
Ao Pedro, meu filho,e se a saudade aperta!
( quando a vida ditada de há muito
manda mais que nós, enquanto vampiros
negam ao povo tudo o que lhe roubam)
Mãe
Portugal vem-me buscar
meu país, meu bem meu deus;
estende teus braços de mar
e leva-me a navegar
de volta aos caminhos teus!
Portugal vem à procura
de tua filha distante
vê que me afundo em ternura
e de toda esta lonjura
não há quem me desencante.
Portugal olha por mim...
Estou pr’além dos Pirenéus
minha dor não chega ao fim
e se pra tão longe vim
foi por desgraça dos meus!
Portugal vem-me buscar!
Meu país e meu amor
olha meus braços abertos
onde só cabem desertos
cheinhos da minha dor.
o horror do nosso silêncio