la clarinette
Graine qui pousse des gibets
Châssis rouillé sous les démences
Corridor pourri de l'ennui
Hygiéniste de la romance
Rédempteur falot des lundis
Poète, vos papiers !
Poète, salti !
Que l'image soit rogue et l'épithète au poil
La césure sournoise certes mais correcte
Tu peux vêtir ta Muse ou la laisser à poil
L'important est ce que ton ventre lui injecte
Ses seins oblitérés par ton verbe arlequin
Gonfleront goulûment la voile aux devantures
Solidement gainée ta lyrique putain
Tu pourras la sortir dans la Littérature
Ventre affamé qui tend l'oreille
Maraudeur aux bras déployés
Pollen au rabais pour abeille
Tête de mort rasée de frais
Rampant de service aux étoiles
Pouacre qui fait dans le quatrain
Masturbé qui vide sa moelle
A la devanture du coin
Poète... circulez !
Circulez poète !
Circulez !
Léo Ferré
http://www.youtube.com/watch?v=Hf4ijC0t9jA
Viva a Poesia