Uivam os ventos
da solidão
abrem-se gestos
fecha-se a mão.
O vento brame
gira insistindo
vêm as sombras
adustas rindo.
Noite de medo
de solidão
voam protestos
de minha mão.
A tempestade
vem espargindo
mil pensamentos
de mim saindo.
Não há abrigo
pra quem perdeu
o seu amigo
por entre breu.
Doem as asas à noite escura
a pairar breves sobre a loucura.
Doem-me os olhos
gesto sem mão
nascem-me abrolhos no coração.
Marilia Gonçalves
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