Para aonde nos fogem os olhos cansados de nada verem? Em olhar interiorizado, esvaem-se paisagens distantes do antigo presente. Perdem-se para se reencontrarem a indagar caminho por onde prosseguir
sem monotonia de gestos bisados, sem poisar invariavelmente sobre o que se depara à nossa frente
sem procura. Encontraram neste caminho interior voz que é futuro e foi passado
a prolongá-los a dar-lhes sentido de meta que nao se atinge, oásis fugidio mas sempre no olhar.
Olhos mais que órgão da visão, indispensáveis a outra forma de ver, à análise. Desvendadores de expressão de sulcos de alegria ou de esmorecimento como íman atraem outros que passam ou ficam. Nesse caso são olhos amor. Amor- amizade ou amor- amor, que dizem alguns que nos cega, mas nos dão afinal outra maneira de olhar . Toma então nosso olhar a dimensão de vida que nós falta.
olhar a penetrar a treva. Olhar tolerância ou olhar rigoroso, ou poético ou cientifico.
olhar a devolver-nos à Natureza na naturalidade pra que foi criado.
Olhos mais que órgão da vista, os da abertura de espirito.
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