o olhar cheio de tempo
num murmúrio musical
harpejos lentos de vento
sumo do sol roseiral
mãos aladas gota a gota
esvoaçam sombra do dia
praia perdida gaivota
a marulhar poesia
véu azul desce do templo
onde se perdem os gestos
repetido movimento
passos lestos
escorrem dias como lágrima
pérololas d'agua vertida
desdobrar múltiplas páginas
sempre na história caída
cintilam escamas movendo
vago do azul perdido
soa em metáfora O tempo
a velha praia incendida.
Marilia Gonçalves
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