vem a caminho....
Está o Cravo a Florescer.....
25 de ABRIL SEMPRE
O Jornal que foi um Exemplo de Resistência ao Fascismo o Noticias DA Amadora
cujo Director Orlando Gonçalves foi preso pela PIDE
JORNAL, que nem o fascismo conseguiu silenciar, foi vencido pelo poderio económico hoje vigente, tendo encerrado como Jornal em papel e presentemente continua a existir como Jornal na INTERNET
convido todos os antifascistas a visitarem o site do Jornal assiduamente, onde encontrarão noticias históricas relativas ao faascismo em Portugal.
Documentem-se como prova de Solidariedade para com o seu Director Orlando César e para com todos os Jornalistas do NOTÍCIAS DA AMADORA
*************************
***********
SOEIRO PEREIRA GOMES
VIDEO HOMENAGEM
O escritor dos homens
que
nunca foram meninos
por FRANCISCO MANGAS
Hoje
Autor de 'Esteiros' nasceu há cem anos. Homenagem em Baião, Alhandra e Vila Franca. Reedição de 'Os Contos Vermelhos'.
A aldeia é conhecida pelas bengalas artesanais que, nos dias de hoje, muitos estudantes exibem alegremente na Queima das Fitas. Chama-se Gestaçô, concelho de Baião, e foi aí, faz hoje cem anos, que nasceu Soeiro Pereira Gomes. Homem da palavra insubmissa, dedicou o seu primeiro romance - Esteiros - "aos filhos dos homens que nunca foram meninos". O escritor e dirigente comunista é al- vo de diversas homenagens: em Baião, Alhandra e Vila Franca de Xira.
O livro Os Contos Vermelhos, obra que narra episódios da vida e da luta na clandestinidade, tem uma reedição para assinalar o centenário do nascimento do autor. Na próxima quinta-feira, o jornal Avante! terá a companhia desse livro com conta histórias de homens comuns e de medos, que também Soeiro viveu quando entrou na clandestinidade. O medo, como escreveu Manuel Gusmão, "de ser preso, medo de falar, medo de ter medo, medo da tortura e sofrimento, medo de perder a vida e os afectos que a tecem".
Na terra onde nasceu, as comemorações do 25 de Abril , este ano, são dedicadas ao autor de Esteiros. A Câmara de Baião, em parceria com os CTT, lança um selo comemorativo do centenário do escritor e "homem de uma profunda sensibilidade social". O presidente da autarquia, o socialista José Luís Carneiro, refere que um representante do PCP recordará o contributo de Soeiro para a resistência antifascista. A vida e a obra do romancista será abordada noutra intervenção, durante a sessão solene da Assembleia Municipal comemorativa da revolução de Abril.
Em Gestaçô, aldeia onde nasceu Soeiro, existe um monumento evocativo do escritor. E todos os anos, recorda José Luís Carneiro, em Abril, "sempre que o PS está à frente da autarquia", o autor comunista é homenageado com a deposição de uma coroa de flores.
Os tributos estendem-se a outras geografias que o homem da palavra e activista político percorreu na sua curta vida. No dia 19, a homenagem acontece em Alhandra - onde viveu, trabalhou e sonhou uma sociedade livre, nos anos 30 do século passado -, no museu local (Casa Sousa Martins); em Vila Franca de Xira, o Museu do Neo-Realismo dedica-lhe uma exposição, patente ao público entre Novembro e Fevereiro de 2010.
Filho de uma família de pequenos agricultores - irmão da escritora infanto-juvenil Alice Pereira Gomes e do matemático Alfredo Pereira Gomes -, Soeiro Pereira Gomes aprendeu a ler com o pai no jornal O Primeiro de Janeiro, ainda antes de entrar na escola primária. Em Coimbra, mais tarde, tira o curso de regente agrícola.
Aquele que viria a ser um dos principais nomes do neorealismo português embarca para Angola e regressa, um ano depois, desiludido com a experiência. Em 1931 casa com Manuela Câncio Reis: fixa residência em Alhandra, trabalhando nos escritórios da fábrica Cimento-Tejo. Nove anos depois, adere ao PCP e ingressa na célula da empresa.
Álvaro Cunhal, que ilustrou Esteiros ("pediu-me que ilustrasse e assim fiz, certo porém de que os modestos desenhos não eram dignos do valor da obra literária"), destacava o papel que Soeiro Pereira Gomes teve na reorganização do partido nos anos 40. "Militante na fábrica e nas lutas operárias, tinha ainda outros aspectos de extraordinário valor: no movimento associativo, na realização de obras sociais, no desporto, na relação estreita, solidária com as populações".
Quando a ditadura salazarista tentava silenciar os crimes do holocausto nazi, com a proibição de se ouvir as emissões da BBC em língua portuguesa em locais públicos, Soeiro abria a janela da sala, na sua casa, onde tinha a telefonia, para que muitos populares pudessem ouvir, discretamente, as informações de Londres.
Em 1941 publica Esteiros, a obra mais conhecida e mais comovente do autor. Uma história de trabalho infantil, de extrema miséria. "Pequena obra-prima", considerou Cunhal. Este romance, ainda segundo o líder histórico do PCP, também ele autor de várias obras literárias, "traduz (não em ternos de análise política, mas com igual força de expressão e convencimento) o humanismo dos ideais e da luta dos comunistas".
No mês de Maio de 1944, acossado pela PIDE, entra na clandestinidade, e escreve o romance Engrenagem. É eleito para o Comité Central dois anos depois. A doença, no entanto, tolhe-lhe o caminhada: morre em 1949, com 40 anos de idade.
Tags: Artes, Livros
***********************************
**************************
Enviado por um amigo
em Homenagem à Grande Força da Juventude
de Ary dos Santos
VIDEO
Ary dos Santos - 1977
***********
SOEIRO PEREIRA GOMES
VIDEO HOMENAGEM
O escritor dos homens
que
nunca foram meninos
por FRANCISCO MANGAS
Hoje
Autor de 'Esteiros' nasceu há cem anos. Homenagem em Baião, Alhandra e Vila Franca. Reedição de 'Os Contos Vermelhos'.
A aldeia é conhecida pelas bengalas artesanais que, nos dias de hoje, muitos estudantes exibem alegremente na Queima das Fitas. Chama-se Gestaçô, concelho de Baião, e foi aí, faz hoje cem anos, que nasceu Soeiro Pereira Gomes. Homem da palavra insubmissa, dedicou o seu primeiro romance - Esteiros - "aos filhos dos homens que nunca foram meninos". O escritor e dirigente comunista é al- vo de diversas homenagens: em Baião, Alhandra e Vila Franca de Xira.
O livro Os Contos Vermelhos, obra que narra episódios da vida e da luta na clandestinidade, tem uma reedição para assinalar o centenário do nascimento do autor. Na próxima quinta-feira, o jornal Avante! terá a companhia desse livro com conta histórias de homens comuns e de medos, que também Soeiro viveu quando entrou na clandestinidade. O medo, como escreveu Manuel Gusmão, "de ser preso, medo de falar, medo de ter medo, medo da tortura e sofrimento, medo de perder a vida e os afectos que a tecem".
Na terra onde nasceu, as comemorações do 25 de Abril , este ano, são dedicadas ao autor de Esteiros. A Câmara de Baião, em parceria com os CTT, lança um selo comemorativo do centenário do escritor e "homem de uma profunda sensibilidade social". O presidente da autarquia, o socialista José Luís Carneiro, refere que um representante do PCP recordará o contributo de Soeiro para a resistência antifascista. A vida e a obra do romancista será abordada noutra intervenção, durante a sessão solene da Assembleia Municipal comemorativa da revolução de Abril.
Em Gestaçô, aldeia onde nasceu Soeiro, existe um monumento evocativo do escritor. E todos os anos, recorda José Luís Carneiro, em Abril, "sempre que o PS está à frente da autarquia", o autor comunista é homenageado com a deposição de uma coroa de flores.
Os tributos estendem-se a outras geografias que o homem da palavra e activista político percorreu na sua curta vida. No dia 19, a homenagem acontece em Alhandra - onde viveu, trabalhou e sonhou uma sociedade livre, nos anos 30 do século passado -, no museu local (Casa Sousa Martins); em Vila Franca de Xira, o Museu do Neo-Realismo dedica-lhe uma exposição, patente ao público entre Novembro e Fevereiro de 2010.
Filho de uma família de pequenos agricultores - irmão da escritora infanto-juvenil Alice Pereira Gomes e do matemático Alfredo Pereira Gomes -, Soeiro Pereira Gomes aprendeu a ler com o pai no jornal O Primeiro de Janeiro, ainda antes de entrar na escola primária. Em Coimbra, mais tarde, tira o curso de regente agrícola.
Aquele que viria a ser um dos principais nomes do neorealismo português embarca para Angola e regressa, um ano depois, desiludido com a experiência. Em 1931 casa com Manuela Câncio Reis: fixa residência em Alhandra, trabalhando nos escritórios da fábrica Cimento-Tejo. Nove anos depois, adere ao PCP e ingressa na célula da empresa.
Álvaro Cunhal, que ilustrou Esteiros ("pediu-me que ilustrasse e assim fiz, certo porém de que os modestos desenhos não eram dignos do valor da obra literária"), destacava o papel que Soeiro Pereira Gomes teve na reorganização do partido nos anos 40. "Militante na fábrica e nas lutas operárias, tinha ainda outros aspectos de extraordinário valor: no movimento associativo, na realização de obras sociais, no desporto, na relação estreita, solidária com as populações".
Quando a ditadura salazarista tentava silenciar os crimes do holocausto nazi, com a proibição de se ouvir as emissões da BBC em língua portuguesa em locais públicos, Soeiro abria a janela da sala, na sua casa, onde tinha a telefonia, para que muitos populares pudessem ouvir, discretamente, as informações de Londres.
Em 1941 publica Esteiros, a obra mais conhecida e mais comovente do autor. Uma história de trabalho infantil, de extrema miséria. "Pequena obra-prima", considerou Cunhal. Este romance, ainda segundo o líder histórico do PCP, também ele autor de várias obras literárias, "traduz (não em ternos de análise política, mas com igual força de expressão e convencimento) o humanismo dos ideais e da luta dos comunistas".
No mês de Maio de 1944, acossado pela PIDE, entra na clandestinidade, e escreve o romance Engrenagem. É eleito para o Comité Central dois anos depois. A doença, no entanto, tolhe-lhe o caminhada: morre em 1949, com 40 anos de idade.
Tags: Artes, Livros
***********************************
**************************
Enviado por um amigo
em Homenagem à Grande Força da Juventude
de Ary dos Santos
VIDEO
Ary dos Santos - 1977
Muitos Homens na Prisão
Agarro a madrugada
como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada,
uma videira de esperança.
Tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade,
de trabalhar nunca se cansa.
Vou pela rua desta lua
que no meu Tejo acendo cedo,
vou por Lisboa, maré nua
que desagua no Rossio.
Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
Vou pela estrada deslumbrada
da lua cheia de Lisboa
até que a lua apaixonada
cresce na vela da canoa.
Sou a gaivota que derrota
tudo o mau tempo no mar alto.
Eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto.
E quando agarro a madrugada,
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada,
um malmequer azul na cor,
o malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém,
o malmequer desta cidade
que me quer bem, que me quer bem.
Nas minhas mãos a madrugada
abriu a flor de Abril também,
a flor sem medo perfumada
com o aroma que o mar tem,
flor de Lisboa bem amada
que mal me quis, que me quer bem.
este poema é cantado por
CARLOS DO CARMO
com
Música: José Luís Tinoco
25 ABRIL SEMPRE
E...
Lembre: quem Anda à Chuva, molha-se
use
PRESERVATIVO !!!
use
PRESERVATIVO !!!
Sem comentários:
Enviar um comentário