Poentes
Havia poentes nos meus olhos
eu, levantava o mundo para ti.
Libertos murmuravam na cidade
versos que em mil versos aprendi.
Poente em meu olhar. Ainda lembro
o meu vestido de pintinhas brancas
de laço a esvoaçar entre teus dedos.
Árvore era então semente sumo
frutificar de dias que eu ergui!
Se ainda há poentes nos meus olhos
perderam rumo valor
da maior crença do que foste em mim.
Marília Gonçalves
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