Quando o tempo voava no bibe
em que as asas crescendo levavam
as suaves palavras que então
só sabiam presente alegria
voejavam as aves do dia
lendo o sol numa pauta de cor
entoando a pura sinfonia
soletrada nos prados em flor
acendia a água distante
a cantar as vozes da ribeira
e cantado a doce caminhante
inventava a fluência primeira
era ainda o lume que poisa
no olhar confiante da vida
Marília Gonçalves
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