Seara Foste e Abril
Catarina de teu nome
ceifeira do Alentejo
eu quero cantar em ti
dias que ainda não vejo.
Venho de longe do tempo
em que a escuridão doía
mas já ouvia teu nome
ceifeira que te sabias
irmã de Abril por nascer.
Catarina de teu nome
ceifeira do Alentejo
o pão de hoje tem teu sangue
presente, vivo, a dizer
Catarina do futuro
que vieste do passado
pomba branca a adejar
o Alentejo tem cravos
nas pétalas a sonhar.
Foste um brado no caminho
que não mais há-de passar.
Foste semente de Abril
és mulher, memória, mar.
Marília Gonçalves.
Catarina de teu nome
ceifeira do Alentejo
eu quero cantar em ti
dias que ainda não vejo.
Venho de longe do tempo
em que a escuridão doía
mas já ouvia teu nome
ceifeira que te sabias
irmã de Abril por nascer.
Catarina de teu nome
ceifeira do Alentejo
o pão de hoje tem teu sangue
presente, vivo, a dizer
Catarina do futuro
que vieste do passado
pomba branca a adejar
o Alentejo tem cravos
nas pétalas a sonhar.
Foste um brado no caminho
que não mais há-de passar.
Foste semente de Abril
és mulher, memória, mar.
Marília Gonçalves.
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