Companheiro
Adormeci, vendaval no arvoredo
vi folhas transformadas em metal
titilar agudo do meu medo
crescia sombra até fazer-me mal.
Cantavam rouxinóis e o luar
dançava nos ribeiros e na fonte
onde se ouvia água a soluçar
estender o canto até ao horizonte.
Havia Verão nocturno, som de ralos
a metralhar os campos, os outeiros
com se a noite viesse incendiá-los
de róseas flores pendentes nos loureiros.
Ao despertar, vi tua mão na minha
ouvi ardente, na minha, tua voz
o tom ideal que dela vinha
despertou o dia para nós.
Tu e tua presença, elevam minha asa
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