Na grade do tempo
fecharam as horas
a dançar no templo
das cem mil demoras.
No templo vestias
envoltas em véus
por trás dos portais
não olham os céus.
Livres lá fora
murmuram as selvas
do chão traiçoeiro
ao cimo às alturas
há vida aos roldões
animais e ervas
orvalho, frescuras.
Por dentro do templo
dos portais fechados
há danças oferendas
a deuses calados.
Marília Gonçalves
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