Violinos a arder
na tarde de oiro e cristal
lira no longe a tanger
soluços de laranjal.
Água mansa, meu perfume
feno claro, luzidio
acende o olhar do lume
na lua a cair no rio.
‘Inda o poente a tremer
tece grinaldas de vento
com sóis de prata a gemer
no oiro do pensamento.
Vem a noite devagar
olor no prado vencido
asa branda vem poisar
no jardim adormecido.
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