VENDAVAL -POEMA
Cada poema tem o seu desígnio
Como carta de amor de folhas idas
Fiapo incandescente, água , limbo
Dúbio rumar sem bússola ,sem norte
A descobrir caminho
Mas o poema avança, porque sabe
A lei ignorada pela vida
Vai trepando granito, sebes, tarde
Tão tarde que se vê o antedito
Coração infantil é que ouve versos
Manancial de sede insatisfeita
Se vendaval desvia sons dispersos
Na criança poeta outra colheita
Irradia searas nos reversos
De cada dor colhida e insuspeita.
Marília Gonçalves

Sem comentários:
Enviar um comentário