Sei o que sente o mar
quando adormece
depois de fúria constante
sei-o porque me parece
ser eu o mar neste instante.
Também temporal bravio
arremessei contra as fragas
minh’alma a tremer de frio
incompreensão das vagas.
Sei-o porque adormeci
depois da árdua batalha.
Nunca, nunca vi
o sol que pelo ar espalha
essa vibrante vontade
inebriante desejo.
Dorme em mim a ansiedade
oceano а beira Tejo.
Marília Gonçalves
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