No ventre do silêncio
No ventre do silêncio
onde as horas germinam,
os dias alongam-se,
insubmissas,
gêmeas de flores e espinhos.
No ventre do silêncio
uma flauta mágica
toca acordes do sem fim,
rasga todas as mordaças,
morde os lábios carmins,
choro, riso, voz de querubim.
No ventre do silêncio
há um mundo inteiro
que se desnuda no espelho,
deserto, oásis, mar azul
por vezes oceano vermelho.
No ventre do silêncio
quero encontrar-me a mim.
Teresa Veludo
O Meu Rio sem Margens
(Direitos reservados)
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