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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A LUTA CONTINUA










VIVA O 25 de ABRIL de 1974


SEMPRE

visite o Site onde se encontra esta e mais informações:

Roteiro Nacional da Memória da Resistência e da Liberdade

Este Roteiro é uma lista de locais em permanente actualização, e é resultado de algumas contribuições advindas de apoiantes do Movimento.

Esta lista está incompleta e o objectivo da publicação é precisamente recolher novos lugares de memória.

1. A cadeia do Aljube.
2. O Forte de Peniche. As casas e os moradores, muitos pescadores, de Peniche, onde eram recebidos, as mais das vezes sem pagamento, os familiares dos presos aquando das visitas ao forte. As mercearias e os cafés que tantas vezes nada cobraram quando sabiam a quem se destinavam as compras. Falar com estas gentes e descobrir as histórias é também uma forma de preservar a memória, uma memória viva.
3. A prisão de Caxias.
4. A sede da PIDE/DGS e suas delegações no Porto, Coimbra…
5. Os Tribunais Plenários da Boa Hora em Lisboa e de S. João Novo no Porto.
6. O Tribunal Militar.
7. Os Presídios Militares.
8. A Companhia Disciplinar de Penamacor.
9. A Prisão de Angra do Heroísmo.
10. O Campo de Concentração do Tarrafal.
11. A cantina da cidade universitária, Lisboa.
12.O quartel de Beja.
13. O local onde morreu José Ribeiro dos Santos, Lisboa
14. A sala 17 de Abril do edifício das matemáticas da Universidade de Coimbra onde Alberto Martins tomou a palavra no dia da inauguração, em 1969, e na presença de Américo Tomás.
15. Grândola, Vila Morena e a sede da “Musica Velha” a quem o Zéca dedicou mais tarde a musica.
16. O Largo do Carmo, em Lisboa, lugar do 25 de Abril.
17. O Quartel do Carmo.
18. A casa de Aristides Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, onde passaram muitos refugiados.
19. O Núcleo Museológico do Posto de Comando do MFA (NMPCMFA), de onde se comandaram todas as operações do 25 de Abril
20. O apartamento da Rua Prof. Dr. Abreu Lopes, em Odivelas onde se realizou em Outubro de 1973 uma importante reunião preparatória do 25 de Abril (devidamente assinalado por uma placa alusiva).
21. A rua onde caiu às balas da PIDE o comunista Dias Coelho, actualmente com o seu nome, no Calvário, Lisboa.
22. Outros lugares onde foram realizadas reuniões preparatórias do 25 de Abril: Alcaçovas, Óbidos, Cascais, Caparica, Clube Militar Naval, S. Pedro do Estoril…
23. Edifício nº 125 da Rua da Misericórdia, última sede dos serviços de censura à imprensa rebaptizados de Exame Prévio por Marcello Caetano.
24. A casa onde viveu e foi assassinado pela PIDE (que tentou impedir na saída do funeral a homenagem de milhares de pessoas) o estudante Ribeiro Sanches.
25. Presidio militar da Trafaria (concelho de Almada, propriedade da CM de Almada) onde estiveram presos vários militares revoltosos, sobretudo o do golpe falhado em Março de 1974 (carece confirmação).
26. Lugar onde a Cataria Eufémia foi morta em Baleizão (freguesia), concelho de Beja. Existem nesta freguesia vários simbolos que recordam o que aconteceu.

Podem enviar sugestões e/ou contribuições pelos meios habituais lista Todos ou no caso de não pertencer ao Movimento para o nosso correio electrónico contacto@maismemoria.org.

[ lista actualizada em 2006/12/10 ]




visite o Site: Mais Memória

Não Apaguem a Memória







O PENSAR de um Capitão de Abril






















25 Abril 35 Anos 2009


O 25 de Abril…voltamos a estar inquietos!!!

Não é um aniversário qualquer…porque já são, uns maduros 35 anos!
Não é um aniversário qualquer…porque estamos passando por uma grave crise interna e global.

……………………………………………………………………………
…. Houve 25 de Abril porque queríamos ser Livres, estar…em PAZ, contribuir, com plena cidadania, para a construção do futuro…do nosso futuro e a ditadura fascista não nos deixava.

Esta era também uma “ outra guerra”. Um desassossego intimo.

Mas também houve 25 de Abril porque havia guerra: a guerra colonial.

Houve 25 de Abril porque havia colonização, ditadura, opressão, obscurantismo, repressão, demagogia, isolamento…um pesado policiamento das consciências.

Todos os que não se sentiam bem…com este estado de coisas… fizeram o 25 de ABRIL.

Fomos um só povo: europeus e africanos. Os do Norte e os do Sul, do Litoral e do Interior:
A sentir em português o acto: REVOLTA...
A falar em português a palavra: LIBERDADE...

A guerra que travámos tinha várias espécies de “teatro de operações”:

...o teatro de operações, dessa guerra, não tinha apenas o cheiro da mata e do capim, das chuvadas tropicais, do sol abrasador...dos trovões dos morteiros ou do rasgar das rajadas, dilacerando corpo e espírito...

da hipócrita dominação colonialista exploradora
e
dos homens que gritavam: queremos a Liberdade.

...o teatro de operações, dessa guerra, tinha o frio pungente da casa de pedra que chorava o seu filho ou marido perdido, o seu pai morto, entes queridos desaparecidos.


O império,
o do sofrimento,
é que era do Minho a Timor.

…O teatro de operações, dessa guerra, era sulcado pelo trabalho e esforço do português combatente e lutador, exilado ou emigrado... pelos quatro cantos do mundo,
onde aí, sim, o seu suor dava novos mundos ao mundo …
e o mundo lhe retribuía outra consciência.

O teatro de operações não era só em África, na guerra colonial…era em toda a parte
onde se lutava,
onde se trabalhava
onde se sofria,
onde se aprendia,
onde se conspirava
onde se crescia…

onde se queria um 25 de Abril.


A nossa profunda insatisfação estava lá. A guerra estava instalada no nosso íntimo. Só o 25 de Abril nos devolveu a auto estima.

A guerra em que nos meteram “Portugal uno e indivisível “ isolou-nos ainda mais …mas há sempre o reverso…e a dialéctica…
… colocou-nos solidários com a corrente de LIBERTAÇÃO, rumo ao FUTURO.




Antes da Descolonização (que não foi uma dádiva mas uma conquista dos povos oprimidos),

antes dela , germinou em nós a própria descolonização, da ditadura de quarenta e oito anos.

”Descolonizámo-nos” duma prisão, dum isolamento e dum obscurantismo.


E…só assim foi possível o 25 de ABRIL…

Portugal redimiu-se numa noite e fez surpreendentemente, dum conjunto de jovens militares, emergirem capitães, timoneiros do povo armado…mas também, sob a égide dum povo unido, erguer uma das mais belas alvoradas.

Esta alvorada libertadora nunca poderá ficar dissociada:
-nem da madrugada da forte fusão Povo-MFA….soldado/capitão;
-nem da madrugada do movimento popular, vigilante e seguro;
-nem do 1º, Primeiro de Maio”, que veio logo a seguir;
-nem das anteriores heróicas lutas dos resistentes e combatentes antifascistas.


Por isso mesmo será sempre justo o clamor de reconhecimento e também de comemoração festiva:
-para todos os combatentes da Liberdade, de qualquer cor ou credo, dentro e fora do país!
………………………………………………………………………….

-Uma Alvorada libertadora, só por si, não faz uma Revolução…mas há Alvoradas que as fazem.
Nesse dia, há 35 anos, o 25 de Abril sendo um Golpe Militar, trabalhoso e difícil, cuja intenção e grandeza não se poderão negar, teve na estrondosa adesão popular a plataforma para um estado superior.


Vindos da luta e do sacrifício de longos anos, o povo, o povo trabalhador e o movimento popular levantou o Sol naquele dia, há 35 anos, e com ele a nossa Alvorada, a dos capitães, foi REVOLUÇÃO…fez-se REVOLUÇÃO…a REVOLUÇÃO dos Cravos.

Ao povo, aos cidadãos… foi restituído o que era deles e por isso eles acorreram: a tomar nas suas mãos o que lhe era pertencia:
-nas instituições;
-nas fábricas;
-nos bairros;
-nas escolas;
-na terra…no campo…na serra.

Nós capitães de Abril (militares de carreira) aprendemos (na guerra onde nos meteram) a arte da organização militar, mas também colhemos nela as contradições do sistema, cruzando informação e sabedoria com o povo soldado e o povo colonizado, escutando o que se passava no resto do mundo…

Sabem, os que tiveram em guerra, a quanto anos de reflexão
a quantos anos de saber
a quantos anos de aprendizagem
podem equivaler um dia de trincheira?!?

Comissão de guerra após comissão guerra( e alguns tiveram 3 em oito anos), impregnou-se em nós, exactamente, nesses anos 60, o que os anos 60 deram ao mundo:
Sonho, luta, renovação e esperança…

Nós capitães, anos após anos, constatámos que afinal o nosso inimigo não estava na mata tropical mas no Terreiro do Paço…Altas patentes militares e Governantes mentiam-nos sem pudor.

E foi, paradoxalmente, com os conhecimentos adquiridos nessa guerra, que soubemos preparar com profissionalismo e competência a tomada do poder, em Portugal e também na Guiné, como aconteceria a 25 de Abril.

………………………………………………………………………………

Hoje, passados trinta e cinco anos, o Portugal Democrático não tem nada a ver com o Portugal da ditadura.
É fundamental não perder de vista esta realidade.

Não confundamos os males de então com os dias difíceis de “hoje”, que já o eram “ontem”
e tem vindo a sê-lo ( há tantos) destes 35 anos.

Quiçá, terá mesmo alicerces numa data venerada por alguns inimigos da Revolução, dum certo Novembro da nossa Primavera.

Alguns desesperados desabafam: “está tudo como dantes”...”está tudo na mesma “ .Não o devem repetir. Isso significa comparar tempos e agonias diferentes.

Cuidado…não branquear o fascismo.
Sobretudo não devemos fazê-lo pelos mais novos e pelos que não viveram o triste passado da opressão.

Os desencantos de agora e respectivas frustrações são de hoje, embora as suas raízes sejam antigas e outras tenham vindo juntar-se-lhes no país e no globo. São-nos:
Resultado da essência e natureza dum sistema predador: Responsável pela miséria, pela fome e pela doença de milhões de seres humanos;
Responsável pela depauperação de países e pela pilhagem de continentes.

- esse sistema tem um nome, anda a monte e chama-se: “capitalismo”…mascarado ou não de Neo-liberalismo, ultra-liberalismo global…ou de outra exuberante alcunha qualquer.


Veio agora a chamada crise recente desmontar um arsenal ideológico de mentiras, de manipulação de palavras, de subversão e ilusão de conceitos e de ilusão de realidades…para sacudir responsabilidades e reverter em benefício próprio as razões que lhe estão na origem.
…………………………………………………………………………….
A crise é só de hoje? Claro que não.
Hoje terá chegado aos poderosos, mas há que tempo a vivemos.
Há anos que vimos afirmando que o sistema gera desumanas situações sócio-económicas, com uma aparente e ilusória contrapartida de progresso económico,

onde os ricos tem ficado cada vez mais ricos
e os pobres, cada vez, mais pobres.

Não faltariam elementos para desfilar um rosário de exemplos, paradigmas da crise, das crises.

Há muito que a economia social foi estrangulada e a vertente financeira(especulação) se sobrepõe à vertente produtiva (economia real).

Essa é a crise e, infelizmente , há muito.



E o que é que isto tem a ver com o nosso 25 de Abril?? Perguntarão.

Tem tudo a ver.

Para nós Capitães de Abril, para a esmagadora maioria de nós, de todos nós , o verdadeiro 25 de Abril assentava numa base programática ( o programa do MFA) com os direitos e os deveres do cidadão, dignos dum Estado-Social…e que, apesar de tudo -mas muito- da luta dos progressistas, a Constituição da República Portuguesa viria a consagrar, em letra, em 2 de Abril de 1976.

Que País e que Estado-Social temos, 35 anos depois?

Que outra “guerra” ou outras “guerras” nos atormentam?

Dos três marcos da Revolução Social: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, os poderes instalados só vibram com a Liberdade.

E isto acontece, porque as suas centrais manipuladoras, tentam anestesiar os próprios povos. Atiram-lhes com a Liberdade…como se esta, só por si, tudo resolvesse.

Mas onde andam a Igualdade e a Fraternidade que parecem de outra galáxia?

Adensa-se o desassossego e a inquietação.

É que a Liberdade, anda de boca em boca, para que haja cada vez mais liberdade para se “explorar” ou “oprimir”.

Liberdade para falsear a História…
Liberdade para branquear a ditadura…
Liberdade para promover a cultura do esquecimento contra a cultura da memória… renascer fantasmas!

Liberdade que quer substituir a ideia de mudança (de Revolução) pela ideia de Mercado.

Liberdade que dá força à competição feroz e ao “jogo do empurra” e enfraquece a solidariedade na rua, na escola, na família, no emprego, na política...

Os capitães de Abril e todos que, se sentem mal com este estado de coisas, querem a LIBERDADE…a verdadeira. Outra liberdade.
A Liberdade para ser usada na participação, numa participação mais séria…mais séria nas mudanças e nas alternativas: empenhados e responsáveis na construção do futuro... muito para além dos actos eleitorais.

Será por termos usado mal a Liberdade (que Abril nos deu) que o Portugal de hoje não corresponde ao que ambicionávamos há 35 anos?!

Sendo um país diferente :
muitos sonhos estão ainda por realizar,

muitas situações de injustiça e iniquidade convivem connosco ainda hoje e agora!

Voltámos a estar em “guerra”.E sabemos onde estão os inimigos.

Há 35 anos estávamos longe de pensar que no nosso Portugal de hoje, acantonado na União Europeia, viria a ter em 2008:
Absurdos indicadores de pessoas no limiar da pobreza(200.000), de desempregados(500.000),de tarefeiros(700.000) e de trabalhadores a prazo(800.000).

Que irá acontecer aos dois milhões e meio (pouco mais de metade da população activa que resta) com emprego tão ameaçado!??

Que se passa?

Desde operário a licenciado o português é bom profissional em todo o mundo!
Que nos fazem ou deixamos que nos façam cá dentro.

E os sucessivos Governos que têm feito? Onde está o projecto aglutinador dos portugueses para corresponder ao Portugal do 25 de Abril!?

Por isso repito: Voltamos a não nos sentir bem!

O 25 da Abril merece mais, merecia mais.

Outra Politica.
Outra cultura. Outra cultura de mentalidades. Um outro apetrechamento geral e social, mais qualificado e actual.

Digno do 25 de Abril de todos nós.
Digno de todos aqueles que têm contribuído para que a nossa Constituição Portuguesa de 1976 não se ficasse pelas boas intenções…e fosse sucessivamente emendada, quantas vezes contra o Estado-Social.

Digno de todos aqueles que têm lutado para que o projecto de Abril sirva às gentes e não só a uns privilegiados…

Digno de quantos nas suas organizações,nas suas fábricas, no campo, no mar, lá… onde podem, utilizam as novas armas que Abril lhe deu…

Em conclusão:

Há trinta e cinco anos quisemos um país novo .
O programa do MFA deu o mote: descolonizar, democratizar e desenvolver.

Descolonizar : Descolonizámos, o melhor que se foi possível à data.
Democratizar: Encetámos caminhos de Democracia sérios, mas inacabados.
Desenvolver: Grandes avanços, sobretudo pela mão do poder Local. No xadrez nacional duvida-se da razoabilidade da distribuição de fundos e da criação dos projectos mais adaptados ao país, às suas necessidades e a um desenvolvimento sustentado.
Reconheçamos que tivemos dificuldade em deixar tutelar o Desenvolvimento à ganância dum sistema ou ao sistema da ganância…e o sistema padece de gravosa infecção…incurável.
Assim o julgará a maioria dos Capitães de Abril …comparando com o que se ansiava e estou convencido, também a maioria dos portugueses.

Que fazer?
Quantos anos de sabedoria se aprendeu nas trincheiras das vida?!
Quanta força nos deram os que lutaram antes de nós e os que continuam persistentes lutando..

Não podemos desesperar.
Tivemos muitos avanços e grandes recuos.Mas…

Continuando muitos “25 de Abril” por fazer; não podemos…não queremos … virar a cara.

No resistir…no construir…
No 25 Abril do combate ao desânimo...
Do 25 de Abril de muitos combates é certo...porque o caminho se faz caminhando, lutando.

Há vitórias e derrotas nas constantes batalhas da Vida....mas a grande Vitória é continuar a lutar...a lutar pelo que acreditamos.
……

Queremos arredar de nós o desassossego íntimo.

Ainda não é desta que nos deixaremos abater apesar da tormenta
Todos nós somos parte da solução.


Competentes e empenhados nas nossas tarefas diárias cumpriremos Abril, estaremos a cumprir ABRIL.


A luta continua e com ela continuará sempre

Aquele sonho, a renovação e a esperança

que fizeram Abril
que deram força a Abril.

Tal como há 35 anos.
Tal como durante 35 anos.

Porque: O Povo é quem mais ordena…”
Grandola vila morena….”
O 25 de Abril está vivo.

25 de Abril sempre..

Manuel Duran Clemente
Coronel Reformado



Abril 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Portugal em Seus Artistas




Sofia Escobar

a ver e escutar sem moderação!!!

















Grandiosos no Estrangeiro, quantos filhos de Portugal se viram rejeitados na sua Pátria antes de se verem reconhecidos na Pátria alheia?
Que se cumpra Abril Portugal !
que a Abril se deve a tua DEMOCRACIA


sexta-feira, 24 de abril de 2009

25 de Abril 25 de Abril 25 de Abril


25 de Abril

Liberdade Portugal Povo
VIVA O 25 de ABRIL de 1974
para todo o Sempre

Marília com o Povo de Portugal
Abril Eterno

PARA REFLECTIR

Amanhã

















Amanhã Começa a Liberdade!!!!

O que é e para que serve a Liberdade?

Onde acaba e onde começa
de que é feita?

que Direitos traz, o qu implica como deveres?

que cada um responda dentro de si.

Pelo Mundo de Amanhã

Pela Paz

pelo futuro de Nossos Jovens, nossos filhos


Marília

quinta-feira, 23 de abril de 2009

FALTAM DOIS DIAS





















Catarina
poema de
António Vicente Campinas
dito por mim
no Outono de 1965 num Teatro nos arredores de Paris
onde o poeta se encontrava exilado
com sua família


Esta poema extenso formou um livro intitulado CATARINA , Homenagem à Heróica Ceifeira do Alentejo, Baleizão, cruamente assassinada, com um filho muito pequeno nos braços, pelo tenente Carrajola da GNR de então ao serviço do fascismo/salazarismo, aquando duma reivindicação por aumento do valor da jornada de trabalho. Catarina tinha três filhos todos ainda pequenos.
Longa, extensa lista de Resistentes portugueses assassinados durante os 48 anos que durou a noite do terror fascista.


Marília Gonçalves




Manhã de Paz



Ai a manhã de Primavera
calma e sedosa de perfume e flor
— como qualquer primeiro amor
ornamentado de quimera
Haja o que houver e seja quando for
prometo sim! Prometo ter maneira
de semear rosas onde exista a dor!

Vicente Campinas in Raiz da Serenidade

quarta-feira, 22 de abril de 2009

25 de ABRIL

PARA TODO o SEMPRE

Le 25 AVRIL

Revolução dos Cravos

Révolution des Œillets


25 de ABRIL SEMPRE FASCISMO NUNCA MAIS



o primero sinal a cançao de Paulo de Carvalho


Senha 1 da Revolução dos Cravos, 25 de Abril de 1974 E Depois do Adeus Paulo de Carvalho Letra -- José Niza, Música -- José Calvário Quis saber quem sou O que faço aqui Quem me abandonou De quem .
VIDEO 25 de ABRIL


Faltam três dias
hoje apenas três dias
porém em 1974

que longos eram o Dias
da Esperança que o fascismo
sepultara
da guerra colonial que
nos matava filhos e irmãos
e amados
por essa PIDE sinistra
que prendia
e torturava e matava
os homens bons
na prisão encarcerados!
punidos por serem justos
e amarem PORTUGAL!!!

que longos eram os dias
como interminável noite
noite de dor de agonias
até que um cravo de Abril
despontou em PORTUGAL
e o povo veio prá rua
era o povo o General
ao lado dos Capitães
que nos rasgaram janelas
nessa paisagem que morta
prendia os olhos que mudos
nem podiam soluçar
Obrigada Capitães
e POVO DE PORTUGAL
que sabe vir para a rua
quando o crime é sem igual
VIVA O POVO PORTUGUÊS
E VIVAM OS CAPITÃES
VIVA ABRIL EM PORTUGAL

o tempo vem a caminho
sempre que a vida magoa
quando quem manda é o mal!
VINTE E CINCO DE ABRIL SEMPRE

VIVA A VIDA E PORTUGAL!

Marília



outro site sobre O 25 de ABRIL de 1974


25 de ABRIL O DIA DA LIBERDADE



















video a Tomada do CARMO

Portugal, Lisboa. Revolução de 25 de Abril de 1974

terça-feira, 21 de abril de 2009

Caminhos para Abril

Faltam... 4 dias

vem a caminho....
Está o Cravo a Florescer.....



25 de ABRIL SEMPRE






O Jornal que foi um Exemplo de Resistência ao Fascismo o Noticias DA Amadora
cujo Director Orlando Gonçalves foi preso pela PIDE
JORNAL, que nem o fascismo conseguiu silenciar, foi vencido pelo poderio económico hoje vigente, tendo encerrado como Jornal em papel e presentemente continua a existir como Jornal na INTERNET
convido todos os antifascistas a visitarem o site do Jornal assiduamente, onde encontrarão noticias históricas relativas ao faascismo em Portugal.
Documentem-se como prova de Solidariedade para com o seu Director Orlando César e para com todos os Jornalistas do NOTÍCIAS DA AMADORA

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SOEIRO PEREIRA GOMES












VIDEO HOMENAGEM


O escritor dos homens
que


nunca foram meninos



por FRANCISCO MANGAS
Hoje

Autor de 'Esteiros' nasceu há cem anos. Homenagem em Baião, Alhandra e Vila Franca. Reedição de 'Os Contos Vermelhos'.

A aldeia é conhecida pelas bengalas artesanais que, nos dias de hoje, muitos estudantes exibem alegremente na Queima das Fitas. Chama-se Gestaçô, concelho de Baião, e foi aí, faz hoje cem anos, que nasceu Soeiro Pereira Gomes. Homem da palavra insubmissa, dedicou o seu primeiro romance - Esteiros - "aos filhos dos homens que nunca foram meninos". O escritor e dirigente comunista é al- vo de diversas homenagens: em Baião, Alhandra e Vila Franca de Xira.

O livro Os Contos Vermelhos, obra que narra episódios da vida e da luta na clandestinidade, tem uma reedição para assinalar o centenário do nascimento do a
utor. Na próxima quinta-feira, o jornal Avante! terá a companhia desse livro com conta histórias de homens comuns e de medos, que também Soeiro viveu quando entrou na clandestinidade. O medo, como escreveu Manuel Gusmão, "de ser preso, medo de falar, medo de ter medo, medo da tortura e sofrimento, medo de perder a vida e os afectos que a tecem".

Na terra onde nasceu, as comemorações do 25 de Abril , este ano, são dedicadas ao autor de Esteiros. A Câmara de Baião, em parceria com os CTT, lança um selo comemorativo do centenário do escritor e "homem de uma profunda sensibilidade social". O presidente da autarquia, o socialista José Luís Carneiro, refere que um representante do PCP recordará o contributo de Soeiro para a resistência antifascista. A vida e a obra do romancista será abordada noutra intervenção, durante a sessão solene da Assembleia Municipal comemorativa da revolução de Abril.

Em Gestaçô, aldeia onde nasceu Soeiro, existe um monumento evocativo do escritor. E todos os anos, recorda José Luís Carneiro, em Abril, "sempre que o PS e
stá à frente da autarquia", o autor comunista é homenageado com a deposição de uma coroa de flores.

Os tributos estendem-se a outras geografias que o homem da palavra e activista político percorreu na sua curta vida. No dia 19, a homenagem acontece em Alhandra - onde viveu, trabalhou e sonhou uma sociedade livre, nos anos 30 do século passado -, no museu local (Casa Sousa Martins); em Vila Franca de Xira, o Museu do Neo-Realismo dedica-lhe uma exposição, patente ao público entre Novembro e Fevereiro de 2010.

Filho de uma família de pequenos agricultores - irmão da escritora infanto-juvenil Alice Pereira Gomes e do matemático Alfredo Pereira Gomes -, Soeiro Pereira Gomes aprendeu a ler com o pai no jornal O Primeiro de Janeiro, ainda antes de entrar na escola primária. Em Coimbra, mais tarde, tira o curso de regente agrícola.

Aquele que viria a ser um dos principais nomes do neorealismo port
uguês embarca para Angola e regressa, um ano depois, desiludido com a experiência. Em 1931 casa com Manuela Câncio Reis: fixa residência em Alhandra, trabalhando nos escritórios da fábrica Cimento-Tejo. Nove anos depois, adere ao PCP e ingressa na célula da empresa.

Álvaro Cunhal, que ilustrou Esteiros ("pediu-me que ilustrasse e assim fiz, certo porém de que os modestos desenhos não eram dignos do valor da obra literária"), destacava o papel que Soeiro Pereira Gomes teve na reorganização do partido nos anos 40. "Militante na fábrica e nas lutas operárias, tinha ainda outros aspectos de extraordinário valor: no movimento associativo, na realização de obras sociais, no desporto, na relação estreita, solidária com as populações".

Quando a ditadura salazarista tentava sil
enciar os crimes do holocausto nazi, com a proibição de se ouvir as emissões da BBC em língua portuguesa em locais públicos, Soeiro abria a janela da sala, na sua casa, onde tinha a telefonia, para que muitos populares pudessem ouvir, discretamente, as informações de Londres.

Em 1941 publica Esteiros, a obra mais conhecida e mais comovente do autor. Uma história de trabalho infantil, de extrema miséria. "Pequena obra-prima", considerou Cunhal. Este romance, ainda segundo o líder histórico do PCP, também ele autor de várias obras literárias, "traduz (não em ternos de análise política, mas com igual
força de expressão e convencimento) o humanismo dos ideais e da luta dos comunistas".

No mês de Maio de 1944, acossado pela PIDE, entra na clandestinidade, e escreve o romance Engrenagem. É eleito para o Comité Central dois anos depois. A doença, no entanto, tolhe-lhe o caminhada: morre em 1949, com 40 anos de idade.

Tags: Artes, Livros

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Enviado por um amigo

em Homenagem à Grande Força da Juventude


de Ary dos Santos

VIDEO

Ary dos Santos - 1977


Muitos Homens na Prisão






















Agarro a madrugada
como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada,
uma videira de esperança.
Tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade,
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua desta lua
que no meu Tejo acendo cedo,
vou por Lisboa, maré nua
que desagua no Rossio.
Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresce na vela da canoa.
Sou a gaivota que derrota
tudo o mau tempo no mar alto.
Eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada,
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada,
um malmequer azul na cor,
o malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém,
o malmequer desta cidade
que me quer bem, que me quer bem.
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também,
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem,
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis, que me quer bem.


este poema é cantado por

CARLOS DO CARMO

com

Música: José Luís Tinoco


25 ABRIL SEMPRE























E...

Lembre: quem Anda à Chuva, molha-se
use
PRESERVATIVO !!!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

faltam cinco dias


















Ainda anda turvo nosso olhar
mas aproxima a Bela Madrugada
quando o Cravo Vermelho enfim brilhar
a nossos pés estará aberta a estrada!!

Marília


FASCISMO NUNCA MAIS!!!

TEMPO a NÃO REVIVER!!!
















Meio Século

No tempo em que os cavalos
Tinham patas de vento
O vôo ultrapassava a dor
E as raízes
Quando sonhos azuis
não podiam montá-los
A desenhar o sulco
De térreas cicatrizes.
No tempo em que os cavalos
não escolhiam caminho
Levantavam as crianças
Do solo atraiçoado
No tempo dos cavalos
E das imperatrizes, as leis
Eram sombra de quem ia montado.
No tempo em que os cavalos
Desenharam memória
Da cor da sua cinza
Sobre a cinza dos dias
No tempo em que o terror
Era vê-los, olhá-los
Como vento a passar sobre histórias vazias.
No tempo em que os cavalos
Numa cidade inquieta
Galopavam no tempo
Que não queria parar
Uma mancha de sangue
Desenhava-se preta
Nos dias ressequidos
A perder-se no mar.
No tempo em que os cavalos
Eram maiores que a estrada
Havia vozes cegas
Ou olhos por gritar
No tempo em que eram monstros
Que vinham dispará-los
Sobre a esperança nascida
Que não queria murchar
No tempo dos cavalos
No tempo dos cavalos
Na Pátria ia crescendo
A raiva popular.

Marília Gonçalves

quarta-feira, 15 de abril de 2009

ATT URGENTE!!!!



Este apelo visa promover uma maior visibilidade da doença neurológica que é a Epilepsia, sublinhando o carácter solidário com a situação e com as acções que a Associação EPI–APFAPE aquí propõe.


Destinatário: Presidente da Assembleia da República

Petição para Instituir o Dia Nacional da Epilepsia

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República:

PETIÇÃO PARA INSTITUIR O DIA NACIONAL DA EPILEPSIA

Considerando que :
- A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais predominantes em Portugal;
- Há cerca de 50 000 pessoas com epilepsia em Portugal;
- Qualquer pessoa, de qualquer idade, raça, camada social e nacionalidade, pode vir a ter epilepsia;
- Estas pessoas vêem, muitas vezes, as suas participações sociais e laborais comprometidas devido à discriminação e ao estigma que sofrem;
- Existe um profundo desconhecimento, da população em geral, sobre esta doença e seus condicionantes;
- Existe ignorância relativamente às formas de actuação correctas em momentos de crise epiléptica;



Neste sentido, urge promover uma maior visibilidade para a EPILEPSIA; é necessário quebrar mitos, fornecer informações adequadas e seguras e normalizar esta doença. Só assim, saindo da escuridão, é que conseguimos criar condições de formação e adaptação psicossocial para estas pessoas, bem como de educação da população em geral.

Vem desta forma a EPI–APFAPE , Associação Portuguesa de Familiares Amigos e Pessoas com Epilepsia, I.P.S.S., registo nº11/2007 de 14/08/2007, contribuinte nº 507611004, sedeada na Avenida da Boavista, nº 1015, 4100-128 Porto, conferir aos cidadãos a possibilidade de exercerem os seus direitos constitucionais de entrega de assinatura da presente petição a submeter à Assembleia da República para que seja instaurado o dia 11 de Março como o DIA NACIONAL DA EPILEPSIA.
A presente petição vai assinada pelos cidadãos abaixo-designados que aderiram à proposta apresentada pela Associação requerente.
Porto, 19 Fevereiro de 2009
Os Peticionários

Ver Signatários | Assinar Petição


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DROITS des ENFANTS

Direitos da Criança

aqui

OS POETAS UNIVERSAIS

"Abril JAZZ mil" - Festival de Jazz de Palmela

Sociedade Filarmónica Humanitária, Palmela

Entrada Livre


18 de Abril - Abril JAZZ mil

Dia 18 Abril, 21:30
- Curso de Jazz da Academia de Amadores de Música
- Big Band da Escola de Jazz Luís-Villas Boas, Hot Clube de Portugal


Dia 24 Abril, 21:30
- Curso de Jazz da Universidade de Évora
- Orquestra de Jazz Humanitária

Jam Session a seguir aos concertos: Traz o teu instrumento e vem tocar connosco!

Organização:
Sociedade Filarmónica Humanitária | Conservatório Regional de Palmela

Apoio:
Câmara Municipal de Palmela

Contactos:
Sociedade Filarmónica Humanitária | Av. Dr. Godinho de Matos 2950 - 252 Palmela Tel / Fax 212350235 | geral@sfh.pt | www.sfh.pt


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Léo Ferré chante les poètes












de Marília Gonçalves

Fresques



Les as-tu vus ces vieux passants
Arborant leurs batailles leur rêves
Les yeux emplis de songes
Les mains vêtues de gestes
Une histoire sur leurs lèvres
Les as-tu vus passer
résistants à l’automne
Voletant irréels dans un monde concret
Les as-tu vu passer

(ce cortège sublime
Dont ils ont le secret)

Ce sont les vieux poètes
Qui passent en nos regards
L’éternelle jeunesse agite leur pensée
Les éternels amants du matin et du soir
Nous les dirions absents notre vision nous trompe
de toutes les batailles ils sont bien présents
Ils portent un étendard de mots et de couleurs
Ils traversent le temps sillonnant la parole
Impromtu symphonie jaillissant dans leur cœur
Sonate de poèmes colombe qui s’envole
ils sont à nos cotés et cheminent tout seuls
nous ne saurons jamais
la racine carrée du poids de la parole

Marília Gonçalves



o dvd Léo Ferré chante les poètes
[DVD]




















Fresques

Les as-tu vus ces vieux passants
Arborant leurs batailles leur rêves
Les yeux emplis de songes
Les mains vêtues de gestes
Une histoire sur leurs lèvres
Les as-tu vus passer
résistants à l’automne
Voletant irréels dans un monde concret
Les as-tu vu passer

(ce cortège sublime
Dont ils ont le secret)

Ce sont les vieux poètes
Qui passent en nos regards
L’éternelle jeunesse agite leur pensée
Les éternels amants du matin et du soir
Nous les dirions absents notre vision nous trompe
de toutes les batailles ils sont bien présents
Ils portent un étendard de mots et de couleurs
Ils traversent le temps sillonnant la parole
Impromtu symphonie jaillissant dans leur cœur
Sonate de poèmes colombe qui s’envole
ils sont à nos cotés et cheminent tout seuls
nous ne saurons jamais
la racine carrée du poids de la parole

Marília Gonçalves

domingo, 12 de abril de 2009

ABRIL

Brinca a manhã feliz e descuidada,
como só a manhã pode brincar,
nas curvas longas desta estrada
onde os ciganos passam a cantar.
Abril anda à solta nos pinhais
coroado de rosas e de cio,
e num salto brusco, sem deixar sinais,
rasga o céu azul num assobio.
Surge uma criança de olhos vegetais,
carregados de espanto e de alegria,
e atira pedras às curvas mais distantes
- onde a voz dos ciganos se perdia.

Eugénio de Andrade

ALEGRES FESTIVIDADES

























UM BOM DOMINGO MUITA ALEGRIA
e LONGA VIDA
para
TODOS OS HUMANOS FRATERNOS E JUSTOS

Marilia














Raul de Carvalho



Cerejas Brancas

Era a tua voz. Doce, docemente. Inocentemente.
De cerejas brancas, de estrelas vermelhas de lábios azuis,
Dizia palavras, dizia palavras... Alucinações.
Monstros e promessas. Magia, segredo. Artes do Diabo.

Reflexos tristes da luz que nos foge, da luz que anda à solta e nos deixa presos.


Ouço a tua voz chamando, chamando...
Ah! nenhum de nós somos os culpados!
Docemente extinta. Inocentemente.
Um círculo da Lua rodeia teus braços,

Um raio de Sol te dirige os passos.
É a tua voz! de menino e moço!
Ah! quanta ternura tem a tua voz,
Quanto beijo que jamais fora dado,

Quanta linda festa que logo interrompida,
Quanto abraço que desejaste dar ...
Ouço a tua voz. É som ou desmaio?
É quebranto? É música? Sai do coração?


Ouço a tua voz, que respeita e ama,
Como irmão mais novo a irmão mais velho.
Diz-me que é inútil. Que essa tua voz
Não é verdadeira, porque sofrerás...



Embora me tragas, sem eu saber como,
Alguma alegria, um pouco de paz!
Queira Deus que tu, irmão meu, encontres
Alguém que ao ouvi-la, quando estiveres só,


Te ame e compreenda, te ouça e adormeça
Te afirme que tens um lugar no Mundo ...















terça-feira, 7 de abril de 2009

O REGRESSO DO MOSTRENGO


O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar.


FERNANDO PESSOA, Mensagem




















O mostrengo não está no fim do mar.

Ocupa as ruas, bate à nossa porta,

vomita chamas na cidade morta,

escreve garatujas no luar.

Ei-lo que espreita em cada patamar

pronto a saltar-nos à garganta. Importa

lançar brados de alerta à malta absorta

que se deixou nos ventos embalar.

De pé! O monstro volta! Unir fileiras!

Deixemos as diferenças das bandeiras:

É preciso avançar em marcha unida.

A nossa força é sermos um só povo

e uma só terra a defender de novo.

A morte do mostrengo é a nossa vida!

Carlos Domingos