Parto outra vez para França
amor aqui não te vejo.
Mas parto desesperada
tão cheiinha de amargura
tão descrente de ventura
que minha alma vai gelada
levo em mim a noite escura.
O meu peito magoado
leva saudades e penas
Ó lindas tardes serenas
de tempo sempre sonhado
tardes queimadas morenas.
à voz de amor que me chama
parto com desconfiança
ser emigrante é herança
desse governo de lama.
Parto outra vez para França.
Abro os olhos quanto posso
mas é vão o meu desejo.
Estás ausente, não te beijo
nem os teus passos eu ouço
amor, aqui não te vejo.
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