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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

sábado, 18 de julho de 2009

Numeração Negativa até onde!!!!?


Jornalista dos E.U.A Alex Jones fala da Gripe A !






Quando a guerra muda de face e torna-se bioterrorismo em escala internacional.
Vírus e vacinas, armas silenciosas para guerras tranquilas ?

Uma maneira fácil de reduzir a população mundial, deixando acreditar que tudo é feito para seu bem.

Propor vacinas e tratamentos que não só, são ineficazes contra vírus em constante mutação, mas que também prejudicam gravemente a saúde das populações.

Criaram o problema (vírus) nos laboratórios militares dos E.U.A e sugerem soluções (vacinas). Isto permite obter vários resultados:

1 - reduzir a população mundial devido à superlotação,

2 - controle populacional pela injecção, através das vacinas, do chip RFID micronizados ao estado de grãos em pó

3 - o enriquecimento de Laboratórios farmacêuticos,

4 - alimentação do sistema medical pela provocação de doenças,

5 - populações mais frágeis. Uma população doente é uma população que não se pode defender. Fazer cordeirinhos mansos ,

6 - manipulação e mutações genéticas através de vacinas e de seus componentes. Eugémisme?

7 - o enfraquecimento do sistema imunitário e geração de novas doenças.


A pesquisa médica deve ser utilizada para produzir doença e doentes, e para descobrir o que ela chama de novas doenças que ela própria produz a partir do zero?

Que fazem os nossos médicos na luta contra essas fraudes?
Tal como é verdade que não existe vacina para lutar contra os vírus que tem a particularidade de ir e vir, sem tratamento médico específico, com excepção de certos medicamentos para anular sintomas incómodos para algumas pessoas enfraquecidas.

O que fazem os governos ? Encomendam milhões de doses de vacinas ........!!!!!!
Quem lucra com isso ? Quais são as motivações para um crime cometido contra a humanidade ?

"O micróbio não é nada, o terreno é tudo" Louis Pasteur!

Os alimentos são o melhor remédio.
A melhor forma de alterar o metabolismo básico enquanto aumenta o nível do sistema imunitário é mudar sua dieta, adoptando uma dieta biológica e uma boa higiene de vida. Informe-se e forme-se.

Cada vez mais jornalistas denunciam a fraude orquestrada em laboratórios militares dos E.U.A e os crimes cometidos contra a humanidade.



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blogue AVENIDA da LIBERDADE

Tarrafal foi criado em Abril de 1936


Tarrafal



Tarrafal foi criado em Abril de 1936























Campo de Concentração do Tarrafal foi criado em Abril de 1936!!!

http://sinaisdarevolucao.blogspot.com/

Os setenta anos do «Campo da Morte Lenta»

Em Abril de 1936, mais precisamente no dia 23, o decreto n.º bely25 539 criava a Colónia Penal do Tarrafal, na ilha cabo-verdiana de Santiago. A criação daquele que ficou conhecido como o «Campo da Morte Lenta» foi mais um passo decisivo na instauração de um regime fascista em Portugal, em muito semelhante aos que vigoravam na Itália de Mussolini e na Alemanha de Hitler.«Quem vem para o Tarrafal vem para morrer!». Assim recebia os presos Manuel dos Reis, durante anos director daquela «Colónia Penal». Estas palavras resumiam como nenhumas outras os verdadeiros objectivos que estiveram na base da criação do campo de concentração do Tarrafal. Muito para lá do objectivo hipocritamente proclamado no decreto fundador, de «recolher os presos condenados a pena de desterro, pela prática de crimes políticos», com a criação do campo de concentração pretendia-se a eliminação física dos opositores políticos do fascismo. Durante os 18 anos em que funcionou, o Tarrafal ceifou a vida a 32 antifascistas, entre os quais o secretário-geral do PCP, Bento Gonçalves. Alguns dos prisioneiros acabariam mesmo por falecer anos depois de expirada a pena a que tinham sido condenados. Muitos dos presos nunca tiveram pena sequer. Era assim a «legalidade» fascista… Durante este período, passaram pelo campo da Achada Grande do Tarrafal, na ilha de Santiago, 340 prisioneiros, que cumpriram, somados, um total de dois mil anos, onze meses e cinco dias de prisão. Outro ponto do decreto fundador do campo de concentração apontava a instalação da «colónia penal» num local que salvaguardasse as «melhores condições de salubridade e funcionamento». Suprema hipocrisia. Mais uma vez, a realidade revela a verdadeira natureza do campo e os seus objectivos. A Achada Grande do Tarrafal é, do ponto de vista climático, uma das piores zonas de Cabo Verde. Afirma Cândido de Oliveira, no seu livro Tarrafal, o pântano da morte, que na região não havia água potável e que «nada ali se produz a não ser milho – e quando chove». Prosseguindo o seu relato, denunciava: «As “condições necessárias” satisfatórias, evidentemente, significam a instalação da colónia num pântano da baía do Tarrafal, na zona de mais intenso paludismo de Cabo Verde; e a certeza de que a maioria dos deportados seria dizimada pela biliosa ou ficaria com a saúde tão abalada pelo paludismo crónico que, regressados à metrópole, não teriam vontade de prosseguir na actividade antifascista.» Somando a isto a falta de medicamentos, a má alimentação, os trabalhos forçados e a brutalidade dos carcereiros, pouco ou nada destinguia o Tarrafal dos muitos campos de concentração que, na época, polvilhavam o continente europeu. Os objectivos eram os mesmos. Os métodos também.Com o fim da II Guerra e com a derrota dos aliados ideológicos do fascismo português, a manutenção de um campo de concentração torna-se insustentável. Graças à luta do povo português e à solidariedade internacional, a ditadura é obrigada a encerrar o Tarrafal em 1954. Ainda voltaria a abrir, anos mais tarde, para encarcerar os patriotas angolanos que combatiam o colonialismo português.


«Um rectângulo de arame farpado»

«O campo de concentração do Tarrafal é um rectângulo de arame farpado, exteriormente contornado por uma vala de quatro metros de largura e três de profundidade. Tem duzentos metros de comprimento por cento e cinquenta de largo e está encravado numa planície que o mar limita pelo poente e uma cadeia de montes por Norte, Sul e nascente.» Assim descreve Pedro Soares o campo de concentração para onde foi enviado em Outubro de 1936 e, depois, novamente, em 1940. Com a terra tirada para fazer a vala, foi feito um talude «que se eleva a três metros acima do nível do campo». Lá dentro, prossegue, «há apenas quatro barracões sem higiene, algumas barracas de madeira, nas quais estão instaladas as oficinas e o balneário, uma cozinha, sem condições de asseio, e algumas árvores».No seu relato, o comunista (falecido pouco depois do 25 de Abril num acidente de viação juntamente com a sua companheira Maria Luísa da Costa Dias) destacava ainda que «a falta de vegetação, os montes escarpados, o mar e o isolamento a que os presos estão submetidos, dão à vida, aí, uma monotonia que torna mais insuportável o cativeiro». Como únicos vestígios do mundo, havia o «ar carrancudo dos guardas e das sentinelas negras que vigiam, as cartas das famílias que demoram meses a chegar, e dias a ser distribuídas, os castigos e os enxovalhos, os trabalhos forçados, as doenças e a morte de alguns companheiros».Pedro Soares encontrava-se no grupo de 150 presos que inauguraram, em Outubro de 1936, o famigerado campo. Durante quase dois anos, foram alojados em doze barracas de lona, com sete metros de comprimento por quatro de largo, onde deveriam viver doze homens. «Essas barracas, que o sol e a chuva depressa apodreceram, serviram para nos arruinar a saúde.»

A «frigideira»

Se o Tarrafal passa à história como o «Campo da Morte Lenta» muito o deve à famosa «frigideira», uma caixa de cimento para onde eram enviados os presos que ficavam de «castigo». Conta Francisco Miguel, histórico militante comunista, que «lá dentro era um forno» e que «aquela prisão merecia o nome que lhe tínhamos dado». Num impressionante relato, o comunista recordava: «O sol batia na porta de ferro e o calor ia-se tornando sempre mais difícil de suportar. Íamos tirando a roupa, mas o suor corria incessantemente. A “frigideira” teria capacidade para dois ou três presos por cela. Chegámos a ser doze numa área de nove metros quadrados. A luz e o ar entravam com muita dificuldade pelos buracos na porta e em cima pela abertura junto ao tecto.» Mais adiante, Francisco Miguel lembrava que «pouco depois de o Sol nascer já o ar se tornava abafado, irrespirável. Despíamos a roupa e estendíamo-nos no cimento para nela nos deitarmos. O Sol ia-se erguendo sobre o horizonte e o calor aumentava, aumentava e suávamos, suávamos. Sentíamos sede, batíamos na porta a pedir água, mas não tínhamos resposta. A água da bilha não tardava em ficar quente. Havia momentos em que a sede era tanta que passávamos a língua pela parede por onde escorriam as gotas da nossa respiração que ali se condensava. Os dias pareciam infindáveis. Suspirávamos pela noite, pois o frio nos era mais fácil de suportar. Mas pelo entardecer também a sede aumentava. A excessiva transpiração não era devidamente compensada. A “frigideira” matava». Francisco Miguel passou na «frigideira» mais de cem dias. A sua saúde ficou arrasada. Mas, como muitos outros, não cedeu.
Este pôr-sol-sol magnífico foi captado em Peniche, onde ainda se pode vislumbrar a ilha das Berlengas. Mas o que é que Peniche tem a ver com Tarrafal? Nesta cidade existiu, à semelhança de Cabo Verde, uma prisão para presos políticos. Esta foto também me faz imaginar o sentimento de insularidade e de isolamento que os presos políticos portugueses sentiriam. Mas, com este sol lindíssimo, também me faz ter esperança de que, o dia de amanhã, nos traga a extinção de todas as "prisões" do mundo!




sexta-feira, 17 de julho de 2009



Companheiros de Abril



Não!

Podem tentar assassinar Abril, mas enquanto nas artérias de Lisboa, nas entranhas de Portugal houver uma pérola de sangue de um CRAVO VERMELHO dessa Aurora Luminosa que foi o amanhecer da Liberdade, o despertar da Esperança, o abrir de portas insuspeitas até esse dia aos direitos legítimos e justos, à construção de novas mentalidades, a nossa memória de POVO que ama e respeita Portugal, os que por valores têm o Amor à Terra que é simultaneamente mãe e pai, Abril nunca morrerà, ou terão que matar-nos, portugueses com Portugal de Abril também!

Abril não morre, porque o Futuro, porque a Juventude precisa de Abril, mesmo que tenha que aprender a soletrar valores esquecidos, realidades deturpadas, enquanto os tentam convencer num país cada vez mais pobre que cada um pode enriquecer, quando é sabido que são precisos pobres explorados para fazer um rico!

Não meninos! Não vão enriquecer! Como vossos pais não enriqueceram! A vossa única riqueza é a clarividência do pensar, é a vossa inteligência para apreender as lições da história para que nao se repitam nunca. E o vosso firme e magnífico não, perante o papel que vos tentam fazer representar! E o caminho do Pensar a construir!

VAMOS A ERGUER A VOZ

Vamos reaprender ABRIL? A única época em que a nossa vida se encontrava nas nossas mãos e nos nossos cérebros de Seres pensantes!

Abril não morre! Abril vai RENASCER!



Marília Gonçalves


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Parar! Parar não paro…
Esquecer! Esquecer não esqueço.
Se carácter custa caro,
pago o preço.

-
Pago, embora seja raro,
mas homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.

Um rio, só se for claro.
Correr, sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
- não paro nem mereço.


E que ninguém me dê amparo,
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro,
pago o preço.

SIDÓNIO MURALHA
“Poemas” - 1971







quarta-feira, 15 de julho de 2009

Poète du Mali


et que Vive L'Amitié entre tous les Peuples du
Marilia


Hamadoun Tandina


Si le Mali m’était conté

Et si l’Afrique m’était contée…


(encore aujourd'hui : para ti pour toi!!)


Loin de la mer et de la neige,
A la ceinture de l’Algérie,
C’est le Mali de la forêt,
De la Savane et du désert.

Dans la gaîté et dans la joie,
Plusieurs ethnies ont vu le jour
Sur l'étendue du territoire.
La Bambara ou le Dioula,
Le Malinké ou le Marka,
Le Soninké, le Sarakolé,
Le Kassonké de Kayes -Kasso,
Le Fulfouldé ou le Poulard,
Le Sénoufo ou le Mianka,
Le Tamencheick ou le Bella,
C'est le Bobo, c'est le Sonraï,
C'est le Bozo, c'est le Dogon,
C'est le Mali, l'Afrique en marche,
Soudan français, quel beau pays !

C’est le pays du grand soleil,
De la chaleur et des mirages.
C’est le pays des vents de sable,
Des sols mouvants et des chameaux.

C’est la Mali des caravanes,
Des puits profonds et des oasis.
C’est le pays du balafon,
De la Kora et du tam-tam.

Après la plaine du Télemsi,
Voici l'Adrar des Iforas.
Entre Anafiss et Aguelhoc,
A la faveur des vents de sable,
La Marcouba incontournable
A dérouté plus d'un Bédouin.

De Djiddara à Kabara,
Bourèm Bamba et Téméra,
L’hippopotame, le piroguier,
Le crocodile et le pêcheur,
Le capitaine dans le Niger,
Quel bon poisson ! bon appétit !

De Tombouctou au lac Débo,
Diré-Tonka et Niafunké,
Des marécages, des plaines sauvages,

Des pâturages et des prairies,
Des bourgoutières et des rizières,
Des champs de mil et de sorgho.

Petit Bozo, enfant de l’eau,
De bon matin, filet en main,
Se laisse aller au gré du vent,
Dans sa pirogue embarcation.

De Nampala à Markala,
De loulouni, à Bougouni,
De Béléko à Bamako,
De Kangaba à Kayes kasso,
Koulikoro, Kolokani,
Des baobabs, des balanzans,
Des karités, des kapokiers,
De l’arachide et du coton

C’est le Mali, l’Afrique en marche,
Soudan français, quel beau pays !

C’est le pays des éléphants,
Des phacochères et des panthères,
Des écureuils et des serpents,
Des léopards et des chacals.
Il y a des biches et des autruches,
Il y a des lions, il y a des hyènes.

C’est le pays des charognards,
Des éperviers et des vautours,
Des pélicans et des cigognes,
Des tourterelles et des pigeons.

Dans les écoles de mon pays,
Ils sont nombreux les tout petits,
Assis par terre sous un hangar,
Pour la lecture et l’écriture.

En observant la tradition,
Pour le serpent, je joue la flûte,
Pour l’éléphant, je joue le temps,
Et pour le lion, c’est le regard.

C’est le Mali, l’Afrique en marche,
Soudan français, quel beau pays !

Le cousinage est sans façon.
C’est le regard, c’est le sourire,
Chaleur humaine qui se dégage,
C’est les odeurs et les couleurs,
C’est la pitié, la tolérance,
La main tendue à son prochain,
Fraternité un peu partout,
C’est la famille au grand complet.

Papa est là, Maman aussi,
Mon frère est là, Ma sœur aussi,
C’est mon cousin, c’est ma cousine.

Papi est là, Mamie aussi,
Tonton est là, Tanti aussi,
C’est mon neveu et c’est ma nièce.

Bonjour voisin, bonjour voisine,
Comment ça va, ça va très bien,
Et la santé, et le boulot,
Et la famille et les parents,
Et les enfants et les amis,
Ca va, ça va ! Ca va très bien !

La concession est bien remplie,
Et tout le monde son petit coin,
Repas commun de tous les jours,
Dans le respect du droit d’aînesse.

Lalla Aïcha est née là-bas,
Dans le désert de Tombouctou,
Sous le soleil du Sahara.

Fatoumata est née là-bas,
Dans la savane de Bamako,
Au bord du fleuve, le Djoliba.

Salimata est née là-bas,
Dans la forêt de Sikasso,
Kénédougou de la verdure.

Petit enfant,
Tous les matins, à ton réveil,
Bonjour papa, bonjour maman,
Tu prends ton sac, tu vas en classe,
Bonjour monsieur, bonjour madame,
Et n’oublie pas tes camarades,
Je suis content, content pour toi,
Petit enfant.

Petit poussin,
Tous les matin à ton réveil,
Cocorico ! papa est là,
Tu veux chanter, tu veux danser,
C’est la samba, c’est la roumba,
Il fait beau temps, quel beau soleil !
Je suis content, content pour toi,
Petit poussin.

Petit poisson.
Tous les matins à ton réveil,
Tu sors de l’eau, tu tords la queue,
Tu veux chanter, tu veux danser,
C’est la samba, c’est la roumba,
Il fait beau temps, quel beau soleil !
Je suis content, content pour toi,
Petit poisson.

Petit oiseau,
Tous les matins à ton réveil,
Tu sors du nid, tu bats des ailes,
Tu veux chanter, tu veux danser,
C’est la samba, c’est la roumba,
Il fait beau temps, quel beau soleil !
Je suis content, content pour toi,
Petit oiseau.

Petit serpent,
Tous les matins à ton réveil,
Tu sors du trou, tu tords le cou,
Tu veux chanter, tu veux danser,
C’est la samba, c’est la roumba,
Il fait beau temps, quel beau soleil !
Je suis content, content pour toi,
Petit serpent.

Lalla Aïcha est née là-bas,
Dans le désert de Tombouctou,
Sous le soleil du Sahara.
Fatoumata est née là-bas,
Dans la Savane de Bamako,
Au bord du fleuve, le Djoliba.
Salimata est née là-bas,
Dans la forêt de Sikasso,
Kénédougou de la verdure.

Petit enfant,
Tous les matins à ton réveil,
Bonjour papa, bonjour maman,
Tu prends ton sac, tu vas en classe,
Bonjour monsieur, bonjour madame,
Et n’oublie pas tes camarades,
Je suis content ,content pour toi,
Petit enfant

TABALE

Ancêtre du tam-tam des forces occultes,
J'ai un jour croisé ton regard de feu,
Derrière les murailles de l'oubli,
Dans le recoin du foyer de la mort.

Tam-tam du partage de tous les temps,
Ecoute les tristes voix du soleil levant !
Santé pour tous les enfants de la terre,
Malheur à toutes les armes de guerre.

Grand père de la flûte des nuits noires,
Plus d'herbe qui pousse dans les prairies,
Plus de porte qui s'ouvre à l'horizon,
Les poussins ont aperçu l'épervier.

La plume s'est noyée dans l'encrier,
Le livre a pris feu sans pouvoir crier.
L'ignorance perd les traces du savoir
En voulant tout apprendre dans le noir.

Père de la guitare des grands jours,
Quel nuage d'espoir s'est dissipé
Quel chemin doit-on emprunter
A un pas et demi de l'an deux mille ?

Ne connaissant aucune saison morte,
La charité frappe de porte en porte.
Le pauvre mendiant mesure ses pas
Et très poliment expose son cas.

Fils du violon de la vie éternelle,
Tu compteras les étoiles du ciel
Et tu verras les pattes du soleil
A travers les rideaux du paradis.

Au pied des murs, sous les petits ponts,
La rue crache son monde vagabond.
Ici-bas, c'est la potasse et le miel.
Les sans-abri composent avec le ciel.

Petit-fils de la Kora des sans voix,
Je veux partager l'élan de ton cœur.
Je veux partager aussi tes murmures
Et t'emprunter une goutte de larme.

L'angle du vrai visage de la vie
S'ouvre selon le degré de l'envie.
On ne connaît la valeur d'un organe
Que lorsqu'il est totalement en panne.

Arrière petit-fils du balafon,
Ecoute plutôt la voix de ton maître.
Chaque morceau de terre a son histoire,
Et dans la vie, à chacun son destin.

Tam-tam du partage de tous les temps,
Ecoute les tristes voix du soleil levant !

L'AFRIQUE EN MARCHE

Mes chers amis, je vais vous dire
En quelques mots, comment je vois
La situation des Africains
Au rendez-vous de l'an deux mille.

Je crois savoir qu'il faut compter
Avec le temps, les grands moments
De frustration et d'abandon
De l'enfant noir.

Je crois savoir qu'il y a longtemps
Que petit Blanc s'est réveillé
Pour étudier les conditions
De vie sociale.

Mes chers amis, je vais vous dire
En quelques mots comment les Blancs
Ont capturé nos grands parents,
La corde au cou, les fers aux pieds
Dans les navires vers les Antilles.

L'année derrière à Bamako,
J'ai rencontré sur mon chemin,
Un historien Sénégalais
Qui m'a donné à réfléchir.
C'est à Gorée, au Sénégal,
Que le destin s'est accompli.

Mes chers amis, je vais vous dire
En quelques mots comment les Blancs
Au fil du temps ont capturé
Et conservé cheveux crépus,
Au carrefour des sept chemins.
La solitude, la déception,
La pauvreté et l'ignorance
Dans la prison,
La maladie devant la mort.

De la forêt à la savane
Et le désert, le Sahara,
En traversant les océans,
Que d'intérêts pour composer
Les sociétés et définir
Les continents.

Tout au début des audacieux
Se sont jetés devant la scène
Pour découvrir les coins de terre
Les plus cachés de la planète.

Faut-il citer Réné Caillé,
Explorateur bien déguisé
Sous le manteau du serviteur
De la mosquée Djingarey-ber.

Tous les matins et tous les soirs,
Le chapelet, le grand boubou
Et le turban, 'Allah Akbar!'
Que de comptoirs se sont dressés
Le long des côtes.
C'est le bonbon et le miroir,
C'est le fusil et la cartouche,
Les vêtement de couleurs vives
Pour un esclave.

En mil huit cent quatre vingt dix
Des soldats blancs ont traversé
Les océans pour s'imposer
Aux Africains.
Des tirailleurs sénégalais
Se sont mêlés aux coups de feu
Pour capturer des Soudanais
Et pourquoi pas des voltaïques,
Des Ivoiriens, des Nigériens.
Et bien voilà, voilà pourquoi
Le grand empire du Bleu-Blanc-Rouge
S'est étalé de la forêt,
A la savane et le désert
Jusqu'à la mer.

C'est le soleil des Gouverneurs
De l'A.O.F , de l'A.E.F.
C'est le soleil des commandants,
Des interprètes, des gardes de cercle.

Il faut frapper et chicoter
Et ligoter récalcitrant,
Dans les marchés, dans les bureaux,
Devant les femmes et les enfants.

Bientôt la guerre,
Les Africains mobilisés
seront au front
Pour libérer drapeau français.
Plusieurs soldats cheveux crépus
Sont déclarés des combattants
Incomparables.
Des médaillons et des galons
Sur la poitrines, sur les épaules
En attendant le temps qui passe.
Une autre guerre a éclaté.
Les Africains, mobilisés
Plus que jamais, se sont battus
Les armes au poing pour libérer
La deuxième fois drapeau français.

Bientôt les Noirs pourront choisir
Leurs responsables auprès des Blancs
Qui les gouvernent au fil du temps.
Référendum a demandé
Aux Africains de définir
Leur position envers la France.
Si oui ou non indépendance
Est de raison, chacun pour soi
Et Dieu pour tous.

C’est la Guinée, Sékou Touré
Qui a déclaré à haute voix :
Non ! non ! non !
« Nous préférons la liberté
dans pauvreté
à la richesse dans l’esclavage. »

Le Sénégal et le Soudan,
Fédération pour un moment.
Vingt deux septembre de l'an soixante,
Mali est né.

Le socialisme battant ses ailes
Pendant huit ans a rencontré
Sur son chemin des militaires.
Des caporaux, des lieutenants,
Des capitaines, des commandants,
Un coup d'Etat.

Balla Moussa, un lieutenant
Devant la scène s'est recherché
Pendant dix ans parmi les siens.
Un beau matin, il fait voter
Tous les maliens, parti unique,
U.D.P.M., le Lion debout,
Et il devient le Chef suprême.

Le vingt six Mars quatre vingt onze,
Des soi-disant la voix du peuple,
Ont mis le feu un peu partout
A Bamako pour réclamer,
Démocratie comme un gâteau,
Qu'il faut donner aux tout- petits
A partager le petit soir,
Au rendez-vous de l'an deux mille.

Mes chers amis, nous sommes déjà
Au rendez-vous de l'an deux mille.
Pour commencer, il faut briser
La calebasse des mains tendues,
Par le travail bien accompli
De tous les jours.
Il faut gagner les grands combats
Contre les cas de malaria,
De choléra et de sida.

Il faut changer mentalité,
Mentalité du Président.

Il faut changer mentalité,
Mentalité des députés.

Il faut changer mentalité,
Mentalité des gouvernants,
Des commandants, des paysans,
Des commerçants, des étudiants,
Des assistants, des coopérants
Des artisans et des mendiants.

Il faut changer mentalité,
Mentalité des gouverneurs,
Des directeurs, des inspecteurs,
Des ingénieurs, des conducteurs,
Des éleveurs et des pêcheurs.

Il faut changer mentalité,
Mentalité des écoliers
Des ouvriers, des boulangers
Des cordonniers, des couturiers,
Des menuisiers, des tisserands,
Des forgerons et des maçons.

Il faut changer mentalité,
Mentalité de la balance,
Des magistrats, des avocats,
Des policiers et des gendarmes.

Il faut changer mentalité,
Mentalité des infirmiers,
Des médecins, des pharmaciens,
Des guérisseurs, des charlatans,
Des magiciens et des brigands.

En vérité, il faut changer
Mentalité pour mériter
La liberté au rendez-vous
De l'an deux mille.

BIOGRAPHIE

Né au Mali, près de Tombouctou, à Goundam vers les années brûlantes de la seconde guerre mondiale, d'une mère peulh et d'un père sonraï, Hamadoun Tandina est élevé par ses grands parents dans la tradition peulh.

A l'issue d'une courte scolarité, il devient berger. Plus tard, à l'âge adolescent, un prêtre hollandais l'encourage à parfaire son instruction et lui redonne le goût de la lecture et de l'apprentissage du savoir. Il devient alors dactylographe, agent technique du service civique rural puis instituteur en 1968. En 1975, Hamadoun Tandina abandonne l'enseignement pour se consacrer entièrement à la poésie, au conte et au spectacle.

Elève de la grande école de 'Mère Nature', Hamadoun Tandina a foulé ses chemins, traversé ses déserts, nagé dans ses fleuves. Il s'est empli de ses sons, ses odeurs. Il s'est émerveillé du chant de ses oiseaux dans les frondaisons des arbres, de la beauté de ses animaux dans l'aridité de ses paysages. Communiant avec elle, il est devenu son confident. Dans les dunes jouxtant le fleuve Niger, tandis qu'il était berger, ce grand homme mince et droit, au regard brûlant et aux gestes tranchants, a succombé aux charmes de 'Muse Nature', lui offrant sa poésie pour preuve de son amour et sa solitude de voyageur boulimique en gage de sa fidélité.

Au fil de ses pérégrinations, de ses rencontres, il a partagé sa poésie et ses histoires avec les villageois qui l'hébergeaient le long de son chemin. Il a cultivé la parole comme on domestique un fleuve turbulent pour mieux l'amener à irriguer les plaines qu'il traverse dans sa course. Intarissable narrateur de l'histoire de son peuple, Hamadoun Tandina, 'l'arbre qui marche et donne ses fruits', a fait de sa poésie spontanée le témoin vivifiant de la richesse de la culture malienne.

Se définissant lui-même comme un sac à parole, empli de contes, de poèmes et de chansons, cet ambassadeur itinérant de la culture africaine est un infatigable orateur qui surprend et émerveille enfants et adultes.

sexta-feira, 10 de julho de 2009


A cidade é um chão de palavras pisadas

A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.

A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.

José Carlos Ary dos Santos

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Últimas Representações

Últimas Representações

De 9 a 12 de Julho (quinta a domingo) | 21h.30m

Escola Secundária Sebastião da Gama / Rua Mariano Coelho/ Setúbal

M/1 6 | Duração 75m

Um texto dramático livremente inspirado no universo literário da Arte Sequencial, onde a fábula e o fantástico adquirem uma actualidade temática surpreendente, abrindo a porta para a criação de um espectáculo multidisciplinar.

As personagens pertencem a um outro tempo, um “tempo” geográfico. Um lugar que não é passado nem futuro, um lugar que pertence ao intemporal presente da condição humana.

Sinopse

“Oro8orO”

Nos arredores da longínqua Cidade de Epidauro, ergue-se a Clepsidra, propriedade de Lady Mandalay. Aí reside Enola, uma jovem prostituta obrigada a desposar o silêncio, para que os mais profundos segredos dos seus peculiares clientes nunca sejam revelados. No interior da circular Clepsidra, dois amantes vivem uma trágica e terrível história de amor. Enola observa esta amorosa desventura e presencia um hediondo crime, do qual nunca poderá ser testemunha.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA:

Texto e Encenação: Eduardo Dias | Dramaturgia e Design Gráfico: Mónica Santos Banda sonora original: Bruno Moraes | Interpretação: Eduardo Dias, Graziela Dias, José Lobo e Sara Costa | Caracterização: Eduardo Dias | Figurinos: Zé Nova | Marionetas e adereços: Pedro Leal e Ricardo Mondim | Direcção Artística, de Actores, de Cena e Desenho de luz: José Maria Dias | Direcção de produção: Mónica Santos | Produção executiva: Anita Vilar | Execução cenográfica: Júlio Mendão e Nuno Pires| Execução de Guarda-roupa: Zé Nova e Gertrudes Félix | Montagem: Hugo Moreira e Mário Pereira | Frente Casa: Anita Vilar e Madalena Fialho

Vídeo:

Realização e Montagem: Eduardo Dias e Mónica Santos | Direcção de Fotografia e Operação: Mónica Santos | Captação de Imagem: Leonardo Silva | Participação Especial: Sara Belo, Fernando Guerreiro | Figuração Especial: José Maria Dias e Mónica Santos

Companhia subsidiada: Câmara Municipal de Setúbal

Produção: Teatro Estúdio Fontenova

Apoios: Escola Secundária Sebastião da Gama, Teatro o bando e INATEL

Apoios à Divulgação: O Setubalense, Correio de Setúbal/Sem+Mais Jornal e Setúbal na Rede, Jornal de Setúbal e Viva Setúbal.

Agradecimentos: Álvaro Félix, Fernando Guerreiro, Hugo Moreira, João Rosado, Sara Belo e Tiago Moraes e Teatro Animação de Setúbal.

Reservas e informações: 934 430 922/ 967 330 188/ 265 233 299

Teatro Estúdio Fontenova

Rua Doutor Sousa Gomes, 11 2900-188 SETÚBAL

tel/fax 265 233 299

tlm 96 733 01 88 / 96 686 14 76

mail tef@sapo.pt

Blog www.teatrofontenova.blogspot.com