A Ria é uma menina
de jogos inocentes
quando ama
mas quando nela entra
intimorato
o olhar que a não vê
da magia dos fundos se levantam
medos antigos
tranças de algas, perigos
invisível corrente
que o triste absorto
sorvido de repente
é levado ao mágico palácio
donde não volta mais
é um palácio de cristal
facetado a pó de diamante
se alguém o olha
pensa ver a aurora
a esfolhar suas rosas
Ria esmeralda e nácar
de nereidas tão formosas
desse estranho brilhar
onde dilui
a prata e o próprio sol
que nela alui
cada corrente tem os seus segredos
a Ria de múltiplos enredos
estende seus braços de águas e brim
e leva cada incauto ao seu confim.
mas por sua beleza
em movimento
há quem a siga
para além do vento
ouvindo velhos cantos de sereia
a espraiar entre espumas
na areia.
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