Saudade
Nem sempre a distância é sofrimento. Às vezes é maravilharmo-nos até ao êxtase. Breve mola nos acciona, nós projecta na emoção, no entusiasmo da interpretação da imagem, subitamente surgida a nossos olhos. Pode chegar-nos através do folhear duma revista ou mesmo de cartaz turístico composto para deslumbrar. Atingido esse ponto de enlevo, à memória voltam-nos recordações da infância, canções passadas, rumorejar de folhas de pensamento, de agitação imaginativa. Da tradição surgem festas de trabalho
gestos da religião que mesmo se não nossa, nós foi ficando numa sucessão de imagens, de ritual.
Imensa torre de magia que por vezes nem nós sabemos interpretar com exactidão. Crescendo de desejo, a saudade invade-nos. Povoadora do coração português.
Suavíssima impertinência...
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