Sara,
Podes explicar, então, por que raio é que o Povo Português saiu à rua desobedecendo Ordens Explícitas de recolher às suas casas, pondo em risco as suas próprias vidas?
Que raio, então, levou as pessoas a desobedecer à Junta de Salvação Nacional, essa tal entidade militar?
Desobedeceram, por que raio? Porque estava escrito na Bíblia? Porque estava escrito nalgum cantinho das suas casas?
Não terão desobedecido e saído à rua, porque as pessoas têm um vida afectiva própria e SENTEM por si próprias o fluir da vida?
Não terão as pessoas saído aos magotes para a rua, porque SENTEM, gaita?
Não será normal e natural que as pessoas exprimam o que SENTEM?
E se é tanta gente a SENTIR o mesmo não será natural considerar que o sentimento é comum e que vem da raiz do ser humano vivente em Portugal?
Não será isto passível de ser adjectivado como PROFUNDO?
Isto são tudo questões óbvias que sua excelência Sara Vitália, do alto da sua altiva arrogância, individualismo e prepotência pseudo-libertária, não foi capaz de vislumbrar, tão pouco de o reflectir na sua escrita.
Sara, vê lá se tens tento nos juízos de valor que fazes!
Estamos em 2010, quando o sexo já é ciência há 100 anos. A afectividade humana e os sentimentos são uma matéria obrigatória em qualquer âmbito das Ciências, nomeadamente num âmbito tão amplo e abrangente como é o Constitucionalista.
E caso te tenha escapado, a Constituição da República Portuguesa foi votada e aprovada a 2 de Abril de 1976 com a participação de 91,2% !!!
Vide:« Assembleia Constituinte - 1975-1976
A Assembleia Constituinte vigorou entre Abril de 1975 a Abril de 1976. A sua eleição realizou-se no dia 25 de Abril, com a participação de 91,2% dos portugueses com direito a voto e o seu funcionamento cessou a 2 de Abril de 1976 com a aprovação da Constituição, trabalho para o qual havia sido criada.
Os Diários da Assembleia Constituinte contêm os textos com todas as intervenções em Plenário permitindo-nos acompanhar os trabalhos desta instituição até à concretização da sua missão: a elaboração da Constituição da República Portuguesa.»
Saudações revolucionárias,
Vítor Hugo da Cruz Trindade Cardoso
2010/4/21 Sara Vitalia
"A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa."
Constituição da República Portuguesa, Preâmbulo.
Os militares muito preocupados com os sentimentos profundos do povo português e não com a fome, peste e guerra de que estavam a ser vítimas nas Colónias, a morrer e a ficarem deficientes do corpo e da mente e a lutar com um inimigo que não lhes tinha feito mal...uns a ganharem uma miséria e outros da mesma categoria a encherem os bolsos...
Pois, pois, a raça humana é naturalmente altruísta, o Pai Natal existe e existe também uma família imortal a viver no céu.
Não nego que o 25 de Abril foi importante, que o tal golpe de Estado bem concebido gerou uma série de transformações importantes, nem poderia negar. Factos são factos.
O que acho deplorável são estes lirismos e oportunismos, presente na forma de poesia na Constitução Portuguesa.
É doloroso mas muito libertador pensarmos por nós mesmos, Sara Vitália
2010/4/21 Sara Vitalia
Vitor, longe de mim negar factos. Eu só não acredito nesse altruísmo dos militares.
"Isto são tudo questões óbvias que sua excelência Sara Vitália, do alto da sua altiva arrogância, individualismo e prepotência pseudo-libertária, não foi capaz de vislumbrar, tão pouco de o reflectir na sua escrita."
Esta frase é que foi arrogante...
Sara,
Olhe que não ! Olhe que não !
Arrogante é a sua obsessão com um tal "altruísmo dos militares"; individualista é o seu desprezo pela verdadeira autoria da Constituição da República de 1976, isto é, o Povo Português; prepotente é a concepção de que a sua vontade e o seu pensamento são superiores ao pensamento e vontade comum deste mesmo Povo.
Nota: Agora nas palavras do grupo de comediantes Gato Fedorento «O que tu queres sei eu!»
Verifica-se que você tem uma verdadeira falta de capacidade para reflectir sobre mais do que um ponto em cada mensagem de correio electrónico. Então aqui vai repetido o texto constante do sítio na Internet do Parlamento:
E caso te tenha escapado, a Constituição da República Portuguesa foi votada e aprovada a 2 de Abril de 1976 com a participação de 91,2% !!!
Vide:« Assembleia Constituinte - 1975-1976
A Assembleia Constituinte vigorou entre Abril de 1975 a Abril de 1976. A sua eleição realizou-se no dia 25 de Abril, com a participação de 91,2% dos portugueses com direito a voto e o seu funcionamento cessou a 2 de Abril de 1976 com a aprovação da Constituição, trabalho para o qual havia sido criada.
Os Diários da Assembleia Constituinte contêm os textos com todas as intervenções em Plenário permitindo-nos acompanhar os trabalhos desta instituição até à concretização da sua missão: a elaboração da Constituição da República Portuguesa.»
Saudações revolucionárias,
Vítor Hugo da Cruz Trindade Cardoso
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