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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA


A praça é do povo. Como o céu é do condor. É o antro onde a liberdade. Cria águias em seu calor! ...

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.

Castro Alves
Jornal de Poesia

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuçado nos céus? /Há dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde então corre o infinito... / Onde estás, Senhor Deus?

Castro Alves


MINHA LEI E MINHA REGRA HUMANA: AS PRIORIDADES.

Marília Gonçalves

Grandes almas sempre encontraram forte oposição de mentes medíocres.
Albert Einstein

Perguntas Com Resposta à Espera

Portugal ChamaS e Não Ouvem a Urgência de Teu Grito? Portugal em que http://www.blogger.com/img/gl.bold.gifinevitavelmente se incluem os que votando certo, viram resvalar de suas mãos a luz em que acreditavam; A LUTA CONTINUA )
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

PAZ















Ode à Gandhi

WLAJ. Wladyslaw





Ephémère est le printemps dans le jardin du monde.
Hâtez-vous de contempler le spectacle avant qu’il ne disparaisse.

Poème dit par Gandhi la veille de sa mort





Tronc noueux en arbre de vaillance
Cœur de lion épris hardiment
La fleur des preux sage en faits
Plus vaillant que terre ne porta
De toute arme était la Parole
Vainqueur de gens en puissance
Qui en eau fut converti en cendres
Afin qu’à tous, de sa Voix jaillit la
Lumière pour une poignée de sel.


Le sel ne sera jamais rendu.

O Inde, pleure sa Voix

New Delhi, au bruit de la détonation,
Se couvrit de la cendrée du Deuil,
Pleurez, pleurez, pour que chacun
Soit de blanc vêtu de la non violence.
La Parole avait un corps,
On a assassiné la Parole,
On a tué la Voix,
Un vide pour les Harijan









Fala do Homem nascido



Fala do Homem nascido

Venho da terra assombrada

do ventre de minha mãe

não pretendo roubar nada

nem fazer mal a ninguém



Só quero o que me é devido

por me trazerem aqui

que eu nem sequer fui ouvido

no acto de que nasci



Trago boca pra comer

e olhos pra desejar

tenho pressa de viver

que a vida é água a correr



Venho do fundo do tempo

não tenho tempo a perder

minha barca aparelhada

solta rumo ao norte

meu desejo é passaporte

para a fronteira fechada



Não há ventos que não prestem

nem marés que não convenham

nem forças que me molestem

correntes que me detenham



Quero eu e a natureza

que a natureza sou eu

e as forças da natureza

nunca ninguém as venceu



Com licença com licença

que a barca se fez ao mar

não há poder que me vença

mesmo morto hei-de passar

com licença com licença

com rumo à estrela polar

António Gedeão

Água,

A Carta do Chefe indígena Seattle (1854)

Resposta do cacique Seattle ao presidente americano F. Pierce que tentava comprar as suas terras. Um exemplo sublime de consciência holistíca e ecológica. Uma denúncia à ganância do homem branco, cioso de seu intelecto . Um grito contra a injustiça dos que pensam ter o direito sobre a terra, excluindo seus semelhantes e outros seres vivos. Um apelo ao humanismo:

"O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore o homem, todos compartilham o mesmo ar. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao (seu próprio) mau cheiro. (...)

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se nós decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos

O que é o homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem morreria de uma solidão de espirito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma lição em tudo. Tudo está ligado.

Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com a vida de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer a terra acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à terra. Disto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.

O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu a teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos ( e o homem branco poderá vir a descobrir um dia): Deus é um só, qualquer que seja o nome que lhe dêem. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente iluminados pela força de Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos das florestas densas impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência.

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los.

Cada pedaço de terra é sagrado para o meu povo. Cada ramo brilhante de pinheiro, cada punhado de areia das praias , a penumbra da floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho...

Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhe vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhe vendermos nossa terra vocês devem lembrar e ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem, dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele, não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extraindo dela o que deseja, prossegue seu caminho. Deixa para traz os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa...Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei... nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um selvagem e não compreenda.

Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.







Hortelã Mourisca


Arlindo Carvalho Compositor



Chapéu Preto

para ouvir clque no Chapéu Preto







Arlindo Duarte de Carvalho









É o mais apreciado compositor português de música popular da e na nossa zona.
Em meados do século passado as suas canções eram o maior sucesso na Póvoa, embora desconhecido para muitos uma vez que não havia rádios regionais e as nacionais não tinham a preocupação de identificar regionalmente as personalidades, é com agrado que escrevo estas modestas palavras acerca da sua pessoa e da sua obra.
Tenho a ideia de ter sido pouco divulgado considerando o sucesso da sua obra e ainda estar por fazer uma justa homenagem.
Nasceu no dia 27 de Abril de 1930 na Soalheira.
Foi professor na Soalheira, Porto, Lisboa e ainda na Alemanha e França onde esteve exilado e foi leitor de Português a partir de 1965 no Liceu Henrique IV de Poitiers.
Estudou na Academia de Amadores de Música, de Lisboa.
Estreou-se em Paris em 1966 como cantor.
Participou em programas de rádio e televisão em Paris, Hamburgo, Berlim, Munique e foi convidado por Olof Palme na campanha eleitoral do Partido Social Democrata da Suécia de 1976 e 1979.
Segundo informação vive actualmente no Porto.
É autor e compositor e é familiar do Dr. Daniel Proença de Carvalho conhecido advogado em Lisboa.
Por curiosidade, é conterrâneo e grande amigo de Alexandra (cantora) cujo seu verdadeiro nome é Maria José mas que optou por este nome artístico.
Em 13 de Agosto de 1999,, ela apresentou o"Hino a Timor-A vida não é uma prisão" de de Arlindo de Carvalho com a participação de Lenita Gentil e Carlos Guilherme.
Letra d’uma das canções de maior sucesso:



Chapéu Preto


A azeitona já está preta, a azeitona já está preta,
Já se pode armar aos tordos, já se pode armar aos tordos.
Diz-me lá, ó cara linda, diz-me lá, ó cara linda,
Como vais de amores novos, como vais de amores novos.
É mentira, é mentira,
é mentira sim senhor!
Eu nunca pedi um beijo,
Quem mo deu foi meu amor!
(Bis)
Ó que lindo chapéu preto
Naquela cabeça vai.
Ó que lindo rapazinho,
Para genro do meu pai.
(Refrão)
Quem me dera ser colete,
Quem me dera ser botão.
Para andar agarradinha,
Juntinha ao teu coração.
(Refrão)


è autor das seguintes obras e muitas mais:
Adufe
Aguarela de Lisboa
Ai marotos olhos negros
Alcafozes meu abrigo
Aldeia de João Pires
Aldeia de Monsanto
Aninhas da Beira
Arraiano da Beira
Arre burrinho
Azeitona Preta
Balada da serra
Balada para uma ceifeira
Bate o fado trigueirinha
Beira Canção de Portugal
Benfica e Castelo Branco
Canas de Senhorim
Canção da Beira Serra
Canção de Vizela
Cantares da Serra
Cantiga de Oledo
Cantiga do Charnequeiro
Casamento na Aldeia
Castelo Branco
O Castelo de Monsanto
Chapéu de palha
Chapéu Preto
Cheira a rosmaninho
Comboio da Beira Baixa
Corridinho da soalheira
Cova da Minha Beira
Douro Arriba
É mentira
Eh pá e vai disto
Era já noite fechada
Fadinho Serrano
Fandango da Beira
Farrapeirinha
Filho da Serra
Fonte da Aldeia
Há lá coisa mais bonita
Hino a Timor
Já cantam saudades minhas
Já namoro o meu Zé
Lenda da Senhora do Almortão
A lenda de São Macário
Linda Moleira
As moças da soalheira
Moças de são Miguel
Murta
Nasceu o menino
Oh Ribeira de Meimoa
Oliveira da Serra
Par de botas
Penamacor
Quero ir à monda
Rebola a bola
Saudades da Beira
O Senhor da Serra
Senhora do Almortão
Soalheira linda vila
Tem cuidado cara linda
Tenho sede de casar
Tremeliques liques liques
Trigueirinho
(no video a sua musica)

Lisboa Sede de Mar -poema de Marilia Gonçalves

Nostalgia - poema de Marlia Gonçalves

A BARCA que Vai no Rio -poema de Marilia Gonçalves









SOBRE A MUSICA E OS BOICOTES A ARTISTAS NOS MEDIA






Porque será que de anos para cá temos este inevitável direito a tanta mediocridade, para não dizer pior, quando nos impõem 'artistas' [ salvo seja] que apenas denotam a tremenda herança obscurantista de que ainda não conseguimos livrar-nos.

Onde nos andam os bons intérpretes?

Raio! Olha que os há e grandes! Pois não senhor... Aí vai que nos despejam sem consulta prévia as mais descabidas mostras anti culturais que nem o mau gosto pode imaginar

De tanto grande nome a empoeirar no tempo. Nomes que esses sim ilustram o País a que pertencem

Ah Não passam por que são de esquerda?

Olhem lá e que culpa temos nós os que carregamos no botão de rádio ou televisão que sejam esses mesmos artistas os mais preocupados com questões de qualidade artística

Nós o que queríamos era acordar ao som de vozes que no elevam o país, que são janela aberta sobre a expressão cultural portuguesa, que nos integram na s raízes que são nossas para melhor nos repartirmos universais e fraternos!

Pois é ! Mas esses não se ouvem ou muito pouco.

Na televisão quase nem se vêem, Nas rádios entretidas em fazer barulho com o que apenas confunde, não há tempo para sonoridades instrumentais ou vocais coerentes no desejo de trabalhar para um publico que lhe merece todo e o melhor respeito

Não me venham com a cantiga, de que ' é do que gostam, é isso que compreendem' pois isso, era o velho discurso da época salazarista

Não se procurava dar ao povo senão a escala atingida, sem nunca propor um, nem que fosse um só degrau a mais. A não ser que fosse para descer.

Não, não se trata de eruditos apenas, até na música tradicional e popular portuguesa, há vozes que no estrangeiro são apreciadas sobremaneira.

Dou por prova e exemplo o compositor e cantor Arlindo de Carvalho, o homem que escreveu o célebre Chapéu Preto' ai que lindo chapéu preto ai que lindo chapéu preto naquela cabeça vai...

Pois vai, mas o pior é que a nós andam a enfiar-nos o garruço, e bem abaixo dos olhos no-lo querem enfiar

Devem crer-nos parvos, incapazes de reconhecer trigo do joio

Mas voltando ao Arlindo de Carvalho, que mesmo interpretando essa música alegre que propõe ao povo, também não passa senão raramente e pouco divulgado é.

Sabem que o Arlindo de Carvalho foi refugiado político em França.

Sabem que o Arlindo de Carvalho que hoje está com 78 anos é o compositor duma canção que todos conhecemos bem: E que muitos d'entre o povo português cantaram? E que dizia assim:

camponês a terra é tua não a queiras ver roubada


A terra a terra é de quem a trabalha

E o pão irmão na mão de quem o ganha

Pois foi ele mesmo! Como também escreveu a canção a Penamacor, por terem lá estado fechados entre outros, grandes nomes da resistência portuguesa ao fascismo, e que diz assim:

ó Penamacor ó Penamacor quanto sonhador por ti penou...

Por isso se quisessem ou antes se os deixassem livres de agir os média podiam oferecer-nos um vastíssimo leque de ARTISTAS tanto eruditos como populares e tradicionais , porque abundam em Portugal.

País onde não falta sol, flores nem poetas e os artistas são manancial inesgotável.

Assim aqui fico aguardando o dia de ver dignificar a Língua Portuguesa e a Cultura, a que o povo que trabalha e respira em Portugal tem o mais legítimo direito.

Marília Gonçalves


ERA UMA VEZ EM PORTUGAL

Sabes o que foi o 25 de Abril em Portugal?
O Que representa para ti?







As crianças




“Atrás dos muros altos com garrafas partidas bem
para trás das grades do silêncio imposto.
As crianças de olhos de espanto e de medo
transidas. As crianças vendidas, alugadas,
perseguidas, olham os poetas com lágrimas nos
rostos.
Olham os poetas as crianças das vielas, mas não
pedem cançonetas nem pedem baladas, o que elas
pedem é que gritemos por elas.
As crianças sem livros, sem ternura, sem janelas.
As crianças dos versos que são como pedradas.”

Sidónio Muralha, Os olhos das crianças

este poema de Sidónio Muralha a Nádia disse-o aqui por Paris no movimento associativo quando tinha 8/9anos, nessa mesma época fazia Rádio com programa para crianças no Radio Clube Português de Villejuif - Portugal FM
porque tão menina era, não posso de deixar de saudar a sua sensibilidade solidária que até hoje nunca desmentiu, num altissonante espírito de justiça social
e para que os três sorrisos patuscos dessas fotografias acima



possam vir a ser o presente de cada criança
a palavra em luta é o caminho!!

Marilia Gonçalves

A Cultura para TODOS


Se os pastores soubessem música se a pudessem aprender
Que sinfonias ouviríamos
A Cultura para TODOS
Marília

PS- Se alguém se sentir lesado nos direitos de autor, por imagens ou textos que não meus, estou pronta a retirar o que me for pedido, da teia de imediato.
penso apenas que a Cultura desenvolve sensibilidade e por conseguinte torna mais puro o ar que respiramos e oxigena os cérebros dos jovens, que são o dia de amanhã.
ESSE ONDE NOSSOS FIHOS VIVERÃO ENTRE GENTE SADIA OU NÃO...
esse é meu credo, partihar
mas não obsto a que outros defendam suas razões?
OUTROS PONTOS DE VISTA
fraternalmente


MaríliaGonçalves

Antologia Poética de Bertolt Brecht


da Antologia Poética de Bertolt Brecht
Sobre A Violência

A corrente impetuosa é chamada de violenta
Mas o leito do rio que a contem
Ninguém chama de violento.
A tempestade que faz dobrar as bétulas
E tida como violenta
E a tempestade que faz dobrar
Os dorsos dos operários na rua?
Quem Se Defende
Quem se defende porque lhe tiram o ar
Ao lhe apertar a garganta, para este há um parágrafo
Que diz: ele agiu em legítima defesa. Mas
O mesmo parágrafo silencia
Quando vocês se defendem porque lhes tiram o pão.
E no entanto morre quem não come, e quem não come
o suficiente
Morre lentamente. Durante os anos todos em que morre
Não lhe e permitido se defender.
. Os que lutam
"Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis."
Perguntas De Um Operário Que Lê.
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio




Precisamos De Você.
Aprende - lê nos olhos,
lê nos olhos - aprende
a ler jornais, aprende:
a verdade pensa
com tua cabeça.
Faça perguntas sem medo
não te convenças sozinho
mas vejas com teus olhos.
Se não descobriu por si
na verdade não descobriu.
Confere tudo ponto
por ponto - afinal
você faz parte de tudo,
também vai no barco,
"aí pagar o pato, vai
pegar no leme um dia.
Aponte o dedo, pergunta
que é isso? Como foi
parar aí? Por que?
Você faz parte de tudo.
Aprende, não perde nada
das discussões, do silêncio.
Esteja sempre aprendendo
por nós e por você.
Você não será ouvinte
diante da discussão,
não será cogumelo
de sombras e bastidores,
não será cenário
para nossa acção
...
Privatizado
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence."
...
Quem Não Sabe De Ajuda

Como pode a voz que vem das casas
Ser a da justiça
Se os pátios estão desabrigados?
Como pode não ser um embusteiro aquele que
Ensina os famintos outras coisas
Que não a maneira de abolir a fome?
Quem não dá o pão ao faminto
Quer a violência
Quem na canoa não tem
Lugar para os que se afogam
Não tem compaixão.
Quem não sabe de ajuda
Que cale.
...
Quem Se Defende
Quem se defende porque lhe tiram o ar
Ao lhe apertar a garganta, para este há um parágrafo
Que diz: ele agiu em legítima defesa. Mas
O mesmo parágrafo silencia
Quando vocês se defendem porque lhes tiram o pão.
E no entanto morre quem não come, e quem não come
o suficiente
Morre lentamente. Durante os anos todos em que morre
Não lhe e permitido se defender.
...
...

Sobre A Violência

A corrente impetuosa é chamada de violenta
Mas o leito do rio que a contem
Ninguém chama de violento.
A tempestade que faz dobrar as bétulas
E tida como violenta
E a tempestade que faz dobrar
Os dorsos dos operários na rua?


O Vosso Tanque General, É Um Carro Forte
Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista
O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
O Analfabeto Político

"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Nada é impossível de Mudar
"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar."
Privatizado
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence।"

http://www.culturabrasil.org/brechtantologia.htm#tubaroes