Lisboa. Heróis de Quionga...
Havia frio do Natal.
Pela mão de minha mãe
Imaginava Natais
Natais de quem não os tem.
Lisboa não tinha ali
no vento fresco da rua
a luz a decoração
do Rossio da Baixa toda;
Mas na imaginação
cada montra já perdida
dava o enlevo que então
só nos dá a própria vida.
Havia quase um calor
no frio, que sabia bem.
Porque falava de amor
mesmo àqueles que o não têm.
As prendas pobres pequenas
tinham a força do riso
a forma do coração...
Nada mais era preciso
Havendo risos e pão.
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