Subi entre bruma até à frase
onde se esconde essência do segredo
ao atingi-la, ao desvendá-la quase
ia à vida no meio, era ainda cedo.
Fui fazendo colheita de palavras
amontoei os sons e os sentidos
na inconstância dormente aonde gravas
com cinzel de dias aluídos.
Tomei forma antiga de futuro
maré que recusa o oceano
como poeta a buscar o som que puro
escreva além do poema, o ser humano.
O caminho estendia-se defronte
doíam pedregulhos e secura
a vida por escalar lembrava monte
que se elevava sempre a mais altura.
Marilia Gonçalves
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