Afunda-se o jardim
árvores ardem
que pesadelo meu amor
que dor!
Procuro em mim
versos onde caiba
o libertário cântico
o rumor de teus passos.
Na firmeza que é só tua
a tua mão leve afago
poisa em minha pele
ardente e nua.
Vejo-te os lábios num sorriso vago
há em teus olhos toda a luz da lua
na solitária margem onde alago
a minha sede que vai de rua em rua.
Marilia Gonçalves
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