Quem levou de mim
Quem levou de mim
Ânfora d’oiro
Teus sonhos de antemanhã
Se esquife fenício ou moiro
Sepultou como tesoiro
A esperança temporã .
Altera antiga cadência
Perverte o olhar do tempo
Vai ao âmago da essência
Da sementeira do vento.
Quando nada mais te resta
Além da fímbria do dia
Devora e palcos e festa
E tristeza e alegria
Morde a vida com os olhos
A espelhar tanto caminho
Como colheita de abrolhos
Na tua cama de arminho.
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