Como será que se vive nessa casa
que gargalhada estrepitosa ali soou
que flâmula a arder silenciosa
a noite iluminou?
Que janela doirou sobre a distância
o passo de nauta sem regresso
mas que vê reflorir velha fragrância
no caminho pra casa, retrocesso
ou devaneio, urgente do sentir
que a emoção trespassa e enaltece
para ver de tão longe a porta abrir
sobre a casa tão bela que parece
levantada de sonho fantasista
por mão, que lhe deu vida, a desenhou
mão com perfume a pão
a mão de artista
que a casa edificou.
Marília Gonçalves
A Maternidade onde eu e o meu irmão nascemos
Sem comentários:
Enviar um comentário