De quem essa ronda de gestos disformes
ossos que chocalham, as bocas enormes
em tão franco riso que eu outro não vi?
São os dançarinos da pálida morte
são os seus convivas são a sua corte
que chama por ti.
Vem bailar connosco despe essa farpela
diz-nos com franqueza se alguma aguarela
a nós se igualou em risos em cor?
Despe o falso aspecto que esconde teu fundo
vem rir vem cantar, deixa esse mundo
que cobre um sorriso com prantos e dor!
Há muito despimos a máscara horrenda
da hipocrisia delicada renda
tecida pela vida em loura ilusão
na morte encontrámos uma voz sincera
não esconde quem ? nem que a vida era
a pele da traição.
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