A floresta adormece no silencio
aparente brandura persuade
inefável paz do bosque imenso
desfaz-se em luz diáfana da tarde.
Só a ave da noite o rouxinol
eleva trino mavioso, belo,
como se em sua voz poisasse o sol
no instante preciso de perdê-lo.
A água na distancia rumoreja
uma gazela passa de mansinho
no interior do mato uma asa adeja
um veado brame no caminho.
A noite semeou por todo o céu
constelações de luz e poesia
o meu corpo trémulo no teu
é ainda natureza fugidia.
Marilia Gonçalves
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