Soam trovões
chuva agreste
nova janela habitada
onde agora a vida vai
indicio d’àgua na estrada.
Estrondeiam. Oiço-os apenas...
algo me afasta daqui
fulminada pela ideia
do perfume que aprendi.
Rebelo-me !
Trilhos fecundos
fazem flores nascer na mão
na intempérie de mundos
onde falta coração.
No assédio da audácia
versos irrompem do chão
minha rubra flor de acácia
aberta à opinião!
Inclemência ignorada
sentidos inusitados
entre relativa ausência
choros e risos e brados!
Marilia Gonçalves
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