Ó vinhas de tons de ouro, minha infância
ao chegar do Outono
nessa cadência estranha
quando o tempo; parece que dormita,
contempla-nos infantil candura.
Na torre, no relógio imaginário
nenhum minuto tinia
mas em nós soava a dança
de ponteiros ressequidos
a marcar passos contrários
O verão escoara-se lento
no gritar do azul dos céus.
Nessa fragrância submersos
tais frutos se matizaram
ramagens e seus troféus
de canaviais e mil flores
ao beber o mel do néctar
na seiva de tanto sumo.
as asas que ali passavam
trilavam voo de adeus
entre a folhagem dos ramos
tudo era paz, harmonia
à água do ribeirinho
que alegria movia
com sons que vinham dos ninhos
Compunhas uma sinfonia.
mas persistentes as vinhas
à nossa retina atadas
eram ouro das tardinhas
páginas de arte lavradas
.
Marilia Gonçalves
ao chegar do Outono
nessa cadência estranha
quando o tempo; parece que dormita,
contempla-nos infantil candura.
Na torre, no relógio imaginário
nenhum minuto tinia
mas em nós soava a dança
de ponteiros ressequidos
a marcar passos contrários
O verão escoara-se lento
no gritar do azul dos céus.
Nessa fragrância submersos
tais frutos se matizaram
ramagens e seus troféus
de canaviais e mil flores
ao beber o mel do néctar
na seiva de tanto sumo.
as asas que ali passavam
trilavam voo de adeus
entre a folhagem dos ramos
tudo era paz, harmonia
à água do ribeirinho
que alegria movia
com sons que vinham dos ninhos
Compunhas uma sinfonia.
mas persistentes as vinhas
à nossa retina atadas
eram ouro das tardinhas
páginas de arte lavradas
.
Marilia Gonçalves
Sem comentários:
Enviar um comentário