DESCONHECIMENTO
Tu que lês a poesia
que sabes tu do poeta
que sabes das suas dores
que sabes dos seus temores
transportados ao sorriso?
Que sabes do seu Inverno
dos seus incêndios d’inferno
com sonhos de paraíso?
Que sabes dessa loucura
que faz amor com a ternura
no leito da madrugada?
Que sabes tu do poeta?
Pouci muito pouco, ou nada!
Que sabes dos seus tormentos
gritos esparsos aos ventos
que dão a voz à mudez?
Que sabes dos seus espinhos
ou dos ásperos caminhos
percorridos em si próprio?
Olha os olhos do poeta
olha su’alma liberta
dos grilhões da hipocrisia!
E verás lá bem no fundo
lamas nojentas do mundo
transformar-se em poesia!
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