(Tinha nascido Poeta
Mas lhe faltava sofrer…
Ulisses Duarte do poema, “Se Caiu na Papironga”
A dor é fermento de Poesia
Veio uma ave da noite
Vestiu-me de suas penas
No seu olhar coruscante
Viu ao longe uma menina
Luz de uma sombra distante
Doce e meiga
Meiga e fina
Cantava tal cotovia…
O ar cheio de seu canto
Ia de vale em ravina
Rasgava na terna voz
Desenho da flor do acanto....
Vi a menina tão longe
Pequena cada vez mais
Confundia suas penas
Com as asas dos pardais.
O som aos poucos nascia
Tudo vestia de cor
Mundo todo em poesia
Dilacerado na dor.
Porque choram as flores
Sofre a cor de flores aladas
Até que um dia um pintor
Desses que correm estradas
Poisou o seu cavalete
Mesmo na berma da estrada
De tinta e pincel fazia
Asa de luz flor alada
No beijo de Poesia
O mais ardente que há
A cor saltava da tela
Tornada fimbria do dia
Para poisar sobre a estrada
O claro limbo do dia
Que foi feito da menina
Que tão longe se encontrava?
Subia pelo raio de sol
Por dardo que a não queimava
De tanto ver que subia
O pintor tingiu a tela
Na transparência difusa
De conquistada aguarela.
Marília Gonçalves
Mas lhe faltava sofrer…
Ulisses Duarte do poema, “Se Caiu na Papironga”
A dor é fermento de Poesia
Veio uma ave da noite
Vestiu-me de suas penas
No seu olhar coruscante
Viu ao longe uma menina
Luz de uma sombra distante
Doce e meiga
Meiga e fina
Cantava tal cotovia…
O ar cheio de seu canto
Ia de vale em ravina
Rasgava na terna voz
Desenho da flor do acanto....
Vi a menina tão longe
Pequena cada vez mais
Confundia suas penas
Com as asas dos pardais.
O som aos poucos nascia
Tudo vestia de cor
Mundo todo em poesia
Dilacerado na dor.
Porque choram as flores
Sofre a cor de flores aladas
Até que um dia um pintor
Desses que correm estradas
Poisou o seu cavalete
Mesmo na berma da estrada
De tinta e pincel fazia
Asa de luz flor alada
No beijo de Poesia
O mais ardente que há
A cor saltava da tela
Tornada fimbria do dia
Para poisar sobre a estrada
O claro limbo do dia
Que foi feito da menina
Que tão longe se encontrava?
Subia pelo raio de sol
Por dardo que a não queimava
De tanto ver que subia
O pintor tingiu a tela
Na transparência difusa
De conquistada aguarela.
Marília Gonçalves
Sem comentários:
Enviar um comentário