Poisou-me nas mãos a ave
que sabe qualquer caminho
depois voou para nave
de brancas velas de linho.
Levou-me pelo mar fora
estrelas enchiam o céu
até que a estrela da aurora
ao ser dia escureceu.
Corri os mares que há pelo mundo
de tanto uso tanta gente
ao oceano profundo
voltei continuamente.
Quando era o sol do meio-dia
que iluminava o convés
a sombra desaparecia
na fundura das marés.
Mas quando ia anoitecer
o sol poisava no mar
parecia sangue a escorrer
mas a brilhar a brilhar.
A própria nave doirava...
mas depois de cor de estanho
em breve tempo ficava
o mar,de sombra, tamanho!
Marilia Gonçalves
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