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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Junto pode encontrar a alocução proferida no Rossio, pelo Cor. Vasco Lourenço, em nome da Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril. Cordiais saudações A Direcção


Cara(o)s amiga(o)s

Mais uma vez dizemos presente, na evocação do “dia inicial inteiro e limpo”, como afirmou Sophia de Mello Breyner.
Mais uma vez dizemos presente, para reafirmar a nossa alegria, pelas “portas que Abril abriu”, como disse Ary dos Santos.
Estamos aqui, para reafirmar a nossa convicção de que valeu a pena! Para reafirmar, se ainda é necessário, que não estamos arrependidos!
Sim, não nos confundamos! Não permitamos que nos confundam!
Como é possível haver quem diga que hoje estamos pior que antes do 25 de Abril? Apesar das enormes dificuldades que atravessamos, apesar de Portugal se afastar cada vez mais do que sonhámos em 1974, o país que hoje temos é incomparavelmente melhor do que o que tínhamos há 37 anos.
A responsabilidade do actual estado de coisas, da situação de crise que Portugal atravessa não é do 25 de Abril!
Não é no acto fundador da democracia – onde a Liberdade e a Paz deram as mãos para terminar com a repressão e a guerra, para abrir as portas ao desenvolvimento e à independência de novos países – que estão as causas dos males de hoje!
Não é devido ao 25 de Abril que nos confrontamos com uma lógica de facilitismo e de benefício do interesse privado, em detrimento do interesse público.
Não foi o 25 de Abril que promoveu o individualismo e a especulação, que não combateu eficazmente a corrupção e a evasão fiscal, permitindo a transferência de activos do sistema público para o sistema privado.
Não foi o 25 de Abril que permitiu que o poder económico capturasse a maioria dos dirigentes políticos, permitindo a promiscuidade entre o público e o privado, sempre em detrimento do que era público.
Não foi o 25 de Abril que permitiu ao poder económico a aquisição e o controlo da comunicação social.
Não foi o 25 de Abril que permitiu a captura da democracia política e a estagnação da crítica, o que só favorece o crescente fosso social, entre os que mais têm e os que são cada vez mais pobres e desfavorecidos.
Não foi o 25 de Abril que provocou a colonização do estado e das empresas públicas pelos aparelhos partidários do chamado arco do poder.
Não está no 25 de Abril a origem do falhanço estrondoso da nossa classe dirigente e dos principais políticos, que continuam a dar um triste espectáculo de guerrilhas internas e ataques mútuos, incapazes de equacionar os reais problemas do país e de mobilizar os cidadãos para uma resposta adequada.
Não, não podemos culpabilizar o 25 de Abril pela contínua atitude dos responsáveis políticos que, com a sua acção desbarataram a nossa confiança, destruíram esse bem precioso e vêm demonstrando não estar à altura das funções para que foram escolhidos.
O que nos coloca numa situação verdadeiramente dramática: a perda de confiança dos cidadãos nos seus dirigentes é bem mais perniciosa do que a dívida pública!
Que, como primeira consequência provoca o alheamento dos cidadãos da vida pública.
A responsabilidade dessa situação não pode ser atribuída ao 25 de Abril.
Essa responsabilidade cabe-nos a todos, pois temos sido nós que, pela acção ou pela abstenção, temos escolhido os responsáveis políticos que nos trouxeram a este estado de coisas.
Por isso, para ultrapassarmos a actual crise, temos de ser capazes de alterar as nossas atitudes. Todos, e cada um de nós, somos responsáveis, cabendo-nos participar no encontrar de soluções!
Se aos dirigentes é exigível que sejam exemplo de competência e de dedicação à causa pública, homens e mulheres respeitados e de mãos e passados limpos – sem autoridade moral não é possível a mobilização de vontades – a cada um de nós é exigível o nosso não alheamento.
A nossa História, de quase mil anos, diz-nos que em tempos de crise somos capazes de encontrar soluções. Confio que, mais uma vez, vamos conseguir!
Há 37 anos, se fosse hoje, poderíamos dizer que estávamos à rasca: enfrentávamos a ditadura, a guerra sem solução à vista, o atraso atávico.
A nossa geração foi capaz de resolver a situação. Fê-lo, numa perspectiva global e não geracional.
Também agora, quando os problemas por enormes que pareçam são bem menores, esta geração vai ser capaz de encontrar as soluções.
Não através de uma ruptura violenta, como foi o 25 de Abril, mas através do aprofundamento e do melhoramento das práticas que a Democracia nos permite!
Se a Democracia não é um fim, mas apenas um instrumento, não pode ser vista como o problema.
Ela própria tem problemas, mas os problemas da democracia resolvem-se com mais democracia.
Por isso, temos de ser capazes de melhorar a nossa democracia, temos de ser capazes de obrigar os nossos representantes no poder político a não se afastarem e a não nos renegarem depois de eleitos.
O eleito tem de ter uma permanente preocupação com o que o eleitor quer dele, com os seus anseios, as suas necessidades. O poder não é do eleito, mas sim do eleitor, que apenas lho outorga temporariamente. Por isso, o eleito não pode, uma vez escolhido, vender-se a outro qualquer poder, nomeadamente ao poder económico e financeiro.
Hoje, os eleitos já não representam a sociedade portuguesa, por isso temos de ser capazes de mudar a situação: quer através de uma maior participação nas escolhas, que impeçam que o Presidente da República tenha sido escolhido por menos de 25 por cento dos eleitores, quer através de um maior e melhor controlo da acção dos eleitos. Já se provou que estes não podem ser deixados em “roda livre”, temos de ser capazes de encontrar fórmulas de uma melhor prestação de contas, por parte deles, e de um mais eficaz controlo da nossa parte.
É tempo de chamarmos à responsabilidade quem, tendo-a não cumpre os deveres que essa mesma responsabilidade lhe impõe.
Se em 1974, os militares de Abril aceitaram dar o monopólio da representação parlamentar aos partidos políticos, pois havia que dar-lhes condições, face ao passado da ditadura, para se implantarem na sociedade portuguesa, já era tempo de esses partidos políticos saírem do reduto que criaram e dar oportunidade a que outras organizações menos burocráticas e pesadas, nomeadamente grupos de cidadãos, possam discutir e concorrer à representação parlamentar.
Temos de ser capazes de fazer frente ao autêntico cambão praticado pelos partidos, com vista a não largarem o monopólio do poder.
Não tenhamos dúvidas: a corrupção, o compadrio, o lobismo corporativo e a abjecta mistura e dependência entre o poder político e o poder económico/financeiro parasitário – parasitário porque não é produtivo – não são mais do que resultados do sequestro da democracia portuguesa por aparelhos partidários fechados sobre si próprios que, sistematicamente, procuram inibir a participação política dos cidadãos e, até, dos seus próprios militantes!
Considero que está nesta profunda degradação da prática democrática a verdadeira origem da crise nacional que Portugal atravessa.
Basta ter presentes as sucessivas decisões erradas na condução do país, na adopção de um modelo de desenvolvimento dependente que desbaratou as energias e as potencialidades nacionais e nos tornou reféns de intoleráveis poderes económicos e financeiros externos.
Sabemos como o passado tem demonstrado que não é fácil convencer os detentores do poder a largá-lo e a entregarem-no à comunidade.
Por isso, a acção dos militares de Abril, autêntica excepção nessa matéria, continua a ser tão louvada e continua a ser razão do nosso enorme orgulho.
Os partidos, que são essenciais para a democracia, não vão abdicar do poder que têm! Por isso, temos de ser nós, com a nossa acção cívica, que temos de quebrar as barreiras em que eles estão entrincheirados e obrigá-los a novas formas de praticar a democracia.
Se o actual poder político há muito que não representa o país, não serão as próximas eleições que irão alterar essa situação.
Temos de acabar com a actual “falácia eleitoralista”. A regularidade de eleições não chega para garantir a qualidade da democracia. As outras componentes da democracia – liberdade, igualdade e responsabilização – têm de ser possíveis e praticadas.
Estamos certos que alguns irão procurar, a partir da Assembleia da República eleita, legitimar a rendição nacional à ditadura dos “mercados”.
Por considerar que, nas actuais condições, a Assembleia da República não representará efectivamente os portugueses, queremos aqui proclamar que o povo português, verdadeira e única fonte de soberania, não concede a essa Assembleia da República, independentemente da composição que venha a ter, o poder de entregar a Soberania Nacional, tendo, ao contrário, o dever e a responsabilidade de se opor firmemente a tais desígnios.
Que fique claro que não aceitaremos soluções que aumentem desproporcionalmente os sacrifícios e o sofrimento dos que são já os que mais pagam e os mais desfavorecidos.
E assim, estou certo, contribuiremos para o aperfeiçoamento dos partidos que, sendo essenciais à democracia, não podem continuar como escolas de grupos de conquista do poder, tendo de voltar à sua condição de escolas da democracia. Colocando à cabeça o interesse nacional e não o interesse partidário.
Na prática da democracia, a campanha de ideais não pode ser substituída pelo marketing político.
Temos de impor aos partidos políticos que sejam capazes de gerar dirigentes credíveis, que saibam o que é o serviço público e sintam o que é servir a causa pública. A natureza de muitos, formados nos corredores do poder e nos jogos do calculismo partidário, dos interesses pessoais ou de grupo, não prestigia a ideia de democracia e de serviço ao país.
Nós não podemos alhear-nos.
Temos de votar, para demonstrar que não abdicamos dos nossos direitos democráticos. Mesmo que, se não quisermos escolher qualquer dos partidos que se apresentam disponíveis, votemos em branco! Isto não é um apelo ao voto em branco. Quem disser o contrário está de má-fé! Acima de tudo, temos de votar e gritar presente!
Não podemos abdicar da nossa intervenção cívica.
Mesmo que anteriores experiências, em eleições doutro tipo, tenham dado origem a enormes desilusões, apenas porque aqueles em que apostámos, rapidamente se deixaram comprar por um ou outro partido.
Os movimentos cívicos têm de desenvolver-se à volta de ideais e não à volta de personalidades, por mais insinuantes que sejam!
Não irei aqui apontar soluções, elas terão de aparecer como resultado de um profundo e alargado debate. Que a Associação 25 de Abril se propõe dinamizar.
Temos de ser capazes de introduzir os peões, isto é, os cidadãos, no xadrez político!
Se a democracia está aprisionada, nós temos de ser capazes de a libertar!
Atravessamos uma profunda crise. Porventura, bem maior do que a que vislumbramos a olho nu.
A actual crise ultrapassou já o quadro de uma gradual degradação de valores, de crise económica, financeira e governativa conjuntural, para se transformar numa crise nacional que põe em causa a unidade da nação e a nossa sobrevivência como Estado soberano.
A unidade da nação está posta em causa pelo alto nível de desigualdades sociais a que chegámos, polarizando, de um lado, uma cleptocracia que de toda a maneira se foi apoderando dos recursos nacionais, da riqueza produzida e dos recursos financeiros da União Europeia e, por outro lado, uma imensa maioria de excluídos do trabalho social, de trabalhadores e das classes médias cada vez mais sujeitos a processos de pauperização e de insegurança face ao futuro, com especial incidência na juventude.
Por isso, por mais apelos à unidade que se façam, não duvidemos: sem uma efectiva coesão nacional, não haverá solução possível!
Quanto à nossa sobrevivência como Estado soberano, ela está em causa porque os sucessivos poderes nacionais não souberam ou não quiseram conservar as capacidades mínimas de decisão e de poder nacional que evitassem que ficássemos, como estamos hoje, submetidos à dominação do capital financeiro internacional que nos quer escravizar pelas dívidas e pela dependência económica.
Queremos aqui proclamar que não aceitamos que Portugal passe a ser governado por uma comissão administrativa de representantes desse capital financeiro internacional e que consideraremos sempre como nossos, portugueses, os recursos que agora nos vão querer subtrair a coberto de privatizações impostas!
Essa crise não terá tido origem apenas em Portugal, fruto de erros dos responsáveis políticos nos últimos 25 anos (pelo menos…).
Sabemos bem da enorme influência que a crise internacional teve na situação que se vive em Portugal.
A corrupção, com que o poder económico e financeiro comprou o poder político, não é exclusivo de Portugal.
O domínio que o financeiro exerceu e exerce, como há bem pouco tempo pudemos constatar em Portugal, sobre o poder político, esteve na origem da crise, mas permitiu aos responsáveis que saíssem da mesma a rir-se e estejam a encher-se cada vez mais.
Não podemos permitir que isso continue a acontecer.
O sistema que nos levou à crise não pode ser o mesmo que irá resolvê-la. Isso, apenas adiará o problema!
Num momento em que a Europa, com que muitos sonharam, está a falhar, não podemos permitir que os poderosos dessa Europa que, aparentando ajudar-nos, nos vêm explorando, agora nos utilizem como carne para canhão!
A responsabilidade do malbaratar das ajudas recebidas não pode ser atribuído apenas aos responsáveis portugueses. A Comunidade Europeia impôs-nos regras que então se aceitaram, obliterados pelas enormes quantidades de dinheiro que entraram. Não foi só Cavaco Silva que fomentou o fim das pescas, da agricultura e da indústria. Os europeus usufruíram do que então impuseram. Por cada euro que entrou – foram muitos e mal empregues! – a Comunidade Europeia recebeu o dobro de troca e, agora, não pode eximir-se às responsabilidades.
Mas, para que isto seja possível, temos de ser capazes de alterar o actual modelo.
Para que os nossos políticos sejam capazes de recuperar para Portugal alguma capacidade de decisão, deixando de ser apenas objecto e não sujeito do processo, têm de deixar de estar subordinados ao poder económico/financeiro.
Têm de voltar a prestar contas aos eleitores e não ao mercado, por quem os substituíram. Os políticos não podem continuar apenas a preocupar-se com o mercado e os poderes exteriores, que lhes garantem o futuro, no pós-poder!
Só assim, voltaremos às práticas que nos poderão levar a uma verdadeira democracia de Abril. Onde as assimetrias sociais têm de diminuir drasticamente, acabando com uma sociedade tremendamente injusta!
Para isso, o sistema de distribuição do rendimento produzido terá de ser radicalmente alterado!
A mudança que a crise nos impõe tem de ser uma oportunidade para alterar o que está mal e nos levou ao actual estado de coisas.
Temos de inovar, mais do mesmo não resolve!
Por isso, em 25 de Abril, mais do que dizer não, temos de dizer SIM!
Sim a uma sociedade assente nos valores de Abril: Liberdade, Democracia, Paz, Justiça Social, Solidariedade.
Onde, além de afastarmos a hipótese de nos deixarmos transformar numa colónia de interesses estrangeiros, consigamos eliminar algumas das enormes distorções que a nossa sociedade comporta. Como entender que, enquanto os trabalhadores portugueses ganham bastante menos que os seus homólogos europeus, se passe precisamente o contrário no que respeita a gestores? E, como aceitar que as operações financeiras e a actividade bancária continuem a não ser devidamente tributadas?
Sem terminar com essas situações, não serão aceitáveis quaisquer novos sacrifícios que venham a ser pedidos ao povo português!
As desigualdades são extraordinariamente corrosivas para a sociedade. Por isso, repito, sem uma efectiva coesão nacional, não haverá solução possível!
Com a nossa acção, de todos e de cada um, combatendo o individualismo e o novo corporativismo, vamos ser capazes de vencer esta crise!
A esperança não nos falta, assim não nos falte a convicção e a força!
Viva o 25 de Abril!
Viva Portugal!

Lisboa, Abril de 2011
Vasco Lourenço

FMI - José Mário Branco

FMI - José Mário Branco 

(sem censura) 1de 2

terça-feira, 26 de abril de 2011

OLHA QUEM ELE È!..................................................


 OLHA QUEM ELE È!..................................................
Já está em Moçambique.... O menino... não o Bandido!
Deve ainda ter levado a indemnização que recebeu do BCP +/- 600.000€

Por uma elementaríssima questão de justiça, não posso deixar de referir o percurso vertiginoso, de um homem que começou há poucos anos como caixa de uma agência da Caixa Geral de Depósitos em Mogadouro, e que agora, fala ao telefone com alguns dos mais poderosos governantes do nosso (pobre) País, que é um dos principais arguidos de um dos mais falados processos judiciais a decorrer e que, veja-se, é, além de muitas outras coisas de que nós nem sonhamos, o representante para África de uma das maiores empresas de construção civil brasileira, a quem foi adjudicada a construção de nova barragem moçambicana a poucos quilómetros de Cabora Bassa.

E o tipo, ou tipos, com quem ele fala ao telefone também lucram com o negócio ? Seria estranho que não lucrasse(m) ...

Estamos ou não entregues a escumalha ?!?!


Pela parte que me toca comentar, faço minha esta citação:
«um bom pastor deve tosquiar as suas ovelhas, mas não esfolá-las».
Tiberius Claudius Nero Cæsar; 16 de novembro de 42 a.C. – 16 de março de 37 d.C.

prara reflecir (Karl Marx,1867).

"Os donos do capital incentivarão a classe trabalhadora a adquirir, cada vez mais, bens caros, casas e tecnologia, impulsionando-a cada vez mais ao caro endividamento, até que a sua dívida se torne insuportável" (Karl Marx,1867).


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cravo Vermelho ao Peito



Cravo Vermelho ao Peito

VIVA O 25 DE ABRIL DE 1974! VIVAM OS HEROICOS RESISTENTES VIVA A CULTURA

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Assinalando a passagem de mais um Dia Mundial do Livro, a Fundação José Saramago, coloca hoje em bibliotecas portuguesa, à disposição do público leitor, exemplares, em português, espanhol e inglês, dos discursos pronunciados pelo escritor José Saramago por ocasião da atribuição do Prémio Nobel de Literatura, em 1998, e reunidos nesta edição da Fundação sob o título de “Discursos de Estocolmo”.
Para os leitores que não possam ter acesso a estes exemplares, e sempre com o mesmo intuito de celebrar este Dia Mundial do Livro, a página da Fundação (http://www.josesaramago.org), pré-publica um fragmento do livro de juventude de José Saramago, “A Clarabóia”, que será editado em Portugal e noutros países no final do ano.

domingo, 24 de abril de 2011

VIVA O 25 DE ABRIL DE 1974! VIVAM OS HEROICOS RESISTENTES






CANTAR ALENTEJANO *

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer

Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a Campina
Do sangue que então brotou

Acalma o furor Campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

Aquela andorinha negra
Bate as asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
Vicente Campinas
* Este poema foi musicado por José Afonso, no álbum «Cantigas de Maio», editado no Natal de 1971

UMA CANÇÃO DE PAZ

Arraza tudo que se oponha à tua
aspiração de ver a paz na terra
Que a guerra mesmo a menos crua
é sempre guerra
Ergue bem alto a força da palavra
E torna-a mais potente que o canhão
Que a guerra seja apenas sombra escrava
Da má recordação

Arraza tudo que se oponha à tua
decisão de alcançar a paz na terra
Que a guerra mesmo a menos crua
é cirme é sempre guerra


Vicente Campinas
Do livro: "Raiz da serenidade", Ed. Do autor, 1967, Portugal


LIBERTAÇÃO
Andorinhas de sonho fazem ninho
nos beirais
e nas janelas
da casa-esperança sob um céu de anil.
E neste homem sozinho
que vai acompanhando todo o mundo
no caminho
onde está encerrada a sua vida
despertam temporais nos seus corcéis
atiram-se bandeiras para a luta
  incêndiosde procelas ferem fundo
na inconsequente e consequente lida
de querer ser aquilo que há-de ser
sol tempestade pão paz alegria
— simples homem irmão de toda a gente!
Vicente Campinas

sábado, 23 de abril de 2011

A felicidade em pessoas inteligentes, é das coisas mais raras que conheço ...Ernest Hemingway

A felicidade em pessoas inteligentes, é das coisas mais raras que conheço

...
Ernest Hemingway

sempre Quino


sexta-feira, 22 de abril de 2011

As Portas que Abril Abriu- ARY dos SANTOS

As Portas que Abril abriu

a PIDE para a prisão!!!


 
presos e assassinados pela PIDE

 E AS PORTAS DAS MASMORRAS FASCISTAS PUDERAM ABRIR-SE ENFIM



 

 E se ABRIL ficou incompleto, foi porque um justo e concreto processo do fascismo em Portugal, e o julgamento equilibrado, dos crimes dos PIDES e de seus colaboradores e bufos, nunca teve lugar, o que permitiu, muita confusão, semeada no espírito dos mais incultos, quando se sabe que em 1974, havia mais de 40% de analfabetos em Portugal, segundo estatísticas oficiais da época e afixadas por exemplo na Delegação de Saúde de Faro, no Largo de S. Pedro

as três crises americanas que vão provocar a Enorme Ruptura do sistema econômico, financeiro e monetário mundial.



Outono de 2011: Orçamento/Títulos do Tesouro/Dólar, as três crises americanas que vão provocar a Enorme Ruptura do sistema econômico, financeiro e monetário mundial.

por GEAB [*]

Em 15 de Setembro de 2010, o GEAB nº 47 intitulava: “Primavera de 2011:Welcome to the United States of Austerity / Rumo ao enorme pânico do sistema econômico e financeiro mundial”. No entanto, no fim do Verão de 2010, a maior parte dos peritos considerava, por um lado, que o debate sobre o déficit orçamental dos EUA permaneceria um simples objecto de discussões teóricas no seio da Beltway [1] ; por outro, que era impensável imaginar os Estados Unidos a lançarem-se numa política de austeridade uma vez que bastaria ao Fed continuar a imprimir dólares. Ora, como todos podem constatar desde há várias semanas, a Primavera de 2011 trouxe a austeridade aos Estados Unidos [2], a primeira desde a Segunda Guerra Mundial, e o estabelecimento de um sistema global fundado na aptidão do motor americano a gerar sempre mais riqueza (real nos anos 1950-1970, depois cada vez mais virtual a partir desta data).

Nesta fase, o LEAP/E2020 está pois em condições de confirmar que a próxima etapa da crise será realmente a "Enorme ruptura do sistema econômico, financeiro e monetário mundial"; e que esta ruptura acontecerá no Outono de 2011 [3]. As consequências monetárias, financeiras, econômicas e geopolíticas desta “Enorme ruptura” serão de uma amplitude histórica e farão a crise do Outono de 2008 parecer aquilo que ela realmente foi: um simples detonador.

A crise no Japão [4], as decisões chinesas e a crise das dívidas na Europa certamente desempenharão um papel nesta ruptura histórica. Em contrapartida, consideramos que a questão das dívidas públicas dos países periféricos daEurolândia não é mais o fator de risco dominante na Europa, mas que é o Reino Unido que se encontra na posição do “doente da Europa” [5]. A zona Euro pôs em ação e continua a melhorar todos os dispositivos necessários para tratar destes problemas [6]. A gestão dos problemas grego, português, irlandês, etc. será feita, portanto, de maneira organizada. Investidores privados deverão arcar com descontos (como antecipado pelo LEAP/E2020 antes do Verão de 2010)[7], mas isso não pertence à categoria dos riscos sistêmicos, o que desagrada oFinancial Times, Wall Street Journal e peritos da Wall Street e da City que tentam a cada três meses refazer o “golpe” da crise da zona Euro do princípio de 2010 [8].

Em contrapartida, o Reino Unido fracassou completamente na sua tentativa de “amputação orçamentária preventiva” [9]. Com efeito, sob a pressão da rua e nomeadamente dos mais de 400 mil britânicos que enchiam as ruas de Londres em 26/02/2011 [10], David Cameron viu-se obrigado a rever em baixa seu objetivo de redução das despesas de saúde (um ponto chave das suas reformas)[11]. Paralelamente, a aventura militar líbia obriga igualmente a rever seus objetivos de cortes orçamentais no Ministério da Defesa. Já havíamos indicados no último GEAB que as necessidades de financiamento público britânico continuavam a aumentar, sinal da ineficácia das medidas anunciadas cuja execução na realidade revela-se muito decepcionante [12]. O único resultado da política do tandem Cameron/Clegg [13]é por enquanto a recaída da economia britânica na recessão [14]e o risco evidente de implosão da coligação no poder na sequência do próximo referendo sobre a reforma eleitoral.

Neste GEAB nº 54, nossa equipe dedica-se pois a descrever os três fatores-chave que determinam esta Enorme Ruptura global do Outono de 2011 e suas consequências. Paralelamente, nossos investigadores começaram a antecipar a evolução da operação militar franco-anglo-americana na Líbia que consideramos ser um poderoso acelerador do deslocamento geopolítico mundial e esclarece utilmente certas mudanças tectônicas agora em curso nas relações entre grandes potências mundiais. Além disso, no Índice GEAB $, desenvolvemos as nossas recomendações para enfrentar os perigosos trimestres que estão para vir.

Fundamentalmente, o processo que se desenrola sob os nossos olhos, e de que a entrada dos Estados Unidos numa era de austeridade [15]é uma simples expressão orçamental, não é senão a sequência do apuramento dos 30 milhões de milhões de ativos fantasmas que invadiram o sistema econômico e financeiro mundial no fim de 2007 [16]. Se cerca da metade deles havia desaparecido durante 2009, eles em parte ressuscitaram desde então pela vontade dos grandes bancos centrais mundial e em particular pela Reserva Federal dos EUA e suas “Facilidades quantitativas 1 e 2” (“Quantitative Easings 1 e 2”). Ora, nossa equipe estima que são 20 milhões de milhões destes ativos-fantasmas que se vão desvanecer em fumo a partir do Outono de 2011, e de um modo muito brutal sob o efeito conjugado das três mega-crises estado-unidenses em gestação acelerada:

- a crise orçamental, ou como os Estados Unidos mergulham de bom grado ou à força nesta austeridade sem precedentes e vão com isso arrastar panos inteiros da economia e das finanças mundiais
- a crise dos Títulos do Tesouro dos EUA, ou como a Reserva Federal atinge o "fim do caminho" encetado em 1913 e terá de enfrentar a sua falência qualquer que seja a camuflagem contabilística escolhida
- a crise do dólar americano, ou como os sobressaltos da divisa dos EUA que vão caracterizar a travagem da Quantitative Easiang 2 no segundo trimestre de 2011 serão as premissas de uma desvalorização maciça (da ordem dos 30% em algumas semanas).

Bancos centrais, sistema bancário mundial, fundos de pensão, multinacionais, matérias-primas, população americana, economias da zona dólar e/ou dependentes das suas trocas com os Estados Unidos [17]... Este é o conjunto dos operadores estruturalmente dependentes da economia dos EUA (de que o governo, o FED e orçamento federal tornaram-se os componentes centrais), dos ativos denominados em dólar ou das transações comerciais em dólares que vão sofrer o choque frontal de 20 milhões de milhões de ativos-fantasmas a pura e simplesmente desaparecerem dos seus balanços, das suas aplicações e provocando uma grande baixa nos seus rendimentos reais.

Em torno deste choque histórico do Outono de 2011, que marcará a afirmação definitiva das tendências fortes antecipadas por nossa equipe nos GEAB anteriores, as grandes categorias de ativos vão experimentar grandes turbulências exigindo uma vigilância acrescida de todos os operadores preocupados com os seus investimentos e aplicações. Com efeito, esta tripla crise estadunidense marcará a verdadeira saída do “mundo após 1945” que viu os Estados Unidos desempenharem o papel de Atlas e será portanto marcada por choques e réplicas múltiplas no decorrer dos trimestres que se seguirão.

Exemplo: o dólar pode experimentar a curto prazo efeitos que reforçam o seu valor em relação às principais divisas mundiais (nomeadamente se as taxas de juros dos EUA elevarem-se muito rapidamente após o fim da Quantitative Easing 2), mesmo que, ao cabo de seis meses, sua perda de valor de 30% (em relação ao seu valor atual) seja inelutável. Não podemos, portanto, senão repetir o conselho figura à cabeça das nossas recomendações desde o princípio dos nossos trabalhos sobre a crise: no quadro de uma crise global de amplitude histórica como esta que atravessamos, o único objetivo racional para os investidores e os poupadores não é ganhar mais, mas sim tentar perder o menos possível.

Isso vai ser particularmente verdadeiro para os próximos trimestres em que o ambiente especulativo vai-se tornar altamente imprevisível no curto prazo. Esta imprevisibilidade a curto prazo tem a ver nomeadamente com o fato de que as três crises americanas que desencadearão a Enorme Ruptura mundial do Outono não estão sincronizadas. Elas estão estreitamente correlacionadas, mas não de maneira linear. E uma dentre elas, a crise orçamentária, está diretamente dependente de fatores humanos muito influentes no calendário do seu desenrolar; ao passo que as duas outras (seja o que for que pensem aqueles que vêem nos responsáveis do FED deuses ou diabos [18]) doravante no essencial estão inscritas nas tendências fortes em que a ação dos dirigentes americanos tornou-se marginal [19].

A crise orçamentária, ou como os Estados Unidos mergulham de bom grado ou à força nesta austeridade sem precedente e vão arrastar vastos setores da economia e das finanças mundiais.

Os números podem dar vertigens: “6 milhões de milhões de cortes orçamentais em dez anos” [20], diz o republicano Ryan, “4 milhões de milhões em doze anos”, replica o já candidato para 2012 Barack Obama [21], “tudo isso está longe de ser suficiente” agrava uma das referências do Tea Parties, Ron Paul [22]. E de qualquer modo, sanciona o FMI, “os Estados Unidos não são críveis quando falam em reduzir seus défices” [23]. Esta observação inabitualmente brutal do FMI, tradicionalmente muito prudente nas suas críticas aos Estados Unidos, é particularmente justificada em relação ao psicodrama que, por causa de um punhado de dezenas de milhares de milhões de dólares, quase fechou o estado federal por falta de acordo entre os dois grandes partidos. Um cenário que vai igualmente reproduzir-se proximamente a propósito do tecto de endividamento federal.

O FMI não faz senão exprimir uma opinião amplamente partilhada pelos credores dos Estados Unidos: se por causa de algumas dezenas de milhares de milhões de dólares de redução dos déficits o sistema político americano atinge um tal grau de paralisia, o que se vai passar quando nos próximos meses vão-se impor reduções de várias centenas de milhares de milhões de dólares por ano? A guerra civil? Esta é a opinião em todo caso do novo governador da Califórnia, Jerry Brown [24], o qual considera que os Estados Unidos enfrentam uma crise de regime idêntica àquela que conduziu à Guerra de Secessão [25].


O contexto, portanto, já não é de simples paralisia, mas antes, de uma confrontação geral entre duas visões do futuro do país. Quanto mais a data das próximas eleições presidenciais (Novembro de 2012) se aproximar, mais a confrontação entre os dois campos irá intensificar-se e desenrolar-se com desprezo para com todas as regras de boa conduta, incluindo a salvaguarda do interesse geral do país: “Os deuses tornam loucos aqueles que eles querem perder” diz Ulisses na Odisseia. A cena política washingtoniana vai assemelhar-se cada vez mais a um hospital psiquiátrico [26] nos próximos meses, tornando cada vez mais provável, tornando cada vez mais provável “decisões aberrantes”. 

Se, para se tranquilizarem acerca do dólar dos Títulos do Tesouro, os peritos ocidentais repetem em uníssono que os chineses seriam loucos em se desembaraçarem destes ativos o que não faria senão precipitar a queda de valor, é porque ainda não compreenderam que é de Washington e dos seus comportamentos erráticos que pode vir a decisão que precipitará esta queda. E Outubro de 2012, com a sua votação tradicional do orçamento anual, vai proporcionar o momento ideal para esta tragédia grega que, segundo nossa equipe, não terá happy end pois não é Hollywood e sim o resto do mundo que vai escrever o cenário seguinte.

Seja qual for o caso, por decisão política deliberada, por encerramento do governo federal ou por pressões externa irresistíveis [27] (taxa de juros, FMI + Eurolândia + BRIC [28]), é certamente no Outono de 2011 que o orçamento federal dos EUA se vai contrair maciçamente pela primeira vez. O prosseguimento da recessão conjugado com o fim da Quantitative Easing 2 vai fazer subir as taxas de juros e portanto aumentar consideravelmente o serviço da dívida federal, num fundo de receitas fiscais em baixa [29] por causa da recaída numa recessão forte. A insolvência federal doravante está logo ali na esquina segundo Richard Fisher, o presidente da Reserva Federal de Dallas [30].

A sequência no GEAB (para assinantes):

- a crise dos Títulos do Tesouro dos EUA, ou como a Reserva Federal atingiu o “fim do caminho” encetado em 1913 e deve enfrentar a sua falência seja qual for a camuflagem contabilística escolhida

- a crise do dólar americano, ou como os sobressaltos da divisa estadunidenses que caracterizarão a travagem da Quantitative Easing 2 no segundo trimestre de 2011 serão as premissas de uma desvalorização maciça (da ordem dos 30% em algumas semanas).

Notas:

(1) Expressão americana que designa o núcleo político-administrativo de Washington, situado no interior da rodovia circular local, a Beltway.

(2) Desde machadadas nos orçamentos da acção internacional dos Estados Unidos até às reduções dos programas sociais, das organizações públicas e de categorias inteiras da população americana (latinos, pobres, estudantes, reformados, ...) vão ser a partir de agora duramente afetados pelo que ainda não é senão uma gota de água nos ajustamentos necessários. Os protestos populares começam com os estudantes à cabeça. Fontes: House of Representatives , 13/04/2011; Devex , 11/04/2011; HuffingtonPost , 13/04/2011; Foxnews, 14/04/2011; Foxbusiness , 12/04/2011

(3) O sistema bancário mundial (Europa inclusive), sempre subcapitalizado e amplamente insolvente, é igualmente um dos elementos desta Enorme Ruptura do Outono de 2011.

(4) No GEAB nº 55, nossa equipe apresentará suas antecipações sobre a questão do nuclear no mundo, incluindo a utilização do método de antecipação política como ferramenta de tomada de decisão neste assunto.

(5) A amplitude da crise orçamental no Reino Unido é infinitamente mais grave do que contam os atuais dirigentes britânicos que contudo se jactam de ter um discurso da verdade. Há de fato dois meios de mentir a um povo: negar a existência de um problema (a posição do Labour de Gordon Brown) ou então não confessar senão uma parte da verdade (visivelmente a escolha do tandem Cameron/Clegg). Em ambos os casos, o problema não é resolvido. Fonte: Telegraph , 26/03/2011

(6) E, a partir de agora e do estabelecimento definitivo da Eurolândia como principal motor europeu aquando da cimeira de 11 de Março último, os quatro países que não participam no pacto "Eurolândia+" de estabilização financeira, ou seja, o Reino Unido, a Suécia, a Hungria e a República Checa, serão convidados a deixar a sala das cimeiras nas discussões sobre as questões financeiras e orçamentais ligadas ao pacto.   O EUObserver de 29/03/2011 descreve o pânico que se apoderou das delegações destes quatro países cujos dirigentes desempenham o papel de brutamontes diante dos media e nos discursos destinados às suas respectivas opiniões públicas, mas que sabem muito bem que doravante estão encurralados num papel europeu de segunda classe.

(7) Font: Irish Times , 22/03/2011

(8) É preciso ler a respeito o artigo muito pertinente e muito divertido de Silvi Wadhwa, correspondente na Europa da CNBC, que ridiculariza o caricatural discurso anti-Eurolândia e anti-alemão dos seus colegas dos outros media anglo-saxões; e que recorda muito justamente que as diferenças de situações econômicas são ainda mais importantes entre estados americanos do que no interior da Eurolândia e que os problemas de endividamento da Grécia ou de Portugal nada são quando comparados àqueles de um estado como a Califórnia. Fonte: CNBC , 12/04/2011

(9) Retornaremos mais especificamente ao caso britânico no GEAB nº 55, exatamente um ano após a vitória da coligação Conservadores/Liberais Democratas.

(10) Este protesto contra os cortes orçamentais constituiu a mais importante manifestação em Londres desde há mais de vinte anos e foi acompanhada de graves violências “anti-ricos” via ataques, por exemplo, contra o HSBC, o hotel Ritz ou a loja Fortnum & Mason. Como sublinhamos por diversas vezes no GEAB, é muitíssimo significativo constatar que esta manifestação histórica do Reino Unido praticamente não tenha se transformado em manchetes nos media, onde se tornou invisível 48 horas após o seu acontecimento. Quando milhares de cidadãos gregos ou portugueses se manifestam em Atenas ou em Lisboa, em contrapartida, temos direito a uma avalanche de imagens-choque e de comentários descrevendo países à beira do caos. Este "dois pesos e duas medidas" não devem enganar o observador lúcido. Por um lado, há graves dificuldades que doravante são geridas no seio de um conjunto poderoso, a Eurolândia; do outro, há grandes dificuldades que não conseguem mais ser geridas por um país completamente isolado. Acredite nos media ou então reflita por si mesmo para adivinhar a sequência! Fonte: Guardian , 26/03/2011

(11) Fonte: Independent , 03/04/2011

(12) Além disso, os mercados financeiros percebem e realmente já não acreditam na mensagem de austeridade marcial do governo britânico, arrastando de novo a libra esterlina numa espiral descendente. Fonte: CNBC , 12/04/2011

(13) Nick Clegg tornou-se o político mais odiado do Reino Unido por ter traído um a um quase todos os seus compromissos eleitorais. Fonte: Independent , 10/04/2011

(14) E empurrar as famílias britânicas para uma perda de poder de compra semelhante unicamente àquelas da crise do pós primeira guerra mundial, em 1921. Fonte: Telegraph ,11/04/2011

(15) Como fizeram os europeus desde 2010.

(16) Estimativa média feita pelo LEAP/E2020 em 2007/2008.

(17) Para além do comércio exterior tradicional, o gráfico abaixo mostra a amplitude da redução das transferências para os seus países de origem por parte dos trabalhadores emigrados nos Estados Unidos, devido à baixa do US dólar. Esta redução ainda vai ampliar-se mais a partir de Outono de 2011.

(18) Nos Estados Unidos, hoje é a visão diabólica que está amplamente imposta na opinião pública, ao contrário de 2008 em que os responsáveis do Fed pareciam ser o último recurso. Esta mudança psicológica, como sublinhamos, não é um pormenor e contribui fortemente para limitar a margem de manobra dos dirigentes do FED. E não é a derrota judicial histórica do Banco Central dos EUA, que foi obrigado a revelar os destinatários das centenas de milhares de milhões de dólares de ajuda distribuídos após a crise da Wall Street de 2008, que vai obrigar melhorar esta situação, muito pelo contrário. Uma anedota simples, revelada pela revista Rollingstone, ilustra o agravamento das queixas do povo americano contra os seus banqueiros centrais: a título de beneficiários destas ajudas do Fed, encontram-se as mulheres de duas grandes figuras da Wall Street que criaram um instrumento sob medida permitindo-lhes receber US$200 milhões do FED para recompra de créditos apodrecidos... Com os benefícios revertendo-lhe e as perdas indo para o FED! Isto é infelizmente um exemplo dentre muitos outros que circulam atualmente na Internet e que romperam, já definitivamente, o respeito do povo americano para com a sua instituição monetária de referência. Uma situação explosiva no contexto da crise atual. Fonte:Rollingstone , 12/04/2011

(19) O destino do dólar, tal como o dos Títulos do Tesouro dos EUA, doravante no essencial está nas mãos dos operadores do resto do mundo que examinarão de maneira muito "clínica" a saída do Quantitative Easing 2 que se impõe ao Fed no decorrer do segundo trimestre de 2011. É a sua opinião colectiva (já muito crítica), e não a "comunicação" do Fed, que será decisiva.

(20) Fonte: Politico , 04/04/2011

(21) Fonte: Boston Herald, 13/04/2011

(22) Fonte: Huffington Post , 11/04/2011

(23) E tanto mais que eles continuam a bater recordes de necessidades de financiamento para os seus déficits, e que o déficit previsto durante uma década pelos compromissos de Obama monta a US$9500 mil milhões. Por um lado, ele concebe políticas que aumentam o déficit, por outro anuncia objetivos de redução. Realmente pouco crível. Fontes: CNBC , 13/04/2011; Washington Post , 18/03/2011

(24) Brown é uma personalidade americana original que tem uma longa experiência política uma vez que já foi governador da Califórnia de 1975 a 1983, e duas vezes candidato à investidura democrática para o posto de presidente dos Estados Unidos. A sua opinião sobre o estado de ruína do sistema político dos Estados Unidos não é, portanto, para tomar de ânimo leve. Fonte: CBS , 10/04/2010

(25) Àqueles que consideram a imagem ousada, nossa equipe recorda que uma das principais causas da Guerra de Secessão foi a visão irreconciliável do que devia ser o estado federal e o seu papel. Hoje, em torno das questões orçamentárias, do papel do FED, das despesas militares e das despesas sociais, vê-se novamente emergirem duas visões diametralmente opostas do que deve ser e fazer o estado federal, com o seu cortejo de bloqueios institucionais crescentes e um ambiente de ódio entre forças políticas. Já demos numerosas ilustrações nos GEAB anteriores. Fonte: Americanhistory

(26) Como qualificar de outra forma pessoas que, à custa de crises repetidas, conseguiram sacar algumas dezenas de milhares de milhões de um orçamento e que se põem agora a anunciar urbi et orbi que amanhã vão sacar mais milhões de milhões de dólares destes mesmos orçamentos? Loucos ou mentirosos? De qualquer forma inconscientes, pois acumulam-se constrangimentos que em todos os casos exigem reduções de déficits.

(27) As dívidas públicas mundiais estão no ponto máximo desde 1945 e, com 10,8% do PNB, os Estados Unidos tornaram-se o primeiro grande país em termos de déficit público. Fontes: Figaro , 12/04/2011; Bloomberg , 12/04/2011

(28) A propósito dos BRIC (doravante BRICS, com a África do Sul), é muito interessante notar que a sua terceira cimeira, reunida na ilha tropical chinesa de Hainan, beneficia finalmente de uma cobertura mediática significativa da parte dos media ocidentais. Nós fizemos parte dos primeiros e das raras publicações ocidentais a mencionar a primeira cimeira (em Ekaterinenbourg) e a sublinhar a importância do acontecimento há três anos, mas, até o presente, a grande imprensa internacional persistia em considerar os BRICS como um simples acrônimo sem dimensão geopolítica séria. As coisas mudaram visivelmente. Além disso, desde a Líbia até o dólar, a cimeira de Hainan posicionou-se claramente em contrapeso aos Estados Unidos e seus procuradores (cada vez menos numerosos em relação ao que se passa na Líbia). Quanto ao dólar, os BRICS decidiram acelerar o processo que lhes permitirá utilizarem as suas próprias divisas no seu comércio: outro sinal de que nos aproximamos muito rapidamente de um violento choque monetário. Fonte: CNBC , 14/04/2011

(29) Aqueles que ainda acreditam uma melhoria da situação econômica americana, para além do efeito “dopagem” da Quantitative Easing 2, deveriam dar atenção à moral das PME nos Estados Unidos que recomeça a degradar-se fortemente e à ficção da melhoria no emprego que será brutalmente corrigida (mesmo nas estatísticas oficiais) a partir do Verão de 2011. E remetemos aos GEAB anteriores quanto à crise fiscal dos estados federados. Fontes: MarketWatch , 12/04/2012; New York Post , 12/04/2011

(30) Fonte: CNBC, 22/03/2011

Abril/2011

[*] Global Europe Anticipation Bulletin - GEAB

Comuniqué nº 54 de15 de abril de 2011
Este comunicado traduzido foi retirado de Resistir .


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