Rastro de Mão Lunar
Na marca de tua mão
entardeceram searas
em veios de luz azul.
Multiplicaram-se dias
no sangue d’alva no sol
apareceram as nuvens
a esconder a ardentia
nos olhos que são da cinza
papoilas alvas estranhas
a furarem o trigal
pra surgir na tempestade
o aceno da cidade
ode eu há muito dormia.
em tuas mãos acordei
foi só nelas que me vi
de asas abertas ao sol...
a voar rumo a nascente
a voltar ao teu calor
era eu continuamente.
nas tuas mãos eu girava
me elevava, esmorecia
mas só nelas acordava
à luz que é própria do dia.
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