Rastejo na tua pele
luz de febre
voz de mar
e sinto sede do teu olhar.
Alegra-se a noite
há magia, encantos e perfume
enquanto procuro a tua mão
nos meus lábios de lume.
Como frase suave
ou poema candente
tudo o que digo, sente.
Ergo a voz à estrela d' alva
vinda desde a escuridão
como se cada palavra
fosse mais que luz ou pão.
Sento-me à beira da estrada
a ver passar o caminho
há tanta gente parada
que parecemos não ser nada
além de mundo sozinho.
Nem um gesto nem aceno
cortam a voz a luzir
cada um de nós tão pequeno
no universo por abrir.