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O BLOGUE UNIVERSAL E INTERNACIONALISTA
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Castro Alves
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Perguntas Com Resposta à Espera
Quem Acode à Tragédia de Portugal Vendido ao Poder dos Financeiros?! Quem Senão TU, POVO DE PORTUGAL?! Do Mundo inteiro a irmã de Portugal a filha. Marília Gonçalves a todos os falsos saudosistas lamurientos, que dizem (porque nem sabem do que falam) apreciar salazar como grande vulto,quero apenas a esses,dizer-lhes que não prestam! porque erguem seus sonhos sobre alicerces de sofrimento, do Povo a que pertencem e que tanto sofreu às mãos desse ditador!sobre o sofrimento duma geração de jovens ( a que vocês graças ao 25 de Abril escaparam)enviada para a guerra, tropeçar no horror e esbarrar na morte, sua e de outros a cada passo! sobre o sofrimento enfim de Portugal, que é vossa história, espoliado de bens e de gentes, tendo de fugir para terras de outros para poder sobreviver, enquanto Portugal ao abandono,via secar-se-lhe o pobre chão, sem braços que o dignificassem! Tudo isso foi salazar, servido por seus esbirros e por uma corte de bufos e de vendidos, que não olhavam a meios,para atingir seus malévolos fins!Construam se dentro de vós há sangue de gente, vossos sonhos, com base na realidade e não apoiando-os sobre mitos apodrecidos, no sangue de inocentes!!! Marília Gonçalves (pois é! feras não têm maiúscula!!!)
domingo, 4 de agosto de 2024
Gesto azul


PALESTINA
Que todos os mortos se levantem
que venham todos e nomeiem chefe
um que tenha partido a arma em punho
bem erguida aos olhos dos tiranos
o que morreu em Maio ave de Junho
Que se levante e grite Palestina!
por ti posso morrer ainda outra vez…
mas ao pé de mim uma menina
gritava pelo irmão morto a seus pés
por isso e tudo mais que ódio fascista
varreu da terra entre cinza e pó
eu grito aos mortos da Bela Palestina.
Grito aos velhos combatentes que caíram
a ver manchado o solo de seus pais
que de cabeça erguida resistiram
até não viver mais
grito aos jovens gentis adolescentes
que viram parar o sonho de mais vida
grito com tal vigor que aqui presentes
está a história de amor nunca vivida
Vou gritar também às criancinhas
mas não! Vou falar baixinho, docemente
não se vão assustar mais
são tão, novinhas
procuram com o olhar e com a voz
aterradas o carinho dos pais
mas em torno delas só crianças
gritando de aflição e nada mais
Que se levante e grite Palestina
por ti posso morrer ainda outra vez…
mas ao pé de mim uma menina
gritava pelo irmão morto a seus pés
por isso e tudo mais que ódio fascista
varreu da terra entre cinza e pó
eu grito aos mortos da Bela Palestina
Os mortos levantaram prontamente
com o Olhar em fogo oh mil tormentos
ao ver ali tais rostos conhecidos
amor que via ali corpos erguidos
famílias inteiras entre a sua
tinham todos a cruel imagem
de toda a sangrar a Palestina
,no horror das bombas dos larápios
que criminosos viviam de chacinas
pra melhor mutilar o bem sagrado!
A TERRA A PALESTINA!
E as bombas caíram noite ou dia
ruído troando irrestrita guerra
não se ouvia nada em volta
ardia a terra
as crianças choravam não de ouviam
gritavam as mulheres de desespero
mas ouviam-se bombas prédios que ruíam
as mães entre os escombros procuraram
filhos marido velhos pais.
cada recanto horrendo percorria
aos gritos e aos ais
mas desfeitos estavam nada via
caia morta sem os rever mais
o chefe num soluço raiva e dor
em sede de justiça pergunta ao jovem
que escutava perto o ar enfurecido
A ti que te roubaram na chacina
um grito rouco que na hora se escutou
fez vacilar todos os presentes
e ouviu-se gritar A PALESTINA!
depois a minha noiva tão novinha
caiu rosto desfeito ao pé de mim
mais longe estava uma velhinha
que ao escutar tal falou assim
Essa menina era minha neta
criada por mim com sacrifício
estava feliz ia casar contigo
eu tinha atingido a solitária meta
mas assassinos destruíram meu sonhar
o alvo deles ultrapassou o meu
Assassinos que nem Humanos são
desde então para mim escureceu.
o Chefe dirigiu-se a uma Mulher
que aparentava trinta anos
e a ti o que te roubaram
e de novo se ouviu lancinante grito
A PALESTINA
o bem maior que tinha
estava a escrever Livro que a contava
a nossa maneira de viver
antes! quando eles ainda aqui não estavam
nos podíamos viver
Os mortos de pé estavam ouvindo
com punho ergudo e gesto ameaçador
e todos um a um foram exprimindo
a dor que viva é cada vez maior.
Em uníssono urro que se ouvia
era a Pátria desfeita pelos tais
as crianças baixinho murmuravam
sem perceber o nome de seus pais.
mas a soluçar ainda apercebia
seus murmúrios diziam Palestina.
Digam agora o nome do culpado
Qual é o nome do réu
que daqui sai julgado
e os braços erguidos
os mortos responderam
É ISRAEL!
Marilia Gonçalves