Catarina de teu nome
ceifeira do Alentejo
o pão de hoje tem teu sangue
presente, vivo, a dizer
Catarina do futuro
que vieste do passado
pomba branca a adejar
o Alentejo tem cravos
nas pétalas a sonhar.
Foste um brado no caminho
que não mais há-de passar.
Foste semente de Abril
és mulher, memória, mar.
Marília Gonçalves